O documento descreve várias greves e protestos de trabalhadores em diversos países nos últimos anos, reivindicando melhores condições de trabalho e salários. Greves ocorreram no Brasil, Grécia, França, Espanha, Irlanda, Portugal e outros países. Também relata as revoltas populares na Tunísia e Egito que desencadearam protestos em outros países do Oriente Médio e Norte da África. Defende que os trabalhadores devem se organizar para lutar contra a exploração do capitalismo.
1. N
os últimos dois meses, cerca de plexo Petroquímico, em Suape, 34 mil ope- contra a ditadura de Ben Ali, que governava
170 mil operários da construção rários pararam de trabalhar para exigir paga- há 23 anos. Depois, foram os trabalhadores
civil realizaram greves cm vários mento das horas-cxtras integrais c cartão c jovens egípcios que promoveram gigan-
estados do nosso país. A revolta dos traba- alimentação de R$ 300,00. tescos protestos contra o ditador Hosni
lhadores ocorreu devido às péssimas condi- Mas não é só no Brasil que os trabalha- Mubarak, há 30 anos no poder e importante
ções de trabalho, à extenuante jornada e aos dores estão indo às ruas e realizando greves aliado dos EU A na região. As revoltas popu-
baixos salários. para l utar por seus direitos. lares na Tunísia e no Egito viraram um rasti-
Na obra da Hidrelétrica Jirau, em Ron- Na Grécia, em 2010, ocorreram cinco lho de pólvora que se espalhou por vários
dônia, 22 mil operários cruzaram os braços greves gerais contra a redução dos salários e países do Oriente Médio e.Norte da África.
por uma alimentação de qualidade, paga- a demissão de servidores públicos. Na Fran- Todas essas lutas mostram que a classe
mento de horas-extras, adicional noturno e ça, 2,87 milhões de trabalhadores ocuparam operária não aceita a política dos capitalis-
licença remunerada. as ruas contra a reforma da previdência .e tas e de seus governos, que é a de jogar nas
Na Hidrelétrica de Santo António, tam- por empregos e salários. Já na Espanha, costas do povo o ónus da crise económica,
bém em Rondônia, 16 mil trabalhadores com a adesão de mais de 70% da população, criad#por um sistema que só tem a oferecer
reivindicaram 30% de adicional de pericu- os trabalhadores pararam contra a redução desemprego, fome, exploração e guerras,
losidade, aumento do piso salarial, direito do salário dos funcionários públicos. como a matança imperialista na Líbia, no
de viajar a cada três meses para casa com Também organizaram greves gerais os Afeganistão e no Traque.
passagens pagas pela empresa, melhorias trabalhadores de Irlanda, Portugal, Letónia, Para pôr fim a esse injusto sistema e
das cestas básicas, convénio médico, Lituânia, Polónia, República Tcheca, Romé- construir uma nova sociedade, o socialis-
melhoria dos sanitários e dá alimentação nia, Sérvia, Chipre, Itália, da África do Sul e mo, nós, os trabalhadores, temos que nos
nos alojamentos. de várias províncias da China. Nos EUA é organizar e lutar por nossos direitos.
Na Bahia, os operários exigiram rea- cada vez maior o número de greves e mobi- Por isso, o Movimento Luta de Clas-
juste salarial de 15% e aumento do valor da lizações contra os cortes nos programas soci- ses (MLC) convoca você a se organizar no
cesta básica. ais e demissões de funcionários públicos. seu local de trabalho para, juntos, lutarmos
No Ceará, na obra da Termoelétrica de Neste início de ano, foi a vez. dos povos por um salário digno, pela redução da jor-
Pcccm, além de reajuste salarial c fim dos africanos c árabes afirmarem que não esta- nada de trabalho, pelo fim da escravidão
descontos na folga, os trabalhadores luta- vam mais dispostos a viver sob o tacão de assalariada e pelo socialismo. Só com a
ram por melhores alojamentos e alimenta- governos fascistas e corruptos e conviver nossa luta seremos livres e acabaremos com
ção e água no canteiro. com o desemprego e a pobreza em seus paí- a exploração dos patrões.
Na Refinaria Abreu e Lima e no Com- ses. Primeiro se levantou o povo tunisiano É hora de lutar!