SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Géiser

Um géiser é uma fonte intermitente de água quente ou repuxos em que
colunas de água quente são ejetadas a intervalos por vezes regulares de
tempo, com muita força e atingindo por vezes alturas de 30 a 60 metros.
Quando cessa o jato de água, uma coluna de vapor de água sai para o
exterior,      usualmente         com            um       atroador        ruído.
Os géiseres ocorrem quando em grandes câmaras subterrâneas existem rochas
ígneas a alta temperatura. Quando a água subterrânea entra na câmara
magmática é aquecida pelas rochas circundantes. No fundo da câmara a água
está a grande pressão devido ao peso da água suprajacente. Em consequência,
uma temperatura superior a 100 ºC é necessária para a levar à ebulição. Por
exemplo, a uma profundidade de 300 metros a água pode atingir a
temperatura de 230 ºC antes de entrar em ebulição. O calor provoca a
expansão da água que, em consequência, flui para a superfície. Esta perda de
água reduz a pressão da restante, que se encontra na câmara. A redução de
pressão diminui o ponto de ebulição e uma pequena porção de água atinge o
fundo da câmara e rapidamente ascende, o que causa a erupção do géiser. A
seguir à erupção, a água subterrânea mais fria entra na câmara e o ciclo
começa                                                               novamente.
A água quente dos géiseres e, também, das fontes quentes é mais erosiva que
a água subterrânea de outras fontes de baixa temperatura, porque a água
quente        tem            um         efeito        dissolvente        maior.
Quando a água contém muita sílica dissolvida podem depositar-se geiseritos
junto                                da                                   fonte.
Um dos mais famosos géiseres do mundo é o do Parque Nacional de
Yellowstone, nos Estados Unidos da América, que ejeta água uma vez por
hora. São também encontrados géiseres noutras partes do mundo incluindo a
Nova Zelândia e a Islândia, onde o termo geyser, significando "borbotão", foi
atribuído a este fenómeno.
Lençol Freático
O lençol freático é caracterizado como um reservatório de água subterrânea decorrente da
infiltração da água da chuva no solo nos chamados locais de recarga.

Abaixo dele há o que chamamos de zona de saturação: local onde o solo (ou rochas) está
encharcado pela água e que constitui o limite inferior do lençol freático; e, como limite
superior do lençol, existe a zona de aeração: local onde os poros do solo (ou rochas) estão
preenchidos parte por água e parte por ar.

O lençol freático é diretamente afetado pela topografia e vegetação do local onde se
encontra. Seu formato é delineado de acordo com o relevo do terreno e o tipo de rochas e
sua vazão varia de acordo com a vegetação, as características do terreno, a vazão de
descarga e a quantidade de chuvas.

A vegetação influi no lençol freático principalmente nos locais de recarga. É ela que
permite que a água das chuvas escorra lentamente pela superfície do solo evitando a erosão,
e faz com que a temperatura se mantenha relativamente baixa, evitando a evaporação muito
rápida, o que prejudicaria a infiltração.

Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas chamados, também,
de “aquíferos artesianos livres”: aquífero é uma massa rochosa que acumula água em
quantidade elevada devido à alta porosidade e permeabilidade do solo (ou rochas) onde se
encontra. Quando eles se encontram a uma pressão elevada, maior que 1 atm (atmosfera),
dá-se o nome de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão
atmosférica igual a da superfície.

Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se deve a
ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de uma ou mais
camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o líquido acumulado.

Nos lençóis freáticos ou “aquíferos artesianos livres” não há confinamento, a água flui
livremente e, eles geralmente se encontram há uma profundidade não muito grande.
Quando isso ocorre e eles se encontram muito próximos a superfície, pode acontecer da
água “brotar” formando uma nascente.

Os reservatórios subterrâneos geralmente têm uma água bastante limpa devido à filtração
natural que ela sofre ao escorrer pelo solo poroso. Tanto é que as águas minerais podem ser
consumidas sem necessidade de tratamento. Mas, nas grandes cidades, ou mesmo no campo
devido ao uso de agrotóxicos, a qualidade da água presente nos lençóis freáticos é bastante
prejudicada, principalmente junto aos lixões.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (17)

VulcãO
VulcãOVulcãO
VulcãO
 
Vento e brisa
Vento e brisaVento e brisa
Vento e brisa
 
Infiltracao ufba
Infiltracao ufbaInfiltracao ufba
Infiltracao ufba
 
Apostila de mec solos ba ii
Apostila de mec solos ba iiApostila de mec solos ba ii
Apostila de mec solos ba ii
 
Ciclo Hidrologico
Ciclo HidrologicoCiclo Hidrologico
Ciclo Hidrologico
 
Tsunami gerado pela sismicidade
Tsunami gerado pela sismicidadeTsunami gerado pela sismicidade
Tsunami gerado pela sismicidade
 
Bruno lopes tipos de erupção
Bruno lopes tipos de erupçãoBruno lopes tipos de erupção
Bruno lopes tipos de erupção
 
áGua moreno leandro
áGua moreno leandroáGua moreno leandro
áGua moreno leandro
 
Movimento de agua no solo
Movimento de agua no soloMovimento de agua no solo
Movimento de agua no solo
 
12 agua no-solo
12  agua no-solo12  agua no-solo
12 agua no-solo
 
Infiltração
InfiltraçãoInfiltração
Infiltração
 
áGua Na Natureza
áGua Na NaturezaáGua Na Natureza
áGua Na Natureza
 
Pensando como hidrólogo
Pensando como hidrólogoPensando como hidrólogo
Pensando como hidrólogo
 
Hidrologia Geral
Hidrologia GeralHidrologia Geral
Hidrologia Geral
 
Permafrost
PermafrostPermafrost
Permafrost
 
Samirakatia
SamirakatiaSamirakatia
Samirakatia
 
áGua Na Natureza
áGua Na NaturezaáGua Na Natureza
áGua Na Natureza
 

Destaque

Gabarito bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º ano
Gabarito   bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º anoGabarito   bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º ano
Gabarito bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º anoJames Martins
 
Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas
 Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas
Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinasalinelr88
 
Ficha xii semana uiversitria
Ficha xii semana uiversitriaFicha xii semana uiversitria
Ficha xii semana uiversitriaWesclay Oliveira
 
Crit.ava.ed visual.2012.13
Crit.ava.ed visual.2012.13Crit.ava.ed visual.2012.13
Crit.ava.ed visual.2012.13Paulo Gaspar
 
Arte medieval fundamental
Arte  medieval fundamentalArte  medieval fundamental
Arte medieval fundamentalNEURIVAN01
 
Escolas Aprovadas!!!
Escolas Aprovadas!!!Escolas Aprovadas!!!
Escolas Aprovadas!!!blog2012
 
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBI
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBIPRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBI
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBIfrezita_02
 
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º ano
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º anoQuestão 9 CMRJ 2011/2012 6º ano
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º anoLucas Paiva
 
Protesto nas olimpíadas do México
Protesto nas olimpíadas do MéxicoProtesto nas olimpíadas do México
Protesto nas olimpíadas do Méxicoeduminillo
 
Leitura na escola
Leitura  na escolaLeitura  na escola
Leitura na escolakhrisnati
 

Destaque (20)

HERMOSO
HERMOSOHERMOSO
HERMOSO
 
Programación sede 2012 2
Programación sede 2012 2Programación sede 2012 2
Programación sede 2012 2
 
Gabarito bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º ano
Gabarito   bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º anoGabarito   bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º ano
Gabarito bio frente 1 - mód 24,25,26,27,28 - 2º ano
 
Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas
 Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas
Reportagem na Revista Em Cena sobre a ABRAz Campinas
 
A Prisão dos Fatos
A Prisão dos FatosA Prisão dos Fatos
A Prisão dos Fatos
 
teste 1
teste 1teste 1
teste 1
 
Ficha xii semana uiversitria
Ficha xii semana uiversitriaFicha xii semana uiversitria
Ficha xii semana uiversitria
 
PRÁCTICA 4
PRÁCTICA 4PRÁCTICA 4
PRÁCTICA 4
 
Crit.ava.ed visual.2012.13
Crit.ava.ed visual.2012.13Crit.ava.ed visual.2012.13
Crit.ava.ed visual.2012.13
 
Arte medieval fundamental
Arte  medieval fundamentalArte  medieval fundamental
Arte medieval fundamental
 
Escolas Aprovadas!!!
Escolas Aprovadas!!!Escolas Aprovadas!!!
Escolas Aprovadas!!!
 
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBI
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBIPRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBI
PRACTICA Nº 01 EXCEL_ORTEGA GERBI
 
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º ano
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º anoQuestão 9 CMRJ 2011/2012 6º ano
Questão 9 CMRJ 2011/2012 6º ano
 
Guia 2
Guia 2Guia 2
Guia 2
 
Produção de EVENTOS
Produção de EVENTOSProdução de EVENTOS
Produção de EVENTOS
 
Protesto nas olimpíadas do México
Protesto nas olimpíadas do MéxicoProtesto nas olimpíadas do México
Protesto nas olimpíadas do México
 
acaf
acafacaf
acaf
 
05
0505
05
 
Leitura na escola
Leitura  na escolaLeitura  na escola
Leitura na escola
 
Universidade
UniversidadeUniversidade
Universidade
 

Semelhante a Géiser em 30

Semelhante a Géiser em 30 (20)

13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
13_TEMA_10_agua_subterranea.ppt
 
Ciclo hidrológico
Ciclo hidrológicoCiclo hidrológico
Ciclo hidrológico
 
Ciclo da agua
Ciclo da aguaCiclo da agua
Ciclo da agua
 
Samirakatia
SamirakatiaSamirakatia
Samirakatia
 
Samirakatia
SamirakatiaSamirakatia
Samirakatia
 
Samirakatia
SamirakatiaSamirakatia
Samirakatia
 
O ciclo da água
O ciclo da águaO ciclo da água
O ciclo da água
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
Meio ambiente
Meio ambienteMeio ambiente
Meio ambiente
 
Hidrografia
HidrografiaHidrografia
Hidrografia
 
Acção geologica da água subterrânea
Acção geologica da água subterrâneaAcção geologica da água subterrânea
Acção geologica da água subterrânea
 
Água subterrânea infiltração
Água subterrânea   infiltraçãoÁgua subterrânea   infiltração
Água subterrânea infiltração
 
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
Recursos subterrâneos helena_silvia(2)
 
Aula 2
Aula 2Aula 2
Aula 2
 
Hidrografia -Águas Oceânicas
Hidrografia -Águas Oceânicas Hidrografia -Águas Oceânicas
Hidrografia -Águas Oceânicas
 
4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico
 
4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico4 ciclo hidrológico
4 ciclo hidrológico
 
Ação geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrâneaAção geológica da água subterrânea
Ação geológica da água subterrânea
 
Erosão+e+..
Erosão+e+..Erosão+e+..
Erosão+e+..
 
Agua subterrânea
Agua subterrâneaAgua subterrânea
Agua subterrânea
 

Géiser em 30

  • 1. Géiser Um géiser é uma fonte intermitente de água quente ou repuxos em que colunas de água quente são ejetadas a intervalos por vezes regulares de tempo, com muita força e atingindo por vezes alturas de 30 a 60 metros. Quando cessa o jato de água, uma coluna de vapor de água sai para o exterior, usualmente com um atroador ruído. Os géiseres ocorrem quando em grandes câmaras subterrâneas existem rochas ígneas a alta temperatura. Quando a água subterrânea entra na câmara magmática é aquecida pelas rochas circundantes. No fundo da câmara a água está a grande pressão devido ao peso da água suprajacente. Em consequência, uma temperatura superior a 100 ºC é necessária para a levar à ebulição. Por exemplo, a uma profundidade de 300 metros a água pode atingir a temperatura de 230 ºC antes de entrar em ebulição. O calor provoca a expansão da água que, em consequência, flui para a superfície. Esta perda de água reduz a pressão da restante, que se encontra na câmara. A redução de pressão diminui o ponto de ebulição e uma pequena porção de água atinge o fundo da câmara e rapidamente ascende, o que causa a erupção do géiser. A seguir à erupção, a água subterrânea mais fria entra na câmara e o ciclo começa novamente. A água quente dos géiseres e, também, das fontes quentes é mais erosiva que a água subterrânea de outras fontes de baixa temperatura, porque a água quente tem um efeito dissolvente maior. Quando a água contém muita sílica dissolvida podem depositar-se geiseritos junto da fonte. Um dos mais famosos géiseres do mundo é o do Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos da América, que ejeta água uma vez por hora. São também encontrados géiseres noutras partes do mundo incluindo a Nova Zelândia e a Islândia, onde o termo geyser, significando "borbotão", foi atribuído a este fenómeno.
  • 2. Lençol Freático O lençol freático é caracterizado como um reservatório de água subterrânea decorrente da infiltração da água da chuva no solo nos chamados locais de recarga. Abaixo dele há o que chamamos de zona de saturação: local onde o solo (ou rochas) está encharcado pela água e que constitui o limite inferior do lençol freático; e, como limite superior do lençol, existe a zona de aeração: local onde os poros do solo (ou rochas) estão preenchidos parte por água e parte por ar. O lençol freático é diretamente afetado pela topografia e vegetação do local onde se encontra. Seu formato é delineado de acordo com o relevo do terreno e o tipo de rochas e sua vazão varia de acordo com a vegetação, as características do terreno, a vazão de descarga e a quantidade de chuvas. A vegetação influi no lençol freático principalmente nos locais de recarga. É ela que permite que a água das chuvas escorra lentamente pela superfície do solo evitando a erosão, e faz com que a temperatura se mantenha relativamente baixa, evitando a evaporação muito rápida, o que prejudicaria a infiltração. Os lençóis freáticos são um tipo de reservatório das águas subterrâneas chamados, também, de “aquíferos artesianos livres”: aquífero é uma massa rochosa que acumula água em quantidade elevada devido à alta porosidade e permeabilidade do solo (ou rochas) onde se encontra. Quando eles se encontram a uma pressão elevada, maior que 1 atm (atmosfera), dá-se o nome de “artesianos”. Os “artesianos livres” são aqueles que possuem pressão atmosférica igual a da superfície. Essa diferença de pressão entre um tipo e outro de reservatório subterrâneo se deve a ocorrência de desnível da superfície do aquífero e do confinamento de uma ou mais camadas de baixa permeabilidade que fazem pressão sobre o líquido acumulado. Nos lençóis freáticos ou “aquíferos artesianos livres” não há confinamento, a água flui livremente e, eles geralmente se encontram há uma profundidade não muito grande. Quando isso ocorre e eles se encontram muito próximos a superfície, pode acontecer da água “brotar” formando uma nascente. Os reservatórios subterrâneos geralmente têm uma água bastante limpa devido à filtração natural que ela sofre ao escorrer pelo solo poroso. Tanto é que as águas minerais podem ser consumidas sem necessidade de tratamento. Mas, nas grandes cidades, ou mesmo no campo devido ao uso de agrotóxicos, a qualidade da água presente nos lençóis freáticos é bastante prejudicada, principalmente junto aos lixões.