2. Bate Papo. . .
O
Uso de drogas tem representado um grave problema que
atinge diretamente crianças e jovens; motivo de preocupação
por parte daqueles que atuam nas áreas de Educação, Saúde e
Segurança.
Nos
últimos anos o aumento na incidência do consumo de
CRACK pelos jovens tem resultados em sérios danos físicos,
psicológicos e sociais que, por vezes, trazem como conseqüência,
a morte dos dependentes e/ou pessoas envolvidas com os
mesmos.
Nesta
cartilha apresentamos informações baseadas em dados
científicos sobre as características e conseqüências do uso do
CRACK bem como orientações sobre o papel da escola enquanto
agente de prevenção.
3. Sobre o CRACK ...
Seu nome deriva do verbo "to crack" que, em inglês, significa
quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos
cristais (as pedras) ao serem queimados.
O CRACK apresenta-se sob o aspecto de pedra resultante da
mistura da cocaína (Erithroxylon coca), amônia e o bicarbonato
de sódio, que combinados se tornam substâncias altamente
tóxicas.
Por não ser solúvel em água e também não poder ser injetável
é fumado em cachimbos pois necessita passar do estado sólido
ao de vapor quando aquecido em uma temperatura média de
95ºC.
4. Efeitos no Organismo:
A
fumaça do crack alcança o cérebro em apenas 10 a 15
segundos e seu efeito permanece em torno de 5 minutos. Essa
rápida duração do efeito faz com que o usuário volte a utilizar a
droga com mais freqüência que as outras drogas, levando o
indivíduo à dependência muito mais rapidamente.
O
rápido efeito do crack traz uma sensação de grande prazer,
euforia e poder, que logo acabam, então o usuário quer voltar a
utilizar a droga fazendo isso inúmeras vezes até consumir todo o
estoque.
Os
efeitos mais evidentes do uso são: o estado de excitação,
hiperatividade, insônia, perda de sensação do cansaço e falta de
apetite. Pode produzir um aumento das pupilas (chamada “visão
borrada”), dor no peito, contrações musculares, convulsões e até
o coma. No sistema cardiovascular, os efeitos são mais intensos.
A pressão arterial pode se elevar e o coração bater rapidamente
(taquicardia). A morte também pode ocorrer por conta da
diminuição da atividade de centros cerebrais que controlam a
respiração.
5. Consequências do uso
do Crack:
Após o uso, a pessoa pode apresentar conduta de extrema
violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a
própria família, destruindo-a em todos os aspectos, e depois,
por conseqüência, volta-se contra a sociedade em geral com
visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em
referência.
O
usuário-dependente do crack isola-se geralmente por
sentir-se perseguido, abandona a escola e/ou o trabalho e
dificilmente consegue manter uma rotina passando a viver
basicamente em busca da droga.
É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a
cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito
é mais intenso, mas o tempo de satisfação é muito curto.ais
depressa o que leva ao uso compulsivo de váripedraspor
6. Como identificar o usuário
de Crack ...
O
conjunto
de
alguns
desses
fatores
podem
estar
relacionados ao uso do CRACK:
Falta de motivação para estudar ou trabalhar;
Mudanças bruscas de comportamento;
Inquietação, irritabilidade, ansiedade, cacoetes, perda
de interesse pelas atividades rotineiras;
Insônia;
Olhos avermelhados, olheiras;
Alterações súbitas de humor, uma intensa euforia,
alternada com choro ou depressão;
7. Como identificar o usuário
de Crack ...
Descuido com a higiene pessoal;
Uso de apetrechos como espelhinhos, fósforos, canudos,
usados para cheirar cocaína;
Existência de pequenas queimaduras localizadas próximas
à região da boca;
Existência de receitas de medicamentos ou caixas de
comprimidos de psicotrópicos;
As roupas, os lenços ou as mantas têm cheiro forte de
solvente;
Vestígios de pó branco nos bolsos;
8. Papel da Escola...
Como trabalhar na escola e
em sala de aula.
Educar é prevenir
Sugestões de como ter uma abordagem
para iniciar um diálogo com o seu aluno:
9. Papel da Escola...
Seja claro e objetivo, e de maneira bem calma mostre
sua preocupação com o comportamento dele(a) em sala de
aula;
Evite fazer julgamentos, dar sermões, isso irá afastá-lo
e colocá-lo na defensiva;
Mostre
que
depende
apenas
dele,
assumir
responsabilidades, embora você esteja disposto a ajudálo.
Indique opções de comportamentos alternativos e faça-o
refletir, evite o compromentimento de imediato;
Mostre informações fundamentadas sobre o uso de
drogas de maneira clara e honesta; sem exagero ou
estratégias de amedrontamento.
10. Papel da Escola...
Seja realista sobre os riscos do uso de drogas
mencionando os benefícios de não usá-las.
Disponha os alunos em círculos para discussões abertas.
Evite sermões. Ouça suas opiniões, avalie suas idéias e
re-oriente-o.
Peça opiniões anônimas por escrito, por exemplo, em
tirinhas de papel, sobre as razões para o uso de drogas e
as razões para não usá-las e depois discuta no grupo.
Proponha situações-problema sobre o abuso de álcool ou
outras drogas e promova dramatizações, discussões e
análises dos comportamentos e de suas conseqüências.
Desenvolva a motivação para que os alunos construam
seus conhecimentos e façam pesquisas sobre os assuntos
de seu maior interesse.
11. Papel da Escola...
Organize atividades em que os alunos possam desenvolver as
habilidades em tomar decisões, posicionar-se, resolver
problemas como, por exemplo, “saber recusar um cigarro
quando não quer fumar” ou “limitar o número de doses de
bebida numa festa”.
Estimule a reflexão sobre comportamentos, relacionados
com a saúde (e o uso de drogas), pontuando com informações
e orientações.
Procure integrar as discussões sobre o uso de drogas com
os conhecimentos e atividades de diferentes disciplinas do
currículo, por exemplo, um livro de literatura, uma aula de
Educação Física, um conteúdo de História ou Ciências,
alguns cálculos ou problemas de Matemática.
12. Papel da Escola...
Associe as atividades de prevenção do uso indevido de
drogas com outros comportamentos de promoção à
saúde, como os relacionados à alimentação, à
sexualidade, ao meio ambiente, às relações humanas, ao
enfrentamento do stress, aos cuidados com o corpo,
entre outros.
Incentive e mostre que ele(a) é capaz de mudar, que as
dificuldades são enormes, mas é possivel uma saída.
Mostre que com pequenos passos podemos dá a volta do
mundo.
Dê prioridade à discussão sobre as drogas mais comuns
de uso entre adolescentes; álcool, tabaco, inalantes e
maconha.
Enriqueça as aulas com a discussão de filmes, vídeos,
visitas a sites, leituras de textos e livros.
13. Papel da Escola...
Busque parcerias com outras pessoas e instituições da
comunidade lembrando sempre que o trabalho da
prevenção é mais eficaz quando feito pelas pessoas da
escola e com métodos interativos.
Realize atividades que mostrem a necessidade de retardar
o máximo possível o uso das drogas lícitas, ressaltando a
legislação que proíbe a venda de bebidas e cigarros aos
adolescentes e as possibilidades de, ao beber, fazê-lo
moderadamente, evitando riscos.
Utilize notícias da mídia para ilustrar os temas
desenvolvidos, tendo o cuidado para fazer uma crítica às
distorções
que
muitas
vezes
estão
presentes,
especialmente o preconceito com os usuários, a
“demonização” das drogas, o “esquecimento” das drogas
mais usadas como o álcool e o cigarro.
14. Programas de Prevenção
da SEED
P
R
E
V
E
N
Ç
Ã
O
SAÚDE E PREVENÇÃO NA ESCOLA- DASE
PROGRAMA ESCOLA ABERTA - DEF
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO - DED
15. SAÚDE E PREVENÇÃO NA ESCOLA
O QUE É?
O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) é uma das
ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem a
finalidade de contribuir para a formação integral dos
estudantes da rede pública de educação básica por meio de
ações de promoção e atenção à saúde.
OBJETIVO
Contribuir para a prevenção da infecção pelo HIV, outras
doenças
sexualmente
transmissíveis,
gravidez
na
adolescência e o uso indevido de drogas entre adolescentes e
jovens.
MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 46 )
Aracaju, Campo do Brito, Estância , Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Riachão do Dantas, Salgado, Boquim,
Poço Verde, Tobias Barreto, Simão Dias, Cedro de São João,Porto da Folha, Itabaiana, Areia Branca, Nossa Senhora
Aparecida, São Cristóvão, Santa Luzia Do Itanhy, Cristinápolis , Indiaroba, Itabaianinha , Pedrinhas, Umbauba, Tomar Do
Geru, Arauá, Telha, Propriá , Rosário Do Catete, Carmópolis, Aquidabã, Capela Muribeca, Maruim ,Pirambu, Moita
Bonita,,Pedrinhas ,Ribeirópolis, Areia Branca, Gararu, Canindé Do São Francisco Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória ,
Feira Nova, Monte Alegre , Simão Dias.
17. PROGRAMA ESCOLA ABERTA
O QUE É?
O programa busca repensar a instituição escolar como espaço
alternativo para o desenvolvimento de atividades de
formação, cultura, esporte e lazer para os alunos da
educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos
finais de semana.
OBJETIVO
Contribuir para a melhoria da qualidade da educação, a
inclusão social e a construção de uma cultura de paz.
MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 6 )
Aracaju, Nossa Senhora do
Japaratuba, Capela, Muribeca
Socorro,
São
Cristovão,
19. PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
O QUE É?
O programa é composto por sete macro campos,
referentes ao acompanhamento pedagógico; ao meio
ambiente; ao esporte e ao lazer; aos direitos humanos e à
cidadania; à cultura e às artes, à inclusão digital; à saúde,
à alimentação e à prevenção
OBJETIVO
Promover ações sociais e educacionais em escolas bem
como em outros espaços socioculturais com atividades no
contra turno ao das aulas regulares
MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS: (5)
Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Estância, Itabaiana,
Aracaju (2010)
22. Leituras Recomendadas
Obs. – As obras assinaladas com (*) são indicadas também
para os alunos
ALVES, Rubem. 2005. E aí? Cartas aos adolescentes e
a seus pais. Campinas: Papirus. (*)
AQUINO, Julio Groppa (org.). 1998. Drogas na Escola.
São Paulo: Summus Editorial.
CEBRID. Departamento de Psicobiologia UNIFESP. 2004.
Livreto informativo sobre Drogas Psicotrópicas. São
Paulo: CEBRID. (*)
LARANJEIRA, Ronaldo, JUNGERMAN, Flávia, DUNN,
John. 1998. Drogas: maconha, cocaína e crack. São
Paulo: Contexto.
PINSKY, Ilana, BESSA, Marco Antônio (orgs). 2004.
23. Leituras Recomendadas
SAVATER, Fernando. 1996. Ética para o meu
filho. Tradução: Monica Stahel. 2ª edição. São
Paulo: Martins Fontes.
SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas). 2004. Cartilhas da série “Por dentro do
assunto” (algumas são específicas para pais ou
educadores) (*)
SILVEIRA FILHO, Dartiu Xavier da, MOREIRA,
Fernanda Gonçalves (orgs). 2006. Panorama atual
de drogas e dependências. São Paulo: Atheneu
24. Filmes Recomendados
Meu nome não é Jony, 2008.
Direção: Mauro Lima
Diário de um adolescente, 1995. Direção: Scott
Kalvert
Show de Bola, 2008. Direção: Alexander Pickel
Quando um homem ama uma mulher, 1994. Direção:
Luis Mandoki
Coisas que perdemos pelo Caminho, 2008. Direção:
Susaner Bier
Cazuza - O Tempo Não Pára, 2004. Direção: Sandra
Werneck e Walter Carvalho
Despedida em Las Vegas, 1996. Direção: Mike Figgis
Traffic, 2000. Direção: Steven Soderbergh
25. Sites
Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas – SENAD
www.senad.gov.br
Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas – OBID
www.obid.senad.gov.br
DISQUE SAÚDE: 0800 61 1997
Portal Saúde do Adolescente portal. saude.gov.br/saude/cidadã
Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS www.opas.org.br
Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas- (UNIFESP) –
CEBRID www.cebrid.epm.br
Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP) – PROAD www.unifesp.br/dpsiq/proad
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ www.fiocruz.br
Programa Álcool e drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert
Einstein www.einstein.br/alcooledrogas
Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas – UNIAD www.uniad.org.br
Associação Brasileira de Apoio às Famílias de Droga dependentes –
ABRAFAM www.impacto.org/drogas/abrafam.htm
Projeto Falando sério sobre drogas www.falandoseriosobredrogas.org.br
Alcoólicos Anônimos – AA www.alcoolicosanonimos.org.br
26. Referências Bibliográficas
CEBRID/SENAD: Livreto
PSICOTRÓPICAS - SP
SENAD: Cartilha para Educadores – Série por dentro do
Assunto, BSB – 2005
SENASP/SENAD: Viva mais e melhor... De bem com você, de
Bem com a Vida - PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE
DROGAS- SP - 2004
WIKIPÉDIA-CRACK-2010.
Disponível
em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crack acessado em 09/02/2010
Informativo
sobre
DROGAS
LARANJEIRA, Ronaldo e MACIEL, Cláudia: "Emergências
Psiquiátricas pelo Uso da Cocaína" (em português) , Associação
Brasileira de Psiquiatria - abpbrasil, 2006.
ALBERTANI, Helena – Drogas e Prevenção – conceitos básicos
– Sindepol Brasil
27. MARCELO DEDA CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe
BELIVALDO CHAGAS SILVA
Secretário de Estado da Educação
HORTÊNCIA M. PEREIRA ARAÚJO
Secretária Adjunta da Educação
MARIA IZABEL LADEIRA SILVA
Diretora do Departamento de Educação
ELABORAÇÃO DESTA CARTILHA
Assessoria Pedagógica – DED
Hortência de Oliveira
Joniely Cheyenne Moura Passos
Kátia Suzane Travassos S. Araújo
Raquel de Azevedo D. Taveira
Ilustração
Jeane Caldas
28. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
DED – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
RUA GUTEMBERG CHAGAS, 169
ARACAJU – SERGIPE CEP: 49.000.000
(79) 3179 8877