O documento fornece uma introdução básica sobre navegação, incluindo métodos e tipos de navegação, coordenadas geográficas, rumos, marcações e distâncias, nó e milha náutica, utilização de cartas náuticas e equipamentos náuticos como agulhas, odômetro, radar, GPS. Também discute o sistema de balizamento IALA B e sinais náuticos como sinais laterais, cardinais e de perigo isolado.
2. TÓPICOS
● Metodos e Tipos de Navegação
● Coordenadas Geográficas
● Rumos, Marcações e Distâncias
● Nó e Milha Náutica
● Utilização das Cartas Náuticas
4. ● É PARTIR DE UM PONTO
CONHECIDO E CHEGAR A OUTRO,
COM SEGURANÇA
5. MÉTODOS E TIPOS DE
NAVEGAÇÃO
MÉTODO
● Astronômica – Quando a posição é obtida a partir dos astros.
● Geonavegação - Quando a posição é obtida a partir de
pontos notáveis da costa.
● Navegação estimada - Quando apenas se utiliza as
características do movimento da embarcação: "Proa" e
"Velocidade".
TIPO
● Navegação oceânica - Quando estamos a mais de 20 milhas
da costa.
● Navegação costeira - Quando estamos entre 3 e 20 milhas
da costa. Em tais zonas é provável a existência de baixos,
correntes e outros perigos, o que implica conhecer a posição
com rigor. Devem marcar-se pontos com frequência, se
possível de 15 em 15 minutos.
● Navegação em águas restritas - É o tipo de navegação que
6. ● LATITUDE -É a distância angular
medida ao longo do meridiano e
contada a partir do Equador, 90º para o
Norte e 90º para o Sul. O símbolo de
latitude é a letra grega ϕ .
● Exemplo:
● ϕ= 25º 20.0’ N
● ϕ= 28º 35.2’ S
COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
7.
8. ● Longitude - É o arco do paralelo ou
ângulo no polo medido entre o
Meridiano de Greenwich e o
meridiano do ponto, 180º para Leste
e 180º para Oeste.
● Exemplo:
● λ= 045º 30.5’ E
● = 174º 25.3’ W
COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
9.
10. NÓ E MILHA NÁUTICA
● 1 MINUTO DE LATITUDE É IGUAL A
UMA MILHA NÁUTICA
● 1 MILHA NÁUTICA É IGUAL A 1852
METROS
11. CARTA NÁUTICA
● É A REPRESENTAÇÃO PLANA DE
UM TRECHO DA SUPERFICIE DA
TERRA CONTENDO PARTES DE
ÁGUA E DO LITORAL
18. ● VERDADEIRA - é o ângulo entre o Norte
Verdadeiro e o objeto avistado: farol, ilha,
navio, etc. É contada de 000º a 360º no
sentido horário.
MARCAÇÕES
22. ● Relativa - é o ângulo entre a proa da
embarcação e o objeto avistado. É
Contada no sentido horário de 000° a 360°
a partir da proa da embarcação.
MARCAÇÕES
26. DECLINAÇÃO MAGNETICA
● É o ângulo entre os nortes
Verdadeiro e Magnético. Ela varia não
só em função do local na superfície
da Terra onde é medida, como
também anualmente com o passar do
tempo. É contada para oeste ou para
leste do norte verdadeiro. A carta
náutica apresenta o valor da
declinação magnética local no
interior das rosas dos ventos
29. Equipamentos Náuticos
Agulhas
- Magnética - É baseada na propriedade de que uma
barra magnética suspensa levemente por um fio
aponta sempre para o Norte Magnético.
- Vantagens - A Agulha Magnética é um
instrumento comparativamente simples, que opera
independente de qualquer fonte de energia elétrica.
Requer pouca (quase nenhuma) manutenção; e
É um equipamento robusto, que não sofre avarias
com facilidade; e . Seu custo é relativamente baixo.
30. Equipamentos Náuticos
- Desvantagem - A Agulha Magnética busca o
Norte Magnético, em lugar do Norte Verdadeiro (ou
Geográfico); é afetada por material magnético ou
equipamentos elétricos; não é tão precisa;
normalmente, suas informações não podem ser
transmitidas com facilidade para outros sistemas; e
uma Agulha Magnética é mais afetada por altas
latitudes que uma Agulha Giroscópica.
.
32. Equipamentos Náuticos
- Giroscópica - É a agulha que nos fornece o
Norte Verdadeiro. Baseasse no princípio do giroscópio,
que possui duas propriedades, a inércia e a precessão.
Gyroscope
33. VANTAGENS:
● Aponta na direção do Meridiano Verdadeiro, em vez do
Meridiano Magnético. É, portanto, independente do
magnetismo terrestre e mais simples na sua utilização.
● Permite maior precisão de governo / observação de marcações
que a Agulha Magnética.
● Pode ser usada em latitude mais altas que a Agulha Magnética.
● Não é afetada pela presença de material magnético ou
equipamentos elétricos.
● Pela facilidade e precisão na transmissão de dados, em
comparação com as Agulhas Magnéticas, o sinal da Agulha
Giroscópica pode ser utilizado em repetidoras, equipamento
radar, equipamento de navegação por satélite, registrador de
rumos, piloto automático, equipamento de Derrota Estimada,
Sistema integrado de Navegação e Sistemas de Armas.
34. DESVANTAGENS:
● A Agulha Giroscópica exige uma fonte constante de energia
elétrica e é sensível às flutuações de energia; e
● Está sujeita a avarias próprias de equipamentos complexos e
requer uma manutenção adequada, feita por técnicos
especializados.
36. Equipamentos Náuticos
RADAR - Radar é um aparelho eletrônico que usa a
reflexão de ondas-rádio para detectar objetos que não são
visíveis normalmente, por estarem na escuridão, ocultos
por nevoeiros ou por estarem a grandes distâncias.
- apresentação em movimento relativo.
- apresentação em movimento verdadeiro.
38. Equipamentos Náuticos
Ecobatímetro - Os ecobatímetros medem a
profundidade local, por meio da emissão de pulsos e a
recepção do seu eco após tocar no fundo do mar. A
profundidade medida é a partir do fundo da embarcação;
para encontrarmos a profundidade do local, devemos somar
o calado da embarcação.
39. Equipamentos Náuticos
Sistema de Posicionamento Global(GPS) - O GPS é um
sistema de rádio-navegação baseado em 24 satélites,
dimensionado e aprovado pelo sistema de defesa dos
Estados Unidos. O GPS permite que os usuários, em terra,
no mar ou no ar determinem suas posições através das
coordenadas geográficas: latitude, longitude, altitude,
velocidade e hora. O sistema fornece informações vinte e
quatro horas para qualquer lugar do mundo, não sofrendo
interferências das condições atmosféricas no local.
40. Componentes do Sistema
● Seguimento espacial - São 24 satélites
transmitindo sinais em 6 órbitas a 20.200 km, com uma
inclinação de 55º, cada satélite efetuando uma volta a
cada 12 horas. Os satélites têm vida útil de 10 anos
aproximadamente, necessitando de periódicas
substituições.
● Seguimento de controle - É responsável pela
monitoração, geração, correções e avaliação de todo o
sistema; existe uma estação central nos Estados Unidos
e monitoras em outros pontos da terra.
● segmento do utilizador - consiste num receptor
que capta os sinais emitidos pelos satélites.
41.
42. TÓPICO
● SISTEMA DE BALIZAMENTO IALA B
(International Association of Lighthouse Authorities)
43. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● É o conjunto de balizas, bóias,
barcas-faróis, objetos naturais ou
artificiais, padronizados ou não, e de
faróis e faroletes que concorrem para
a garantia da segurança da
navegação em uma região ou área
perfeitamente definida, como canais
de acesso e bacias de evolução de
portos e terminais, marinas e
hidrovias.
44. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● Bóia – dispositivo flutuante que
exibe luz ou não (bóia luminosa ou
cega).
● Baliza - são dispositivos feitos de
ferro ou de concreto que contêm um
objeto em seu tope (parte mais alta)
de forma geométrica variável e não
apresentam luz
45. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● DIREÇÃO CONVENCIONAL DO
BALIZAMENTO – É aquela assumida
pelo navegante que, vindo do mar,
demanda uma baía, enseada, porto,
estuário, lagoa ou rio.
46. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● IDENTIFICAÇÃO DOS SINAIS
NÁUTICOS
Os sinais náuticos são identificados:
a) Durante o período diurno:
1 - quando fixo, pela forma e cor de sua
estrutura, e pela marca de tope; e
2 - quando flutuante, pela cor, pela forma
que apresenta ao navegante, pela marca
de tope e pela numeração, se houver,
47. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● b) Durante o período noturno: sejam
fixos ou flutuantes, pela
característica luminosa.
48. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● São cinco (5) as categorias básicas
de sinais náuticos que compõem o
referido sistema :
a) Sinais Laterais;
b) Sinais Cardinais;
c) Sinais de Perigo Isolado;
d) Sinais de Águas Seguras; e
e) Sinais Especiai
49. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
● Os Sinais Náuticos poderão ser
empregados em conjunto ou
isoladamente, de acordo com as
peculiaridades geográficas e
hidrográficas da área que se
pretende sinalizar, indicando, para o
navegante:
50. SINALIZAÇÃO NÁUTICA
− os limites laterais de um canal
navegável;
− perigos naturais e outras obstruções
resultantes da ação humana;
− áreas ou peculiaridades importantes
para o navegante;
− novos perigos à navegação; ou
● − finalidades especiais
51. Sistema de balizamento IALA
“B”
Cardinal
Leste
Cardinal
Sul
Bombor
do
Perigo
isolado
Bores
te
52. Sinais Laterais
● São geralmente utilizados para os canais bem definidos.
Estes sinais indicam os lados de Boreste e Bombordo do
caminho a seguir. Por exemplo, na entrada de um canal,
acesso de um porto ou entrada de um rio (ou seja, subindo
o rio no sentido contrário da sua direção natural) a bóia
encarnada ficará a BE da embarcação e a bóia verde ficará
a BB da embarcação.
● A bóia encarnada fica a BE da entrada do canal; pode
também ser da forma cônica, pilar ou charuto.
● A bóia verde fica a BB da entrada do canal; pode também
ser da forma cônica, pilar ou charuto.
54. Sinais de canal
preferencial
Canal preferencial a BE desta
bóia
Obs: se
canal
preferenci
al for a BB,
a cor da
bóia é
encarnada
com uma
faixa
55. Sinais de Canal Preferencial
● Cardinal Norte - As bóias do sinal cardinal norte, tanto de dia,
quanto de noite, com lampejos brancos rápidos ou muito
rápidos ininterruptos, indicam que as águas mais profundas
estão ao norte deste sinal, ou indicam ainda o quadrante em
que o navegador deve se manter.
● Cardinal Leste - Tanto de dia, quanto de noite, com 3 lampejos
brancos rápidos (10s) ou muito rápidos (com intervalos de 5s),
indicam que as águas mais profundas estão a leste deste sinal,
ou indicam o quadrante em que o navegante deve se manter.
● Cardinal Sul - Tanto de dia, quanto de noite, com 6 lampejos
brancos rápidos (em intervalos de 15s) ou muito rápidos (em
intervalos de 10s), indicam que as águas mais profundas estão
ao Sul deste sinal, ou indicam o quadrante em que o
navegante deve se manter.
56. Sinais de Canal Preferencial
● Cardinal Oeste - Tanto de dia, quanto de noite (9 lampejos
brancos rápidos em intervalos de 15s ou muito rápidos em
intervalos de 10s), indicam que as águas mais profundas estão
a Oeste do sinal, ou o quadrante em que o navegante deve se
manter.
59. PERIGO ISOLADO
● Indicam os perigos isolados, de tamanho limitado, que devem ser
entendidos como aqueles em torno dos quais as águas não são
seguras. Na cor preta com uma ou mais faixas encarnadas
horizontais.
60. ● Atenção:
- Qualquer problema constatado na
sinalização deve ser imediatamente
comunicada ao representante da
Autoridade Marítima mais próxima
(Capitania dos Portos ou suas
delegacias ou agências).
61. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Catálago de Cartas e Publicações
● Carta 12.000 (simbolos e abraviaturas) (INT 1)
● Avisos aos Navegantes
● Roteiro
● Lista de Faróis
● Lista de Auxilio-Rádio
● Tábuas das Marés
● Cartas de Correntes de Maré
● Cartas Piloto
● Almonaque Náutico
● RIPEAM
62. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Catálogo de Cartas e Publicações:
- Relaciona todas as Cartas e
Publicações Náuticas editadas pela
DHN.
63. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Lista de Faróis – relaciona, então, os
faróis, aerofaróis, faroletes, barcas-
faróis, bóias luminosas e luzes
particulares.
64. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Roteiro – é uma publicação que contém as
informações úteis ao navegante com relação à
descrição da costa, demanda de portos e
fundeadoros, perigos, profundidades em barras
e canais, recuros em portos, balizamento,
condições meteorologicas predominantes,
correntes e marés observadas, etc. A publicação
é dividida em três volumes.
- Costa Norte – Da Baia do Oiapoque ao Cabo
Calcanhar.
- Costa Leste – Do Cabo Calcanhar ao Cabo Frio.
- Costa Sul – Do Cabo Frio ao Arroio Chuí.
65. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Aviso aos Navegantes: São os
meios utilizados para atualização
das Cartas e Publicações Náuticas.
66. Publicações de Auxílio a
Navegação
● Tábuas das Marés: Contêm as previsões
das marés para 43 portos nacionais, 2 ilhas
oceânicas, 2 ilhas costeiras, 4 barras, 1
fundeadouro e 1 atracadouro da costa do Brasil
e 01 fundeadouro na Estação Antártica
Comandante Ferraz. As previsões elaboradas no
Centro de Hidrografia da Marinha (CHM) são
geradas a partir das componentes harmônicas
obtidas das observações realizadas por diversas
instituições, através do método de Análise
Harmônica desenvolvido pelo Vice Almirante
(Ref) Alberto dos Santos Franco.