Um géiser é uma fonte intermitente de água quente que é ejetada em colunas a intervalos regulares, atingindo alturas de 30 a 60 metros, devido à pressão e aquecimento da água subterrânea por rochas vulcânicas. Quando a água sobe à superfície, vapor de água também é emitido com ruído. Após a erupção, água mais fria entra no sistema, iniciando outro ciclo.
1. Géiser
Um géiser é uma fonte intermitente de água quente ou repuxos em que
colunas de água quente são ejetadas a intervalos por vezes regulares de
tempo, com muita força e atingindo por vezes alturas de 30 a 60 metros.
Quando cessa o jato de água, uma coluna de vapor de água sai para o
exterior, usualmente com um atroador ruído.
Os géiseres ocorrem quando em grandes câmaras subterrâneas existem rochas
ígneas a alta temperatura. Quando a água subterrânea entra na câmara
magmática é aquecida pelas rochas circundantes. No fundo da câmara a água
está a grande pressão devido ao peso da água suprajacente. Em consequência,
uma temperatura superior a 100 ºC é necessária para a levar à ebulição. Por
exemplo, a uma profundidade de 300 metros a água pode atingir a
temperatura de 230 ºC antes de entrar em ebulição. O calor provoca a
expansão da água que, em consequência, flui para a superfície. Esta perda de
água reduz a pressão da restante, que se encontra na câmara. A redução de
pressão diminui o ponto de ebulição e uma pequena porção de água atinge o
fundo da câmara e rapidamente ascende, o que causa a erupção do géiser. A
seguir à erupção, a água subterrânea mais fria entra na câmara e o ciclo
começa novamente.
A água quente dos géiseres e, também, das fontes quentes é mais erosiva que
a água subterrânea de outras fontes de baixa temperatura, porque a água
quente tem um efeito dissolvente maior.
Quando a água contém muita sílica dissolvida podem depositar-se geiseritos
junto da fonte.
Um dos mais famosos géiseres do mundo é o do Parque Nacional de
Yellowstone, nos Estados Unidos da América, que ejeta água uma vez por
hora. São também encontrados géiseres noutras partes do mundo incluindo a
Nova Zelândia e a Islândia, onde o termo geyser, significando "borbotão", foi
atribuído a este fenómeno.
2. Lençol Freático
O lençol freático é caracterizado como um reservatório de água subterrânea decorrente da
infiltração da água da chuva no solo nos chamados locais de recarga.
Abaixo dele há o que chamamos de zona de saturação: local onde o solo (ou rochas) está
encharcado pela água e que constitui o limite inferior do lençol freático; e, como limite
superior do lençol, existe a zona de aeração: local onde os poros do solo (ou rochas) estão
preenchidos parte por água e parte por ar.
O lençol freático é diretamente afetado pela topografia e vegetação do local onde se
encontra. Seu formato é delineado de acordo com o relevo do terreno e o tipo de rochas e
sua vazão varia de acordo com a vegetação, as características do terreno, a vazão de
descarga e a quantidade de chuvas.
A vegetação influi no lençol freático principalmente nos locais de recarga. É ela que
permite que a água das chuvas escorra lentamente pela superfície do solo evitando a erosão,
e faz com que a temperatura se mantenha relativamente baixa, evitando a evaporação muito
rápida, o que prejudicaria a infiltração.
Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas chamados, também,
de “aquíferos artesianos livres”: aquífero é uma massa rochosa que acumula água em
quantidade elevada devido à alta porosidade e permeabilidade do solo (ou rochas) onde se
encontra. Quando eles se encontram a uma pressão elevada, maior que 1 atm (atmosfera),
dá-se o nome de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão
atmosférica igual a da superfície.
Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se deve a
ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de uma ou mais
camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o líquido acumulado.
Nos lençóis freáticos ou “aquíferos artesianos livres” não há confinamento, a água flui
livremente e, eles geralmente se encontram há uma profundidade não muito grande.
Quando isso ocorre e eles se encontram muito próximos a superfície, pode acontecer da
água “brotar” formando uma nascente.
Os reservatórios subterrâneos geralmente têm uma água bastante limpa devido à filtração
natural que ela sofre ao escorrer pelo solo poroso. Tanto é que as águas minerais podem ser
consumidas sem necessidade de tratamento. Mas, nas grandes cidades, ou mesmo no campo
devido ao uso de agrotóxicos, a qualidade da água presente nos lençóis freáticos é bastante
prejudicada, principalmente junto aos lixões.