Vinte anos depois da sua concretização, Isabel Magalhães, Presidente do Movimento SerCascais e candidata independente à Câmara Municipal de Cascais nas eleições autárquicas de 2013, faz um ponto-de-situação sobre o que foram estas duas últimas décadas de intervenção cívica em defesa Concelho de Cascais e dos interesses dos Cascalenses.
1. 20 Anos de Intervenção Cívica:
a Fundação Cascais
por Isabel Magalhães
Estávamos em 1993 quando, após muitos encontros, desencontros, troca de
opiniões, catarses, finalmente dava-se jurídica e corpo institucional às vontades
e aspirações de algumas dezenas de Cascalenses de contribuírem, com as
suas ideias e experiências, para um Cascais melhor que correspondesse,
antes de mais, aos objectivos de quantos residissem neste concelho.
E assim nasceu, no Cartório Notarial de Cascais, a Fundação Cascais.
A Fundação Cascais, conforme estipula o nº 1 do artigo 3º dos seus Estatutos,
tem por objecto promover e apoiar a modernização, o progresso e
desenvolvimento económico, social e cultural do concelho de Cascais e a
elevação de qualidade de vida dos seus habitantes.
Coube-me a partir dessa data e com muita honra, presidir ao Conselho de
Administração, todo ele composto por pessoas paradigmáticas da sociedade
civil cascalense, unidas pelo amor a Cascais e pela convicção que a
colaboração entre todos, numa perspectiva de independência, seriedade e
profissionalismo, poderia criar o indispensável espaço de reflexão e debate
para a definição do modelo para o desenvolvimento de Cascais.
A todos quantos desde a primeira hora abraçaram este projecto, não posso
deixar, hoje e aqui, de louvar o esforço, empenhamento e abnegação e
expressar, até enquanto munícipe, a minha gratidão.
Ao longo desta década julgo que a Fundação Cascais afirmou cabalmente os
seus objectivos e passou a ser um incontornável motor no desenvolvimento de
Cascais.
2. Quem não se lembra das acaloradas discussões sobre o Parque Natural
Sintra-Cascais e o PDM e os contributos concretos que a Fundação deu
nessas matérias?
Quem lançou a ideia (ainda que não totalmente coincidente com a actual
realidade) da existência duma Ciclovia entre Cascais e o Guincho ou promoveu
a recuperação do Teatro Gil Vicente?
Quem executou o levantamento exaustivo do património Cascalense (trabalho
hercúleo), hoje em dia utilizado pelas entidades públicas?
Quem promoveu inúmeros inquéritos, debates e seminários versando sobre os
temas, a cada momento, mais cadentes, desde a saúde à segurança,
passando pelo alcoolismo, urbanismo e comércio?
Quem na área social, promoveu a criação dos GADS (Grupo de Apoio e
Desafio à Sida), ou o projecto do “Fim do Mundo”?
Quantas publicações, incluindo esta mesma revista, têm sido editadas? Ficam
como marcos da memória de Cascais o livro “A Saúde de Cascais”, o “Assumir
o Fim-do-Mundo”, as duas edições de “O Estoril e a Paróquia de Santo
António” e o “Urbanismo & Comércio” que foi apresentado como estudo de
caso em mais de uma dezena de universidades pelo Mundo inteiro…
Todo este trabalho teria sido impossível não fosse a adesão e imprescindível
contributo de muitas pessoas que, como cooperantes ou intervenientes nos
vários projectos, muitas vezes com sacrifícios do ponto de vista profissional e
até familiar, foram o verdadeiro capital da Fundação Cascais e dela fazem um
real Projecto Futuro.
Todo este trabalho demonstra à evidência que a Fundação Cascais que foram
profícuos estes vinte anos de muito trabalho e de enorme dedicação.
Vale a pena SerCascais!