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6 Eva Pedaladas Do Bem 04 04 2010
1. ARTESANATO MAQUIAGEM
A perfeição Técnicas e
do crochê e cores para o
bordado dia a dia
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FORTALEZA, CEARÁ - DOMINGO, 4 DE ABRIL DE 2010 | ANO XXVIII | eva@diariodonordeste.com.br
FORTALEZA, CEARÁ - DOMINGO, 4 DE ABRIL DE 2010 | ANO XXIX | eva@diariodonordeste.com.br
B Lenice Costa anda para cima e para baixo de bicicleta. A universitária adotou o meio de transporte e se tornou uma defensora da diminuição dos veículos motorizados na cidade FOTOS: MARÍLIA CAMELO
I
Pedaladas do bem
COM CHARME, DISPOSIÇÃO D Elizabeth
I beth Arruda fez da bicicleta seu
VANTAGENS
Arruda principal meio de transporte.
FÍSICA E COMPROMISSO começou a
usar a bicicleta
Além de andar pela vizinhan- H Eu passei a conhe-
COM O MEIO AMBIENTE, ça, ir à padaria e à farmácia, ela cer muito melhor a mi-
por orientação
MULHERES DRIBLAM O médica e faz um percurso diário de oito
agora não quilômetros entre o bairro on- nha cidade, a ter mais
TRÂNSITO CAÓTICO DE imagina sua de mora, Joaquim Távora, e a afinidade com ela”
BICICLETA E DÃO LIÇÕES DE rotina sem as Aldeota, onde trabalha. São cer-
pedaladas ca de 25 minutos de pedaladas. ELIZABETH ARRUDA
CIDADANIA URBANA diárias Empresária
Elizabeth diz que só deixa a
estudante Lenice bike em casa quando precisa
A H Andar de bicicleta
Costa, a advogada sair um pouco mais tarde, não
Geovana Cartaxo, por conta da pressa, mas sim
a produtora de do trânsito que, segundo ela, fez com que me fami-
eventos Thaís Mon- fica mais perigoso. liarizasse com as re-
teiro e a empresá- Aliás, essa é a única reclama- gras de trânsito”
ria Elizabeth Arruda trocaram o ção que faz: “Eu uso bicicleta,
carro por um meio de transporte mas sei que estou correndo um LENICE COSTA
que parece até brincadeira de risco”. A falta de espaço para os Estudante
criança: a bicicleta. Elas se decla- ciclistas e o desrespeito por par-
ram felizes adeptas do ciclismo, te de alguns motoristas, princi-
pois encontraram nele uma ma- palmente os de ônibus, são os sitária Lenice Costa, 24 anos,
neira rápida de andar por Forta- principais problemas enfrenta- faz parte de uma turma de mais
leza, não poluente e, acima de dos por ela. de dez amigos que preferem ir
tudo, aliada da boa forma. A empresária começou a às aulas de bicicleta.
Com suas bikes, elas se aven- usar mais a bicicleta há dois Lenice conta que já gostava
turam nas ruas da Capital des- anos, por recomendação médi- de pedalar desde a infância e,
cobrindo cenários imperceptí- ca, e logo descobriu que peda- na juventude, começou a usar o
veis quando se está atrás do lar também pode contribuir pa- veículo para fazer percursos
volante ou dentro de um ôni- ra o bem-estar de todos. De maiores. Hoje, além de ir de
bus lotado. Mas as defensoras acordo com ela, a bike e o trans- casa para a faculdade, no mes-
das pedaladas têm consciência porte público podem ser as solu- mo bairro, ela vai de bike pas-
das consequências de suas esco- ções para alguns problemas das sear e visitar amigos que mo-
lhas, pois o trânsito não é “ami- grandes cidades. ram em lugares mais distantes.
gável” para o uso do transporte Elizabeth diz que, antes, via Para a estudante, a bicicleta
de duas rodas. poucas pessoas pedalando, é mesmo o meio de transporte
A falta de infraestrutura mí- mas, atualmente, costuma en- ideal, pois até para ir aos bair-
nima para a atividade, como contrar muitas senhoras com ros mais próximos, ela leva me-
ciclovias, e o desrespeito dos suas bikes. Outra vantagem nos tempo pedalando do que se
condutores sãs as principais ad- apontada pela ciclista é a de optasse por ir de ônibus. Lenice
versidades relatadas pelas ci- conhecer melhor a cidade an- afirma ainda que andar de bici-
clistas. Isso sem falar na insegu- dando sobre as duas rodas. cleta faz com que se familiarize
rança pública de boa parte da Além de fazer bem à saúde, com as regras de trânsito e seja
cidade. Contudo elas não se dei- a bicicleta lhe deu mais cons- uma motorista melhor.
xam abater. ciência e afinidade com o lugar A experiência ajudou a jo-
onde mora. “É tudo de bom e vem a perceber que há um uso
Históriasdeamor
ainda afina a cintura”, brinca. exagerado dos veículos motori-
Para quem pensa que suor e zados hoje em dia. “Às vezes,
Consciência
cansaço pesam contra também, várias pessoas moram no mes-
seguem as histórias de amor O gosto pelo ciclismo urbano e mo prédio e vão para os mes-
dessas quatro mulheres com a preocupação com o meio am- mos lugares, mas cada um vai
suas bikes. Empresária, 51 biente também estão contagian- num carro”, constata.
anos, e com muito vigor. Eliza- do as novas gerações. A univer- Continuanapágina2