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Política Nacional de Atenção Integral à
Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no
Sistema Prisional
Portaria Interministerial n. 01, de 02 de janeiro de 2014.
Apresentação Preparada para Comissão Parlamentar de Inquérito
do Sistema Carcerário Brasileiro
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Atenção Básica
15/07/2015
Brasília-DF
715.665 pessoas privadas de liberdade
• 595.641 em unidades prisionais
• 220 mil em SP (34%)
• 119.359 em prisão domiciliar
• 93% - homens
• 7% - mulheres
Vagas no sistema prisional: 302 mil
• Cerca de 25.000 pessoas entram no sistema por ano.
• Crescimento de 235% em 14 anos.
Fontes: Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013.
Panorama da População Carcerária
Fonte: Infopen
Perfil Populacional
ESCOLARIDADE
Faixa Etária
Indicador:
Homens Mulheres Total
482,073 31,64 513,713
Até 4 anos 51,534 3,269 54,803
Mais de 4 até 8 anos 80,285 5,499 85,784
Mais de 8 até 15 anos 64,465 3,33 67,795
Mais de 15 até 20 anos 31,793 881 32,674
Mais de 20 até 30 anos 23,803 513 24,316
Mais de 30 até 50 anos 23,502 1,275 24,777
Mais de 50 até 100 anos 3,07 27 3,097
Mais de 100 anos 539 8 547
BRASILEIROS: 99,4%
ESTRANGEIROS: 0,6%
Nacionalidade
Quantidade de Presos por Tempo Total de Penas
PRESOS PROVISÓRIOS: 42%
REGIME SEMI-ABERTO E ABERTO: 18%
REGIME FECHADO: 39,3%
MEDIDAS DE SEGURANÇA: 0,7%
• 4.400 pacientes judiciários
(HCTP e unidades prisionais)
Fonte: Infopen
POPULAÇÃO CARCERÁRIA
Histórico das Ações da Saúde no Sistema Penitenciário
1984 1988 1990 2003 2014
Lei de Execução
Penal
Plano Nacional de Saúde no
Sistema Penitenciário
(PNSSP)
Constituição
Cidadã
SUS
Sistema Único de Saúde
Universal, integral equitativo
1994
• Anteriormente à Constituição de 1988, em atendimento à LEP (Lei de Execução Penal),
as Secretarias de Justiça assumiram todos os serviços sociais (saúde, educação, trabalho e
assistência social).
Programa Saúde da
Família
PNAISP
Política Nacional de
Atenção Integral à
Saúde das Pessoas
Privadas de Liberdade
no Sistema Prisional
1996
NOB
Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário - PNSSP
Nós críticos do PLANO que levaram a repensar o desenho do programa
nacional:
1. Subfinanciamento: R$1.890,00 a R$3.780,00;
1. O subfinanciamento inviabiliza a constituição das equipes de saúde.
2. Não atende a todo o itinerário carcerário, excluindo os estabelecimentos
de regime semi-aberto, as cadeias públicas, delegacias e as unidades de
detenção provisória.
3. As equipes de saúde não estavam articuladas com a rede de atenção à
saúde, estavam vinculadas apenas a Secretaria de Justiça.
Garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral
no SUS.
1. Promoção da cidadania e inclusão das pessoas privadas de liberdade por meio da
articulação com os diversos setores de desenvolvimento social, como educação, trabalho
e segurança;
2. Atenção integral resolutiva, contínua e de qualidade às necessidades de saúde da
população privada de liberdade no sistema prisional, com ênfase em atividades
preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
3. Respeito à diversidade étnico-racial, às limitações e às necessidades físicas e mentais
especiais, às condições econômicosociais, às práticas e concepções culturais e religiosas,
ao gênero, à orientação sexual e à identidade de gênero; e
4. Intersetorialidade para a gestão integrada e racional e para a garantia do direito à saúde.
Objetivo Geral/Diretrizes:
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas
Privadas de Liberdade no Sistema Prisional - PNAISP
Adesão Estadual
I - assinatura de Termo de Adesão
II - elaboração de Plano de Ação Estadual
III – Publicação de Portaria que Aprova a Adesão
Adesão Municipal
A adesão municipal à PNAISP será facultativa, devendo observar os seguintes critérios:
I - adesão estadual à PNAISP
II - existência de população privada de liberdade em seu território
III - assinatura do Termo de Adesão Municipal
IV - elaboração de Plano de Ação Municipal
V - Publicação de Portaria que Aprova a Adesão
Fluxos de Adesão a Política Nacional
Distribuição das equipes
PNAISP com portaria
habilitação por região
Região Norte 31
Região Centro-Oeste 27
Região Nordeste 26
Região Sul 30
TOTAL 114
Adesão Habilitação
Portarias de Adesão
Estados 23
Municípios 203
Distribuição das equipes por
tamanho da unidade prisional
Equipes com <100 42
Equipes com >100 72
Equipes EAP - Apoio 5
Situação atual da Adesão/Habilitação
Estados não finalizaram a adesão
Roraima
Mato Grosso
Sergipe
Espírito Santo
EABp I EABp II EABp III
Até 100 presos - 6h/s De 101 a 500 presos - 20h/s De 501 a 1200 presos - 30h/s
1 Médico 1 Médico 1 Médico
1 Enfermeiro 1 Enfermeiro 1 Enfermeiro
1 Téc. de Enfermagem 1 Téc. de Enfermagem 1 Téc. de Enfermagem
1 Cirurgião-dentista 1 Cirurgião-dentista 1 Cirurgião-dentista
1 Técnico de Higiene Bucal 1 Técnico de Higiene Bucal 1 Técnico de Higiene Bucal
1 Assistente Social 1 Assistente Social
1 Psicólogo 1 Psicólogo
1 Prof. Nível superior (TO, Fisio
ou Nutricionista, Farmacêutico)
1 Prof. Nível superior (TO, Fisio
ou Nutricionista, Farmacêutico)
Saúde mental optativa Saúde mental optativa
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Composição das Equipes de Atenção Básica Prisional (EABp)
Financiamento por Modalidade Equipes de
Atenção Básica Prisional (EABp)
Tipo de Equipe de Atenção
Básica Prisional (EABp)
Número de
pessoas
privadas de
liberdade
atendido
Carga horária
semanal
mínima
Valor mínimo* do
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(mensal)
* Variável: IDH e Taxa de
População Prisional
EABp I
< 100 6
R$ 3.957,50
EABp I com Saúde mental R$ 6.790,00
EABp II
101 - 500 20
R$ 19.191,65
R$ 28.633,31
EABp II com Saúde mental
EABp III 501 -1200 30 R$ 42.949,96
Financiamento da Assistência Farmacêutica
Proposta: Portaria 2.765, de 12 dezembro de 2014
1) Descentralização dos recursos do FNS para os fundos estaduais ou
municipais.
2) O valor repassado corresponde a R$ 17,63 (dezessete reais e
setenta e três centavos) por pessoa privada de liberdade.
3) Entrega adicional de kits de medicamentos em 2015.
Evolução do Financiamento do Ministério da Saúde para
implantação e custeio das Equipes de Atenção Básica Prisional
Ano Valor por ano
2003 3.575.715,00
2004 803.494,00
2005 3.479.029,00
2006 5.608.965,00
2007 10.003.500,00
2008 11.051.100,00
2009 12.528.000,00
2010 4.438.260,00
2011 3.802.680,00
2012 8.215.830,00
2013 10.599.120,00
2014 16.597.555,31
2015 * Previsão dezembro 48.500.000,00
Número de Equipes – Plano e PNAISP
EQUIPES IMPLANTADAS (financiamento federal/MS)
Cobertura estimada: 31%
out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15
PNAISP 25 91 91 92 105 98 98 98 107
Plano 230 175 168 166 189 189 189 202 191
Total 255 266 259 258 294 287 287 300 298
Perfil de Atendimento e Agravos Epidemiológico
Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças
transmissíveis e não-transmissíveis, como:
 tuberculose,
 HIV/aids,
 hepatites,
 sífilis,
 dermatites,
 hipertensão.
Casos notificados em unidades prisionais segundo agravo e ano de
notificação, Brasil, 2007-2014 (1)
Agravo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Total
Tuberculose 1083 1385 1679 1944 2384 2275 2526 1691 14.967
Dengue 77 106 139 574 152 81 800 177 2.106
AIDS 270 297 207 223 305 226 343 212 2.083
Hepatites Virais 92 112 107 123 257 313 265 98 1.367
Sífilis Adquirida 2 0 0 9 61 63 201 151 487
Atendimento Anti-Rábico Humano 130 143 149 92 109 127 127 53 930
Hanseníase 27 30 33 73 44 32 101 47 387
Síndrome do Corrimento Uretral Masculino 2 4 3 11 61 55 70 44 250
Doenças de Chagas Aguda 0 0 0 1 5 20 32 14 72
Varicela 26 7 18 33 20 26 20 3 153
Violência doméstica, sexual e/ou outras
violências
0 0 2 17 38 12 18 7 94
Leptospirose 7 12 5 7 10 17 16 3 77
Leishmaniose Tegumentar Americana 0 3 2 3 2 0 14 20 44
Sífilis em Gestante 1 2 2 6 3 13 11 8 46
Meningite 7 2 5 2 2 1 7 9 35
Coqueluche 0 0 0 0 0 0 4 2 6
Esquistossomose 15 0 0 0 5 1 4 3 28
Acidente por Animais Peçonhentos 24 1 1 2 0 1 3 2 34
Doenças Exantemáticas 20 7 4 3 3 2 3 1 43
Eventos Adversos Pós-vacina 0 0 0 0 2 4 2 5 13
Gestantes HIV + 0 0 0 0 0 1 1 0 2
Sífilis Congênita 0 0 0 1 0 0 1 0 2
Intoxicações Exógenas 0 0 0 0 0 0 0 1 1
Leishmaniose Visceral 0 0 2 1 2 2 0 0 7
Malária 1 0 0 0 0 0 0 0 1
Total 1784 2111 2358 3125 3465 3272 4569 2551 23235
FONTE: Sinan/MS
NOTAS: (1) Casos até 30/09/2014.
Dados preliminares para os últimos 3 anos.
Fonte: informações encaminhadas pelos estados
Desafios atuais da Política Nacional (PNAISP):
1. Aumentar a cobertura assistencial.
2. Qualificar as intervenções intersetoriais.
3. Informatizar os serviços, por meio da implantação do novo sistema de
informação da Atenção Básica (estratégia e-SUS AB) para monitoramento
e avaliação permanente dos serviços prestados.
4. Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as
equipes de atenção básica prisional.
5. Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais.
6. Aprimorar a infraestrutura para o atendimento em saúde.

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  • 1. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional Portaria Interministerial n. 01, de 02 de janeiro de 2014. Apresentação Preparada para Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário Brasileiro MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica 15/07/2015 Brasília-DF
  • 2. 715.665 pessoas privadas de liberdade • 595.641 em unidades prisionais • 220 mil em SP (34%) • 119.359 em prisão domiciliar • 93% - homens • 7% - mulheres Vagas no sistema prisional: 302 mil • Cerca de 25.000 pessoas entram no sistema por ano. • Crescimento de 235% em 14 anos. Fontes: Geopresidios/CNJ/junho/2014; INFOPEN/2013. Panorama da População Carcerária
  • 4. Indicador: Homens Mulheres Total 482,073 31,64 513,713 Até 4 anos 51,534 3,269 54,803 Mais de 4 até 8 anos 80,285 5,499 85,784 Mais de 8 até 15 anos 64,465 3,33 67,795 Mais de 15 até 20 anos 31,793 881 32,674 Mais de 20 até 30 anos 23,803 513 24,316 Mais de 30 até 50 anos 23,502 1,275 24,777 Mais de 50 até 100 anos 3,07 27 3,097 Mais de 100 anos 539 8 547 BRASILEIROS: 99,4% ESTRANGEIROS: 0,6% Nacionalidade Quantidade de Presos por Tempo Total de Penas
  • 5. PRESOS PROVISÓRIOS: 42% REGIME SEMI-ABERTO E ABERTO: 18% REGIME FECHADO: 39,3% MEDIDAS DE SEGURANÇA: 0,7% • 4.400 pacientes judiciários (HCTP e unidades prisionais) Fonte: Infopen POPULAÇÃO CARCERÁRIA
  • 6. Histórico das Ações da Saúde no Sistema Penitenciário 1984 1988 1990 2003 2014 Lei de Execução Penal Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSSP) Constituição Cidadã SUS Sistema Único de Saúde Universal, integral equitativo 1994 • Anteriormente à Constituição de 1988, em atendimento à LEP (Lei de Execução Penal), as Secretarias de Justiça assumiram todos os serviços sociais (saúde, educação, trabalho e assistência social). Programa Saúde da Família PNAISP Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional 1996 NOB
  • 7. Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário - PNSSP Nós críticos do PLANO que levaram a repensar o desenho do programa nacional: 1. Subfinanciamento: R$1.890,00 a R$3.780,00; 1. O subfinanciamento inviabiliza a constituição das equipes de saúde. 2. Não atende a todo o itinerário carcerário, excluindo os estabelecimentos de regime semi-aberto, as cadeias públicas, delegacias e as unidades de detenção provisória. 3. As equipes de saúde não estavam articuladas com a rede de atenção à saúde, estavam vinculadas apenas a Secretaria de Justiça.
  • 8. Garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral no SUS. 1. Promoção da cidadania e inclusão das pessoas privadas de liberdade por meio da articulação com os diversos setores de desenvolvimento social, como educação, trabalho e segurança; 2. Atenção integral resolutiva, contínua e de qualidade às necessidades de saúde da população privada de liberdade no sistema prisional, com ênfase em atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 3. Respeito à diversidade étnico-racial, às limitações e às necessidades físicas e mentais especiais, às condições econômicosociais, às práticas e concepções culturais e religiosas, ao gênero, à orientação sexual e à identidade de gênero; e 4. Intersetorialidade para a gestão integrada e racional e para a garantia do direito à saúde. Objetivo Geral/Diretrizes: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional - PNAISP
  • 9. Adesão Estadual I - assinatura de Termo de Adesão II - elaboração de Plano de Ação Estadual III – Publicação de Portaria que Aprova a Adesão Adesão Municipal A adesão municipal à PNAISP será facultativa, devendo observar os seguintes critérios: I - adesão estadual à PNAISP II - existência de população privada de liberdade em seu território III - assinatura do Termo de Adesão Municipal IV - elaboração de Plano de Ação Municipal V - Publicação de Portaria que Aprova a Adesão Fluxos de Adesão a Política Nacional
  • 10. Distribuição das equipes PNAISP com portaria habilitação por região Região Norte 31 Região Centro-Oeste 27 Região Nordeste 26 Região Sul 30 TOTAL 114 Adesão Habilitação Portarias de Adesão Estados 23 Municípios 203 Distribuição das equipes por tamanho da unidade prisional Equipes com <100 42 Equipes com >100 72 Equipes EAP - Apoio 5 Situação atual da Adesão/Habilitação Estados não finalizaram a adesão Roraima Mato Grosso Sergipe Espírito Santo
  • 11. EABp I EABp II EABp III Até 100 presos - 6h/s De 101 a 500 presos - 20h/s De 501 a 1200 presos - 30h/s 1 Médico 1 Médico 1 Médico 1 Enfermeiro 1 Enfermeiro 1 Enfermeiro 1 Téc. de Enfermagem 1 Téc. de Enfermagem 1 Téc. de Enfermagem 1 Cirurgião-dentista 1 Cirurgião-dentista 1 Cirurgião-dentista 1 Técnico de Higiene Bucal 1 Técnico de Higiene Bucal 1 Técnico de Higiene Bucal 1 Assistente Social 1 Assistente Social 1 Psicólogo 1 Psicólogo 1 Prof. Nível superior (TO, Fisio ou Nutricionista, Farmacêutico) 1 Prof. Nível superior (TO, Fisio ou Nutricionista, Farmacêutico) Saúde mental optativa Saúde mental optativa Saúde Mental: 1 Médico Psiquiatra ou com experiência em saúde mental 2 Prof. Nível superior (TO, Fisio, Psico, AS...) Composição das Equipes de Atenção Básica Prisional (EABp)
  • 12. Financiamento por Modalidade Equipes de Atenção Básica Prisional (EABp) Tipo de Equipe de Atenção Básica Prisional (EABp) Número de pessoas privadas de liberdade atendido Carga horária semanal mínima Valor mínimo* do incentivo financeiro (mensal) * Variável: IDH e Taxa de População Prisional EABp I < 100 6 R$ 3.957,50 EABp I com Saúde mental R$ 6.790,00 EABp II 101 - 500 20 R$ 19.191,65 R$ 28.633,31 EABp II com Saúde mental EABp III 501 -1200 30 R$ 42.949,96
  • 13. Financiamento da Assistência Farmacêutica Proposta: Portaria 2.765, de 12 dezembro de 2014 1) Descentralização dos recursos do FNS para os fundos estaduais ou municipais. 2) O valor repassado corresponde a R$ 17,63 (dezessete reais e setenta e três centavos) por pessoa privada de liberdade. 3) Entrega adicional de kits de medicamentos em 2015.
  • 14. Evolução do Financiamento do Ministério da Saúde para implantação e custeio das Equipes de Atenção Básica Prisional Ano Valor por ano 2003 3.575.715,00 2004 803.494,00 2005 3.479.029,00 2006 5.608.965,00 2007 10.003.500,00 2008 11.051.100,00 2009 12.528.000,00 2010 4.438.260,00 2011 3.802.680,00 2012 8.215.830,00 2013 10.599.120,00 2014 16.597.555,31 2015 * Previsão dezembro 48.500.000,00
  • 15. Número de Equipes – Plano e PNAISP EQUIPES IMPLANTADAS (financiamento federal/MS) Cobertura estimada: 31% out/14 nov/14 dez/14 jan/15 fev/15 mar/15 abr/15 mai/15 jun/15 PNAISP 25 91 91 92 105 98 98 98 107 Plano 230 175 168 166 189 189 189 202 191 Total 255 266 259 258 294 287 287 300 298
  • 16. Perfil de Atendimento e Agravos Epidemiológico Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não-transmissíveis, como:  tuberculose,  HIV/aids,  hepatites,  sífilis,  dermatites,  hipertensão.
  • 17. Casos notificados em unidades prisionais segundo agravo e ano de notificação, Brasil, 2007-2014 (1) Agravo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Total Tuberculose 1083 1385 1679 1944 2384 2275 2526 1691 14.967 Dengue 77 106 139 574 152 81 800 177 2.106 AIDS 270 297 207 223 305 226 343 212 2.083 Hepatites Virais 92 112 107 123 257 313 265 98 1.367 Sífilis Adquirida 2 0 0 9 61 63 201 151 487 Atendimento Anti-Rábico Humano 130 143 149 92 109 127 127 53 930 Hanseníase 27 30 33 73 44 32 101 47 387 Síndrome do Corrimento Uretral Masculino 2 4 3 11 61 55 70 44 250 Doenças de Chagas Aguda 0 0 0 1 5 20 32 14 72 Varicela 26 7 18 33 20 26 20 3 153 Violência doméstica, sexual e/ou outras violências 0 0 2 17 38 12 18 7 94 Leptospirose 7 12 5 7 10 17 16 3 77 Leishmaniose Tegumentar Americana 0 3 2 3 2 0 14 20 44 Sífilis em Gestante 1 2 2 6 3 13 11 8 46 Meningite 7 2 5 2 2 1 7 9 35 Coqueluche 0 0 0 0 0 0 4 2 6 Esquistossomose 15 0 0 0 5 1 4 3 28 Acidente por Animais Peçonhentos 24 1 1 2 0 1 3 2 34 Doenças Exantemáticas 20 7 4 3 3 2 3 1 43 Eventos Adversos Pós-vacina 0 0 0 0 2 4 2 5 13 Gestantes HIV + 0 0 0 0 0 1 1 0 2 Sífilis Congênita 0 0 0 1 0 0 1 0 2 Intoxicações Exógenas 0 0 0 0 0 0 0 1 1 Leishmaniose Visceral 0 0 2 1 2 2 0 0 7 Malária 1 0 0 0 0 0 0 0 1 Total 1784 2111 2358 3125 3465 3272 4569 2551 23235 FONTE: Sinan/MS NOTAS: (1) Casos até 30/09/2014. Dados preliminares para os últimos 3 anos. Fonte: informações encaminhadas pelos estados
  • 18. Desafios atuais da Política Nacional (PNAISP): 1. Aumentar a cobertura assistencial. 2. Qualificar as intervenções intersetoriais. 3. Informatizar os serviços, por meio da implantação do novo sistema de informação da Atenção Básica (estratégia e-SUS AB) para monitoramento e avaliação permanente dos serviços prestados. 4. Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as equipes de atenção básica prisional. 5. Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais. 6. Aprimorar a infraestrutura para o atendimento em saúde.

Notas do Editor

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