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Universidade do Sul de Santa Catarina –
Unisul Digital
Atividade de Avaliação a Distância
Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Gestão de Produção
Curso: Tecnólogo em Processos Gerenciais
Professor: Ricardo Luis Barcelos
Nome do aluno: Francisco Rubens Bezerra Feliciano
Data: 23/06/2022
Orientações:
 Procure o professor sempre que tiver dúvidas.
 Entregue a atividade no prazo estipulado.
 Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.
 Encaminhe a atividade via Ambiente Virtual de Aprendizagem (ULIFE)
Questão 1 (3 pontos): Responda em 15 linhas como a evolução histórica da
administração da produção influenciou a função produção, como ela afeta, atualmente, a
tomada de decisão, horizontes de planejamento e hierarquia do planejamento da
produção.
A administração da produção passou por várias evoluções que lhe proporcionaram
incorporar novas formas para se adaptar aos novos contextos que as organizações
estavam inseridas. Com o passar do tempo, as condições de trabalho evoluíram, os
processos produtivos foram aperfeiçoados, novas máquinas surgiram, materiais de
melhor qualidade foram exigidos, houve o impacto e o avanço com as revoluções
industriais e as duas grandes guerras mundiais.
A administração da produção “[…] atualmente é uma interessante combinação de
práticas consagradas do passado e de uma busca por novas maneiras de gerenciar
sistemas de produção” (GAITHER; FRAZIER, 2006, p. 7). As inúmeras mudanças que
ocorrem, em nível mundial, e que tornam a economia mais integrada e competitiva,
fazem com que a administração da produção, dentro das organizações, seja cada vez
mais especializada e moldada por inovações tecnológicas. Ainda, verifica-se a
importância de uma integração da função produção com as funções administrativas e de
apoio, a fim de que o processo de tomada de decisão e planejamento da produção ocorra
com efetividade, permitindo que as organizações se adaptem às mudanças do mercado.
Questão 2 (3 pontos): Existem quatro tipos básicos de arranjo físico (layout) de
fábricas. Cite os quatro tipos básicos, descreva-os, aponte para qual tipo de produção
são indicados e exemplifique com produtos.
Os quatro tipos básicos de layout são: layout por processo, layout por produto,
layout posicional ou de posição física e layout de manufatura celular.
O layout por processo também é conhecido como layout funcional ou job shop.
López (2011, p. 46) aponta que o layout por processo “[…] é caracterizado pelo
agrupamento de equipamentos e funções similares de acordo com o tipo de processo
que é executado […]”. O autor, ainda, acrescenta que “Esse tipo de arranjo é projetado
para atender processos intermitentes que trabalham com pequenos lotes de uma
variedade de produtos” (grifo meu) (LÓPEZ, 2011, p. 46).
De acordo com Soares (2013, p. 86), esse layout:
[…] tem por característica que todos os recursos necessários para a
realização do processo sejam mantidos juntos. Esse tipo de layout pode
ser utilizado quando existe uma variedade muito grande de produtos.
Assim, fica mais fácil e ágil manter a linha de produção em funcionamento
(grifo meu).
Esse tipo de layout é característico de muitas indústrias, bem como da maioria das
atividades de prestação de serviços. Como exemplos, temos: o arranjo da biblioteca de
uma escola de administração de empresas; hospitais; escolas; armazéns; bancos;
supermercados; etc.
Esse layout possui as seguintes vantagens: utiliza mais as máquinas; utiliza
equipamentos mais sofisticados; há uma flexibilidade de pessoal e máquinas; operários
com múltiplas funções; e supervisão especializada. Possui as seguintes desvantagens:
movimenta materiais; o controle da produção é mais complexo; aumenta o trabalho em
processo; a linha produtiva é extensa; e requer funcionários habilidosos (SOARES,
2013, p. 86).
O layout por produto também é conhecido como layout de fluxo ou layout de
linha. Segundo López (2011, p. 47), esse layout:
[…] é projetado para atender a produção de um bem que é realizado em
um fluxo linear. Neste tipo de arranjo, os materiais ou atividades requeridas
pelo produto que é feito, seguem a seqüência contínua nas quais os processos
de trabalho ou de equipamento foram organizados fisicamente […] (grifo
meu).
O layout por produto é adequado para produtos com alto grau de padronização,
com pouca ou nenhuma diversificação, bem como para produtos que são produzidos em
grandes quantidades e de forma contínua. Nesse layout o fluxo de materiais pelo
sistema é totalmente previsível e pode se ajustar a diversas taxas de produção.
Como exemplos desse layout, temos: “[…] as instalações das montadoras de
automóveis; a manufatura de eletrodomésticos; a fabricação de equipamentos
eletrônicos; etc.” (LÓPEZ, 2011, p. 47).
Esse layout possui as seguintes vantagens: é simples, lógico e apresenta um fluxo
direto como resultado; não necessita de treinamento e habilidade extras dos
funcionários; possui pouca movimentação de material; e o tempo unitário de produção é
baixo. Todavia, possui as seguintes limitações: mais set-ups; é pouco flexível, tendo em
vista que não suporta as mudanças no design do produto, no mix de produtos e no
volume de produção; possui gargalos de produção; necessita de uma supervisão geral; e
há a necessidade de se investir bastante em equipamentos (SOARES, 2013, p. 87).
O layout de posição fixa também é conhecido como layout posicional e se
caracteriza por ficar estacionário por impossibilidade, por inviabilidade ou por
inconveniência.
Conforme indica López (2011, p. 47), esse layout “[…] é caracterizado pela
permanência do produto num local só devido ao seu volume, tamanho, peso ou
fragilidade. Neste tipo de arranjo físico, os recursos transformadores (trabalhadores,
máquinas e materiais) deslocam-se até o produto […]” (grifo meu).
Soares (2013, p. 86) sinaliza que esse layout pode ser utilizado quando:
[…] não é prudente movimentar o objeto a ser trabalhado e também
quando materiais que serão transformados em produtos são muito grandes.
Outra situação de utilização é quando o objeto a ser transformado, ou sua
matéria-prima, é delicado demais, e danos podem ser causados se
transportados (grifo meu).
Como exemplos desse layout, temos: o canteiro de obra na construção civil;
processos cirúrgicos em hospitais; indústria naval (estaleiros); aeronáutica (aviões de
grande porte); etc. (LÓPEZ, 2011, p. 47).
Esse layout possui as seguintes vantagens: quase não movimenta material;
melhora a produção; uma pessoa pode realizar todo o trabalho; e é altamente flexível,
visto que tem condições de suportar as mudanças no design do produto, no mix de
produtos e no volume de produção. Todavia, possui as seguintes limitações: movimenta
muito as pessoas; requer funcionários habilidosos; aumenta a área trabalhada e o
trabalho em processo; e necessita de uma supervisão geral (SOARES, 2013, p. 86).
O layout de manufatura celular também é conhecido como layout de tecnologia de
grupo. De acordo com López (2011, p. 48), nesse layout:
[…] máquinas distintas são agrupadas em células para trabalhar em família
de produtos que têm características e necessidades de processamento
semelhantes, o que significa dizer que esses produtos exigem as mesmas
máquinas e configurações similares. Os produtos, uma vez processados numa
célula ou centro de trabalho, podem prosseguir para outra célula onde serão
atendidas as outras necessidades específicas de processamento (grifo meu).
Soares (2013, p. 87) indica que esse layout “[…] prima por manter os recursos
necessários para realizar os produtos juntos. Aqui, as máquinas são dispostas para a
transformação exclusiva de um grupo de produtos”.
Como exemplos desse layout, temos: o setor de maternidade de um hospital;
empresas manufatureiras de componentes de computador; e a área para produtos de
lanches rápidos em supermercados; etc.
Esse layout possui as seguintes vantagens: alta utilização das máquinas; o fluxo de
produção é mais dinâmico e diminui as distâncias percorridas; apresenta resultados
bastante positivos sobre a produção; e há pouca movimentação de material. Como
limitações, podemos citar: exige uma supervisão geral; necessita de treinamento e
habilidade extras dos funcionários; o controle da produção depende do balanço do fluxo
através das células; e necessita de uma supervisão geral (SOARES, 2013, p. 87).
Ainda, López (2011, p. 48), acrescenta que esse layout associa “[…] as vantagens
do layout por produto, no sentido das células serem projetadas para atender uma gama
limitada de produtos”.
Questão 3 (4 pontos): Cite e descreva, detalhadamente, as etapas para desenvolvimento
de produtos e do ciclo de vida dos produtos.
De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 643) apud Hübler (2011, p. 84), o
desenvolvimento de produtos ocorre em oito etapas: geração de ideias; seleção de
ideias; desenvolvimento e teste do conceito; desenvolvimento da estratégia de
marketing; análise do negócio; desenvolvimento do produto; teste de mercado; e a
comercialização.
Acerca do processo de desenvolvimento de novos produtos, Hübler (2011, p. 85)
ressalta que ele é “[…] cíclico e crítico em cada uma de suas etapas podendo ser,
inclusive, abandonada uma ideia que não se apresente viável – sob os aspectos
econômicos, financeiros e operacionais”. Abaixo, consta a descrição de cada etapa.
1. Geração de ideias: ocorre a chamada chuva de ideias (Brainstorming). A
criatividade deve ser liberada, a fim de registrar o máximo de ideias possíveis, sempre
considerando os direcionamentos e tendências do mercado (tendências de vendas e
ações da concorrência), bem como os objetivos do negócio e, principalmente, o anseio
do publico-alvo (necessidades dos consumidores e sugestões de clientes).
2. Seleção de ideias: ocorre a triagem das ideias, ou seja, as ideias mais
promissoras e economicamente viáveis são selecionadas, com base em critérios (custos
de produção, orçamento da empresa, perspectivas do mercado-alvo, viabilidade técnica,
etc.). Deve-se verificar se a ideia do produto é compatível com os objetivos, as
estratégias e os recursos da empresa. Dessa forma, apenas as ideias com um alto
potencial de sucesso passarão para a próxima etapa.
3. Desenvolvimento e teste do conceito: o teste de conceito, que também é
chamado de teste preliminar, serve para verificar se o produto será compreendido pelo
público-alvo e percebido como uma solução para um problema específico (As pessoas
comprariam o produto? Elas identificam para que serve o produto? O produto satisfaz
suas necessidades?). Nessa etapa, podem ser conduzidas algumas pesquisas (internas e
externas), algumas entrevistas, bem como podem ser encaminhados alguns
questionários por e-mail, com a finalidade de confirmar se o valor do produto é
reconhecido pelo público-alvo. Também pode ser criado um protótipo que contenha as
principais funcionalidades do produto e possa ser testado com um grupo de controle.
4. Desenvolvimento da estratégia de Marketing: depois de realizado o teste de
conceito, é preciso desenvolver um plano estratégico de marketing para que o produto
possa ser lançado no mercado (se possível, deve ser razoável e barato). Esse plano será
elaborado pelo gerente de marketing e é composto de três partes. A primeira parte
descreve o mercado-alvo, bem como o posicionamento planejado para o produto, as
metas de vendas e, principalmente, os lucros a serem atingidos. A segunda parte
engloba o preço, a estratégia de distribuição e o orçamento de marketing. A terceira
parte engloba a estratégia de mix de marketing para o longo prazo.
5. Análise do negócio: após o produto ser aprovado (teste de conceito), é preciso
realizar uma análise detalhada do negócio. Deve-se realizar um estudo da viabilidade
econômica do negócio (custos e projeções de retorno sobre o investimento, metas de
lucro, etc.), bem como uma análise do segmento, da concorrência e do público-alvo.
6. Desenvolvimento do produto: ocorre o desenvolvimento do produto
propriamente dito, ou seja, o plano do produto será colocado em prática e a ideia final
será materializada (design do produto, criação da marca, fabricação, embalagem, etc.).
Nessa etapa, é importante que a produção esteja alinhada com o marketing, a fim de que
se crie um produto ideal (produto técnica e comercialmente consistente), tomando por
base os resultados das pesquisas e testes que foram realizados.
7. Teste de mercado: ocorre a validação do mercado, ocasião em que são
realizados os últimos testes, antes de o produto ser lançado oficialmente no mercado.
Nessa etapa, podem ser focados grupos específicos de consumidores com a finalidade
de constatar se o resultado final atende às expectativas do público-alvo, bem como se as
vendas do produto atendem às expectativas. Com base nos resultados desses testes,
alguns ajustes ainda podem ser realizados, antes de produzir e distribuir o produto no
mercado.
8. Comercialização: ocorre o lançamento do produto no mercado. Nessa etapa, é
importante o desenvolvimento de uma ótima campanha de lançamento, com a utilização
das mídias corretas, com a finalidade de atingir o público-alvo. Também, deve-se
atentar para a disponibilidade do produto em pontos estratégicos, a fim de que a
novidade (novo produto) chegue até os consumidores.
López (2011, p. 94) ressalta que “Depois que o projeto entra em fase de produção
e comercialização, é indispensável o permanente acompanhamento para possibilitar a
introdução de modificações e melhorias que permitam o ajuste às condições mutáveis de
mercado”.
O ciclo de vida dos produtos possui quatro estágios: introdução; crescimento;
maturidade; e declínio. Cabe destacar que nem sempre os produtos seguem essa
sequência.
O estágio de introdução consiste em um “[…] período de baixo crescimento nas
vendas em virtude do lançamento do produto ao mercado. Nessa fase, os lucros não
existem e, por vezes, ocorre prejuízo, em virtude dos altos investimentos promocionais”
(HÜBLER, 2011, p. 42).
De acordo com Neves (2016, p. 59), há quatro possíveis estratégias para esse
estágio: desnatamento lento, quando se lança o produto com um preço elevado e com
pouco investimento em divulgação (mercado é limitado, os consumidores possuem
expectativa em relação ao produto e não há iminência de concorrência); desnatamento
rápido, quando se lança o produto com um preço elevado, mas com muito investimento
em divulgação (mercado está ansioso para experimentar o produto, não há preocupação
com o preço e com a concorrência potencial); penetração lenta, quando se lança o
produto com um preço baixo e com poucos gastos em divulgação (o mercado é amplo,
há concorrência potencial, os consumidores se importam com o preço); e penetração
rápida, quando se lança o produto com um preço baixo preço, mas com muita promoção
(o mercado é amplo, desconhece o produto e há forte concorrência).
De acordo com Hübler (2011, p. 42), o estágio de crescimento consiste em uma
fase em que há uma “[…] resposta positiva do mercado, com a taxa de adoção do
produto pelos clientes crescendo de forma acelerada, as vendas aumentam e o lucro tem
uma melhoria significativa”.
Neves (2016, p. 59-60) aponta que nesse estágio ocorre:
[…] uma rápida expansão das vendas, uma vez que os adotantes iniciais
aprovaram o produto e a maioria dos consumidores começa a comprá-lo.
A concorrência começa a surgir, com produtos semelhantes, mas com a
introdução de várias características que buscam a distinção entre eles. A
empresa vê a necessidade de continuar investindo em divulgação, para
fortalecer a imagem da marca, defender-se da concorrência e sustentar o bom
volume de vendas que se prenuncia. Os lucros aumentam significativamente
por causa da diminuição dos custos de produção motivados pela experiência
da empresa na fabricação e pelas possibilidades de ganho em escala.
O estágio de maturidade consiste em uma fase que:
[…] é marcada pela estabilização das vendas do produto, com pouco ou
nenhum crescimento do mercado. Nessa etapa a concorrência se intensifica e
a disputa pelo mercado por produtos semelhantes pode levar à guerra de
preços. O crescimento na participação de mercado se dá, geralmente, pela
incorporação ou retirada de concorrentes. (HÜBLER, 2011, p. 43).
Durante o estágio da maturidade, “[…] o volume de produção começa a tornar-se
superior à demanda, o que faz com que haja um acirramento da concorrência e uma
consequente queda de preços. Torna-se necessário sustentar a propaganda […]”
(NEVES, 2016, p. 60).
Segundo Kotler (1994) apud Neves (2016, p. 60), as possíveis estratégias para
esse estágio são: a modificação do mercado, que consiste em transformar não usuários
em usuários, por meio da conquista de consumidores dos concorrentes; a modificação
do produto, através da melhoria da qualidade, das características e do estilo do produto;
e a modificação do composto de marketing, de modo a adequá-lo à realidade e aos
novos tempos.
Por fim, o estágio de declínio consiste em uma fase em que “As vendas caem e os
lucros desaparecem. Para reduzir prejuízos, as empresas reduzem o investimento ou
retiram o produto do mercado” (HÜBLER, 2011, p. 43).
As razões para o declínio de um produto podem ser: avanços tecnológicos (ocorre
o surgimento de novas ou melhores tecnologias); fatores demográficos (a diminuição do
número de nascimentos, o aumento da escolaridade, o envelhecimento da população);
fatores socioculturais (ocorre à mudança de valores, de crenças ou de gostos) (NEVES,
2016, p. 61).
Neves (2016, p. 61) indica que há duas decisões estratégicas para esse estágio:
“[…] busca da identificação de pontos fracos no produto, para alterá-los na procura da
oferta de atratividade para os consumidores, ou simplesmente abandonar o produto,
cuidando para que seu descarte não melindre potenciais clientes (mesmo que poucos)”.
REFERÊNCIAS
GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. 8.
ed. São Paulo: Thompson Learning, 2006.
HÜBLER, Eduardo Aquino. Gestão de produtos e marcas: livro didático. 2. ed.
Palhoça: UnisulVirtual, 2011.
LÓPEZ, Oscar Ciro. Gestão de operações e logística II: livro didático. 1. ed. rev.
Palhoça: UnisulVirtual, 2011.
NEVES, Janaína Baeta. Marketing: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016.
SOARES, Thiago Coelho. Estrutura e processos organizacionais: livro didático.
Palhoça: UnisulVirtual, 2013.

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  • 1. Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul Digital Atividade de Avaliação a Distância Disciplina/Unidade de Aprendizagem: Gestão de Produção Curso: Tecnólogo em Processos Gerenciais Professor: Ricardo Luis Barcelos Nome do aluno: Francisco Rubens Bezerra Feliciano Data: 23/06/2022 Orientações:  Procure o professor sempre que tiver dúvidas.  Entregue a atividade no prazo estipulado.  Esta atividade é obrigatória e fará parte da sua média final.  Encaminhe a atividade via Ambiente Virtual de Aprendizagem (ULIFE) Questão 1 (3 pontos): Responda em 15 linhas como a evolução histórica da administração da produção influenciou a função produção, como ela afeta, atualmente, a tomada de decisão, horizontes de planejamento e hierarquia do planejamento da produção. A administração da produção passou por várias evoluções que lhe proporcionaram incorporar novas formas para se adaptar aos novos contextos que as organizações estavam inseridas. Com o passar do tempo, as condições de trabalho evoluíram, os processos produtivos foram aperfeiçoados, novas máquinas surgiram, materiais de melhor qualidade foram exigidos, houve o impacto e o avanço com as revoluções industriais e as duas grandes guerras mundiais. A administração da produção “[…] atualmente é uma interessante combinação de práticas consagradas do passado e de uma busca por novas maneiras de gerenciar sistemas de produção” (GAITHER; FRAZIER, 2006, p. 7). As inúmeras mudanças que ocorrem, em nível mundial, e que tornam a economia mais integrada e competitiva,
  • 2. fazem com que a administração da produção, dentro das organizações, seja cada vez mais especializada e moldada por inovações tecnológicas. Ainda, verifica-se a importância de uma integração da função produção com as funções administrativas e de apoio, a fim de que o processo de tomada de decisão e planejamento da produção ocorra com efetividade, permitindo que as organizações se adaptem às mudanças do mercado. Questão 2 (3 pontos): Existem quatro tipos básicos de arranjo físico (layout) de fábricas. Cite os quatro tipos básicos, descreva-os, aponte para qual tipo de produção são indicados e exemplifique com produtos. Os quatro tipos básicos de layout são: layout por processo, layout por produto, layout posicional ou de posição física e layout de manufatura celular. O layout por processo também é conhecido como layout funcional ou job shop. López (2011, p. 46) aponta que o layout por processo “[…] é caracterizado pelo agrupamento de equipamentos e funções similares de acordo com o tipo de processo que é executado […]”. O autor, ainda, acrescenta que “Esse tipo de arranjo é projetado para atender processos intermitentes que trabalham com pequenos lotes de uma variedade de produtos” (grifo meu) (LÓPEZ, 2011, p. 46). De acordo com Soares (2013, p. 86), esse layout: […] tem por característica que todos os recursos necessários para a realização do processo sejam mantidos juntos. Esse tipo de layout pode ser utilizado quando existe uma variedade muito grande de produtos. Assim, fica mais fácil e ágil manter a linha de produção em funcionamento (grifo meu). Esse tipo de layout é característico de muitas indústrias, bem como da maioria das atividades de prestação de serviços. Como exemplos, temos: o arranjo da biblioteca de uma escola de administração de empresas; hospitais; escolas; armazéns; bancos; supermercados; etc. Esse layout possui as seguintes vantagens: utiliza mais as máquinas; utiliza equipamentos mais sofisticados; há uma flexibilidade de pessoal e máquinas; operários com múltiplas funções; e supervisão especializada. Possui as seguintes desvantagens: movimenta materiais; o controle da produção é mais complexo; aumenta o trabalho em processo; a linha produtiva é extensa; e requer funcionários habilidosos (SOARES, 2013, p. 86).
  • 3. O layout por produto também é conhecido como layout de fluxo ou layout de linha. Segundo López (2011, p. 47), esse layout: […] é projetado para atender a produção de um bem que é realizado em um fluxo linear. Neste tipo de arranjo, os materiais ou atividades requeridas pelo produto que é feito, seguem a seqüência contínua nas quais os processos de trabalho ou de equipamento foram organizados fisicamente […] (grifo meu). O layout por produto é adequado para produtos com alto grau de padronização, com pouca ou nenhuma diversificação, bem como para produtos que são produzidos em grandes quantidades e de forma contínua. Nesse layout o fluxo de materiais pelo sistema é totalmente previsível e pode se ajustar a diversas taxas de produção. Como exemplos desse layout, temos: “[…] as instalações das montadoras de automóveis; a manufatura de eletrodomésticos; a fabricação de equipamentos eletrônicos; etc.” (LÓPEZ, 2011, p. 47). Esse layout possui as seguintes vantagens: é simples, lógico e apresenta um fluxo direto como resultado; não necessita de treinamento e habilidade extras dos funcionários; possui pouca movimentação de material; e o tempo unitário de produção é baixo. Todavia, possui as seguintes limitações: mais set-ups; é pouco flexível, tendo em vista que não suporta as mudanças no design do produto, no mix de produtos e no volume de produção; possui gargalos de produção; necessita de uma supervisão geral; e há a necessidade de se investir bastante em equipamentos (SOARES, 2013, p. 87). O layout de posição fixa também é conhecido como layout posicional e se caracteriza por ficar estacionário por impossibilidade, por inviabilidade ou por inconveniência. Conforme indica López (2011, p. 47), esse layout “[…] é caracterizado pela permanência do produto num local só devido ao seu volume, tamanho, peso ou fragilidade. Neste tipo de arranjo físico, os recursos transformadores (trabalhadores, máquinas e materiais) deslocam-se até o produto […]” (grifo meu). Soares (2013, p. 86) sinaliza que esse layout pode ser utilizado quando: […] não é prudente movimentar o objeto a ser trabalhado e também quando materiais que serão transformados em produtos são muito grandes. Outra situação de utilização é quando o objeto a ser transformado, ou sua matéria-prima, é delicado demais, e danos podem ser causados se transportados (grifo meu).
  • 4. Como exemplos desse layout, temos: o canteiro de obra na construção civil; processos cirúrgicos em hospitais; indústria naval (estaleiros); aeronáutica (aviões de grande porte); etc. (LÓPEZ, 2011, p. 47). Esse layout possui as seguintes vantagens: quase não movimenta material; melhora a produção; uma pessoa pode realizar todo o trabalho; e é altamente flexível, visto que tem condições de suportar as mudanças no design do produto, no mix de produtos e no volume de produção. Todavia, possui as seguintes limitações: movimenta muito as pessoas; requer funcionários habilidosos; aumenta a área trabalhada e o trabalho em processo; e necessita de uma supervisão geral (SOARES, 2013, p. 86). O layout de manufatura celular também é conhecido como layout de tecnologia de grupo. De acordo com López (2011, p. 48), nesse layout: […] máquinas distintas são agrupadas em células para trabalhar em família de produtos que têm características e necessidades de processamento semelhantes, o que significa dizer que esses produtos exigem as mesmas máquinas e configurações similares. Os produtos, uma vez processados numa célula ou centro de trabalho, podem prosseguir para outra célula onde serão atendidas as outras necessidades específicas de processamento (grifo meu). Soares (2013, p. 87) indica que esse layout “[…] prima por manter os recursos necessários para realizar os produtos juntos. Aqui, as máquinas são dispostas para a transformação exclusiva de um grupo de produtos”. Como exemplos desse layout, temos: o setor de maternidade de um hospital; empresas manufatureiras de componentes de computador; e a área para produtos de lanches rápidos em supermercados; etc. Esse layout possui as seguintes vantagens: alta utilização das máquinas; o fluxo de produção é mais dinâmico e diminui as distâncias percorridas; apresenta resultados bastante positivos sobre a produção; e há pouca movimentação de material. Como limitações, podemos citar: exige uma supervisão geral; necessita de treinamento e habilidade extras dos funcionários; o controle da produção depende do balanço do fluxo através das células; e necessita de uma supervisão geral (SOARES, 2013, p. 87). Ainda, López (2011, p. 48), acrescenta que esse layout associa “[…] as vantagens do layout por produto, no sentido das células serem projetadas para atender uma gama limitada de produtos”.
  • 5. Questão 3 (4 pontos): Cite e descreva, detalhadamente, as etapas para desenvolvimento de produtos e do ciclo de vida dos produtos. De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 643) apud Hübler (2011, p. 84), o desenvolvimento de produtos ocorre em oito etapas: geração de ideias; seleção de ideias; desenvolvimento e teste do conceito; desenvolvimento da estratégia de marketing; análise do negócio; desenvolvimento do produto; teste de mercado; e a comercialização. Acerca do processo de desenvolvimento de novos produtos, Hübler (2011, p. 85) ressalta que ele é “[…] cíclico e crítico em cada uma de suas etapas podendo ser, inclusive, abandonada uma ideia que não se apresente viável – sob os aspectos econômicos, financeiros e operacionais”. Abaixo, consta a descrição de cada etapa. 1. Geração de ideias: ocorre a chamada chuva de ideias (Brainstorming). A criatividade deve ser liberada, a fim de registrar o máximo de ideias possíveis, sempre considerando os direcionamentos e tendências do mercado (tendências de vendas e ações da concorrência), bem como os objetivos do negócio e, principalmente, o anseio do publico-alvo (necessidades dos consumidores e sugestões de clientes). 2. Seleção de ideias: ocorre a triagem das ideias, ou seja, as ideias mais promissoras e economicamente viáveis são selecionadas, com base em critérios (custos de produção, orçamento da empresa, perspectivas do mercado-alvo, viabilidade técnica, etc.). Deve-se verificar se a ideia do produto é compatível com os objetivos, as estratégias e os recursos da empresa. Dessa forma, apenas as ideias com um alto potencial de sucesso passarão para a próxima etapa. 3. Desenvolvimento e teste do conceito: o teste de conceito, que também é chamado de teste preliminar, serve para verificar se o produto será compreendido pelo público-alvo e percebido como uma solução para um problema específico (As pessoas comprariam o produto? Elas identificam para que serve o produto? O produto satisfaz suas necessidades?). Nessa etapa, podem ser conduzidas algumas pesquisas (internas e externas), algumas entrevistas, bem como podem ser encaminhados alguns questionários por e-mail, com a finalidade de confirmar se o valor do produto é reconhecido pelo público-alvo. Também pode ser criado um protótipo que contenha as principais funcionalidades do produto e possa ser testado com um grupo de controle.
  • 6. 4. Desenvolvimento da estratégia de Marketing: depois de realizado o teste de conceito, é preciso desenvolver um plano estratégico de marketing para que o produto possa ser lançado no mercado (se possível, deve ser razoável e barato). Esse plano será elaborado pelo gerente de marketing e é composto de três partes. A primeira parte descreve o mercado-alvo, bem como o posicionamento planejado para o produto, as metas de vendas e, principalmente, os lucros a serem atingidos. A segunda parte engloba o preço, a estratégia de distribuição e o orçamento de marketing. A terceira parte engloba a estratégia de mix de marketing para o longo prazo. 5. Análise do negócio: após o produto ser aprovado (teste de conceito), é preciso realizar uma análise detalhada do negócio. Deve-se realizar um estudo da viabilidade econômica do negócio (custos e projeções de retorno sobre o investimento, metas de lucro, etc.), bem como uma análise do segmento, da concorrência e do público-alvo. 6. Desenvolvimento do produto: ocorre o desenvolvimento do produto propriamente dito, ou seja, o plano do produto será colocado em prática e a ideia final será materializada (design do produto, criação da marca, fabricação, embalagem, etc.). Nessa etapa, é importante que a produção esteja alinhada com o marketing, a fim de que se crie um produto ideal (produto técnica e comercialmente consistente), tomando por base os resultados das pesquisas e testes que foram realizados. 7. Teste de mercado: ocorre a validação do mercado, ocasião em que são realizados os últimos testes, antes de o produto ser lançado oficialmente no mercado. Nessa etapa, podem ser focados grupos específicos de consumidores com a finalidade de constatar se o resultado final atende às expectativas do público-alvo, bem como se as vendas do produto atendem às expectativas. Com base nos resultados desses testes, alguns ajustes ainda podem ser realizados, antes de produzir e distribuir o produto no mercado. 8. Comercialização: ocorre o lançamento do produto no mercado. Nessa etapa, é importante o desenvolvimento de uma ótima campanha de lançamento, com a utilização das mídias corretas, com a finalidade de atingir o público-alvo. Também, deve-se atentar para a disponibilidade do produto em pontos estratégicos, a fim de que a novidade (novo produto) chegue até os consumidores. López (2011, p. 94) ressalta que “Depois que o projeto entra em fase de produção e comercialização, é indispensável o permanente acompanhamento para possibilitar a
  • 7. introdução de modificações e melhorias que permitam o ajuste às condições mutáveis de mercado”. O ciclo de vida dos produtos possui quatro estágios: introdução; crescimento; maturidade; e declínio. Cabe destacar que nem sempre os produtos seguem essa sequência. O estágio de introdução consiste em um “[…] período de baixo crescimento nas vendas em virtude do lançamento do produto ao mercado. Nessa fase, os lucros não existem e, por vezes, ocorre prejuízo, em virtude dos altos investimentos promocionais” (HÜBLER, 2011, p. 42). De acordo com Neves (2016, p. 59), há quatro possíveis estratégias para esse estágio: desnatamento lento, quando se lança o produto com um preço elevado e com pouco investimento em divulgação (mercado é limitado, os consumidores possuem expectativa em relação ao produto e não há iminência de concorrência); desnatamento rápido, quando se lança o produto com um preço elevado, mas com muito investimento em divulgação (mercado está ansioso para experimentar o produto, não há preocupação com o preço e com a concorrência potencial); penetração lenta, quando se lança o produto com um preço baixo e com poucos gastos em divulgação (o mercado é amplo, há concorrência potencial, os consumidores se importam com o preço); e penetração rápida, quando se lança o produto com um preço baixo preço, mas com muita promoção (o mercado é amplo, desconhece o produto e há forte concorrência). De acordo com Hübler (2011, p. 42), o estágio de crescimento consiste em uma fase em que há uma “[…] resposta positiva do mercado, com a taxa de adoção do produto pelos clientes crescendo de forma acelerada, as vendas aumentam e o lucro tem uma melhoria significativa”. Neves (2016, p. 59-60) aponta que nesse estágio ocorre: […] uma rápida expansão das vendas, uma vez que os adotantes iniciais aprovaram o produto e a maioria dos consumidores começa a comprá-lo. A concorrência começa a surgir, com produtos semelhantes, mas com a introdução de várias características que buscam a distinção entre eles. A empresa vê a necessidade de continuar investindo em divulgação, para fortalecer a imagem da marca, defender-se da concorrência e sustentar o bom volume de vendas que se prenuncia. Os lucros aumentam significativamente por causa da diminuição dos custos de produção motivados pela experiência da empresa na fabricação e pelas possibilidades de ganho em escala. O estágio de maturidade consiste em uma fase que:
  • 8. […] é marcada pela estabilização das vendas do produto, com pouco ou nenhum crescimento do mercado. Nessa etapa a concorrência se intensifica e a disputa pelo mercado por produtos semelhantes pode levar à guerra de preços. O crescimento na participação de mercado se dá, geralmente, pela incorporação ou retirada de concorrentes. (HÜBLER, 2011, p. 43). Durante o estágio da maturidade, “[…] o volume de produção começa a tornar-se superior à demanda, o que faz com que haja um acirramento da concorrência e uma consequente queda de preços. Torna-se necessário sustentar a propaganda […]” (NEVES, 2016, p. 60). Segundo Kotler (1994) apud Neves (2016, p. 60), as possíveis estratégias para esse estágio são: a modificação do mercado, que consiste em transformar não usuários em usuários, por meio da conquista de consumidores dos concorrentes; a modificação do produto, através da melhoria da qualidade, das características e do estilo do produto; e a modificação do composto de marketing, de modo a adequá-lo à realidade e aos novos tempos. Por fim, o estágio de declínio consiste em uma fase em que “As vendas caem e os lucros desaparecem. Para reduzir prejuízos, as empresas reduzem o investimento ou retiram o produto do mercado” (HÜBLER, 2011, p. 43). As razões para o declínio de um produto podem ser: avanços tecnológicos (ocorre o surgimento de novas ou melhores tecnologias); fatores demográficos (a diminuição do número de nascimentos, o aumento da escolaridade, o envelhecimento da população); fatores socioculturais (ocorre à mudança de valores, de crenças ou de gostos) (NEVES, 2016, p. 61). Neves (2016, p. 61) indica que há duas decisões estratégicas para esse estágio: “[…] busca da identificação de pontos fracos no produto, para alterá-los na procura da oferta de atratividade para os consumidores, ou simplesmente abandonar o produto, cuidando para que seu descarte não melindre potenciais clientes (mesmo que poucos)”. REFERÊNCIAS GAITHER, Norman; FRAZIER, Greg. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Thompson Learning, 2006. HÜBLER, Eduardo Aquino. Gestão de produtos e marcas: livro didático. 2. ed. Palhoça: UnisulVirtual, 2011.
  • 9. LÓPEZ, Oscar Ciro. Gestão de operações e logística II: livro didático. 1. ed. rev. Palhoça: UnisulVirtual, 2011. NEVES, Janaína Baeta. Marketing: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2016. SOARES, Thiago Coelho. Estrutura e processos organizacionais: livro didático. Palhoça: UnisulVirtual, 2013.