O Congresso da Classe Trabalhadora reuniu mais de 3 mil delegados e 4 mil participantes para fundar uma nova central sindical no Brasil. O congresso debateu 20 teses e aprovou uma composição que limita a representação estudantil e de movimentos a 5% cada para manter o protagonismo dos trabalhadores. Após votações importantes, o nome da nova central causou polêmica entre aqueles que queriam manter o nome "Conlutas" e os que queriam apagá-lo.
1. O aguardado Congresso da Classe Trabalhadora, realizado nos dias 5 e 6 de junho
em Santos (SP), reuniu mais de 3 mil delegados e 4 mil participantes no geral,
representando uma base de 3 milhões de trabalhadores. Sua deliberação mais
importante foi a fundação de uma nova central sindical e popular no país.
O Congresso da Classe Trabalhadora foi convocado pela Conlutas, Intersindical,
MTST, MAS, MTL e Pastoral Operária. Foi o resultado de um processo de discussão
que durou, no mínimo, dois anos e que envolveu encontros, seminários, reuniões e
debates em todo o país. Para se ter uma ideia, foram apresentados e debatidos
nada menos que 20 teses.
Existia um acordo entre todas as forças convocantes do congresso de que as
diferenças que existissem deveriam ser resolvidas pela base, no próprio congresso.
Central classista, popular e estudantil
Após as discussões nos grupos, foram levados ao plenário as propostas sobre a
natureza da nova central, onde foi aprovada uma composição de entidade que
possibilita a unidade operário-estudantil mas limita a representação dos estudantes
a 5%, assim como de movimentos contra a opressão, afim de deixar claro o
protagonismo da classe trabalhadora.
A polêmica do nome
Após várias votações importantes, como a forma de direção da nova entidade, seu
caráter, assim como importantes temas de conjuntura, como a apresentação de um
programa dos trabalhadores nas eleições, o plenário foi votar o nome da nova
entidade. E aí foi que a polêmica se instaurou.
A proposta apresentada pela Conlutas e MTL era: Conlutas/Intersindical
Central Sindical e Popular. Ficou claro que a real polêmica em relação ao nome
era a simples menção ao termo “Conlutas”. A proposta da junção dos dois nomes
simboliza a experiência acumulada nos últimos anos. A Intersindical pretendia,
porém, apagar o nome “Conlutas”, nem que para isso fosse preciso abrir mão do
próprio nome e história.
Uma nova central foi fundada por um congresso muito representativo, mesmo com
o rompimento da Intersindical, MAS e UNIDOS. Certamente, uma central não tão
forte quanto se poderia. Mas ela já é uma realidade e sua consolidação se dará no
dia-a-dia das lutas da classe trabalhadora, como já aponta o plano de lutas
aprovado pelo congresso.
2. PARALISAÇÃO DO DIA 26 GARANTE PLR
No dia 26/05/2010 ocorreu a maior paralisação nacional dos Correios de um dia
nos últimos 20 anos, realizada por 22 sindicatos, até em Ibirama houve adesão
total à paralisação com as reivindicações de PLR de R$2.000,00 para todos os
funcionários, contratação já através de concurso publico, fim das dobras e
sobrecargas de trabalho, contra a privatização e Correios S/A de Lula. No ato,
foram distribuídos milhares de cartas abertas a população e coletadas assinaturas
no abaixo-assinado contra a privatização dos Correios e pela contratação já.
O SINTECT/SC acertou em deflagrar a paralisação e produzir a carta aberta
seguindo o calendário nacional de lutas. O mesmo não ocorreu na preparação do
ato, sendo convocado muito timidamente e em cima da hora, produzindo a carta
aberta somente no dia da assembléia de 25/05, mas que já deveria ser distribuída
desde o dia 1º de maio. Se a direção do Sindicado tivesse convocado amplamente a
paralisação quinze dias antes, seguindo o calendário nacional, o ato poderia ser
muito mais vitorioso. Mesmo assim os trabalhadores de SC aderiram à paralisação
em varias cidades, em Blumenau quem garantiu a vitoria foram os companheiros
do CDD Norte que pararam em peso.
REFLEXOS DA PARALISAÇÃO
Após a paralisação vitoriosa, a empresa seguindo a risca as orientações do governo
Lula, pagou a PLR de forma unilateral, desrespeitando a categoria, o Ministério do
Trabalho e a FENTECT. A cúpula da ECT continua recebendo valores astronômicos,
em torno de R$ 40.000,00 enquanto os trabalhadores que de fato sustentam a
empresa, recebem no máximo R$ 880,00. Esta é outra tática usada pelo governo
para dividir a categoria, jogando os trabalhadores uns contra os outros, já que
muitos não receberam um centavo sequer.
GARANTIR A GREVE DE AGOSTO POR UMA PLR DE R$ 2.000,00!
Todos devemos ir para a Assembléia do dia 25/06 para eleger representantes que
votem em propostas que defendam a nossa classe no CONREP, coisa que a direção
do nosso Sindicato ora vota conosco contra o CORREIOS S/A, ora vota junto com a
empresa, como os companheiros OLÍVIO, MILTON, EVANDRO, que tentaram
aprovar o PCCS da empresa em assembléia estadual anti-democrática, onde o
dirigente SCHUMACKER se absteve! Na última Plenária Nacional companheiros
ligados a direção aprovaram pagar o Rombo do Postalis. Pois é pessoal, tem diretor
do sindicato defendendo uma coisa em nossa categoria, e aprovando outras nos
congressos nacionais da Federação.
Assinam: Giovani/Blumenau, Gilson/Itajaí, Gilmar/Florianópolis,
Jacques/São José, Fernando (DH)/Florianópolis