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O mercado de combustíveis derivados de petróleo, mas uma vez vem sofrendo
mutações interessantes nesses últimos tempos.
A partir de 2013 via resolução ANP nº45 as distribuidoras se viram obrigadas a
aumentar seus níveis de estoque em três dias nas bases das regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste próximas aos polos supridores e em cinco dias nas
bases das regiões norte e nordeste que recebem produtos por cabotagem,
exigindo um aumento significativo em sua necessidade de capital de giro
(NCG), causando dificuldades em seus fluxos de caixa.
Essa medida da agencia foi necessária em virtude das constantes dificuldades
das refinarias instaladas de fornecerem produtos de forma regular, levando
alguns locais a operar de forma crítica tendo que importar produtos de outras
refinarias em função da necessidade importante das paradas de manutenção e
também porque a maioria delas já operarem nos seus limites de produção, isso
tudo fruto da estagnação nos investimentos em novas plantas de refino. A
maioria, com exceção de Abreu e Lima em Pernambuco, já tem mais de trinta
anos de operação.
Aliado a tudo isso, como o advento dos escândalos de corrupção apontados
pela operação “Lava Jato” deflagrada pela Polícia Federal, agravou-se também
o caixa da Petrobras, fazendo com que o crédito ofertado aos seus clientes
fosse reduzido praticamente a zero e mais uma vez deteriorando a NCG das
distribuidoras, principalmente das regionais, provocando mais uma vez o
fechamento de distribuidoras autorizadas pela ANP. Para se ter uma ideia a
quantidade de distribuidoras autorizadas pelo órgão em 2017 chegam a 160
empresas e segundo o portal da agencia após o último recadastramento. Esse
número já foi muito maior no final dos anos 90.
Voltando à situação da Petrobras, a sua atual administração anunciou a venda
de diversos ativos e a redução drástica DE seus investimentos nos diversos
setores da cadeia do petróleo. Podemos afirmar que o Brasil é autossuficiente
em petróleo. Isso nos faz crer que não precisamos importar qualquer
combustível derivado de petróleo, como gasolina ou diesel. A realidade, no
entanto, é bem mais complexa.
Apesar de sermos autossuficientes na produção de petróleo cru, temos ainda
uma deficiência grande no refino de derivados, parte por falta de investimentos
em novas refinarias, tornando o Brasil num grande importador de combustíveis,
conforme quadro abaixo:
2000 2016
DIESEL 5.801.873 7.918.324
GASOLINA 60.737 2.926.182
Fonte ANP m³
De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a Petrobras terá de
importar até 2020 cerca de 120% do que importa atualmente.
Sem novas refinarias a importação de combustíveis pode dobrar até 2025. A
diretoria da ANP diz que a importação pode atingir hum milhão de barris por
dia, e o país terá que garantir estrutura para distribuir combustível importado.
A importação pelo Brasil de derivados do petróleo, com a gasolina, deve dobrar
no próximos dez anos caso não sejam retomados os investimentos na
construção de refinarias, afirmou a diretoria da ANP. Essa declaração foi feita
durante a câmara, em Brasília, que discutiu os impactos do cancelamento pela
Petrobras, de dois projetos de refinarias, no Maranhão e no Ceará. A decisão
foi anunciada em meio à crise provocada pelas denuncias de corrupção na
estatal.
Caso o país não eleve a sua capacidade de refino, para evita risco de
desabastecimento, o governo terá que investir nos próximos anos a ampliação
da infraestrutura de distribuição de combustível importado pelo interior do país.
Atualmente, o Brasil refina cerca de 2,2 milhões de barris diariamente. Se não
for feito investimento em refinaria, teremos que nos certificar que temos
infraestrutura no país para que a importação possa ser feita interiorizada,
chegando até o consumidor final.
Ou seja, hoje as importações já equivalem a 15,23 % do consumo brasileiro
(2016, fonte ANP), sem considerar que caso voltemos a ter um ciclo de
crescimento econômico essa situação se agravará. As regiões Norte e
Nordeste, por estarem mais longe DOS mercados vendedores e mais distantes
das principais refinarias, foram os locais onde os produtos importados
chegaram com mais força.
O comando das importações durante muito tempo ficou a cargo da Petrobras,
contudo observamos ao longo de tempo conforme tabela abaixo uma gradativa
entrada de novos grupos importadores assumindo esse papel. Hoje são 200
empresas importadoras autorizadas a operar pela ANP, número superior à
quantidade de distribuidoras instaladas no país.
As diferenças de preços entre os produtos vendidos pela Petrobras (Diesel e
Gasolina) e os produtos importados já internalizados com todos os impostos e
taxas recolhidos está fazendo com que o mercado comece a se movimentar no
sentido de aproveitar essa janela aberta e melhorar a competividade e
lucratividade das distribuidoras, ou seja, quem não conseguir comprar produtos
fora do sistema Petrobras poderá comprometer o resultado ao longo do tempo
dificultando suas vendas aos postos de combustíveis e consumidores finais.
Particularmente as pequenas distribuidoras regionais são aquelas que têm
maior dificuldade logística e financeira para entrar na importação direta e vem
sofrendo mais devido À dificuldade no acesso. Por outro lado as grandes do
setor em função de suas redes e pouca atuação no mercado spot (vendas para
os postos bandeira branca), vem obtendo resultados cada vez melhores já que
eles tem acesso privilegiado em função da escala e melhor capacidade
logística. É possível, se os preços continuarem com as diferenças hoje
apresentadas, que outras regionais sejam incorporadas pelas maiores ou que
simplesmente encerrem suas atividades.
O maior problema enfrentado pelo sistema é a infraestrutura portuária
brasileira, os principais e maiores terminais pertencem à Transpetro, empresa
do grupo Petrobras, E QUE ESTÃO NA SUA MAIOR PARTE COM
OCIOSIDADE. O Brasil tem um gargalo enorme nessa área, pois os terminais
marítimos são escassos, e aqueles disponíveis cobram taxas de armazenagem
bastante salgadas, obviamente também aproveitando o momento. É possível
que com o movimento de desmobilização da Petrobras esse gargalo diminua.
É verdadeiro também que a estatal vem observando esses movimentos com a
cautela necessária e poderá intervir nos preços à medida que as importações
venham a atrapalhar alguns polos e possam colocar em risco o desempenho
de suas refinarias. Ela já demonstrou isso, mesmo que timidamente, em algum
momento reduzindo seus preços para adequação ao mercado internacional. A
Petrobras está de olho na evolução da entrada de produtos importados, mas
também fica atenta ao desempenho de seu caixa.
Finalizando, podemos observar também um movimento interessante e
estrutural de algumas distribuidoras procurando desenvolver suas próprias
importadoras já que não podem importar diretamente, atentas ao seu negócio e
na oportunidade de venda desses produtos para congêneres menos capazes
de entrar nesse negócio, e dessa forma passariam a melhorar sua margem
bruta operacional.
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  • 1. O mercado de combustíveis derivados de petróleo, mas uma vez vem sofrendo mutações interessantes nesses últimos tempos. A partir de 2013 via resolução ANP nº45 as distribuidoras se viram obrigadas a aumentar seus níveis de estoque em três dias nas bases das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste próximas aos polos supridores e em cinco dias nas bases das regiões norte e nordeste que recebem produtos por cabotagem, exigindo um aumento significativo em sua necessidade de capital de giro (NCG), causando dificuldades em seus fluxos de caixa. Essa medida da agencia foi necessária em virtude das constantes dificuldades das refinarias instaladas de fornecerem produtos de forma regular, levando alguns locais a operar de forma crítica tendo que importar produtos de outras refinarias em função da necessidade importante das paradas de manutenção e também porque a maioria delas já operarem nos seus limites de produção, isso tudo fruto da estagnação nos investimentos em novas plantas de refino. A maioria, com exceção de Abreu e Lima em Pernambuco, já tem mais de trinta anos de operação. Aliado a tudo isso, como o advento dos escândalos de corrupção apontados pela operação “Lava Jato” deflagrada pela Polícia Federal, agravou-se também o caixa da Petrobras, fazendo com que o crédito ofertado aos seus clientes fosse reduzido praticamente a zero e mais uma vez deteriorando a NCG das distribuidoras, principalmente das regionais, provocando mais uma vez o fechamento de distribuidoras autorizadas pela ANP. Para se ter uma ideia a quantidade de distribuidoras autorizadas pelo órgão em 2017 chegam a 160 empresas e segundo o portal da agencia após o último recadastramento. Esse número já foi muito maior no final dos anos 90. Voltando à situação da Petrobras, a sua atual administração anunciou a venda de diversos ativos e a redução drástica DE seus investimentos nos diversos setores da cadeia do petróleo. Podemos afirmar que o Brasil é autossuficiente em petróleo. Isso nos faz crer que não precisamos importar qualquer combustível derivado de petróleo, como gasolina ou diesel. A realidade, no entanto, é bem mais complexa.
  • 2. Apesar de sermos autossuficientes na produção de petróleo cru, temos ainda uma deficiência grande no refino de derivados, parte por falta de investimentos em novas refinarias, tornando o Brasil num grande importador de combustíveis, conforme quadro abaixo: 2000 2016 DIESEL 5.801.873 7.918.324 GASOLINA 60.737 2.926.182 Fonte ANP m³ De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a Petrobras terá de importar até 2020 cerca de 120% do que importa atualmente. Sem novas refinarias a importação de combustíveis pode dobrar até 2025. A diretoria da ANP diz que a importação pode atingir hum milhão de barris por dia, e o país terá que garantir estrutura para distribuir combustível importado. A importação pelo Brasil de derivados do petróleo, com a gasolina, deve dobrar no próximos dez anos caso não sejam retomados os investimentos na construção de refinarias, afirmou a diretoria da ANP. Essa declaração foi feita durante a câmara, em Brasília, que discutiu os impactos do cancelamento pela Petrobras, de dois projetos de refinarias, no Maranhão e no Ceará. A decisão foi anunciada em meio à crise provocada pelas denuncias de corrupção na estatal. Caso o país não eleve a sua capacidade de refino, para evita risco de desabastecimento, o governo terá que investir nos próximos anos a ampliação da infraestrutura de distribuição de combustível importado pelo interior do país. Atualmente, o Brasil refina cerca de 2,2 milhões de barris diariamente. Se não for feito investimento em refinaria, teremos que nos certificar que temos infraestrutura no país para que a importação possa ser feita interiorizada, chegando até o consumidor final.
  • 3. Ou seja, hoje as importações já equivalem a 15,23 % do consumo brasileiro (2016, fonte ANP), sem considerar que caso voltemos a ter um ciclo de crescimento econômico essa situação se agravará. As regiões Norte e Nordeste, por estarem mais longe DOS mercados vendedores e mais distantes das principais refinarias, foram os locais onde os produtos importados chegaram com mais força. O comando das importações durante muito tempo ficou a cargo da Petrobras, contudo observamos ao longo de tempo conforme tabela abaixo uma gradativa entrada de novos grupos importadores assumindo esse papel. Hoje são 200 empresas importadoras autorizadas a operar pela ANP, número superior à quantidade de distribuidoras instaladas no país. As diferenças de preços entre os produtos vendidos pela Petrobras (Diesel e Gasolina) e os produtos importados já internalizados com todos os impostos e taxas recolhidos está fazendo com que o mercado comece a se movimentar no sentido de aproveitar essa janela aberta e melhorar a competividade e lucratividade das distribuidoras, ou seja, quem não conseguir comprar produtos fora do sistema Petrobras poderá comprometer o resultado ao longo do tempo dificultando suas vendas aos postos de combustíveis e consumidores finais. Particularmente as pequenas distribuidoras regionais são aquelas que têm maior dificuldade logística e financeira para entrar na importação direta e vem sofrendo mais devido À dificuldade no acesso. Por outro lado as grandes do
  • 4. setor em função de suas redes e pouca atuação no mercado spot (vendas para os postos bandeira branca), vem obtendo resultados cada vez melhores já que eles tem acesso privilegiado em função da escala e melhor capacidade logística. É possível, se os preços continuarem com as diferenças hoje apresentadas, que outras regionais sejam incorporadas pelas maiores ou que simplesmente encerrem suas atividades. O maior problema enfrentado pelo sistema é a infraestrutura portuária brasileira, os principais e maiores terminais pertencem à Transpetro, empresa do grupo Petrobras, E QUE ESTÃO NA SUA MAIOR PARTE COM OCIOSIDADE. O Brasil tem um gargalo enorme nessa área, pois os terminais marítimos são escassos, e aqueles disponíveis cobram taxas de armazenagem bastante salgadas, obviamente também aproveitando o momento. É possível que com o movimento de desmobilização da Petrobras esse gargalo diminua. É verdadeiro também que a estatal vem observando esses movimentos com a cautela necessária e poderá intervir nos preços à medida que as importações venham a atrapalhar alguns polos e possam colocar em risco o desempenho de suas refinarias. Ela já demonstrou isso, mesmo que timidamente, em algum momento reduzindo seus preços para adequação ao mercado internacional. A Petrobras está de olho na evolução da entrada de produtos importados, mas também fica atenta ao desempenho de seu caixa. Finalizando, podemos observar também um movimento interessante e estrutural de algumas distribuidoras procurando desenvolver suas próprias importadoras já que não podem importar diretamente, atentas ao seu negócio e na oportunidade de venda desses produtos para congêneres menos capazes de entrar nesse negócio, e dessa forma passariam a melhorar sua margem bruta operacional. FACEBOOK