1. EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S/A
ANUNCIA OS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2005
E DO 4 O. TRIMESTRE DE 2005.
As informações operacionais e financeiras da empresa, exceto onde de outra
forma indicado, são apresentadas com base em números cons olidados e em
reais, de acordo com a Legislação Societária.
São José dos Campos, 31 de março de 2006 – A Embraer (Empresa
Brasileira de Aeronáutica S.A. - NYSE: ERJ; Bovespa: EMBR3 e EMBR4)
encerrou o exercício de 2005 com uma receita líquida de R$ 9.133,3
milhões, 10,7% inferior ao resultado de 2004. O lucro líquido atingiu R$
708,9 milhões, equivalente a um lucro por ação de R$ 0,98. Os pedidos em
Legislação carteira totalizavam, na mesma data, US$ 10,4 bilhões em ordens firmes.
Societária Retrospectiva 2005
O ano de 2005 se destacou pela eficácia industrial demonstrada pela
Embraer ao atender a um ousado plano de certificação e entrega das
primeiras aeronaves EMBRAER 175 e EMBRAER 190 e pela decisão
estratégica de ampliar investimentos no mercado de Aviação Executiva com
o lançamento dos jatos Phenom 100 e Phenom 300.
Entretanto, os resultados do exercício de 2005 foram impactados pela forte
Ações Ordinárias valorização do real frente ao dólar. Nossa receita líquida alcançou R$ 9.133,3
milhões, 10,7% menor que em 2004, com uma margem bruta de 23,7%. O
Bovespa: EMBR3 lucro líquido foi de R$ 708,9 milhões, inferior aos R$ 1.280,9 milhões
registrados em 2004, apresentando uma margem líquida de 7,8%.
Ações Preferenciais
É importante destacar que, durante 2005 foi mantido o excelente nível de
Bovespa: EMBR4 pedidos em carteira, cerca de US$ 10,4 bilhões de ordens firmes que,
NYSE: ERJ adicionadas às opções, totalizam US$ 24,0 bilhões, importante indicador do
1 ADS = 4 Ações Pref. potencial de crescimento da Empresa. Vale ressaltar também a posição do
caixa líquido da Empresa (disponibilidades menos endividamento total) , que
aumentou R$ 781,9 milhões em relação a 2004 encerrando o exercício com
R$ 842,5 milhões.
EMBRAER
RELAÇÕES COM INVESTIDORES
No que concerne ao mercado de Aviação Comercial, a certificação das
aeronaves EMBRAER 175 e EMBRAER 190 e a realização de importantes
vendas de aviões da família EMBRAER 170/190 foram decisivas para a
Anna Cecilia Bettencourt consolidação destes produtos na América do Norte, América Central e
Andrea Bottcher Europa, como também para a abertura dos mercados do Oriente Médio, da
Carlos Eduardo Camargo Índia e da China. A Embraer conquistou novos clientes em mercados
Paulo Ferreira promissores, muito importantes para o crescimento e solidificação dos seus
Tel: (12) 3927 4404
negócios .
Investor.relations@embraer.com.br Em 2005, também foi ultrapassada a marca de 900 aeronaves da família ERJ
145 entregues ao mercado mundial, com excelente nível de atendimento aos
seus usuários, caracterizados por um índice de despachabilidade médio
acima de 99,7%, comprovando o verdadeiro sucesso destes jatos para o
crescimento sustentado da Embraer e seus clientes . Além do mercado de
Aviação Comercial, esta plataforma demonstra-se eficaz como base de
produtos para os mercados de Aviação Executiva e de Defesa e Governo.
Demos um passo importante para fortalecer nossa posição no mercado de
Aviação Executiva com o lançamento do Phenom 100 e do Phenom 300,
1
2. integrantes da nossa nova família de jatos leves, que tem como destaque o
tamanho e o conforto da cabine, aliados a um desempenho diferenciado.
Também tivemos a satisfação de ver a grande aceitação do mercado para o
Legacy, cujas vendas já ultrapassaram 60 aeronaves, entregues a clientes
em 15 países. Lançado em 2000, foi renomeado em 2005 como Legacy 600
para ajustar-se a nomenclatura dos jatos executivos da Embraer.
Dedicamo-nos presentemente à construção de uma base mundial de
serviços que, somados à rede atualmente disponível, assegurará total
segurança de atendimento aos nossos clientes.
Na área de Defesa e Governo comemoramos a entrega à Força Aérea
Brasileira das primeiras unidades modernizadas do F BR e de mais 24
-5
aviões Super Tucano. Vale ressaltar que a opção pelo Super Tucano
evidencia a forte parceria com a Aeronáutica e o Ministério da Defesa, fator
contribuinte para a carreira internacional desta aeronave multi-missão, que
foi iniciada em dezembro último, com a assinatura do contrato de
fornecimento de 25 Super Tucanos para a Força Aérea Colombiana.
Atualmente a aeronave está sob a avaliação de diversas forças aéreas do
mundo.
Por outro lado, vimos com frustração o cancelamento da concorrência do
Programa F-X pela Força Aérea Brasileira e do fornecimento ao Programa
ACS – Aerial Common Sensor – para o Exército e a Marinha dos Estados
Unidos.
Consideramos o Programa F-X como importante instrumento de capacitação
tecnológica e continuaremos a perseguir oportunidades que venham a se
desenvolver neste setor.
Já no que diz respeito ao Programa ACS, a experiência adquirida, aliada à
visibilidade e a percepção do mercado sobre nossa capacidade técnica e
atitude empresarial, com certeza, nos credencia para a disputa de novas
oportunidades neste segmento de mercado, e em especial nos Estados
Unidos da América..
Ampliamos nossos investimentos na área de Serviços com a aquisição da
OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, aumentando nossa presença na
Europa, e demos início à expansão das operações de manutenção na
Unidade de Nashville, nos Estados Unidos.
Nossos objetivos são atender à crescente frota dos nossos aviões no
mundo, bem como, oferecer serviços de manutenção a nossos clientes
envolvendo aviões de outras procedências.
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3. Destaques do 4 o Trimestre 2005
• A receita líquida no 4º trimestre de 2005 (4T05) foi de R$ 2.727,6 milhões, 3,0% superior ao
mesmo período do ano anterior.
• O EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização)
totalizou R$ 232,0 milhões no 4T05, comparado a R$ 496,9 milhões registrados no mesmo
período do ano anterior.
• O lucro líquido atingiu R$ 205,2 milhões no quarto trimestre de 2005, correspondente a R$
0,28 por ação, contra R$ 307,3 milhões apurados no 4T04.
• No último trimestre do ano foram entregues um total de 40 jatos, sendo 32 para o mercado
de Aviação C omercial, dois Legacy 600 especialmente configurados para o transporte de
autoridades, no segmento de D efesa e Governo e seis Legacy 600 para o mercado de
Aviação Executiva.
• Em outubro a Embraer entregou o seu 100º jato da família EMBRAER 170/190, apenas 19
meses após a primeira entrega de um E-Jet.
• A BMW Group DesignworksUSA foi escolhida em outubro pela Embraer para conceber o
design interior dos recém-lançados Phenom 100 e Phenom 300.
• Em novembro, a Embraer selecionou a Garmin para fornecer o conjunto integrado de
aviônicos para os novos jatos Light e Very Light, lançados em 2005. A Garmin se une à Pratt
& Whitney Canada, fornecedora dos motores das aeronaves , tornando-se o segundo grande
fornecedor selecionado neste novo programa da Embraer
• Em dezembro, a Finnair exerceu quatro opções de aviões EMBRAER 170, convertendo-as
em encomendas firmes de aviões EMBRAER 190. Essas aeronaves se somam ao pedido
original de 12 aviões EMBRAER 170, feito em junho de 2004 pela empresa aérea.
• Também em dezembro, a Embraer assinou um contrato com o Governo da Colômbia para o
fornecimento de 25 aeronaves Super Tucano. A assinatura deste contrato, no valor de US$
235,0 milhões, representa a primeira exportação dessa aeronave pela área da Defesa e
Governo da Empresa.
• No final de dezembro, a Moody’s Investor Service iniciou a cobertura de risco da Embraer,
atribuindo-lhe um rating de emissor Baa3 na escala global em moeda local, e um rating
indicativo Baa3 para dívidas em moeda estrangeira, os quais correspondem a grau de
investimento. E no início de Janeiro de 2006, a Standard & Poor’s concluiu o processo de
avaliação de risco da Embraer, que havia se iniciado em 2005, atribuindo-lhe um rating de
emissor de títulos em escala global, em moeda local e em moeda estrangeira, no nível BBB-,
ou seja, correspondendo a grau de investimento.
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4. Demonstração de Resultados
A seguir, apresentamos uma análise comparativa dos principais indicadores da demonstração de
resultados consolidados da Embraer, referentes ao terceiro trimestre de 2005 (3T05), quarto
trimestre de 2004 (4T04), quarto trimestre de 2005 (4T05) e os resultados acumulados nos anos de
2004 (FY04) e 2005 (FY05).
Revisado Auditado
Demonstração de Resultado 3º trimestre 4º Trimestre Doze meses encerrados
2005 2004 2005 2004 2005
em milhões de R$ exceto %,quantidade de ações e lucro por ação
Receita líquida 2.434,4 2.647,4 2.727,6 10.231,2 9.133,3
Lucro bruto 453,9 887,0 610,0 3.408,3 2.166,5
Margem bruta 18,6% 33,5% 22,4% 33,3% 23,7%
Despesas operacionais (259,0) (399,9) (409,5) (1.518,6) (1.245,9)
Participação nos lucros (28,3) (48,3) (48,7) (175,5) (133,4)
Lucro operacional antes das receitas(despesas)
166,6 438,8 151,8 1.714,2 787,2
financeiras
Margem operacional 6,8% 16,6% 5,6% 16,8% 8,6%
Depreciação e amortização 90,0 58,1 80,2 221,6 284,1
EBITDA 256,6 496,9 232,0 1.935,8 1.071,3
Margem EBITDA 10,5% 18,8% 8,5% 18,9% 11,7%
Receitas (despesas) financeiras líquidas 17,4 (35,5) 44,7 (21,9) 67,5
Variações monetárias e cambiais líquidas (55,5) (33,0) (4,9) (57,0) 44,1
Outras receitas(despesas)não operacionais líquidas 1,6 (0,4) 15,5 - 13,7
Lucro antes dos impostos 130,1 369,9 207,1 1.635,3 912,5
Imposto de renda e contribuição social (22,2) (60,9) 14,5 (345,8) (179,7)
Participação dos minoritários (5,8) (1,7) (16,4) (8,6) (23,9)
Lucro líquido 102,1 307,3 205,2 1.280,9 708,9
Margem líquida 4,2% 11,6% 7,5% 12,5% 7,8%
Quantidade de ações ao final do período 720.763.738 718.341.868 721.832.057 718.341.868 721.832.057
Lucro por ação 0,14176 0,42776 0,28434 1,78309 0,98213
Entregas, Receita Líquida e Margem Bruta
A receita líquida da Embraer atingiu R$ 2.727,6 milhões no 4T05, acima dos R$ 2.647,4 milhões
apurados no 4T04, superando o menor volume de jatos entregues neste trimestre, em relação ao
mesmo trimestre do ano anterior, para os mercados Comercial e Executivo, combinado a uma
valorização da nossa moeda de 19,1% na comparação entre o valor médio do dólar registrado no
quarto trimestre de 2005 em relação ao mesmo período de 2004. O aumento da receita deve ser
atribuído à maior participação das aeronaves da nova família EMBRAER 170/190, de maior valor
agregado, nas entregas, bem como ao aumento significativo da receita proveniente de Serviços aos
Clientes.
Desta forma, no ano de 2005, a receita líquida de vendas totalizou R$ 9.133,3 milhões, ficando
portanto abaixo dos R$ 10.231,2 milhões contabilizados no ano de 2004, quando um maior número
de aeronaves foi entregue ao mercado. A Embraer registrou margem bruta de 23,7% no ano de
2005, abaixo dos 33,3% apresentados em 2004, justificada principalmente pela apreciação do real
frente ao d ólar, bem como devido à curva de aprendizado associada à produção das aeronaves
EMBRAER 175 e EMBRAER 190, que tiveram sua certificação e o início d suas entregas
e
registrados nesse período.
No último trimestre de 2005 foram entregues 40 jatos, sendo seis jatos da família ERJ 145, 11 jatos
EMBRAER 170, cinco jatos EMBRAER 175 e dez jatos EMBRAER 190 para o mercado de
Aviação Comercial, além d seis jatos Legacy 600 para o mercado de Aviação Executiva e dois
e
jatos Legacy 600 especialmente configurados para o transporte de autoridades no segmento de
Defesa e Governo. Já no acumulado do ano, o número de aeronaves entregues totalizou 141
unidades, abaixo das 148 entregas do ano anterior.
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5. Entregas por Mercado 3T05 4T04 4T05 2004 2005
Comercial 35 34 32 134 120
ERJ 135 - 1 - 1 2
ERJ 145 9 23 6 87 46
ERJ 140 - - - - -
EMB 120 - - - - -
EMBRAER 170 15(1) 10 11 46 46(1)
EMBRAER 175 9 - 5 - 14
EMBRAER 190 2 - 10 - 12
Defesa 3 - 2 1 7
EMB 135 - - - - -
EMB 145 - - - 1 1
Legacy 3 - 2 - 6
Executivo 3 8 6 13 14
EMB 135 - - - - -
Legacy-Executive/Shuttle 3 8 6 13 14
Total 41 42 40 148 141
Entregas identificadas em parênteses representam leasing operacional.
Assim, no ano a receita líquida da Aviação Comercial totalizou R$ 6.527,9 milhões e apresentou
uma retração de 16,2% em relação ao exercício anterior. Em 2005 f ram entregues 10,5% menos
o
aeronaves, e a desvalorização do dólar médio durante o ano foi de 16,8% . Além do mercado de
Aviação Comercial, a receita líquida consolida as vendas do segmento de Defesa e Governo,
mercado de Aviação Executiva, bem como as vendas de peças de reposição e serviços, que neste
ano representaram juntas 28,5% da receita total da Empresa, aumentando assim a sua
participação na receita total, quando comparadas aos 23,9% apurados em 2004.
A receita líquida de vendas do segmento de Defesa e Governo apresentou uma queda de 6,3% em
relação ao ano anterior. Cabe lembrar que a contabilização da maioria das receitas ligadas a essa
área procedem de forma diferente da Aviação Comercial, respeitando as diferentes etapas em que
os contratos se encontram.
No mercado de Aviação Executiva , a receita líquida de vendas caiu 6,7% na comparação entre os
exercícios de 2004 e 2005, que ainda registrou uma aeronave entregue a mais, mas teve a sua
receita fortemente influenciada pela valorização do Real.
Receita Líquida 3º Trimestre 4º Trimestre Exercício de
por Segmento 2005 2004 2005 2004 2005
(milhões) R$ % R$ % R$ % R$ % R$ %
Aviação Comercial 1.855,2 76,2 1.795,3 67,8 1.796,5 65,9 7.790,3 76,1 6.527,9 71,5
Aviação de Defesa 246,7 10,1 239,5 9,0 275,8 10,1 1.056,0 10,3 989,7 10,8
Aviação Executiva 146,0 6,0 416,8 15,7 278,8 10,2 702,4 6,9 655,7 7,2
Serviços aos Clientes e Outros 186,4 7,8 195,8 7,4 376,5 13,8 682,5 6,7 960,0 10,5
Total 2.434,3 100,0 2.647,4 100,0 2.727,6 100,0 10.231,2 100,0 9.133,3 100,0
A margem bruta das vendas nes se trimestre, atingiu 22,4%, apresentando melhora sobre a margem
de 18,6% registrada no 3T05, mas ainda inferior aos 33,5% relativos ao 4T0 4. A curva de
aprendizado relacionada à produção dos novos modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190, que
tiveram a sua certificação e o início das suas entregas no segundo semestre de 2005, e ainda a
valorização do real frente ao dólar, de 16,8%, foram os fatores de maior influência na diferença entre
as margens dos dois períodos.
Despesas Operacionais e Lucro Operacional
O lucro operacional antes dos juros e impostos, incluindo também a participação nos lucros dos
empregados (PLR), totalizou R$ 151,8 milhões no 4T05, ainda influenciado pela variação cambial e
pelas primeiras entregas dos modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190, que refletiram as
condições especiais de negociação que os clientes lançadores de modelos geralmente obtém. A
relação entre as despesas operacionais e a receita líquida manteve -se estável, em níveis de 15,0%
tanto no 4T04, como no último trimestre de 2005.
5
6. Neste trimestre, as despesas administrativas e comerciais totalizaram R$ 1 50,4 milhões e R$
214,0 milhões respectivamente, e apresentaram crescimento em relação ao mesmo trimestre do
ano anterior de 33,7% e 14,4% respectivamente. O crescimento das despesas administrativas é
em boa parte atribuído aos custos relacionados à implantação do sistema operacional SAP, versão
4.7 aeroespacial na Embraer.
A Participação nos Lucros aos empregados (PLR) é calculada com base na distribuição de
dividendos e juros sobre capital próprio aos acionistas. Em função da distribuição de R$ 226,5
milhões aos ac ionistas no segundo semestre de 2005 na forma de juros sobre capital próprio, as
despesas com PLR ficaram em R$ 48,7 milhões .
As outras despesas operacionais líquidas apresentaram redução de 55,2% no 4T05 em relação ao
mesmo trimestre do ano passado, totalizando R$ 45,0 milhões, basicamente em função da
diminuição de provisões de multas associadas a questionamentos judiciais.
A margem operacional apresentada pela Empresa no 4T05 foi 5,6%, ainda pressionada pelos
fatores cambiais e os efeitos associados à produção e entrega de novos modelos conforme já
citados nesse relatório. Sendo assim, no acumulado do ano, o lucro operacional antes das receitas
e despesas financeiras totalizou R$ 787,2 milhões.
EBITDA
A geração de caixa medida pelo EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos,
depreciação e amortização) no 4T05 foi de R$ 232,0 milhões, apresentando uma margem EBITDA
de 8,5%.
No ano, o EBITDA alcançou R$ 1.071,3 milhões comparados aos R$ 1.935,8 milhões de 2004.
Assim, em 2005 a margem EBITDA foi de 11,7%, inferior aos 18,9% registrados no ano anterior,
em função, principalmente, da diminuição da margem bruta.
Lucro Líquido
A Embraer obteve um lucro líquido de R$ 708,9 milhões em 2005, e uma margem líquida de 7,8%,
abaixo dos 12,5% obtida no ano anterior. Já no quarto trimestre, devido a menores despesas com
variações monetárias e cambiais, bem como maiores receitas financeiras líquidas, o lucro atingiu
R$ 205,2 milhões.
No quarto trimestre de 2005, em função da des valorização média de 4,0% do real frente ao dólar
norte americano, a Embraer reconheceu despesas com variações monetárias e cambiais líquidas
de apenas R$ 4,9 milhões em comparação a uma despesa de R$ 33,0 milhões apurada em igual
período do ano anterior, quando o dólar oscilou 7,2%. Porém, no acumulado do ano, a Embraer
acumulou receitas com variações monetárias e cambiais líquidas que totalizaram R$ 44,1 milhões
comparadas a despesas de R$ 57,0 milhões registradas em 2004.
Já as receitas financeiras líquidas no último trimestre de 2005 totalizaram R$ 44,7 milhões em
comparação a uma despesa líquida de R$ 35,5 milhões apurada em igual período de 2004. Estes
números refletem o balanceamento entre endividamento e disponibilidade de caixa, buscando
sempre alternativas de otimizar os investimentos e proteger a Empresa das flutuações de taxas de
juros e câmbio. No acumulado do ano de 2005 as receitas financeiras líquidas totalizaram R$ 67,5
milhões comparadas a uma despesa financeira líquida de R$ 21,9 milhões apurada no exercício de
2004.
6
7. Gestão Financeira
Em 31 de dezembro de 2005 a posição de caixa da Embraer, incluindo aplicações de curto prazo
em títulos e valores mobiliários , totalizava R$ 4.479,2 milhões. Na mesma data o endividamento
total era de R$ 3.636,7 milhões , fazendo com que a Empresa apresentasse um caixa líquido de R$
842,5 milhões no 4T05, superior ao valor de R$ 215,7 milhões apurado no trimestre anterior.
Dados de Balanço
(R$ milhões) 4T04 3T05 4T05
Disponibilidades (*) 3.614,3 3.994,5 4.479,2
Contas a receber-total 1.839,6 1.662,1 1.056,2
Estoques 4.069,5 4.052,8 3.967,3
Ativo permanente 2.326,7 2.329,8 2.366,3
Fornecedores 1.486,4 1.255,0 1.712,7
Endividamento bancário 3.553,7 3.778,8 3.636,7
Patrimônio líquido 4.442,7 4.630,5 4.735,9
Caixa (endividamento) líquido 60,6 215,7 842,5
* Inclui Caixa/Aplicações financeiras e Titulos e Valores Mobiliários
O aumento das disponibilidades de caixa, de R$ 484,7 milhões, ocorrida entre o encerramento do
3T05 e o final do 4T05, é reflexo principalmente da forte geração de caixa associada às entregas
dos modelos EMBRAER 175 e EMBRAER 190, além do crescimento da receita do segmento de
Serviços ao Cliente.
A posição líquida de caixa cresceu R$ 626,8 milhões no último trimestre do ano, apresentando ao
término do exercício de 2005 um saldo de R$ 842,5 milhões .
O item contas a receber diminuiu em R$ 605,9 milhões principalmente devido à reclassificação de
itens antes contabilizados nesta linha, e que agora estão alocados na conta de financiamento a
clientes, além da conclusão da estruturação de alguns financiamentos de vendas que estavam em
processo de finalização. Uma parte significativa desse valor corresponde a sete aeronaves já
entregues à US Airways, cujo saldo a receber e respectivas aeronaves foram transferidos para a
Republic Airlines e encontram-se em processo de estruturação de financiamento.
Os estoques também apresentaram uma queda de R$ 85,5 milhões no 4T05 em relação ao 3T05,
atingindo R$ 3.967,3 milhões.
Endividamento
A forte geração de caixa observada no último trimestre de 2005, aliada à reorganização do perfil do
seu endividamento, constituíram-se em fatores determinantes para o melhor equacionamento do
endividamento da Embraer, alterando o perfil das linhas de crédito utilizadas pela Empresa, que se
fizeram necessárias para suportar os investimentos de longo-prazo e as necessidades de capital de
giro verificadas ao longo de 2005, encerrando o exercício com endividamento total de R$ 3.636,7
milhões , 3,8% inferior aos R$ 3.778,8 milhões do 3T05 e apenas 2,3% superior aos R$ 3.553,7
milhões do 4T0 4.
A diminuição do endividamento ocorreu através da obtenção de linhas de crédito de longo prazo,
compatíve is com os custos e os projetos de investimento da Companhia, que possibilitaram a
quitação de compromissos de curto prazo, mais onerosos, transformando assim despesas em
receitas financeiras. Assim, no 4T05, o endividamento de longo prazo representava 69,4% do total,
sendo que no 4T0 4, o mesmo representava 61,7%.
No 4T0 5, 85,6% do endividamento total é denominado em moedas estrangeiras, basicamente em
dólares norte-americanos, a um custo médio ponderado de 6,4% ao ano, enquanto os restantes
14,4% são denominados em reais e estão sujeitos a juros médios ponderados de 12,3% ao ano.
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8. Caixa
Do total do caixa, incluindo aplicações de curto prazo e títulos e valores mobiliários , de R$ 4.479,2
milhões, 40,7% são aplicações realizadas em reais e os restantes 59,3% em moeda estrangeira,
em sua maioria denominadas em dólar. A estratégia de investimento do caixa da Embraer está
baseada no equilíbrio de ativos e passivos quanto à exposição cambial e na perspectiva dos
investimentos futuros que são em sua maioria realizados em Reais.
nvestimentos em P&D e Investimentos
Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
Em 2005 foi investido um total de R$ 302,9 milhões em pesquisa e desenvolvimento de produtos ,
principalmente no desenvolvimento e na certificação da nova família de jatos EMBRAER 170/190.
Produtividade e Capacitação Industrial
Os investimentos realizados em capacitação industrial da empresa, incluindo melhorias e
modernização dos processos industriais e de engenharia, máquinas e equipamentos totalizaram,
em 2005, R$ 237,5 milhões.
Informações Complementares em US GAAP
Os resultados da Embraer também são publicados em dólares norte-americanos, de acordo com
os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP), visando atender às
demandas de informações dos investidores externos.
Por este critério, a receita líquida no ano de 2005 totalizou US$ 3.829,9 milhões, o lucro bruto
apurado foi de US$ 1.158,1 milhões com uma margem bruta de 30,2%. O lucro operacional no
período totalizou US$ 504,8 milhões, com uma margem operacional de 13,2%. Por fim, o lucro
líquido no período totalizou US$ 445,7 milhões (11,6% da receita líquida).
Mercado de Aviação Comercial, Executiva, Defesa e Governo e de Serviços ao Cliente
Mercado da Aviação Comercial
O mercado de transporte aéreo encontra-se num ciclo de recuperação, caracterizado pela
crescente demanda mundial de passageiros, e o aumento de eficiência e competitividade das
empresas. De acordo com a ICAO, as companhias aéreas obtiveram um crescimento médio no
tráfego aéreo de 5,0% ao ano nos últimos 10 anos. A Embraer prevê um crescimento médio de
5,1% ao ano nos próximos 20 anos. A demanda de passageiros futura será suportada por um
crescimento econômico mundial médio de 3,0% ao ano e será estimulada pela redução contínua no
preço médio das passagens. Mercados de aviação maduros como o dos EUA e da Europa,
crescerão a um ritmo menor que a média mundial, diminuindo assim sua participação no tráfego
aéreo mundial em 2025. A China, devido ao seu forte crescimento econômico, e a região Ásia-
Pacífico, devido ao aumento da liberalização dos sistemas aéreos, deverão representar um terço do
tráfego aéreo mundial em 2025.
Para manter sua competitividade no mercado atual, as companhias aéreas têm sido pró-ativas na
implementação de reduções de custos. Em seus planos de reestruturação, as empresas aéreas
analisam todos os custos sob seu controle, incluindo a otimização de suas frotas. A operação de
uma frota de tamanho adequado e flexível a um custo baixo é fundamental para uma empresa aérea
manter sua competitividade e lucratividade.
Visando melhor atender às necessidades do mercado de aviação, a Embraer desenvolveu a família
EMBRAER 170/190, uma família de aeronaves de última geração otimizadas para o segmento de
70 a 110 lugares. Em 31 de dezembro de 2005, três dos quatro membros da nova família haviam
sido certificados e a carteira de pedidos totalizou 440 pedidos firmes e 366 opções. A certificação
do EMBRAER 195, o maior modelo da família, está prevista para meados de 2006.
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9. A família EMBRAER 170/190 recebeu um total de 9 novos pedidos em 2005 de companhias
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aéreas regionais, tradicionais e de baixo custo, incluindo a Republic Airways, TAME Líneas Aéreas
de Ecuador, Saudi Arabian Airlines, LOT Polish Airlines, Copa Airlines, Flybe, GECAS, Paramount
Airways, Regional(Air France) e Finnair.
Na segunda metade do ano, destacamos a entrega do primeiro EMBRAER 175 à Air Canada, e do
primeiro EMBRAER 190 à JetBlue, ambos clientes lançadores desses modelos.
À medida em que a demanda no segmento de 61 a 120 assentos vem crescendo, a demanda no
segmento de 30 a 60 assentos, que nos últimos anos havia crescido significativamente, atingiu um
período de maturidade, com uma base d clientes já solidificada e estabelecida. Este segmento
e
continuará sendo importante no sistema de transporte aéreo, principalmente no desenvolvimento de
rotas de baixa densidade e de alta freqüência de vôos, e no desenvolvimento de mercados
secundários em países como a China, México e Rússia. Em 2005, aproximadamente 3,000 rotas
eram operadas por aeronaves de 30 a 60 assentos nos EUA. A demanda por aeronaves de 30 a 60
assentos crescerá entre 2016 e 2025 à medida em que o ciclo de reposição das aeronaves
atualmente em operação atingirá o seu pico.
Em 2005, também ultrapassamos a marca de 900 aeronaves da família ERJ 145 entregues ao
mercado, um marco importante na história de um dos best-sellers da Aviação Comercial mundial. O
número de pedidos para jatos E 145 na China também aumentou em 2005, com a venda de
RJ
cinco jatos ERJ 145 para China Eastern Airlines Jiangsu Ltd.
A frota mundial de jatos de 30 a 120 assentos deverá aumentar de 3.998 unidades em 2005 para
9.548 em 2025. Nos próximos 20 anos, estima-se que 70% das novas entregas (5.550 aeronaves)
serão u tilizadas para sustentar o crescimento do tráfego aéreo e 30% (2.400 unidades) serão
utilizadas na substituição de aeronaves usadas. A maior parte das entregas será para companhias
aéreas na América do Norte e Europa, representando 71% do total das entregas previstas para os
próximos 20 anos.
Aproximadamente 80% das entregas projetadas para o segmento de 30 a 120 assentos nos
próximos anos serão para o segmento de 61 a 120 assentos, principalmente devido ao crescimento
natural das companhias aéreas regionais, da substituição de aeronaves usadas, da adequação do
tamanho dos equipamentos usados por companhias aéreas tradicionais, e da entrada de
companhias de baixo custo em mercados de tamanho médio.
Mercado da Aviação Executiva
O ano de 2005 foi marcado pela decisão estratégica da Embraer de tornar-se uma das grandes
fabricantes do mercado de Aviação Executiva, quando a Empresa anunciou o lançamento de novos
produtos ao mercado e também a expansão dos seus serviços a clientes.
Em maio, a Embraer lançou dois novos jatos para as categorias very Light e light, chamados
Phenom 100 e Phenom 300. A excelência no conforto, performance superior e baixos custos
operacionais são os pontos chave para que essas novas aeronaves conquistarem posições de
destaque nos segmentos em que se inserem.
O segmento de aeronaves very light tem demanda estimada em 2.500 aeronaves para os próximos
dez anos, representando aproximadamente 26% do total de entregas previstas para a Aviação
Executiva. A demanda estimada para as aeronaves do segmento light é de 1.750 unidades.
Visando a contínua satisfação dos clientes , a Embraer incorporou uma série de melhorias no seu
modelo Legacy 600 que incluíram a certificação para operações em aeroportos localizados em
grandes altitudes, a certificação do novo teto operacional de 41.000 pés, um novo plano de
manutenção da aeronave que reduz em até 21,5% o tempo requerido para as revisões, além da
incorporação do sistema de navegação sem fio de alta-velocidade na Internet (Wi-Fi Technology).
Em 2005, a Embraer entregou 20 Legacy 600, aumentando sua frota em serviço para 67 aeronaves
operadas em 15 países. O Legacy 600 está inserido no segmento de aeronaves “super midsize”, e
teve sua participação de mercado aumentada de 11,0% em 2004 para 12,0% em 2005. A demanda
para esse segmento de mercado é estimada em 1.415 unidades para os próximos 10 anos.
A Embraer vê no mercado de Aviação Executiva ótimas perspectivas e entende que, de acordo com
a sua estratégia de diversificação e aumento da sua receita, este mercado é de extrema
importância para o seu crescimento.
9
10. Mercado de Defesa e Governo
A estratégia da Embraer para o segmento de Defesa e Governo consiste em oferecer aos seus
clientes a mais diversificada gama de produtos integrados para missões de Inteligência, Patrulha e
Reconhecimento (ISR) com suas aeronaves EMB 145 AEW&C, MP/ASW, e AGS; além dos Super
Tucanos, voltados para treinamento e ataque leve, e o AMX. Há também as aeronaves
especialmente configuradas para o transporte de tropas e autoridades, representadas pelos EMB
135/145, Legacy 600 e EMB 120 Brasília.
Apesar dos desafios e frustrações vivenciados pela Embraer em 2005, o ano trouxe várias
conquistas para a Empresa. Dois contratos para a venda de 48 aeronaves Super Tucano foram
assinados em 2005. O primeiro foi firmado com a Força Aérea Brasileira, que já opera 24
aeronaves deste modelo, e exerceu 23 opções de compra que possuía. O segundo foi fechado com
o Governo da Colômbia, que adquiriu 25 aeronaves, sendo esta a primeira exportação desse
modelo pela fabricante.
No segmento de transporte de autoridades, a TAME, empresa estatal de transportes aéreos do
Equador, confirmou uma ordem de duas aeronaves EMBRAER 170 e um EMBRAER 190, com
opções para adquirir mais quatro. Ainda nesse segmento, a Embraer entregou um ERJ 145 para a
SATENA, empresa estatal Colombiana, cinco Legacy 600 para o governo da Índia, e um Legacy
600 ao governo da Nigéria, todos especialmente configurados para o transporte de autoridades.
O contrato de modernização dos 46 caças F-5 BR pertencentes à Força Aérea Brasileira está em
andamento, sendo que duas aeronaves já foram entregues no segundo semestre de 2005. As duas
unidades entregues possuem equipamentos de última geração, que contribuem para a melhoria da
performance operacional. O contrato de modernização das 53 aeronaves de ataque A-1 (AMX),
pertencentes à Força Aérea Brasileira, também segue dentro do cronograma previsto.
No entanto, durante 2005, a decisão de utilizar a plataforma ERJ 145 para o programa norte-
americano ACS (Aerial Common Sensor), como previamente anunciado em 2004, foi
comprometida por alterações nas especificações do projeto, quando novos equipamentos foram
adicionados ao programa, aumentando o peso do sistema como um todo, bem como a
necessidade de refrigeração de todos os equipamentos. Assim, em janeiro de 2006, o exército
norte-americano anunciou o cancelamento do programa ACS.
Serviços ao Cliente
A Embraer anunciou a expansão de suas operações d manutenção em Nashville, Estado do
e
Tennessee, para atender à crescente demanda por serviços de manutenção de aeronaves nos
Estados Unidos. Para tanto, sua subsidiária Embraer Aircraft Maintenance Services (EAMS) deverá
ampliar suas instalações em 6.500 m etros quadrados no Aeroporto Internacional de Nashville
expandindo assim a sua capacidade de realização de serviços de manutenção.
Seguindo o plano de expansão da área de Serviços ao Cliente, a Embraer adquiriu a OGMA –
Oficinas Gerias de Manutenção – em Portugal, para atender à sua crescente frota de aeronaves em
operação no continente europeu.
A Embraer também inaugurou um novo centro de serviços na Unidade Gavião Peixoto em um
hangar de 3.000 metros quadrados , para realizar manutenção, reparo e reforma de aeronaves .
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11. Pedidos em Carteira
Em 31 de Dezembro de 2005, a carteira de pedidos da Embraer se dividia da seguinte maneira:
Ordens Carteira de
Modelo Opções Entregas
Firmes Ordens Firmes
ERJ 135 123 2 108 15
ERJ 140 94 20 74 20
ERJ 145 677 157 667 10
EMBRAER 170 198 116 92 106
EMBRAER 175 22 - 14 8
EMBRAER 190 191 219 12 179
EMBRAER 195 29 31 - 29
Total 1334 545 967 367
A carteira de pedidos firmes da Embraer encerrou o quarto trimestre de 2005 totalizando US$ 10,4
bilhões . A seguir apresentamos a evolução dos pedidos em carteira ao final de cada trimestre
Pedidos Firmes em Carteira (US$ Bilhões)
10.9
10.4 10.4
10.1
9.9
4T04 1T05 2T05 3T05 4T05
Relações com Investidores
O mercado de transporte aéreo mundial registrou aumento do número de passageiros transportados
no ano de 2005, mas as mais tradicionais empresas aéreas, muitas delas clientes da Embraer,
tiveram que se ajustar a uma nova realidade de custos, uma vez que a competição das empresas
de baixo custo, juntamente com as altas dos combustíveis, pressionaram seus resultados. As
ações da Embraer apresentaram valorização no ano de 2005, juntamente com o aumento das
receitas da Empresa e também a manutenção da sua carteira de pedidos dentro da média
apresentada nos últimos quatro anos. As ações ordinárias (EMBR3) e preferenciais (EMBR4) da
Embraer, negociadas na Bovespa, registraram, no ano de 2005, uma valorização de 13,9% e 3,4%,
e encerraram o ano cotadas a R$ 18,00 e R$ 22,95, respectivamente. Por sua vez, o índice
Bovespa valorizou-se 27,7% no mesmo período.
Da mesma forma, o desempenho dos ADS’s (American Depositary Shares) da Empresa (ERJ),
listados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), atingiram a cotação de US$ 39,10, no último
pregão do ano, representando uma valorização de 16,9% em 2005.
Em 2005, parte da liquidez das ações preferenciais esteve no mercado norte americano, quando o
volume de ADS’s negociado na NYSE apresentou uma média de 537 mil títulos por dia, movimento
equivalente a volume financeiro diário de US$ 18,2 milhões. Já, na bolsa brasileira, as ações
preferenciais e ordinárias apresentaram volume médio diário de cerca de 431 mil e 199 mil ações,
girando R$ 8,9 milhões e R$ 3,1 milhões por dia, respectivamente. Em 2004 o volume médio diário
foi de aproximadamente 523 mil ações preferenciais, equivalentes a R$ 10,9 milhões, e as ações
ordinárias apresentaram um giro de 222 mil, equivalente a R$ 3,5 milhões.
11
12. A capitalização de mercado da Embraer atingiu o valor de US$ 7,0 bilhões no final de dezembro de
2005, comparado aos US$ 6,0 bilhões registrados em 31 de dezembro do ano anterior.
A partir do lucro líquido consolidado de R$ 708,9 milhões , a Embraer distribuiu aos seus acionistas
em 2005, sob a forma de juros sobre capital próprio, R$ 443,9 milhões equivalente a R$ 0,64 por
ação preferencial e R$ 0,58 por aç ão ordinária. A distribuição de proventos deste ano representou
62,2% do lucro líquido consolidado da Empresa, mantendo assim a sua política de distribuição aos
seus acionistas acima do mínimo obrigatório de 25%.
A seguir, distribuição de juros sobre capital:
Data da Data do Valor por
Benefício 2005 Valor por Ação R$
Deliberação Pagamento ADS
ON PN (US$)
JCP 1T 11/3/2005 15/4/2005 0.13892 0.15281 0.22926
JCP 2T 3/6/2005 15/7/2005 0.14450 0.15895 0.27051
JCP 3T 16/9/2005 14/10/2005 0.14777 0.16254 0.29258
JCP 4T 19/12/2005 16/1/2006 0.14687 0.16155 0.27607
Total 2005 0.43914 0.48304 0.83916
JCP=Juros sobre Capital Próprio
Acontecimentos Recentes
Acionistas da Embraer Aprovam Nova Estrutura de Capital
A Assembléia Geral Ext raordinária realizada em 31 de março de 2006, reuniu acionistas detentores de
ações ordinárias e preferenciais, além dos proprietários dos ADS’s da Embraer, que aprovaram a
reestruturação societária da Empresa, onde todos os acionistas possuirão ações ordinárias, com
direito a voto, e também habilitará a companhia a requerer o registro no Novo Mercado da BOVESPA. A
proposta de reestruturação visa à criação de bases de sustentação para o crescimento e continuidade
dos negócios e atividades da Empresa, incrementando o acesso ao mercado de capitais na obtenção
de recursos para o desenvolvimento de novos produtos e programas de expansão.
Royal Jordanian Airlines Adquire Sete Aeronaves EMBRAER 195
Em março de 2006, a Royal Jordanian Airlines, companhia aérea jordaniana, assinou um contrato
de compra de sete EMBRAER 195. As aeronaves serão configuradas para transportar 100
passageiros, em duas classes distintas, onde 12 assentos comporão a Crow Class, com distância
de 42” entre as fileiras, e 88 assentos na Economy Class, que terá distancia de 33” entre as
fileiras. As aeronaves serão utilizadas em rotas com destino ao Oriente Médio, África e Europa.
Embraer Vende Cinco EMBRAER 190 para a Colombiana AeroRepública
A Embraer anunciou em março de 2006 que acertou a venda de cinco aeronaves EMBRAER 190
para a companhia a érea colombiana AeroRepública, sediada em Bogotá, que também firmou
opções para mais 20 aviões. As entregas terão início em n ovembro de 2006, transformando a
AeroRepública na primeira companhia a voar os novos e modernos modelos Embraer no mercado
colombiano.
As aeronaves terão configuração de 108 assentos em classe única e servirão em rotas domésticas
e também explorando rotas internacionais. A AeroRepública possui uma parceria estratégica com a
panamenha Copa Airlines, e desempenhará um importante papel na integração de rotas entre os
dois países, oferecendo mais opções de destino e conforto aos passageiros.
Embraer e US Airways Group Anunciam Ordem Firme de Aeronaves
A Embraer e a U.S. Airways Group, Inc. anunciaram em fevereiro ter chegado a um acordo para
alterar seu contrato original de encomenda de aviões. Pelo acordo, os 57 jatos EMBRAER 170
ainda não entregues serão convertidos em 25 encomendas firmes de EMBRAER 190 e em 32
outros pedidos firmes de EMBRAER 190; sendo esses últimos sujeitos à confirmação pela
empresa aérea.
12
13. O adendo ao contrato também contempla o exercício de até 50 opções de compra de outros aviões
da família EMBRAER 170/190. As entregas para a US Airways serão retomadas em novembro de
2006.
As novas aeronaves serão configuradas com 11 assentos na primeira classe e 88 na classe
econômica, e são equipadas com motores GE CF34-10E. O novo acordo requer aprovação do
tribunal de falência dos Estados Unidos.
China Eastern Airlines W uhan Compra Cinco Jatos ERJ 145 da Harbin Embraer
O novo conselho de administração da China Eastern Airlines Wuhan Ltd aprovou em janeiro a
compra de cinco jatos ERJ 145 LR, de 50 assentos, da Harbin Embraer, cumprindo a última
formalidade para que o contrato de venda viesse a ter efeito.
As entregas desses aviões ocorrerão entre novembro de 2006 e junho de 2007. O negócio
acrescentará cinco aviões ERJ 145 a cinco outros aviões do mesmo modelo adquiridos pela China
Eastern Airlines Jiangsu Ltd, e eleva a dez o total de jatos ERJ 145 na frota regional da China
Eastern.
Embraer Obtém a Classificação Grau de Investimento da Standard & Poor’s
A Standard & Poor’s, uma das maiores e mais conceituadas agências de classificação de risco do
mundo, iniciou a cobertura de risco da Embraer em janeiro, atribuindo-lhe um rating de emissor de
títulos em escala global, em moeda local e em moeda estrangeira, no nível BBB-, ou seja,
correspondendo a grau de investimento (investment grade).
Na escala de classificação de risco da Standard & Poor’s, a atribuição da nota BBB- significa a
qualificação de crédito com risco moderado, sem elementos especulativos e correspondendo a grau
de investimento. O rating de emissor em moeda estrangeira BBB- é a nota que seria atribuída a
dívidas sênior, não subordinadas, emitidas em moeda e sob legislação estrangeira.
Apresentação dos resultados de 2005
A Embraer realizará uma conferência com investidores, analistas e imprensa no dia 3 de abril de
2006, às 8:30 no hotel Renaissance – Salão América do Sul com entrada pela Alameda Jaú No.
1620 – São Paulo – SP
A apresentação será transmitida ao vivo pela internet no endereço www.embraer.com.br
Para informações adicionais, contatar:
Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A
Anna Cecilia Bettencourt
(12) 3927 1216
acecilia@embraer.com.br
Andrea Bottcher
(12) 3927 3054
abottcher@embraer.com.br
Carlos Eduardo Camargo
(12) 3927 1106
carlos.camargo@embraer.com.br
Paulo Ferreira
(12) 3927 3953
ferreira.paulo@embraer.com.br
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14. Este documento inclui projeções, declarações a respeito de eventos ou circunstâncias ainda não ocorridas ou estimativas.
Essas projeções e estimativas têm por embasamento, em grande parte, nas nossas expectativas atuais, projeções sobre os
eventos futuros e tendências financeiras que afetam o nosso negócio. Essas estimativas estão sujeitas a riscos, incertezas
e suposições, que incluem, entre outras: condições gerais econômicas, políticas e comerciais no Brasil e nos mercados
onde atuamos; expectativas de tendências para a nossa indústria; nossos planos de investimento; nossa capacidade de
desenvolver e entregar produtos nas datas previamente acordadas; e regulamentações governamentais existentes e
futuras.
As palavras: “acredita”, ”pode”, “poderá”, “estima”, “continua”, “antecipa”, “pretende”, “espera”, e termos similares têm por
objetivo identificar expectativas. Não nos sentimos obrigados a publicar atualizações ou revisar quaisquer estimativas em
decorrência de novas informações, eventos futuros ou quaisquer outros acontecimentos. Em vista dos riscos e incertezas,
as estimativas, eventos e circunstâncias sobre o futuro podem não ocorrer. Nossos resultados reais podem diferir
substancialmente daqueles mencionados em nossas expectativas.
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15. EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONAUTICA S.A
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
Em Milhares de Reais - Legislação Societária
ATIVO
30 de Setembro 31 de Dezembro
2005 2005
Revisado Auditado
CIRCULANTE
Disponível 2.435.494 4.463.950
Titulos e valores mobiliários 1.559.085 15.285
Contas a receber 1.741.362 1.154.630
Financiamento a clientes 28.822 344.360
Conta a receber vinculadas 112.859 153.174
Provisão para créditos de líquidação duvidosa (110.471) (110.775)
Impostos a recuperar 169.419 104.844
Imposto de renda e contribuição social diferidos 278.228 284.109
Outros créditos 285.717 231.523
Estoques 3.986.347 3.888.181
Despesas pagas antecipadamente 88.458 79.437
Depósitos em garantia 465.635 630.870
Total Circulante 11.040.955 11.239.588
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
Titulos e valores mobiliários 66.320 73.192
Contas a receber 31.247 12.449
Financiamento a clientes 215.787 329.589
Conta a receber vinculadas 1.754.960 1.846.299
Impostos a recuperar 2.887 2.865
Depósitos em garantia 626.465 639.438
Estoques 66.536 79.104
Outros créditos 65.594 66.227
Imposto de renda e contribuição social diferidos 307.331 319.328
Despesas pagas antecipadamente 9.894 8.693
Total Realizável Longo Prazo 3.147.021 3.377.184
PERMANENTE
Investimentos 3.886 386
Imobilizado 1.130.072 1.184.369
Diferido 1.195.850 1.181.523
Total Permanente 2.329.808 2.366.278
TOTAL DO ATIVO 16.517.784 16.983.050
15
16. EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONAUTICA S.A
BALANÇO PATRIMONIAL CONSOLIDADO
Em Milhares de Reais - Legislação Societária
PASSIVO
30 de Setembro 31 de Dezembro
2005 2005
Revisado Auditado
CIRCULANTE:
Financiamentos 1.281.844 1.112.722
Dívidas com e sem direito de regresso 714.040 751.768
Fornecedores 1.246.289 1.704.778
Contas a pagar 156.070 155.090
Contribuição de parceiros 10.008 10.358
Adiantamento de clientes 974.250 1.137.598
Impostos e encargos sociais a recolher 288.662 265.261
Imposto renda e contribuição social a recolher 15.652 86.679
Provisões diversas 748.773 811.283
Contingências 13.608 22.101
Juros sobre capital próprio 103.548 100.208
Imposto de renda e contribuição social diferidos 125.424 51.852
Total do Circulante 5.678.168 6.209.698
EXÍGIVEL A LONGO PRAZO
Financiamentos 2.497.007 2.524.099
Dívidas com e sem direito de regresso 1.360.955 1.165.857
Fornecedores 8.669 7.896
Contas a pagar 61.526 65.126
Contribuição de parceiros 239.216 229.044
Adiantamento de clientes 236.932 227.104
Impostos parcelados de longo prazo 1.169.640 1.202.517
Contingências 93.846 78.353
Imposto de renda e contribuição social diferidos 379.466 360.997
Total do Exigível a Longo Prazo 6.047.257 5.860.993
PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS 109.956 127.169
RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTURO 51.883 49.269
PATRIMONIO LÍQUIDO
Capital social 3.580.851 3.592.804
Reserva de capital 142.250 142.250
Reserva legal 274.415 310.154
Reserva de lucro 461.129 462.245
Lucros acumulados 171.875 228.468
Total do Patrimônio Líquido 4.630.520 4.735.921
TOTAL DO PASSIVO 16.517.784 16.983.050
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17. EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A.
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS
Em Milhares de Reais - Legislação Societária
Três meses encerrados Doze meses encerrados
em 31 de dezembro de em 31 de dezembro de
2004 2005 2004 2005
Revisado Auditado
VENDAS BRUTAS
Mercado Interno 269.942 615.788 807.439 615.788
Mercado Externo 2.391.357 2.116.798 9.445.208 8.524.745
Impostos/Dedução sobre Vendas (13.863) (4.964) (21.488) (7.229)
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 2.647.436 2.727.622 10.231.159 9.133.304
CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (1.760.435) (2.117.613) (6.822.845) (6.966.824)
LUCRO BRUTO 887.001 610.009 3.408.314 2.166.480
Administrativas (112.447) (150.383) (389.191) (483.208)
Comerciais (187.086) (214.044) (992.675) (617.391)
Outras Despesas Operacionais Líquidas (100.381) (45.014) (136.685) (138.270)
Equivalência Patrimonial - (96) - (6.976)
Participação nos Lucros e Resultados (48.318) (48.686) (175.552) (133.423)
LUCRO ANTES DAS (DESPESAS) e RECEITAS FINANCEIRAS 438.769 151.786 1.714.211 787.212
Despesas Financeiras (193.130) (101.310) (475.662) (419.328)
Receitas Financeiras 157.618 146.025 453.817 486.839
Variações Monetárias e Cambiais Líquidas (32.976) (4.909) (56.996) 44.122
LUCRO OPERACIONAL APÓS AS (DESPESAS) RECEITAS FINANCEIRAS
370.281 191.592 1.635.370 898.845
RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS LÍQUIDAS (418) 15.575 (40) 13.718
LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS 369.863 207.167 1.635.330 912.563
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (60.915) 14.522 (345.846) (179.708)
LUCRO APÓS OS IMPOSTOS 308.948 221.689 1.289.484 732.855
PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS (1.670) (16.443) (8.618) (23.920)
LUCRO LÍQUIDO DO PERIODO 307.278 205.246 1.280.866 708.935
QTDE AÇÕES AO FINAL DO PERIODO 718.341.868 721.832.057 718.341.868 721.832.057
LUCRO POR AÇÃO NO FINAL DO PERÍODO (em R$) 0,42776 0,28434 1,78309 0,98213
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18. EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A.
FLUXO DE CAIXA - CONSOLIDADO
Em milhares de Reais - Legislação Societária
Três meses encerrados em Doze meses encerrados em
31/12/04 31/12/05 31/12/04 31/12/05
Revisado Auditado
ATIVIDADES OPERACIONAIS:
Lucro líquido para o período 307.278 205.247 1.280.867 708.935
Itens que não afetam o caixa-
Depreciações e amortizações 58.008 80.180 221.554 284.155
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (2.594) 4.504 (7.716) (3.269)
Provisão de estoques (obsolescencia) (36.614) (7.323) 18.989 36.087
Perdas (ganhos) na alienação de ativo permanente 356 1.902 317 1.821
Baixa do diferido - 1.074 - 1.335
Provisão para perdas 42.531 15.901 66.096 3.583
Imposto de renda e contribuição social diferidos 31.691 (24.304) 25.594 (19.505)
Juros sobre parcelamentos de impostos e empréstimos 52.673 51.928 137.287 168.824
Provisão para (reversão de) contingências 57.793 (2.288) 57.930 30.112
Variações monetária e cambial, líquidas (180.058) 180.154 (278.441) (422.170)
Variação cambial de subsidiárias consolidadas 6.143 (67.377) 19.613 107.331
Equivalência patrimonial em subsidiária não consolidada - 96 - 6.976
Participação dos minoritários 1.670 16.443 8.618 23.920
Baixa de investimentos - 3.977 - 3.977
338.877 460.114 1.550.708 932.112
MUDANÇAS NOS ATIVOS E PASSIVOS:
Contas a receber 214.820 601.330 (861.847) 786.587
Contas a receber - financiamentos (286.103) (429.340) (286.103) (387.846)
Contas a receber - vinculadas (2.229.801) (131.654) (2.229.801) 230.328
Estoques 63.320 92.921 (718.942) 66.203
Despesas pagas antecipadamente 54.021 10.222 67.868 9.772
Impostos a recuperar (8.534) 64.597 (7.337) (15.603)
Outras créditos (19.177) 41.243 19.962 (80.227)
Depósitos em garantia 90.444 (178.208) 78.459 19.885
Fornecedores (825.893) 457.716 318.932 226.280
Dívidas com e sem direito de regresso 2.669.520 (157.370) 2.669.520 (751.895)
Impostos de renda e contribuição social a recolher (39.320) (32.919) 28.999 52.696
Provisões diversas (359.147) 106.518 (190.142) 104.555
Contribuição de parceiros (26.743) 14.237 14.940 (14.940)
Adiantamentos de clientes (222.187) 153.520 (398.296) 92.771
Contingências (70.346) (32.793) (83.943) 12.367
Impostos a recolher 142.082 329.414 364.827 134.340
Outros (15.940) (7.909) 33.682 151.998
(868.984) 901.525 (1.179.222) 637.271
CAIXA GERADO PELAS(USADO NAS) ATIVIDADES (530.107) 1.361.639 371.486 1.569.383
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Venda de imobilizado 85 18 482 824
Titulos e valores mobiliários 29.907 1.536.928 (125.366) 110.052
Adições ao imobilizado (36.416) (47.343) (109.656) (237.491)
Adições ao diferido (108.711) (69.604) (415.954) (302.889)
Investimentos, líquidos (41.219) - (41.219) (117)
Incentivos fiscais 477 1 5.672 2.973
CAIXA USADO NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (155.877) 1.420.000 (686.041) (426.648)
ATIVIDADES FINANCEIRAS:
Financiamentos pagos (1.934.753) (1.268.545) (3.779.313) (3.359.736)
Novos financiamentos obtidos 2.296.266 923.396 4.459.617 3.654.202
Dividendos e juros sobre o capital pagos (159.270) (100.049) (543.664) (492.412)
Aumento de capital 2.039 11.954 9.524 28.948
CAIXA GERADO(USADO) NAS ATIVIDADES FINANCEIRAS 204.282 (433.244) 146.164 (168.998)
AUMENTO (REDUÇÃO) DO DISPONÍVEL (481.702) 2.348.395 (168.391) 973.737
DISPONÍVEL NO INÍCIO DO PERÍODO 3.971.915 2.115.555 3.658.604 3.490.213
DISPONÍVEL NO FINAL DO PERÍODO 3.490.213 4.463.950 3.490.213 4.463.950
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