6. Constituição Portuguesa
Artigo 41.º -
4. As igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas
do Estado e são livres na sua organização e no exercício das
suas funções e do culto.
5. É garantida a liberdade de ensino de qualquer religião
praticado no âmbito da respetiva confissão, bem como a
utilização de meios de comunicação social próprios para o
prosseguimento das suas atividades.
Artigo 43.º - O ensino público não será confessional.
Liberdade religiosa
7. Que não sofre influência ou controlo por parte da igreja.
Qualidade de laico. Doutrina que tende dar às instituições um
carácter não religioso.
in Dicionário Priberam de
Língua Portuguesa
Laico.-
Laicidade / Laicismo.-
8. Constituição Portuguesa
Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais
perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado
de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de
ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião,
convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica,
condição social ou orientação sexual.
Preconceito, racismo e xenofobia.
9. Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento
sério ou imparcial.
in Dicionário Priberam de Língua Portuguesa
Preconceito.-
11. Teoria que defende a superioridade de um grupo sobre outros, base
ada num conceito de raça, preconizando, particularmente,
a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo
visando o extermínio de uma minoria.
in Dicionário Priberam de Língua Portuguesa
Racismo.-
12. Aversão aos estrangeiros, ao que vem do estrangeiro, ao que é
estranho ou menos comum.
in Dicionário Priberam de Língua Portuguesa
Xenofobia.-
18. Hijab, Xavi Sala
INTERPRETAÇÃO
Diretora
Ana Wagener
Fátima
Lorena Rosado
Professor
José Luis Torrijo
DADOS TÉCNICOS
Ano de produção
2005
Nacionalidade
Espanha
Duração
8 min
Género
Ficção
Idioma
Espanhol
19. “As mulheres que
usam o véu e
afirmam que é uma
escolha pessoal, ou
estão a mentir ou são
ignorantes” “Quando
eu era criança
nenhuma estudante
usava véu”.
Nawal El Saadawi, médica, escritora
e ativista feminista egípcia.
Argumentos
20. c) Anna Šabatová, provedora de
justiça da República Checa.
“Usar um lenço não
devia ser um problema.
Quando me lembro da
minha avó, ela nunca,
nem em público, nem em
casa, aparecia sem o
lenço”.
Argumentos
21. Argumentos
“A ideia do hijab não é fazer com
que as mulheres passem
despercebidas. É esconder os
seus atrativos. Os homens, não
assediam mulheres de véu.”.
Alida Ahmed, muçulmana
sunita portuguesa.
22. “Não concordo com a
proibição do hijab. Isso só
provoca que certos grupos se
agarrem a “sou uma minoria,
estão-me a sufocar” e façam
a sua apologia. Mas sim,
concordo que seja proibido
nas escolas e locais oficiais,
onde a mensagem que o hijab
passa é contrária à igualdade
e ao laicismo”.
Mimunt Hamido, ativista
espanhola de origem muçulmana.
Argumentos
23. Conclusões
1 O hijab não é apenas um lenço, uma moda ou um adorno. O
hijab é um símbolo político-religioso.
2 O uso do hijab costuma acompanhar práticas sociais de
segregação dos géneros.
4 Na Europa existem diferentes legislações e visões no que
diz respeito à presença da religião na escola.
3 As mulheres muçulmanas têm posições e motivações
diferentes em relação ao uso do hijab.
25. Afrodescendentes e escolaridade
Fonte: IX Congresso Português de Sociologia. Afrodescendentes e oportunidades de acesso ao ensino superior.
Cristina Roldão, Adriana Albuquerque, Teresa Seabra e Sandra Mateus.
26. Afrodescendentes e escolaridade
•Níveis de escolaridades mais baixos.
•Menor conclusão do ensino secundário e do
ensino superior.
•A taxa de retenção é três vezes mais elevada.
Fonte: IX Congresso Português de Sociologia. Afrodescendentes e oportunidades de acesso ao ensino superior.
Cristina Roldão, Adriana Albuquerque, Teresa Seabra e Sandra Mateus.
27. Manuais escolares e racismo
Fonte: Caderno de discussão “Ao fim ao cabo, foi a Europa que fez o mundo moderno”: O Eurocentrismo na História e nos seus Manuais”. Marta
Araújo e Silvia Rodríguez Maeso. Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra.
28. Manuais escolares e racismo
Fonte: Publicação no perfil de Facebook do Pedro Schacht, Professorde Estudos Portugueses e Ibéricos nos EUA, a 9 de maio de 2019.
29. “se eu disser que o estado
promove o privilégio
branco ou que são
políticas públicas de
branquitude, isso provoca
reações fortes! Reações
até muito emocionais, o
que é muito sintomático
do incómodo, do tabu que
recobre o tema”. Cristina Roldão, socióloga,
investigadora no CIES-IUL.
Argumentos
30. “O eurocentrismo tem-se mantido
dominante (…) (ex: a adequação dos
currículos nacionais com vista à
integração na União Europeia) e da
construção de outros
conhecimentos e movimentos
sociais como irrelevantes (ex: as
lutas pela memorialização da
escravatura ou pelo
reconhecimento público do
genocídio dos ciganos no
Holocausto)”.
a) Marta Araújo, Investigadora da
Universidade de Coimbra.
Argumentos
31. “Uma pessoa branca leva
menos tempo a formar uma
opinião sobre um negro do que
sobre um branco, ou seja,
despersonaliza os negros e
mais rapidamente associa a
pessoa a um grupo em vez de
olhar para as suas
especificidades”.
Jorge Vala, psicólogo social. Coordenador
no Instituto de Ciências Sociais da
Universidade de Lisboa.
Argumentos
32. “Até a pessoa que vai à
procura de casa [para habitar]
e que, por causa do seu
sotaque, lhe é dito
automaticamente, antes de
qualquer pergunta, que a casa
afinal já não está disponível,
quando, no segundo a seguir,
liga um cidadão com um
sotaque lisboeta e a casa é
disponibilizada”.
Joana Gorjão Henriques, jornalista e
socióloga. Autora de Racismo em
Português e Racismo no país dos brancos
costumes.
Argumentos
33. Conclusões
1 A discussão dos racismos continua a ser tabu na sociedade
portuguesa.
2 Na última década, aumentaram as desigualdades no ensino,
baseadas na origem étnico-racial.
3 Os manuais escolares contêm representações estereotipadas
sobre África e não abordam a questão da escravatura.
4 As soluções propostas no sentido de um maior respeito pela
diversidade não desafiam o eurocentrismo.
35. Nurit Peled-Elhanan: a Palestina nos livros didáticos israelitas.
Nurit Peled-Elhanan (1949) é uma filóloga e militante pacifista israelita, professora
de Literatura Comparada da Universidade Hebraica de Jerusalém e uma das fundadoras da
associação Bereaved Families for Peace. Após a morte de sua filha de 13 anos, em 1997, em
um atentado suicida palestino, Nurit Peled passou a criticar publicamente a ocupação
da Cisjordânia e da Faixa de Gaza por Israel. Segundo Peled-Elhanan, o país adota uma
política míope que recusa o reconhecimento dos direitos do outro e fomenta o ódio e os
conflitos.
Versão completa aqui.
37. • Como identificar os diferentes tipos de véus islâmicos. O. Goldschmidt e David
Alameda, El País Internacional.
https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/16/internacional/1471347181_490989.html
• El velo a debate, Isabel Navarro
http://www.mediterraneosur.es/prensa/es_debatevelo.html (em espanhol)
• Egypt’s Leading Feminist Unveils Her Thoughts.
https://womensenews.org/2004/02/egypts-leading-feminist-unveils-her-thoughts/
• Discursos do Racismo em Portugal: Essencialismo e Inferiorização nas trocas coloquiais
sobre categorias minoritárias. Edite Rosário, Tiago Santos e Sílvia Lina. Estudo 44, ACIDI,
2011.
https://www.om.acm.gov.pt/documents/58428/177157/Estudo44_WEBfin.pdf/f0cf599
1-f39c-45ed-aeaa-bd9ea8862898
• Caderno de discussão “Ao fim ao cabo, foi a Europa que fez o mundo moderno”: O
Eurocentrismo na História e nos seus Manuais”. Marta Araújo e Silvia Rodríguez Maeso.
Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra.
https://www.ces.uc.pt/projectos/rap/media/RAP_brochura_final.pdf
• Afrodescendentes e oportunidades de acesso ao ensino superior. IX Congresso
Português de Sociologia. Cristina Roldão, Adriana Albuquerque, Teresa Seabra e Sandra
Mateus. http://historico.aps.pt/ix_congresso/docs/final/COM0207.pdf