O documento descreve as regras e convenções para cotagem em desenho técnico mecânico, incluindo elementos de cotagem, símbolos, escalas e detalhes sobre como cotar diferentes elementos como furos, ângulos, superfícies inclinadas e cônicas.
Regras de cotagem e representação de medidas em desenho técnico
1. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Para executar qualquer objeto precisamos, também, de informações
sobre o tamanho, isto é, sobre as dimensões exatas do objeto e de
cada uma de suas partes.
• As dimensões do objeto devem ser indicadas, no desenho técnico,
sob a forma de medidas.
• A indicação de medidas no desenho técnico recebe o nome de
cotagem.
2. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Ao indicar as medidas ou cotas, no desenho técnico, o desenhista
segue determinadas normas técnicas.
• A cotagem é normalizada pela norma NBR 10126.
5. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Unidade de medida em desenho técnico
• As peças, como todos os sólidos geométricos, têm três dimensões
básicas: comprimento, largura e altura.
• Para indicar uma medida precisamos de uma unidade de medida,
como referência.
• A unidade de medida adotada no desenho técnico mecânico é o
milímetro.
6. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• As recomendações na aplicação de cotas são:
• Cotagem completa para descrever de forma clara e concisa o objeto;
• Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade para todas as
cotas sem o emprego do símbolo;
• Evitar a duplicação de cotas, cotar o estritamente necessário;
• Sempre que possível evitar o cruzamento de linhas auxiliares com
linhas de cotas e com linhas do desenho;
• A cotagem deve se dar na vista ou corte que represente mais
claramente o elemento.
7. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Elementos de cotagem
• Para interpretar desenhos cotados você deve conhecer três elementos
básicos: cota ou valor numérico, linha de cota e linha auxiliar.
8. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Cota
• São os números que indicam as medidas da peça. Observe, no
próximo desenho, as medidas básicas de uma peça. Elas estão
indicadas pelas cotas: 50, 12 e 25.
9. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Linhas Auxiliares
• São linhas contínuas estreitas que limitam a linha de cota fora da
vista ortográfica.
• A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva
linha de cota.
10. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• A linha auxiliar deve ser perpendicular ao elemento dimensionado,
mas se necessário poderá ser desenhada obliquamente a este (aprox.
60°), porém paralelas entre si.
11. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha auxiliar e a linha
de contorno do desenho.
12. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Linhas de Cota
• São linhas contínuas estreitas que definem o objeto a ser
dimensionado.
13. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• A indicação dos limites da linha de cota e feita com setas ou traços
oblíquos nas extremidades, como você vê a seguir.
• As indicações são as seguintes:
• A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A
seta pode ser aberta, ou fechada preenchida;
14. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• O traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°.
• Somente uma indicação deve ser usada num mesmo desenho,
entretanto, se o espaço for pequeno, outra forma pode ser utilizada.
15. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Há duas forma de fazer a cotagem:
• Método 1
• Quando a linha de cota está na posição horizontal, como neste caso,
a cota deve ser indicada acima e paralelamente à sua linha de cota.
• Os algarismos devem estar centralizados, a uma pequena distância da
linha de cota.
16. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Quando a linha de cota está na posição vertical, como nesta figura, a
cota pode aparecer do lado esquerdo e paralela à linha de cota.
17. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha
a inclinação para facilitar a leitura ou é representada na posição
horizontal, interrompendo a linha de cota.
18. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas
apresentadas na Figura abaixo.
19. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Método 2
• As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no
meio, para inscrição da cota. Os números ficam na posição horizontal.
20. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota é
representada na posição horizontal, interrompendo a linha de cota.
21. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas
apresentadas na Figura abaixo.
22. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Observação:
• Em Desenho Técnico Mecânico, o método mais utilizado é o 1 (salvo
situações com cotagem de chapas metálicas).
• Ou seja, o que será utilizado em nossos desenhos sempre será este
método mostrado abaixo.
23. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o
seja.
24. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Resumo
25. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Recomendações
• Eixos, linhas de centro, arestas e contornos de objetos não devem ser
usados como linha de cota (exceção aos desenhos esquemáticos).
26. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• Em grandes raios, onde o centro esteja fora dos limites disponíveis
para cotagem, a linha de cota deve ser quebrada.
27. 2 – Cotagem e Escalas
Regras de cotagem
• A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como
linha de cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar.
• A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve continuar
como linha de centro até a linha de contorno do objeto.
28. 2 – Cotagem e Escalas
Representação das cotas
• A pessoa que executa o desenho técnico deve ter conhecimentos
sobre: a função da peça; o processo de fabricação e os métodos de
controle de qualidade a serem aplicados.
• Esses três fatores: funcionalidade, fabricação e controle interferem
diretamente no método de cotagem, isto é, na maneira de cotar o
desenho técnico da peça.
29. 2 – Cotagem e Escalas
Representação das cotas
• Levando em conta a função da peça, sua execução e sua verificação,
as cotas podem ser: funcionais, não funcionais e auxiliares.
• Cotas funcionais:
• São aquelas que indicam a forma, a grandeza e a posição de partes
essenciais para o funcionamento da peça.
30. 2 – Cotagem e Escalas
Representação das cotas
• Neste desenho, a cota 12 é considerada funcional porque está
relacionada com a cota do furo onde o pino se encaixa.
• Na execução da peça esta cota deve ser rigorosamente respeitada
para não comprometer o funcionamento do conjunto.
31. 2 – Cotagem e Escalas
Representação das cotas
• Cotas não funcionais:
• As cotas não funcionais também indicam forma, tamanho e posição.
Mas estas cotas referem-se a partes que não são essenciais para o
funcionamento da peça. A cota 20 é um exemplo de cota não
funcional.
32. 2 – Cotagem e Escalas
Representação das cotas
• Cotas auxiliares:
• As cotas auxiliares servem de complemento às outras cotas. Elas
aparecem no desenho apenas para evitar cálculos. As cotas auxiliares
podem ser indicadas entre parênteses.
33. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Os símbolos são usados com cotas para mostrar a identificação das
formas e melhorar a interpretação de desenho.
• Ø : Diâmetro
• Ø ESF: Diâmetro esférico
• R: Raio
• R ESF: Raio esférico
• □ Quadrado
• ESP: Espessura
34. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Cotagem de diâmetro
• Para indicação de diâmetros, utiliza-se o símbolo Ø, antes do número
da dimensão.
35. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Cotagem de raios
• Para aplicação da indicação de raios coloca-se antes do valor da cota a
letra R, suas linhas de dimensionamento devem ser desenhadas a
partir do centro do raio ou na direção do ponto médio.
36. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Cotagem de elementos esféricos.
• Para peças com formato esférico, a sigla ESF, é acrescida depois do
símbolo de diâmetro ou raio.
37. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Elementos com formato quadrado
• Para elementos com formato quadrado, o símbolo □, deve ser
inserido antes do valor de dimensionamento
38. 2 – Cotagem e Escalas
Símbolos e convenções
• Elementos com supressão de vistas
• Podemos suprimir a vista que indica a espessura de uma peça,
utilizando o símbolo ESP.
39. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotas que indicam tamanho e cotas que indicam localização de
elementos.
• Para fabricar peças como essas é necessário interpretar, além das
cotas básicas, as cotas dos elementos.
40. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• A cota 9 indica a localização do furo em relação à largura da peça.
• A cota 12 indica a localização do furo em relação ao comprimento da
peça.
• As cotas 10 e 16 indicam o tamanho do furo.
41. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de elementos angulares.
• A indicação de medidas angulares deve ser feita como nos exemplos a
seguir, ou seja, obedecendo as disposições das cotas angulares.
42. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de chanfros
• Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas
superfícies que se encontram.
43. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• A cotagem de cantos chanfrados é feita conforme indicação nos
exemplos abaixo:
44. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de peças simétricas
• A utilização de linha de simetria em peças simétricas facilita e
simplifica a cotagem, conforme os exemplos abaixo.
Sem linha de simetria Com linha de simetria
45. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem por faces de referência
• Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas
a partir das faces.
46. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem por linhas básicas
• Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir
de linhas.
47. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de furos espaçados igualmente
• Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus
centros, isto é, furos espaçados igualmente.
48. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cordas, arcos e ângulos
• As cotas devem ser indicadas como nos exemplos abaixo.
49. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de peças com faces ou elementos inclinados
• Nos desenhos técnicos de peças com faces ou elementos inclinados, a
relação de inclinação deve estar indicada.
50. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• A relação de inclinação 1:10 indica que cada 10 milímetros do
comprimento da peça, diminui-se um milímetro da altura.
• Com a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é
necessário que a outra cota de altura da peça apareça.
51. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos
• Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade
deve estar indicada.
52. 2 – Cotagem e Escalas
Cotagem de detalhes
• A relação de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milímetros do
comprimento da peça, diminui-se um milímetro do diâmetro.
53. 2 – Cotagem e Escalas
• Escala é uma forma de representação que mantém as proporções das
medidas lineares do objeto representado.
• Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do
desenho da peça com o tamanho real da peça.
54. 2 – Cotagem e Escalas
• A escala permite representar, no papel, peças de qualquer tamanho
real.
• A norma das escala é a NBR 8196
55. 2 – Cotagem e Escalas
• As escalas mais utilizadas estão representadas na tabela abaixo:
56. 2 – Cotagem e Escalas
• Para componentes que são demasiadamente pequenos, precisamos
fazer ampliações que permitam a representação de todos os detalhes
conforme norma.
• No caso inverso, isto é, para peças de grande tamanho, o desenho
deve ter proporções menores, sendo possível assim a sua execução
dentro dos formatos padronizados.
57. 2 – Cotagem e Escalas
•Observação!!!
•A redução ou a ampliação só tem efeito
para o traçado do desenho.
•As cotas não sofrem alteração.
58. 2 – Cotagem e Escalas
Escala Natural
• É aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho
real da peça, dessa forma a relação entre o tamanho do desenho e o
tamanho do objeto é de 1 : 1.
• Escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1 : 1.
59. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Redução
• É aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o
tamanho real da peça.
60. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Redução
• Na escala 1 : 2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na
peça real.
61. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Redução
• As medidas deste desenho são vinte vezes menores que as medidas
correspondentes das reais. A indicação da escala de redução vem
junto com o desenho.
• ESC 1 : 20
62. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Ampliação
• É aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o
tamanho real da peça.
• Na escala 5 : 1, significa dizer que 5mm no desenho correspondem a
1mm na peça real.
63. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Ampliação
• As dimensões deste desenho são duas vezes maiores que as
dimensões correspondentes da peça real. A indicação da escala de
ampliação vem junto com o desenho.
• ESC 2 : 1
64. 2 – Cotagem e Escalas
Escala de Ampliação
• Quando um desenho, algum detalhe pela sua reduzida dimensão não
fica perfeitamente compreensível, este detalhe poderá ser desenhado
à parte, em escala de ampliação, especificada, como no exemplo: