1. O P e r d ã o
O perdão é uma das palavras mais mal compreendidas da nossa
época. Pela cura das atitudes ter este como um dos seus assuntos
centrais, o Lar Assistencial Rubataiana, preocupa-se em esclarecer e
aprofundar esse tema tão instigante. O perdão nos traz qualidade de
vida, bem-estar e paz interior.
E por que necessitamos do perdão? Essa pergunta pode ser
respondida de várias formas, mas uma delas atrai nossa atenção:
para viver cada vez em nossas vidas o amor incondicional por tudo e
todos que nos cercam. Através do processo de perdoar nos tornamos
conscientes de que podemos fazer uma escolha entre dois
sentimentos: o amor ou o medo. Onde o amor está não existe nenhum
tipo de medo, seja em forma de ódio, ciúme, insegurança, dúvida,
arrogância, vitimismo, etc. Porém, quando vivemos no medo
escondemos a pura expressão desse amor que é a nossa essência.
Por isso praticamos o perdão, para nos lembrarmos uns aos outros
sobre nossa verdadeira identidade essencial, o amor.
Em nossas palestras e workshops costumamos dizer que o perdão
é um caso de saúde pública. Sim, porque se a maioria praticasse o
perdão, os hospitais estariam com certeza mais vazios, as pessoas
seriam mais felizes vivendo em mais harmonia.
Não podemos abordar o processo de perdão com uma atitude
arrogante. Você já viu aqueles que dizem: "Não tem problema o que
ele fez. Eu já o perdoei, mas ele que não cruze na minha frente...".
2. Temos que ser honestos o suficiente conosco mesmos para admitir
que ainda não perdoamos realmente, que na verdade não estamos
perdoando - o perdão é, no fundo, sempre um auto-perdão. Na
verdade devemos perdoar a nós mesmos por estarmos vendo aquela
pessoa, evento ou instituição de forma equivocada.
Devemos também sempre nos lembrar que o perdão é um
processo, não é um fim em si mesmo. Estamos sempre precisando
perdoar algo, seja em nós mesmos, nos outros, nos eventos ou nas
instituições. Portanto, tenha em mente que "hoje é um bom dia para
perdoar".