O documento apresenta propostas para combater grupos paramilitares no Rio de Janeiro, incluindo: 1) a criação de um centro integrado de inteligência entre agências governamentais; 2) reforço policial em áreas problemáticas através da Força Nacional e das Forças Armadas; 3) implantação de postos fixos de interceptação em locais estratégicos.
Propostas para combater grupos paramilitares no RJ
1. Propostas para
COMBATER OS GRUPOS PARAMILITARES
MC2R
INTELIGÊNCIA
ESTRATÉGICA
Propostas para
COMBATER OS GRUPOS PARAMILITARES
QUE DOMINAM ÁREAS DO RIO DE
JANEIRO ATRAVÉS DE AÇÕES DE
TERRORISMO URBANO
Riley Rodrigues, MSc
Diretor-presidente
2. QUEM SOMOS?
RILEY RODRIGUES DE OLIVEIRA / DIRETOR-PRESIDENTE
Economista, diplomado em Gestão Estratégica pelo INSEAD – França, mestre em
Avaliação de Projetos Industriais e Tecnológicos (Engenharia de Produção
COPPE/UFRJ), diplomado em Logística Empresarial (COPPEAD/UFRJ). É
pesquisador do grupo de pesquisa GETEMA/COPPE/UFRJ, integrante do Global
Leaders Panel – Economist Intelligence Unit.
Na área de Defesa e Segurança Nacional e Segurança Pública é consultor daNa área de Defesa e Segurança Nacional e Segurança Pública é consultor da
Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) e do
Sindicato da Indústria de Materiais de Defesa (SIMDE), atuando na estruturação e
consolidação das propostas para o Diálogo da Indústria de Defesa Brasil – EUA, no
âmbito dos Acordos Bilaterais de Defesa e Segurança.
Foi assessor técnico do Conselho Empresarial de Defesa e Segurança da Federação
das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Sistema FIRJAN.
Autor de estudos sobre: os custos do roubo de cargas no Brasil, o custo do crime e da
violência no Brasil, a economia do tráfico no Rio de Janeiro, oportunidades para
empresas fluminenses no mercado internacional de defesa e segurança, análise
comparativa entre as ações adotadas por cidades que conseguiram vencer o crime
(Nova Iorque, Chicago, Detroit e Bogotá) e os erros do Rio de Janeiro
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
“O RIO DE JANEIRO VIVE UMA SITUAÇÃO TÍPICA DE TERROTISMO. O
TERRORISMO URBANO ESTÁ IMPLANTADO E SE FORTALECE A CADA DIA
ATRAVÉS DA TRANSFORMAÇÃO, AO LONGO DOS ÚLTIMOS ANOS, DAS
FACÇÕES CRIMINOSAS EM GRUPOS PARAMILITARES FORTEMENTE ARMADOS
E COM PLENO DOMÍNIO DE TERRITÓRIOS DO ESTADO, EM ESPECIAL DA
REGIÃO METROPOLITANA E DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.” – Riley Rodrigues
O crescimento acelerado da violência no estado do Rio de Janeiro, especialmente a
Região Metropolitana, tem provocado grandes prejuízos sociais e econômicos.
Além das irrecuperáveis perdas sociais com as mortes violentas intencionais, há perdas
geradas, dentre outras causas, pelo roubo de cargas e, em um aspecto mais amplo, pelageradas, dentre outras causas, pelo roubo de cargas e, em um aspecto mais amplo, pela
queda da atratividade, o esvaziamento econômico e, em consequência, da arrecadação.
As dificuldades do estado em manter uma política de ocupação policial e social de áreas
em conflito, oriundas da falta de estrutura dos órgãos de segurança, fruto da falta de
investimentos e de políticas efetivas de repressão à criminalidade, resultou no aumento
da força e da influência de grupos criminosos, inclusive assumindo total domínio de
territórios em algumas regiões.
O avanço dos indicadores de criminalidade, notadamente na cidade e na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro, mostra que criminosos criaram estruturas paralelas de
governo, ditando as regras de funcionamento de serviços públicos, comércio, escolas,
atividades privadas e impondo limitações ao direito de ir e vir e à liberdade de expressão
da população dessas áreas, hoje, onde a presença do estado é mínima.
4. CONTEXTUALIZAÇÃO
Diante desse quadro, após clamor da população, de entidades civis e mesmo
de organismos governamentais da área de segurança, foi gestada uma
proposta de atuação conjunta no estado do Rio de Janeiro dos diversos
organismos da segurança pública estadual e federal.
Essa proposta incluiu:
Criação de um Centro Integrado de Inteligência envolvendo o Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, o Ministério da
Defesa através do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, oDefesa através do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, o
Ministério da Justiça via Secretaria Nacional de Segurança Pública, o
governo do estado do Rio de Janeiro via Secretaria de Segurança Pública
Reforço do contingente da Polícia Rodoviária Federal em 380 agentes,
complementando o quadro de 730 existentes no estado;
Presença de 800 agentes da Força Nacional de Segurança;
Mobilização das Forças Armadas em ações intermitentes em pontos de
maior criticidade, em ações específicas de curto prazo;
Reforço nas ações da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal nos
postos de fronteira transnacionais para coibir a entrada de drogas.
5. CONTEXTUALIZAÇÃO
Considerando as premissas informadas sobre a estrutura e meios humanos
e operacionais disponibilizados para o plano de enfrentamento do crime no
Rio de Janeiro, a consultoria MC2R Inteligência Estratégica, apresenta,
uma análise acerca do entendimento sobre a forma mais eficaz de dar uma
resposta definitiva ao crime, ocupando suas posições e retirando seu poder.
Nesse sentido, compreendemos haver limitações financeiras, de
contingente e meios operacionais, de forma que esses pontos foram
considerados na estruturação da proposta.
Salientamos ainda que as propostas foram construídas com base nas
informações acerca das manchas de criminalidade e áreas de maior
vulnerabilidade social causada pelo crime e pela violência.
No entendimento da MC2R Inteligência Estratégica, as propostas aqui
contidas podem oferecer maior efetividade ao enfrentamento ao crime, a
partir da retomada do território conflagrado.
6. É essencial entender que, no município, os BPMs estão desfalcados, em especial o 7º BPM.
Nesse sentido, sugere-se que, juntamente com a própria PRF, haja uma participação de agentes da
Força Nacional de Segurança nos postos fixos de Interceptação e das Forças Armadas, com efetivo
entre 500 e 1.000 homens no patrulhamento interno das vias no primeiro momento de retomada.
Esse procedimento seria mantido até que as forças policiais do estado tenham condições e estrutura
para absorverem o policiamento ostensivo e a garantia da ordem pública na região.
SÃO GONÇALO
7. Ponto focal do roubo de cargas e da distribuição de mercadorias roubadas no estado e um dos
maiores do Brasil, o Complexo Chapadão – Pedreira – Acari precisa de atenção especial.
A Força Nacional de Segurança precisa apoiar a PMERJ para garantir que os pontos fixos de
interceptação de fato criem um bloqueio geral (são necessários 21 pontos para isso.
As Forças Armadas são primordiais para a retomada imediata do território, com uma ação de
ocupação com 1.000 a 2.000 homens, até que a PMERJ possa assumir a manutenção da ordem
pública.
COMPLEXO CHAPADÃO – PEDREIRA - ACARI
8. COMPLEXO LINS
O Complexo do Lins e arredores (Méier, Engenho Novo, Engenho de Dentro, etc...) tem se tornado um
ponto de atuação das quadrilhas de roubo de cargas, com reflexos sobre outras tipologias criminais.
O Complexo precisa ser isolado, com todas as vias principais monitoradas por postos fixos de
interceptação.
Para isso a Força Nacional de Segurança precisa compor esses postos juntamente com a PMERJ.
Para impedir que a região se consolide como um novo epicentro, é preciso ocupar o território na primeira
fase, o que poderia ser feito pelas Forças Armadas, até que a PMERJ possa garantir a ordem pública.
9. No Complexo está o trecho rodoviário com maior incidência de roubo de cargas do Rio de Janeiro e um
dos maiores do Brasil, no trecho da Av. Brasil entre o Trevo das Margaridas e o Piscinão de Ramos.
Para evitar que as ações do Complexo Chapadão – Pedreira – Acari, ao lado, migrem para a região, é
preciso fazer o cercamento preventivo, com postos fixos de interceptação.
A ação da Força Nacional de Segurança e do GAT será essencial nessa ação.
COMPLEXO RAMOS – PENHA CIRCULAR E ARREDORES
10. ROCINHA
O Complexo da Rocinha é, tradicionalmente, uma das áreas mais violentas do Rio de Janeiro. A favela
sempre teve tratamento diferenciado por estar localizada em uma das áreas mais nobres da cidade,
além de grande presença de pessoas de alta renda e, em especial, da classe artística.
Para a retomada da localidade, o isolamento do Complexo precisa ser mantido por longo período, com
todas as vias de acesso monitoradas por postos fixos de interceptação.
Como não é possível manter as Forças Armadas nessa atividade por longo tempo, a Força Nacional de
Segurança precisa compor esses postos juntamente com a PMERJ.
Para impedir que a região se mantenha como palco de disputas pelo controle da área mais lucrativa e
socialmente protegida do tráfico, é preciso ocupar o território na primeira fase, manter a ocupação até a
prisão dos líderes do tráfico de drogas e, após, o poder público deve garantir a ordem pública e ações
de infraestrutura social.
Postos fixos de interceptação
localizados em locais
estratégicos para impedir a
circulação de criminosos, acirculação de criminosos, a
entrada e saída de armas e
drogas e o acesso de
consumidores de drogas, além
de bloquear o acesso à mata,.
Usada como bunker e
esconderijo de drogas e armas.
1: Rua Maria do Carmo; 2: Rua
Tenente Arantes Filho; 3: Estrada
da Gávea; 4: Portão Vermelho; 5:
Rua Dionéia; 6: Rampa Vila Verde;
7: Rua General Olímpio Mourão
Filho; 8: Auto Estrada Lagoa-Barra;
9: Rua Tenente Arantes Filho; 10
Via Apia da Rocinha; 11: Rua do
Canal; 12: Vila Vermelha; 13: Beco
199; 14 a 17: Posições sobre o
Túnel Zuzu Angel
11. O Arco Metropolitano se tornou uma região de atração para o roubo de cargas e outras ações, devido
a falta de policiamento.
As ocupações irregulares (63 pontos, entre aglomerações habitacionais e exploração ilegal de saibro,
dentre outras), os acessos clandestinos e a falta da presença policial faz com que essa rodovia federal
fique amplamente desprotegida.
Nos acessos a vias utilizadas como “ponto de fuga” é preciso que haja postos fixos de interceptação,
com a atuação da PRF e da Força Nacional de Segurança.
ARCO METROPOLITANO
12. A Avenida Brasil, além dos pontos de fixos de interceptação previstos nos cinturões localizados, já
apresentados anteriormente, precisa de outros três pontos, de forma a ficar adequadamente policiada
e protegida e reduzir as oportunidades de migração da mancha criminal.
A antecipação desse procedimento requer maior presença física.
AVENIDA BRASIL
13. BAIXADA FLUMINENSE
O PLANO INCLUI COMBOIOS MÓVEIS PARA A 3ª CPA, COMPREENDENDO OS BATALHÕES 15º, 20º, 21º, 24º, 34º E
39º NÃO É ADEQUADA, POIS A ÁREA É MUITO GRANDE, CONCENTRA ELEVADO NÚMERO DE OCORRÊNCIAS
CRIMINAIS, MUITAS RELACIONADAS AO ROUBO DE CARGAS, E COM O ENDURECIMENTO DA REPRESSÃO NAS
ÁREAS ANTERIORMENTE APONTADAS, O IMPACTO SERÁ O AUMENTO DAS OCORRÊNCIAS NOS MUNICÍPIOS.
A REGIÃO PRECISA SER OBSERVADA DE FORMA ISOLADA, POR TERRITÓRIOS DE CONCENTRAÇÃO DE
OCORRÊNCIAS, E RECEBER MAIOR ATENÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA PÚBLICA, CONFORME PROPOSTA
APRESENTADA A SEGUIR.
14. BAIXADA FLUMINENSE
A partir do histórico da mancha criminal relacionada ao roubo de cargas na Baixada Fluminense, é
preciso que sejam implantados pontos fixos de interceptação da Rodovia BR 116 (Presidente Dutra), em
especial nos acessos a áreas internas dos municípios com focos de ocorrências.
Embora a situação seja menos grave que na capital e em São Gonçalo, haverá aumento das
ocorrências na região com a repressão no Rio de Janeiro, caso não sejam adotadas medidas
preventivas.
Nessa caso a ação, por se tratar de via federal, precisa de maior participação da PRF e da Força
Nacional de Segurança.
15. Para a efetividade do plano de segurança, é preciso que a PRF, com o reforço recebido,
tenha o apoio necessário do Ministério da Justiça e da Senasp para que coloque em
funcionamento um cinturão nas fronteiras do estado, em treze pontos de maior acesso, nas
rodovias BR 116 (Queluz/SP), BR 040 (Três Rios), BR 393/BR 116 Norte (Sapucaia), BR 393
(Santo Antônio de Pádua), BR 393 (Bom Jesus do Itabapoana), BR 101 Norte (Campos dos
Goytacazes e BR 101 Sul (Paraty). O Cinturão foi elaborado, com sua composição e
localização, pelo diretor-presidente da MC2R Inteligência Estratégica para o Conselho de
Defesa e Segurança da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
É preciso ainda que a Polícia Federal seja reforçada para aumentar a fiscalização e controle
sobre as cargas movimentadas nos portos do Rio de Janeiro e Itaguaí e no Aeroporto
Internacional do Galeão – Tom Jobim, principais entradas de armamentos na Região
Metropolitana do Rio de Janeiro. Portos e aeroporto precisam de novos equipamentos
(escâneres) para maior fiscalização de cargas.
FRONTEIRAS FLUMINENSES
16. As propostas elaboradas pela MC2R Inteligência Estratégica são mais
amplas do que o Plano Nacional de Segurança Pública para o Rio de
Janeiro.
Mesmo considerando que, pelo modelo proposto, haverá aumento
relativo de custos para a implementação, destaca-se que as medidas
evitarão a já comum “dança” da mancha criminal e a rápida
reorganização das estruturas criminosas.
O modelo que vem sendo aplicado desde o início do processo não
está trazendo efeitos, sequer profilático, quanto mais de retomada do
OBSERVAÇÕES
está trazendo efeitos, sequer profilático, quanto mais de retomada do
território dominado pelas facções criminosas.
Além disso, sem antever o movimento de reorganização em outras
áreas, pode-se estar, no médio e longo prazos, ampliando o território
dominado pelo crime na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e no
próprio estado, o que resultará na necessidade de um plano de
enfrentamento maior, mais caro e de maior risco para a população.
O investimento no combate efetivo à violência é infinitamente inferior
aos custos sociais, econômicos e fiscais do crime e da violência.
Em um momento de crise as medidas precisam ter caráter definitivo e
não transitório.
17. MC2R
INTELIGÊNCIA
ESTRATÉGICA
Propostas para
COMBATER OS GRUPOS PARAMILITARES
+ 55 21 99607-3012
mc2rinteligenciaestrategica@gmail.com
COMBATER OS GRUPOS PARAMILITARES
QUE DOMINAM ÁREAS DO RIO DE
JANEIRO ATRAVÉS DE AÇÕES DE
TERRORISMO URBANO