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Laboratório de Química – QUI126 2015
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Apresentação
Estamos iniciando mais uma etapa do seu Curso de Graduação.
Esta disciplina é oferecida para vários Cursos da área de Ciências Exatas e tem por objetivo realizar
investigações experimentais envolvendo conteúdos básicos da química. A teoria que fundamenta e elucida os
resultados que iremos encontrar foi estudada em disciplinas anteriores ou será abordada antes da realização do
experimento.
Para cada aula/tema foi elaborada uma auto-avaliação com o objetivo de levar você estudante a avaliar seu
progresso, auxiliando-o no desenvolvimento da sua autonomia, da sua responsabilidade com o estudo e da sua
independência intelectual. Espera-se que você adquira as competências e habilidades indicadas nos objetivos
propostos para cada atividade. Se elas não forem alcançadas você deverá estudar com mais empenho o tema
proposto e reorientar seus estudos, buscando ajuda com o professor ou com os tutores/monitores, visando atingir a
aprendizagem.
Para atingir a aprendizagem você deve REALIZAR todos os experimentos com bastante atenção, respeitando
os procedimentos indicados neste roteiro, anotando todas as alterações observadas, ANALISAR os resultados de
forma crítica, buscando relacioná-los com a teoria que o fundamenta, CONCEITUAR o tema que está sendo
desenvolvido e EXEMPLIFICAR com fatos e coisas que possam mostrar sua aplicação, identificando portanto a
importância do estudo de cada tema.
Por ser uma disciplina realizada em um laboratório de química todas as normas de segurança e
recomendações devem ser seguidas para evitar ou minimizar riscos.
Não pode haver bom resultado onde a dedicação não acompanha a execução. Procure ser cauteloso e agir
com responsabilidade no laboratório, seja qual for a atividade que você estiver executando.
O seu sucesso dependerá muito da sua dedicação aos estudos.
O roteiro de cada aula prática foi elaborado de forma a apresentar os OBJETIVOS que se pretende alcançar
em cada experimento, uma INTRODUÇÃO de forma simplificada ou agregada a alguma questão prática que
correlacione a importância dos temas, PARTE EXPERIMENTAL com detalhamento das experiências a serem
realizadas, com espaço para apresentação dos RESULTADOS, BIBLIOGRAFIA e algumas QUESTÕES (auto-
avaliação) para verificação do conhecimento adquirido. Apesar de recomendável, não foram descritos os materiais,
reagentes e vidrarias utilizados em cada aula, mas o aluno deverá relacioná-los sempre após cada aula como uma
forma de fixação deste conteúdo já abordado em outras disciplinas.
Laboratório de Química – QUI126 2015
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Segurança Química
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Explicar como se deve trabalhar no laboratório de química;
▶ Apresentar os perigos e as normas de segurança em um laboratório de química;
▶ Identificar a classificação padrão dos produtos químicos.
_______________________________________________________________________________________________
AULA 1
Para trabalhar em um
laboratório de Química, o
que devo saber?
Conhecer sobre
descarte de
reagentes:
resíduo e rejeito
Conhecer a
indumentária
apropriada
Identificar a
classificação dos
produtos
químicos
Conhecer os
equipamentos e
vidrarias
Usar
Jaleco (avental)
Óculos de segurança
Conhecer as
normas de
segurança
Manusear
adequadamente os
reagentes: sólidos,
líquidos e gases
Laboratório de Química – QUI126 2015
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Para tirar o máximo de proveito de um laboratório, você deve seguir alguns princípios básicos, principalmente
porque isso resulta em segurança para você e para as pessoas que estão compartilhando este ambiente de trabalho. É
necessário que todos os usuários conheçam e pratiquem determinadas regras, desde o primeiro instante que
pretenderem permanecer em um laboratório.
Indumentária Apropriada
• Avental de mangas compridas, longos até os joelhos, com fios de algodão na composição do tecido.
• Calça comprida de tecido não inteiramente sintético.
• Sapato fechado, de couro ou assemelhado.
• Óculos de segurança.
• Luvas
☞ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – avental, luvas, proteção facial/ocular e proteção respiratória.
Indumentária Proibida
• Bermuda ou short.
• Sandália, Chinelo, Sapato aberto.
• Uso de lente de contato.
• Uso de braceletes, correntes ou outros adereços.
• Avental de nylon ou 100% poliéster.
Faça no Laboratório
• Lave as mãos antes de iniciar seu trabalho.
• Lave as mãos entre dois procedimentos.
• Lave as mãos antes de sair do laboratório.
• Certifique-se da localização do chuveiro de emergência, lava-olhos, e suas operacionalizações.
• Conheça a localização e os tipos de extintores de incêndio no laboratório.
• Conheça a localização das saídas de emergências.
Não Faça no Laboratório
• Fumar
• Comer
• Correr
• Beber
• Sentar ou debruçar na bancada
• Sentar no chão
• Não use cabelo comprido solto
• Não (ou evite) trabalhar solitário no laboratório
• Não manuseie sólidos e líquidos desconhecidos apenas por curiosidade
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Com os Ácidos
• Adicione sempre o ácido à água; nunca faça o inverso.
Com Bicos de Gás
• Feche completamente a válvula de regulagem de altura de chama.
• Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação.
• Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de gás.
• Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama até que o bico de gás ascenda.
• Regule a chama.
Com Soluções
• Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos, principalmente se
ministradas por via oral.
• Não transporte soluções em recipientes de boca larga, se tiver que efetuá-lo por certa distância, triplique sua
atenção durante o percurso e solicite a um colega que o acompanhe.
• Não leve à boca qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído.
• Certifique-se da concentração e da data de preparação de uma solução antes de usá-la.
• Não pipete, aspirando com a boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra de segurança.
• Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções diferentes.
• Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, devem ser descartados
e não retornados ao recipiente de origem.
Com Sólidos e Líquidos
• O descarte deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de orgânicos de
inorgânicos.
• Cuidados com Aquecimento, incluindo: Reação exotérmica, chama direta, resistência elétrica e banho-maria.
• Não aqueça bruscamente qualquer substância.
• Nunca dirija a abertura de tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o aquecimento.
• Não deixe sem o aviso "cuidado material aquecido", equipamento ou vidraria que tenha sido removida de sua
fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar que possa ser tocado inadvertidamente.
• Não utilize "chama exposta" em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes voláteis, tais como
éteres, acetona, metanol, etanol, etc.
• Não aqueça fora das capelas, substâncias que gerem vapores ou fumos tóxicos.
Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes
• Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma vez, ao pegá-lo, e
novamente antes de usá-lo.
• Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua mão proteja o
rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rótulo.
• Muito cuidado com as tampas dos frascos, não permita que ele seja contaminada ou contamine-se. Se
necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri, etc. para evitar que isso aconteça.
• Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade com o frasco, por exemplo, substâncias
sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens translúcidas.
• Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico, aprenda esta técnica e passe a utilizá-la de início,
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mesmo que o frasco contenha perfume.
• Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes não devem ser menores que os cuidados com o
descarte de soluções que eles dão origem.
• Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias Laboratoriais: Antes de iniciar a montagem, inspecione
a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja completa, intacta e em condições de uso.
• Não utilize material de vidro trincado, quebrado ou com arestas cortantes.
• Não seque equipamentos volumétricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido.
• Não utilizes tubos de vidro, termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com vaselina e proteger as mãos
com luvas apropriadas ou toalha de pano.
Classificação dos Produtos Químicos
O Global Harmonization System - GHS é uma abordagem técnica desenvolvida para definir os perigos
específicos de cada produto químico, para criar critérios de classificação utilizando dados disponíveis sobre os
produtos químicos e seus perigos já definidos e para organizar e facilitar a comunicação da informação de perigo em
rótulos e FISPQ´s (Fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos). No Brasil estas normas são
regulamentadas pela NBR 14725.
As substâncias químicas podem ser agrupadas, portanto, segundo suas características de periculosidade.
Porém é importante lembrar que é muito complexa a harmonização de classificação e rotulagem dos produtos químicos
perigosos, ou seja, as substâncias que têm propriedades capazes de produzir danos à saúde ou danos materiais.
A classificação destas substâncias ou os símbolos de periculosidade são uma forma clara e rápida de
identificar o perigo que elas representam.
As substâncias são agrupadas em nove classes de risco especificadas abaixo:
- CLASSE 1: Explosivos
- CLASSE 2: Gases
- CLASSE 3: Líquidos Inflamáveis
- CLASSE 4: Sólidos Inflamáveis
- CLASSE 5: Substâncias Oxidantes
- CLASSE 6: Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes
- CLASSE 7: Materiais Radioativos
- CLASSE 8: Substâncias Corrosivas
- CLASSE 9: Substâncias e Perigosos Diversos
Uma substância pode se enquadrar em mais de uma classe de risco.
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CLASSE 1 - EXPLOSIVOS
Bomba explodindo em preto/fundo laranja
• Substâncias que podem explodir sob efeito de calor, choque ou fricção. As temperatura de detonação são muito
variáveis. Ex: nitroglicerina (117ºC); isocianato de mercúrio (180ºC); trinitrotolueno (470ºC).
• Certas substâncias formam misturas explosivas com outras. Ex: cloratos com certos materiais combustíveis;
tetrahidroresorcinol com metais.
• Outras substâncias tornam-se explosivas em determinadas concentrações. Ex; ácido perclórico a 50%.
CLASSE 2 - GASES
Chama em preto ou branco/fundo vermelho (inflamável)
Cilindro para gás preto ou brnaco/fundo verde (não inflamável, não tóxico)
Caveira em preto/fundo branco (gases tóxicos)
• Gás é dos estados da matéria. Nesse estado a substância move-se livremente, ou seja, independente do perigo
apresentado pelo produto, seu estado físico representa por si só uma grande preocupação, uma vez que expandem-se
indefinidamente. Assim, em caso de vazamento, os gases tendem a ocupar todo o ambiente mesmo quando possuem
densidades diferentes à do ar.
Além do perigo inerente ao estado físico, os gases podem apresentar perigos adicionais, como por exemplo a
inflamabilidade, toxicidade, poder de oxidação e corrosividade, entre outros.
• Os gases comprimidos são singulares, tendo em vista que representam tanto um risco químico, como um risco físico.
• Estes são armazenados em cilindros. Um vazamento no cilindro ou sistema de canalização cria um risco em
potencial para uma intoxicação, um incêndio ou uma explosão. Os cilindros de gás são identificados pela cor, segundo
NBR 12176:1999.
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CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
Chama em preto ou branco/fundo vermelho
A inflamabilidade depende dos seguintes parâmetros:
 Ponto de Ignição ou Ponto de Fulgor (flash point): temperatura acima da qual uma substância desprende
suficiente vapor para produzir fogo quando em contato com o ar e uma fonte de ignição (centelha, chama aberta).
 Ponto de Autoignição: temperatura acima da qual uma substância desprende vapor suficiente para produzir fogo
espontaneamente quando em contato com o ar.
• Os líquidos inflamáveis são classificados conforme abaixo representado:
Grupo de Risco Ponto de Fulgor Ponto de Ebulição
I  23º C  35º C
II  23º C  35º C
III Entre 23º C e 60,5º C  35º C
Exemplos:
1. Éter Etílico: Ponto de fulgor = -45º C; Ponto de Ebulição = 35º C (grupo de risco I)
2. Benzeno: Ponto de fulgor = -11º C; Ponto de Ebulição = 80º C (grupo de risco II)
3. Ácido Acético: Ponto de fulgor = 39º C; Ponto de Ebulição = 48º C (grupo de risco III)
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CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS
Chama em preto/fundo branco com sete listras verticais em vermelho
Chama em preto/fundo metade superior branca e metade inferior vermelha
(substâncias sujeitas a combustão espontânea)
Chama em preto ou branco/fundo azul (substâncias que em contato com a água
emitem gases inflamáveis)
• Sólidos facilmente inflamáveis: Ex: hidretos metálicos
CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS
Chama sobre um círculo em preto/fundo amarelo
CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E INFECTANTES
Caveira em preto/fundo branco (substâncias venenosas)
“X” sobre uma espiga de trigo com a inscrição NOCISO/fundo preto (substâncias venenosas)
Três meias-luas crescentes superpostas em um círculo em preto com a inscrição substância infectante/fundo
branco (substância infectante)
• As substâncias tóxicas podem ser encontradas em diferentes estados físicos: gases e vapores, líquidos, sólidos e
aerodispersóides (poeira, fumo, névoas e neblinas).
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• As principais vias de acesso de uma substância tóxica ao organismo são: inalação, absorção cutânea, ingestão e
injeção.
• Os efeitos tóxicos podem ser classificados como: agudo, crônico ou cumulativo, local, sistêmico, ação combinada,
antagonismo e tolerância.
• Nosologia das substâncias tóxicas: irritantes, corrosivas, asfixiantes, anestésicos, carcinógenos, mutagenos e
teratogenos.
Definições importantes:
- Agente tóxico: substância que cause dano grave ou morte, através de uma interação físico-química com o tecido vivo.
- Toxicidade: é a capacidade que uma substância tem de produzir dano a um organismo vivo, quando entra em contato
com o mesmo.
- DL50: é a dose única de uma substância química que causa a morte de 50% dos animais de uma dada população de
organismos expostos, em condições experimentais definidas.
Parâmetros na classificação de toxicidade da União Européia
Categoria
DL50 para ratazanas
(mg/kg massa corporal)
Muito tóxico menor que 25
Tóxico de 25 a 200
Nocivo de 200 a 2000
Valor da DL50 de algumas substâncias
Substância química
DL50 para ratazanas,
via oral
(mg/kg massa corporal)
Sacarose (açúcar de mesa) 29700
Ácido ascórbico (vitamina C) 11900
Etanol (álcool etílico) 7060
Cloreto de sódio (sal de mesa) 3000
Paracetamol (princípio ativo de diversos medicamentos analgésicos e antipiréticos) 1944
THC (princípio ativo da marijuana) 1270
Arsénico 763
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Cumarina 293
Ácido acetilsalicílico (princípio ativo da Aspirina) 200
Cafeína (princípio ativo do café) 192
Nicotina (princípio ativo do tabaco) 50
Estricnina 16
Fósforo branco 3,03
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dose_letal_mediana
- Limite de tolerância: é a concentração de uma determinada substância química, presente no ambiente de trabalho,
sob o qual os trabalhadores podem ficar expostos durante toda sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua
saúde. Essa concentração é expressa em partes por milhão (ppm) ou miligramas por metro cúbico (mg/m3).
- Limite de tolerância – Média ponderada pelo tempo: representa a concentração média ponderada, existente durante a
jornada de trabalho, ou seja, pode ter valores acima do limite fixado, desde que, sejam compensados por valores
abaixo deste, acarretando uma média ponderada igual ou inferior ao limite de tolerância.
- Valor teto: é a concentração máxima, permitida no ar, de uma substância tóxica, não podendo ser ultrapassada em
nenhum momento da jornada de trabalho.
CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS
Trifólio em preto com a inscrição RADIOATIVO – barra vermelha após a palavra
radioativo/fundo branco
Trifólio em preto com a inscrição RADIOATIVO – duas barras vermelhas após a palavra
radioativo/fundo superior amarelo/fundo inferior branco (transporte)
• Radioatividade é a propriedade que alguns tipos de átomos instáveis apresentam de emitir energia e partículas
subatômicas, o que se convenciona chamar de decaimento radioativo ou desintegração nuclear.
• A radioatividade tem três campos de aplicação para fins pacíficos: médico, quando se aproveita sua capacidade de
penetração e perfeita definição do feixe emitido para o tratamento de tumores e diversas doenças da pele e dos tecidos
em geral; industrial, nas áreas de obtenção de energia nuclear mediante procedimentos de fissão ou ruptura de átomos
pesados; e científico, para o qual fornece, com mecanismos de bombardeamento de átomos e aceleração de
partículas, meios de aperfeiçoar o conhecimento sobre a estrutura da matéria nos níveis de organização subatômica,
atômica e molecular.
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CLASSE 8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
Líquido pingando de dois recipientes de vidro e atacando uma mão e um pedaço de metal em preto/fundo
superior branco e fundo inferior preto
• Substâncias que quando em contato com tecidos vivos ou materiais podem exercer sobre eles efeitos destrutivos.
O contato desses produtos com a pele e os olhos pode causar severas
queimaduras, motivo pelo qual deverão ser utilizados equipamentos de
proteção individual compatíveis com o produto envolvido.
CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS
Sete listras na metade superior em preto/fundo branco
DIAGRAMA DE HOMMEL
Nesta simbologia, cada um dos losangos expressa um tipo de risco, a que será atribuído um grau de risco variando
entre 0 e 4, conforme explicitado a seguir.
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Exemplo:
FIQUE ATENTO
• Explosivo: evitar choques, fricção, faíscas, fogo e calor.
• Oxidantes: evitar todo contato com substâncias comburentes.
• Inflamável: manter longe de chamas, faíscas e fontes de calor.
• Tóxico: evitar qualquer contato com o corpo humano. Em caso de mal estar procurar imediatamente um
médico. No caso de substâncias cancerígenas e mutagênicas, ver indicações especiais.
• Corrosivo: evitar contato com os olhos, pele e roupa mediante medidas protetoras especiais. Não inalar os
vapores. Em caso de acidente ou mal estar, procurar imediatamente um médico.
• Irritante: evitar contato com os olhos e a pele. Não inalar os vapores.
RÓTULO DE UM REAGENTE QUÍMICO
Primeiros Socorros
Nome IUPAC
Fórmula Molecular
Massa Molecular
Símbolo de periculosidade
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INCÊNDIO
Para que haja fogo é necessário que existam os seguintes fatores:
O fogo é um processo químico que obedece rigorosamente a Lei das proporções Definitivas ou Lei de Proust.
Condições para a combustão:
De 0 a 8% de Oxigênio Não ocorre
De 8 a 13% de Oxigênio Lenta
De 13 a 21% de Oxigênio Viva
1. CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS
• Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica.
• Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas em “normas básicas para
uso de equipamento elétrico”.
• Armazenamento dos bujões de gás em local bem ventilado fora do prédio. Tolera-se o uso de bujões de até 13
kg no interior do prédio em áreas seguras.
• Solventes químicos não podem ser armazenados próximos a fornos, estufas e locais aquecidos.
• Os laboratórios devem ser fechados adequadamente, porém, permitindo o acesso à Brigada de Incêndio, visto
que o incêndio pode se alastrar e ameaçar a Instituição como um todo.
2. EQUIPAMENTOS PARA CONTROLAR INCÊNDIOS
• Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade (extintores de CO2) e para
papéis (extintores de água pressurizada) devem estar à disposição. Em instalações que utilizam muito
equipamento elétrico, deve-se ter um maior número de extintores para eletricidade; em locais que contenham
muitos produtos químicos, deverá haver mais extintores PQS. Os dois podem ser utilizados em ambos os
casos, porém procurando sempre utilizar o mais adequado.
• Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e fixados em locais de fácil acesso, como por exemplo,
nos corredores. Em locais de maior periculosidade, recomenda-se que haja um extintor a cada 10m. Também
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se recomenda a colocação de um extintor dentro dos laboratórios que contenham muitos solventes ou
equipamentos elétricos.
3. COMO PROCEDER EM CASO DE INCÊNDIO
• Se forem percebidos indícios de incêndios (fumaça, cheiro de queimado, estalidos, etc.), aproxime-se a uma
distância segura para ver o que está queimando e a extensão do fogo.
• Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis.
• Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando todas as portas e janelas
atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade, alertando os demais ocupantes do andar e
informando os laboratórios vizinhos da ocorrência do incêndio.
• Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida.
• Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação.
• Procure alcançar o térreo ou as saídas de emergência do prédio, sem correr.
• Jamais use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, e ele poderá ficar parado, sem contar que existe
o risco dele abrir justamente no andar em chamas.
• É da responsabilidade de cada chefe de laboratório conhecer os disjuntores de suas instalações.
Classes de Incêndios:
• Classe “A”: Materiais que queimam em superfície e em profundidade. Exemplos: madeira, papel, tecido.
•
•
•
• Classe “B”: Os líquidos inflamáveis. Queimam na superfície. Exemplos: álcool, gasolina, querosene.
• Classe “C”: Equipamentos elétricos e eletrônicos energizados. Exemplos: computadores, televisores, motores.
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• Classe “D”: Materiais que requerem agentes extintores específicos. Exemplos: pó de zinco, sódio, magnésio.
Fonte: http://www.areaseg.com/bib/11%20-%20Fogo/apostila-02.pdf
Tipos de Extintores:
• Extintor de água pressurizada-gás:
Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “A”. Contra-indicado para as Classes “B” e “C”.
Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.
Água-gás: Este tipo possui uma pequena ampola de ar comprimido. Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato
para a base do fogo.
Processo de extinção: Resfriamento.
• Extintor de espuma:
Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “B” e com bom resultado para a classe “A”. Contra indicado
para a classe “C”.
Modo de usar: Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a posição do extintor (posicione-o de cabeça
para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta.
Processo de extinção: Abafamento. Um processo secundário é o resfriamento (umidificação).
• Extintor de pó químico seco
Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência para a classe “A”. Não possui
contra-indicação.
Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para base do fogo.
Processo de extinção: Abafamento.
• Extintor de gás-carbônico
Indicado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência para a classe “A”.
Não possui contra indicação.
Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do fogo. Não toque no difusor, pois
com a passagem de gás por ele, ele poderá gelar e agarrar a pele ao ser tocado.
Processo de extinção: Abafamento.
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Obs.: Incêndios de classe “D” requerem extintores específicos podendo, em alguns casos, ser utilizado o de gás
carbônico (CO2) ou pó químico seco (PQS).
Extintor de Água Extintor de Espuma Extintor de CO2
Resíduos Químicos
Caracterizar e classificar um material residual significa identificar as propriedades ou características daquele
material que possam causar danos ao homem e ao meio ambiente. Eta ação subsidia diretamente a tomada de
decisões técnicas e econômicas em todas as fases do manejo do material. Assim materiais residuais caracterizados
como perigosos devem sofre manuseio, estocagem, segregação, rotulagem e tratamento criteriosos, ao passo que
materiais não perigosos podem ser manejados com menor grau de complexidade. Rejeitos considerados perigosos
devem ser necessariamente tratados antes da disposição final, enquanto que rejeitos considerados não perigosos
podem ser descartados no ambiente após a devida consideração da legislação ambiental vigente.
Definições:
 Material residual: termo usado para abranger, genericamente, qualquer resíduo ou rejeito produzido por uma
fonte geradora.
 Resíduo: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou atividade e que, em
princípio, possui um potencial de uso, para o próprio gerador ou não, com ou sem tratamento.
 Rejeito: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou atividade, porém,
inservível, já que não apresenta possibilidade técnica ou econômica de uso, com ou sem tratamento, devendo
ser tratado para descarte no meio ambiente.
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 Resíduo perigoso: material (substância ou mistura de substâncias) com potencial de causar danos a
organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente; ou ainda, que pode tornar-se perigoso por
interação com outros materiais
 Danos: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios.
Em laboratórios químicos os resíduos perigosos mais usuais compreendem:
• solventes orgânicos
• resíduos de reações
• reagentes contaminados, degradados ou fora do prazo de validade
• soluções-padrão
• fases móveis de cromatografia
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL RESIDUAL
No Brasil, o processo para classificar um material residual como perigoso deve seguir o recomendado pela
ABNT NBR 10.004 e a consulta a seus oito anexos, apresentam, entre outros atos normativos, listagens de resíduos
perigosos.
Segundo a NBR 10.004:2004 os resíduos são classificados em:
a) Classe I: Perigosos
São aqueles que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambie'l:e, em função de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade.
b) Classe II: Não Perigosos .
• Classe II A: Não Inertes
São resíduos que não apresentam periculosidade, porém, não são inertes e podem ter propriedades como
combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água .
• Classe II B: Inertes
São resíduos que, submetidos ao teste de solubilização, não apresentam nenhum de seus constituintes
solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água.
☞
☞
☞
☞ Segregação de resíduos perigosos
Definição de grupos de resíduos: deverão ser definidos considerando-se, além das peculiaridades do inventário, as
características fisico-químicas, periculosidade, compatibilidade e o destino final dos resíduos.
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Classes de resíduos químicos que devem ser adotadas:
Inorgânicos
 soluções aquosas de metais pesados
 ácidos
 bases
 sulfetos
 cianetos
 mercúrio metálico (recuperação)
 sais de prata (recuperação)
Orgânicos
Para descarte (incineração/co-processamento):
 solventes não halogenados,  5% água
 solventes não halogenados,  5% água
 solventes halogenados
 peróxidos orgânicos
 pesticidas e outros de alta toxicidade aguda ou crônica
Para recuperação (se houver possibilidade de formação de misturas azeotrópicas, avaliar o custo/benefício da
recuperação)
 solventes clorados
 acetatos e aldeídos
 hidrocarbonetos
 álcoois e cetonas
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TRATAMENTO DE MATERIAIS RESIDUAIS
Métodos de Tratamento
Tratamento químico • neutralização ácido-base
• precipitação química
• oxidação redução
• absorção em carvão ativado
• troca iônica
Tratamento físico • remoção física: destilação, evaporação, extração
por solvente, extração por arraste a vapor, troca
iônica, precipitação, cristalização, filtração, adsorção,
osmose reversa
• microencapsulamento
• estabilização
Tratamento térmico • incineração
• co-processamento
• combustão em caldeiras e fornos
• detonação
• vitrificação
Tratamento biológico • bioremediação
Disposição no solo • aterro industrial
SUBSTITUIÇÃO DE MÉTODOS E MATERIAIS
Processos químicos são tradicionalmente geradores de problemas ambientais devido ao manejo de
substâncias reconhecidamente perigosas que, muitas vezes, são descartadas de forma inadequada no ambiente.
Entretanto, a química verde surgiu como uma proposta de minimizar a geração de resíduos e é definida como “a
criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração
de substâncias tóxicas”.
A minimização de materiais residuais começa com decisões corretas na hora de planejar os experimentos e
ensaios. É necessário avaliar previamente todo o potencial de periculosidade que envolve a adoção de um
determinado experimento e, se prejudicial ao homem ou ao ambiente, pesquisar sobre métodos equivalentes
alternativos, substituição de produtos por outros menos perigosos e mesmo verificar a possibilidade de
reaproveitamento do material residual gerado. O planejamento de experimentos é uma das mais importantes
estratégias de redução na fonte e deve ser incentivada em todo laboratório que faça uso de produtos químicos
perigosos.
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QUEIMADURAS:
a) Queimaduras causadas por calor seco (chama ou objetos aquecidos):
Queimaduras leves, refrescar com água fria, secar e aplicar pomada de picrato de butesina. No caso de queimaduras
graves, refrescar com água fria e cobrir com gase esterilizada umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio
5 %. Contactar um médico imediatamente.
b) Queimaduras por ácidos:
Lavar imediatamente o local com água corrente em abundância durante cinco minutos. Em seguida, lavar com solução
saturada de bicarbonato de sódio e novamente com água. Secar e aplicar mertiolate. OBS: No caso de a queimadura
ser muito severa lavar apenas com bastante água e procurar um médico.
c) Queimaduras por álcalis:
Lavar a área atingida imediatamente com bastante água corrente durante cinco minutos. Tratar com solução aquosa de
ácido acético 1 % e lavar novamente com água. Secar e aplicar mertiolate.
OBS: No caso de a queimadura ser grave lavar apenas com água e procurar um médico.
ÁLCALIS NOS OLHOS:
Lavar com água corrente em abundância durante quinze minutos.
Depois disso, aplicar solução aquosa de ácido bórico 1%.
INTOXIDAÇÃO POR INALAÇÃO DE GASES:
Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar.
INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS:
Administrar o antídoto universal, que possui a seguinte composição: 2 partes de carvão ativo, 1 parte de óxido de
magnésio e 1 parte de ácido tânico (pirogalol). Essa mistura deve ser conservada seca até o momento de ser usada;
na ocasião do emprego deve-se dissolver uma colher de sopa da mistura em meio copo de água morna.
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Referências Bibliográficas:
1. Golgher, M.; Segurança em Laboratório, CRQ-MG, Belo Horizonte-MG, 2006.
2. Figueiredo, D.V.; Manual para Gestão de Resíduos Perigosos de Instituições de Ensino e Pesquisa; Conselho
Regional de Química de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dose_letal_mediana, acessado em 10/03/2014.
4. http://www.areaseg.com/bib/11%20-%20Fogo/apostila-02.pdf, acessado em 10/03/2014.
AUTO-AVALIAÇÃO
1. Construa o diagrama de Hommel para o ácido acético, álcool etílico e
propanona.
2. Qual a diferença entre uma combustão lenta e a combustão viva?
3. Atenção especial deve ser dada na organização de um almoxarifado de
produtos químicos. Cite três produtos químicos incompatíveis entre si e que,
portanto, não podem ser armazenados próximos uns dos outros. Explique por
quê.
4. Quais os extintores de incêndio devem estar disponíveis em um condomínio
residencial? Onde eles devem estar alocados?
5. A dipirona sódica é encontrada no medicamento novalgina. Procure, na
literatura, o valor da DL50 deste princípio ativo e compare com a DL50 do
paracetamol apresentada neste roteiro. Qual composto é mais tóxico?
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Vidrarias, equipamentos e
técnicas básicas
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Identificar as principais vidrarias e equipamentos usados no laboratório de química;
▶ Apresentar técnicas básicas usadas no laboratório de química;
_______________________________________________________________________________________________
Antes de iniciar qualquer experimento em um laboratório químico, é importante familizar-se com os
equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação de uso e a maneira correta de manuseá-lo.
Grande maioria dos equipamentos utilizados nos laboratórios é de vidro, portanto é necessário muito cuidado
ao manuseá-los. Estes podem ser de vidro comum, pirex ou de quartzo fundido.
A seguir apresentaremos alguns equipamentos básicos utilizados rotineiramente em laboratórios de química e
suas funções.
VIDRARIAS
AULA 2
Tubo de ensaio: utilizado para realização de reações químicas em pequena escala,
principalmente testes qualitativos. Podem ser aquecidos em movimentos circulares diretamente
sob a chama do Bico de Busen.
Tubos de ensaio devem ser aquecidos de forma que a extremidade aberta não esteja virada para
uma pessoa.
Béquer: utilizado para dissolver uma substância em outra, preparar soluções em geral, aquecer
líquidos, dissolver substâncias sólidas e realizar reações.
Erlenmeyer: devido ao seu gargalo estreito, é utilizado para dissolver substâncias, agitar
soluções e aquecer líquidos sobre a tela de amianto. Integra várias montagens como filtrações,
destilações e titulações.
Kitassato: frasco com saída lateral, utilizados em filtrações a vácuo, ou seja, nas quais é
provocado um vácuo parcial dentro dos recipiente para acelerar o processo de filtração.
Funil comum: utilizado em filtrações simples, com o auxílio de um papel de filtro, e transferir
líquidos de um recipiente para outro.
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Balão de fundo chato: utilizado para aquecer brandamente líquidos ou soluções, realizar
reações com desprendimentos de gás e armazenar líquidos ou soluções.
Balão de fundo redondo: utilizado para aquecer líquidos ou soluções e realizar reações em
geral. É também utilizado em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado à Rotavapor.
Balão volumétrico: utilizado para preparar e diluir soluções com volumes precisos e prefixados.
Não pode ser aquecido, pois possui grande precisão de medida. Equipamento calibrado.
Proveta: utilizada para medir volumes de líquidos sem grande precisão.
Vidro de relógio: utilizado normalmente na pesagem e no transporte de substâncias químicas.
É também utilizado para cobrir, por exemplo, cápsula de porcela de modo a proteger os sólidos
e evitar perda de reagentes.
Pipeta graduada: utilizada para medida de volumes variáveis de líquidos com boa precisão
dentro de uma determinada escala. Não pode ser aquecida. Equipamento calibrado.
Pipeta volumétrica: utilizada para medir, com grande precisão, um volume fixo de líquidos. Não
pode ser aquecida. Equipamento calibrado.
Bureta: utilizada para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento controlado
de líquido através da torneira. Equipamento utilizado em titulações. Não pode ser aquecida.
Equipamento calibrado.
Funil de separação/decantação: utilizado para separar líquidos imiscíveis e na extração
líquido-líquido. Também é conhecido como funil de bromo.
Condensador: utilizado para condensar os vapores produzidos no processo de destilação ou
aquecimento sob refluxo. Existem condensadores de Liebig ou de tubo reto, de bolas e de
serpentina.
Bastão de vidro/baqueta: utilizado para agitação de soluções e de líquidos, na dissolução de
sólidos, no auxílio para transferência de líquidos de um recipiente para outro, etc.
Placa de Petri: utilizada para secagem de substâncias. É um recipiente raso com tampa. Em
Biologia são utilizadas para desenvolvimento de culturas de fungos ou bactérias.
Tubo de Thiele: utilizado na determinação do ponto de fusão das substâncias. Existem
equipamentos eletrônicos para este fim.
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Dê o nome a cada uma das vidrarias abaixo:
Bolinha de vidro: utilizada em montagens de refluxo e destilação para evitar a superebulição
(fenômeno em que um líquido ferve a uma temperatura maior que seu ponto de ebuilição).
Pode também ser de porcelana.
Dessecador: utilizado para guardar substâncias em atmosfera com baixa umidade. Contém
substâncias higroscópicas, ou seja, que absorvem a umidade do meio.
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UTENSÍLOS DE PORCELANA
Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo:
Funil de Bü
ü
ü
üchner: utilizado em filtrações a vácuo em conjunto com o kitassato.
Cadinho: utilizado para calcinações de substâncias, no aquecimento e fusão de sólidos a altas
temperaturas. Pode também ser constituído de ferro, prata ou platina.
Cápsula: utilizado na evaporação de líquidos. Pode ser aquecido diretamente na chama.
Almofariz e pistilo: utilizado para trituração e pulverização de sólidos. Pode também ser
constituído de ágata.
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26
UTENSÍLOS GERAIS
Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo:
Tela de amianto: tela metálica (de aço), com o centro recoberto em amianto ou cerâmica, utilizada
para distribuir uniformemente o calor recebido da chama do bico de Busen para todo o recipiente.
Argola ou anel: utilizado para suporte de funil vidro em montagens de filtração, decantação, etc.
Garra metálica: utilizada para fixar os diversos equipamentos, mantendo a montagem estável.
Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de ensaio.
Suporte para tubos de ensaio: utilizado para sustentação de tubos de ensaio.
Tripé: utilizado para dar sustentação à tela de amianto ou ao triângulo de porcelana.
Suporte universal: utilizado para dar sustentação aos materiais de laboratório.
Pinça metálica: utilizado para segurar objetos aquecidos.
Piseta ou frasco lavador: utilizado para lavagem de diversos materiais. Normalmente contém
água destilada, mas outros solventes podem também ser armazenados.
Espátula: utilizada para transferência de substâncias sólidas.
Trompa de vácuo: utilizada para reduzir a pressão no interior de um frasco, principalmente
durante a filtração sob pressão reduzida.
Pipetador de borracha ou pêra: utilizado para encher pipetas por sucção, principalmente no caso
de líquidos voláteis, irritantes ou tóxicos.
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EQUIPAMENTOS
Agitador magnético: utilizado para agitar soluções e líquidos. Podem ser só de agitação e/ou com
aquecimento.
Manta aquecedora: utilizado para aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em um balão de
fundo redondo.
Balança: utilizado para determinação de massa. As balanças mecânicas mais precisas têm sua
sensibilidade restrita a uma ordem de grandeza de 0,01g. As eletrônicas podem ter precisão de
0,0001g. Para boa utilização, devem estar niveladas e ter manutenção e calibração periódica.
Centrífuga: utilizado para separação de misturas imiscíveis do tipo sólido-líquido, quando o sólido
se encontra finamente disperso no líquido.
Estufa: utilizado para secagem de materiais em geral, principalmente vidrarias.
Capela: utilizada para manusear substâncias gasosas, tóxicas, irritantes, etc.
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Dê o nome dos equipamentos abaixo:
O BICO DE BUNSEN
Possui na sua base um regulador de entrada de ar, a chama torna-se amarela e relativamente fria (com temperatura
mais baixa). A esta temperatura a combustão é incompleta.
Com o aumento da entrada de ar a chama torna-se azul, mais quente e forma um cone interior distinto, mais frio.
Bomba de vácuo: utilizada para reduzir a pressão no interior de um recipiente.
Bico de Bünsen: é utilizado como fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não
inflamáveis. Possui como combustível normalmente o G.L.P (butano e propano) e como
comburente o gás oxigênio do ar atmosférico que em proporção otimizada permite obter uma
chama de alto poder energético.
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Zona neutra: é uma zona interna próxima da boca do tubo, limitada por uma camada azulada que contém os gases
que ainda não sofreram combustão. É a região de menor temperatura da chama (300 ºC a 530 ºC).
Zona redutora: é uma zona intermediária, luminosa, que fica acima da zona neutra e forma um pequeno cone, onde
se inicia a combustão do gás. Nesta zona forma-se monóxido de carbono, que se decompõe por ação do calor dando
origem a pequenas partículas de carbono, que, sendo incandescentes, dão luminosidade à chama e espalham-se
sobre a tela de amianto na forma de negro de fumo. Região da chama de temperatura intermediária (530 ºC a
1540 ºC).
Zona oxidante: zona externa de cor violeta-pálido, quase invisível, que compreende toda a região acima e ao redor da
zona redutora. Os gases que são expostos ao ar sofrem combustão completa, formando gás carbônico e água. Região
de maior temperatura (1540 ºC).
TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO
Transferência de sólidos: não utilizar a mesma espátula para transferir amostras de substâncias diferentes. Este
procedimento pode contaminar os reagentes.
Transferência de líquidos: pode-se usar conta-gotas, bastão de vidro, funil de vidro e pipetas.
Leitura do nível de um líquido - menisco: para ler corretamente o nível de um líquido, é importante olhar pela linha
tangente ao menisco, que é côncavo, no caso de líquidos que aderem ao vidro, e convexo, no caso de líquidos que não
aderem ao vidro (mercúrio). O menisco consiste na interface entre o ar e o liquido a ser medido. O seu ajuste deve ser
feito de modo que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha de referência ou traço
de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano.
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30
Papel de filtro dobrado liso: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais lenta e o líquido é o que mais
interessa no processo.
Papel de filtro pregueado: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais rápida e o sólido é o que mais
interessa no processo.
Filtração simples e a vácuo: a filtração simples é o processo usado para a separação de uma mistura heterogênea
sólido-líquido. Na filtração à vácuo de uma mistura sólido-líquido usa-se um funil chamado de funil de Buchner, cujo
fundo é perfurado e sobre o qual se coloca o papel de filtro.
vácuo
Filtração Simples Filtração à Vácuo
Aumenta a superfície de contato entre a mistura e o papel
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31
Decantação: o processo de decantação é utilizado na separação de dois líquidos não miscíveis.
Centrifugação: é o processo utilizado para acelerar a sedimentação das fases.
Destilação: é o processo utilizado para separação de misturas, podendo ser simples ou fracionada.
Fonte: http://www.quiprocura.net/separa_mistura2.htm
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PARTE PRÁTICA
Procedimento 1: Utilização da “pêra” para medidas de volume
• Com o auxílio de uma pipeta graduada e de uma pêra, meça 10 mL de água destilada contida no béquer e
transfira para o erlenmeyer de volume apropriado.
• Utilizando uma garra, prenda uma bureta de 25 ou 50 mL a um suporte universal. Com o auxílio de um béquer,
preencha uma bureta com água destilada. Tire a bolha e acerte o zero. Deixe escoar 12 mL de água para o
erlenmeyer.
Procedimento 2: Utilização da balança para pesar sólidos
• Utilizando um almofariz com pistilo, triture bastões de giz até a completa pulverização do mesmo.
• Utilizando uma balança e com o auxílio de um vidro de relógio e uma espátula, pese 0,3570 g do sólido
triturado.
• Transfira o pó de giz pesado para um béquer e adicione, com o auxílio de uma proveta, 25 mL de água
destilada. Agite a mistura com um bastão de vidro.
• Filtre a mistura, utilizando a técnica de filtração simples. Use o papel de filtro dobrado corretamente.
Procedimento 3: Aquecimento no bico de Busen
• Adicionar 4 mL de água destilada em um tubo de ensaio.
• Segurar o tubo, próximo à boca, com pinça de madeira.
• Aquecer a água, na chama, com pequena agitação, até a ebulição da água.
Procedimento 4: Realizando uma decantação
• Em um béquer com auxílio de uma proveta, prepare uma mistura contendo 10 mL de água e 10mL de óleo.
• Transfira a mistura para o funil de decantação e realize a separação das fases.
Procedimento 5: Realizando uma calcinação
• Colocar uma pequena porção de sulfato de cobre pulverizado em um cadinho de porcelana, adaptado num
triângulo de porcelana.
• Aqueça com a chama forte.
• Observar depois de alguns minutos a mudança de cor do composto.
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1. Trindade, D.F.; Oliveira, F.P.; Banuth, G.S.L.; Bispo, J.G. Química Básica Experimental, Editora Icone, São Paulo,
SP, 1998. (ISBN: 85-274-0511-3).
Referência Bibliográfica:
AUTO-AVALIAÇÃO
1. Porque a maioria dos materiais usados em laboratórios químicos são feitos de vidro?
2. Cite duas substâncias higroscópicas que poderiam ser usadas em um dessecador.
3. Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma pipeta graduada?
4. Qual a função da tela de amianto?
5. O que é calcinação?
6. Qual técnica você usaria para separar álcool da gasolina. Explique.
7. Cite duas vidrarias de alta precisão volumétrica.
8. Qual a precisão da pipeta graduada e da proveta usadas no laboratório?
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Reações químicas inorgânicas
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Identificar as principais reações químicas inorgânicas;
▶ Representar através de equações, as principais reações químicas inorgânicas.
_______________________________________________________________________________________________
Dica para o acompanhamento desta aula. Procure recordar os conteúdos de nomenclatura dos
compostos inorgânicos (ácidos, bases, sais, óxidos), número de oxidação, fórmulas químicas (símbolo dos
elementos, ânions e cátions). As técnicas básicas de laboratório sempre serão utilizadas nas aulas de
química.
Reações
Químicas
Nomenclatura
dos
compostos
Número de
oxidação
Técnicas
básicas de
laboratório
Fórmulas
químicas
AULA 3
Laboratório de Química – QUI126 2015
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Os químicos já investigaram centenas de milhares de reações e outras milhares esperam ser investigadas.
Reação química é uma transformação em que uma espécie de matéria, ou mais de uma, se transforma em
uma nova espécie de matéria ou em diversas novas espécies de matéria. As mudanças que ocorrem em qualquer
reação envolvem, simplesmente, a reorganização dos átomos (lei da conservação da massa - Lavoisier).
Podemos representá-la usando a equação química equilibrada, que mostra as quantidades relativas dos
reagentes (substâncias que se combinam na reação) e dos produtos (substâncias que se formaram). Esta relação
entre as quantidades dos reagentes e produtos é chamada de estequiometria, e os coeficientes das fórmulas, na
equação equilibrada, são os coeficientes estequiométricos.
Numa equação química indicam-se os estados físicos dos reagentes e produtos. O símbolo (s) indica sólido,
(g) indica gás e (l) líquido. As reações químicas podem ser divididas em dois grupos: a) reações químicas em que há
transferência de elétrons e b) reações químicas em que não há transferência de elétrons. Conforme sua natureza,
podem ainda ser classificadas como reações de: síntese, decomposição ou análise, deslocamento ou troca, dupla
troca, oxidação-redução, exotérmicas e endotérmicas.
PARTE PRÁTICA
Procedimento 1:
• Colocar, no bico de Bunsen, um pedaço de fita de magnésio de aproximadamente 1 cm.
• Observar a formação de um pó branco.
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 1.
Qual o nome IUPAC do composto branco formado na reação ocorrida no procedimento 1.
Classifique a reação química ocorrida.
Não olhar diretamente para a chama, pois a luz emitida
por esta reação é prejudicial aos olhos
Procedimento 2: Deve ser realizado na capela
• Adicionar 1 mL de ácido clorídrico
• Em outro tubo de ensaio adicionar a mesma
• Mergulhar a ponta de um bastão de vidro
acima da superfície da solução de
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2.
Qual o nome IUPAC do composto formado na reação
Classifique a reação química ocorrida.
Procedimento 3: Prática demonstrativa
Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de
de cal.
• Adicionar no tubo 1 aproximadamen
• Adicionar no tubo 2, solução de hidróxido de cálcio
• Fechar o sistema e aquecer lentamente o tubo 1 até que apareça uma
• Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido
Laboratório de Química –
na capela
ácido clorídrico concentrado em um tubo de ensaio.
adicionar a mesma quantidade de hidróxido de amônio concentrado.
Mergulhar a ponta de um bastão de vidro no tubo que contém o ácido clorídrico. Aproximar
acima da superfície da solução de hidróxido de amônio sem tocá-la. Observar.
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2.
Qual o nome IUPAC do composto formado na reação ocorrida no procedimento 2.
Classifique a reação química ocorrida.
demonstrativa
Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de
aproximadamente 2 g de carbonato de magnésio.
hidróxido de cálcio (conhecida como água de cal)
Fechar o sistema e aquecer lentamente o tubo 1 até que apareça uma turvação no tubo 2.
Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido
QUI126 2015
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quantidade de hidróxido de amônio concentrado.
no tubo que contém o ácido clorídrico. Aproximar esta ponta até 1 cm
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2.
Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de vidro fique imersa na água
.
turvação no tubo 2.
Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido reflua para o tubo 1.
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37
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 3, TUBO 1.
Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no TUBO 1.
Classifique a reação química ocorrida, no TUBO 1.
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 3, TUBO 2.
Qual o nome IUPAC do composto formado na reação ocorrida no TUBO 2.
Classifique a reação química ocorrida, no TUBO 2.
Procedimento 4:
• Adicionar, em um tubo de ensaio, aproximadamente de 1 mL de uma solução de ácido clorídrico 1 mol/L.
• Adicionar um pedaço de fita de magnésio de aproximadamente 0,5 cm ao tubo de ensaio contendo o ácido
clorídrico. Observar.
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 4.
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Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 4.
Classifique a reação química ocorrida.
Procedimento 5:
• Adicionar, em um tubo de ensaio, 1 mL de solução de cloreto de sódio 0,1 mol/L.
• Em seguida adicionar 2 gotas de solução de nitrato de prata 0,1 mol/L.
• Agitar e observar.
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 5.
Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 5.
Classifique a reação química ocorrida.
Procedimento 6:
• Adicionar, em um tubo de ensaio, 1 mL de solução de ácido clorídrico 1 mol/L.
• Meça a temperatura da solução.
• Com o termômetro ainda no interior do tubo, adicionar, com o auxílio de um conta-gotas, a mesma quantidade
de solução de hidróxido de sódio 1 mol/L. Meça novamente a temperatura.
T inicial = T final =
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 6.
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Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 6.
Classifique a reação química ocorrida.
Procedimento 7:
• Adicionar, em um tubo de ensaio, 2 mL de água destilada.
• Meça a temperatura do meio
• Acrescentar, ao tubo de ensaio, aproximadamente 200 mg de cloreto de amônio. Meça novamente a
temperatura.
T inicial = T final =
Represente, no quadro abaixo, a equação química completa do procedimento 7.
Classifique a reação química ocorrida.
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Referências Bibliográficas:
1. Voguel, A . I; Química Analítica Qualitativa, 5ª Edição, Editora Mestre Jou, São Paulo,1981.
2. Lenzi, E. Favero, L.O.B.; Tanaka, A.S.; Filho, E.A.V.; Silva, M.B. Química Geral Experimental, Freitas Bastos
Editora, Rio de Janeiro, 2004 (ISBN: 85-353-0217-4)
1. Quais as evidências que indicam a ocorrência de reações químicas?
2. O que é um precipitado?
3. Quais das reações realizadas na parte prática podem ser classificadas como
de reações de oxi-redução? Identifique, nestas reações, a espécie oxidante e
a redutora.
4. A amônia é obtida pela decomposição do hidróxido de amônio. Represente a
equação química deste processo de decomposição.
5. Como você classifica o composto formado no procedimento 1 (ácido ou
básico). Explique.
6. Busque, na literatura, uma reação química que exemplifique cada um dos
tipos de reações apresentadas na aula de hoje.
AUTO-AVALIAÇÃO
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41
Estequiometria de reações
químicas
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Determinar a estequiometria de uma reação através dos métodos das variáveis contínuas;
▶ Determinar a fórmula mínima de um composto, através de reação química, usando o método das variáveis
contínuas.
_______________________________________________________________________________________________
AULA 4
Quando uma reação química é realizada em um laboratório, é necessário que se
conheça as quantidades de reagentes a serem utilizadas. Par isso torna-se essencial
o conhecimento estequiométrico, onde as equações balanceadas fornecem dados
que ajudam na determinação quantitativa dos reagentes e dos produtos.
Lei de
Lavoisier
Lei de
Proust
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A fórmula química de uma substância indica a espécie e o número relativo dos átomos que se combinam para
formar a substância, enquanto as equações químicas indicam as substâncias que reagem e as que são produzidas,
bem como a relação molar das mesmas na reação.
Em condições idênticas, uma reação química obedece sempre às mesmas relações ponderais, ou seja,
obedece a uma determinada estequiometria. A estequiometria, portanto, relaciona-se com as informações quantitativas
que podem ser tiradas de uma reação química. Havendo excesso de um dos reagentes, este excesso não reage,
podendo ser recuperado.
Um método simples para determinar a estequiometria de uma reação é o método das variáveis contínuas.
Consideremos a sua aplicação no caso de 2 substâncias “A” e “B” (que podem ser moléculas ou íons) que reagem
formando o composto AxBy.
x A + y B AxBy
O problema consiste em determinar os valores de “x” e “y”. Para isso, devem ser efetuados diversos ensaios,
misturando-se quantidades variáveis de A e B, de tal modo que a soma das concentrações iniciais de A e B na mistura
seja sempre a mesma (mesmo número de mols total de A e B, para um mesmo volume final de mistura, em todos os
ensaios). A quantidade de produto que se forma em cada ensaio deve ser medida, por meio de algum processo
adequado.
O método consiste, portanto, em verificar em qual dos ensaios se obtém a maior quantidade de produto. A
relação entre os números de mols de A e B usados neste ensaio nos dá a relação entre x e y. No caso particular da
equação acima, este resultado nos fornece, também, a fórmula do composto AxBy.
O método das variáveis contínuas é de aplicação ampla, podendo ser usado para diferentes tipos de sistemas.
Assim, no caso em que se forma um produto gasoso, pode-se medir o volume de gás obtido; se a reação é exotérmica,
pode-se determinar a quantidade de calor liberada; em outros casos, pode-se utilizar uma série de métodos
instrumentais, em que mede a variação de alguma propriedade físico-química do sistema, por exemplo: medidas
calorimétricas, potenciométricas, condutométricas, etc.
Outro aspecto da estequiometria é a determinação de uma quantidade desconhecida de um reagente. Neste
caso, este reagente deve reagir totalmente com um outro, cuja quantidade gasta pode ser determinada. Através da
quantidade de reagente gasta pode-se, então determinar a quantidade do produto que se forma. As técnicas
frequentemente empregadas são: volumetria (titulação) e gravimetria (pesagem de sólidos, precipitados).
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43
PARTE PRÁTICA
• Colocar, em uma bateria, cinco tubos de ensaio e numerá-los.
• Conforme tabela abaixo, adicionar em cada tubo de ensaio as quantidades respectivas das soluções “A” e “B”.
• Misturar as soluções adicionadas aos tubos de ensaio, com o auxílio de um bastão de vidro, e deixar decantar
por aproximadamente 20 minutos.
• Medir, com uma régua, a altura do precipitado em cada tubo.
Reagente
Tubos de Ensaio
1 2 3 4 5
Solução A (mL) 1 2 3 4 5
Solução B (mL) 5 4 3 2 1
Altura do ppt (cm)
Construa um gráfico dos volumes das soluções “A” e “B” em função da altura dos precipitados formados, e com base
nas observações e nesse gráfico, determine a fórmula mínima do composto formado na reação ocorrida entre as
soluções “A” e “B”.
Como o produto formado é pouco solúvel, pode-se, também, filtrar os precipitados formados e pesá-los (para
isso é necessário antes da pesagem lavá-los com água destilada e álcool etílico e colocá-los na estufa à
temperatura de 100-110ºC durante 15 minutos).
Laboratório de Química – QUI126 2015
44
Referência Bibliográfica:
1. Atkins, P.; Jones, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, 3ª edição, Editora Bookman,
2006.
1. Cite as causas de erro que podem alterar o resultado da experiência. Que
procedimentos poderiam ser adotados para melhoria do resultado obtido?
2. Determine a estequiometria da reação química ocorrida.
3. Conhecendo os reagentes presentes na solução “A” e na solução “B” escreva
as equações químicas, completa e iônica, que representam a reação
ocorrida.
4. Qual é o nome do precipitado formado na reação química?
AUTO-AVALIAÇÃO
Laboratório de Química – QUI126 2015
45
Preparo de soluções
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Preparar soluções a partir de reagentes sólidos e líquidos;
▶ Fazer cálculos prévios da quantidade de reagentes sólidos ou líquidos necessários para o preparo de soluções com
concentração pré-estabelecida;
▶ Reconhecer as vidrarias volumétricas utilizadas no preparo de soluções;
_______________________________________________________________________________________________
No nosso cotidiano vários dos produtos comercializados em supermercados e farmácias são soluções.
AULA 5
O vinagre é muito usado como condimento
que proporciona gosto e aroma aos alimentos.
Este produto também é utilizado para
conservar vegetais e outras substâncias, além
de apresentar ação antisséptica contra a
cólera e também em relação à Salmonella
spp. e outros patógenos do intestino que
causam infecções e epidemias. Desta forma,
antes do consumo, é recomendável que se
lave as frutas e hortaliças com vinagre. O
vinagre é uma solução aquosa diluída onde
predomina o ácido acético.
Os alvejantes são soluções aquosas de
hipoclorito de sódio (NaClO) e outras
substâncias. As soluções de hipoclorito podem
ter concentração variada, dependo do seu uso,
e são encontradas comercialmente com o nome
de água sanitária. O hipoclorito é uma espécie
química que se decompõe com grande
facilidade, principalmente na presença de luz,
por isso essas soluções são comercializadas em
recipientes opacos. Esse produto é usado no
tratamento de água e desinfecção em geral pelo
seu poder bactericida e por ser de baixo custo.
Laboratório de Química – QUI126 2015
46
A grande maioria dos trabalhos experimentais em Química requer o emprego de soluções.
Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Nesta o componente que existir em
menor quantidade é chamada de soluto. Qualquer substância que forme um sistema homogêneo com a água, esta
será sempre considerada como solvente, mesmo que esteja em menor quantidade.
No preparo de soluções as vidrarias utilizadas são a pipeta volumétrica e o balão volumétrico, este possui
um traço de aferição situado no gargalo, que determina o limite da capacidade do mesmo. Quando o solvente atingir o
traço de aferição, observa-se a formação de um menisco.
LEITURA DO MENISCO
Para soluções translúcidas a leitura sempre se faz na parte inferior do menisco, enquanto para soluções não translúcidas a
leitura se faz na parte superior do menisco.
Laboratório de Química – QUI126 2015
47
GRAU DE PUREZA DE UM REAGENTE
Nos rótulos dos reagentes, nem os de alto grau de pureza são 100% puros. Para cada aplicação específica existe
um reagente específico.
Primeiramente vou precisar calcular a
quantidade de soluto (sólido ou líquido) que
irei precisar para preparar uma solução de
concentração definida.
37% em massa de
ácido clorídrico
98% em massa de
ácido sulfúrico
Laboratório de Química – QUI126 2015
48
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO MAIS UTILIZADAS
FÓRMULAS IMPORTANTES
FÓRMULA UNIDADE
Concentração comum g/mL
Número de mol mol
Molaridade mol/L
g.L-1
Representa a massa
(em g) do soluto por
litro de solução
mol.L-1
É o número de mols
de uma substância
por litro de solução
Percentual
Porcentagem de um
componente (soluto).
Usualmente expressa
como percentrual
peso/peso (% p/p)
ppm ou ppb
Gramas de
substâncias por
milhão ou bilhão de
gramas de solução ou
mistura total
C = m
V
n = m
MM
M = m
MM.V
Laboratório de Química – QUI126 2015
49
O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (SÓLIDOS):
1. Pesar o soluto;
2. Dissolver o soluto em um béquer usando uma pequena quantidade de solvente;
3. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
4. Completar o volume com o solvente;
5. Homogeneizar a solução;
6. Padronizar a solução padrão, quando necessário;
7. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados.
O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (LÍQUIDOS):
1. Medir o volume do soluto;
2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
3. Completar o volume com o solvente;
4. Homogeneizar a solução;
5. Padronizar a solução padrão, quando necessário;
6. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados.
Laboratório de Química – QUI126 2015
50
Rotule o recipiente conforme indicação abaixo:
PARTE PRÁTICA
Procedimento 1: soluto sólido
▶
▶
▶
▶ Preparação de 100 mL de solução de sulfato de cobre pentaidratado 0,01 mol/L
• Calcular a massa de CuSO4. 5H2O necessária para preparação da solução.
• Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada.
• Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo o CuSO4. 5H2O e dissolver o sólido com o auxílio de
um bastão de vidro.
• Transfirir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”.
• Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de água destilada em
cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico.
• Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição.
• Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução.
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior.
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de CUSO4. 5H2O a ser pesada.
FÓRMULA QUÍMICA ____ ____CONCENTRAÇÃO
Nome do responsável/disciplina
DD/MM/ANO
NaOH 0,5 mol/L
MÔNICA/QUI126
20/03/2014
Massa (em gramas):
m =
Laboratório de Química – QUI126 2015
51
▶
▶
▶
▶ Preparação de 100 mL de solução de sacarose a 1%
• Calcular a massa de sacarose necessária para preparação da solução.
• Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada.
• Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo a sacarose e dissolver o sólido com o auxílio de um
bastão de vidro.
• Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”.
• Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de água destilada em
cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico.
• Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição.
• Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução.
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior.
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de sacarose a ser pesada.
Massa (em gramas):
m =
PROPRIEDADES
Fórmula química C12H22O11
Massa molar 342,24 g/mol
Aparência cristais brancos
Densidade 1,57 g/mL (30ºC)
Ponto de fusão 160-192ºC decompõe-se
Solubilidade em água 1970 g/mL a 20ºC
Qual a molaridade
da solução de
sacarose a 1%?
Procedimento 2: soluto líquido
▶
▶
▶
▶ Preparação de 100 mL de solução de
• Calcular o volume de HCl concentrado
• Com o auxílio de uma pipeta de volume apropriado, medir
volumétrico de 100 mL, já contendo um pouco de água
• Adicionar, aos poucos, água de
• Agitar o balão para homogeneizar a solução.
• Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior.
Nunca ponha água sobre o ácido.
Apresente, abaixo, os cálculos necessários para
Laboratório de Química –
Preparação de 100 mL de solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L
concentrado necessário para preparação da solução.
ipeta de volume apropriado, medir o volume calculado e
já contendo um pouco de água.
, aos poucos, água destilada até completar o volume até o traço de aferição.
o balão para homogeneizar a solução.
a solução, já rotulada, para uso posterior.
Nunca ponha água sobre o ácido. Verta o ácido sobre a água lentamente e
sob agitação constante.
abaixo, os cálculos necessários para determinação do volume de HCl a ser medido.
Volume
V =
Densidade do HCl
QUI126 2015
52
o volume calculado e transferir para um balão
aferição.
Verta o ácido sobre a água lentamente e
a ser medido.
Volume (em mL):
Densidade do HCl
1,19 g/mL
Laboratório de Química – QUI126 2015
53
Referências Bibliográficas:
1. Matos, R.C. Práticas de Análise Quantitativa, Departamento de Química, UFJF, Juiz de Fora, 2012.
2. Basset, J.; Denney, R. C.; Jeffery, G. H. e Mendham, J.; VOGEL – Análise Inorgânica Quantitativa,
Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1981.
1. O que se entende por “concentração de uma solução”?
2. O que é uma substância higroscópica?
3. Por que não se deve completar o volume de solução, em um balão volumétrico,
antes da solução ser resfriada?
4. Quais devem ser as massas de hidróxido de potássio, a serem pesadas, para
preparar as seguintes soluções: a) 250 mL de solução 0,1 mol/L e b) 2 L de solução
0,25 mol/L.
5. Calcule o volume de uma solução de ácido sulfúrico 6 mol/L necessário para
preparar 500 mL de uma solução 0,5 mol/L.
6. Que volume de ácido nítrico concentrado deve ser utilizado para preparar 250 mL
de uma solução 0,1 mol/L.
Dados: HNO3 conc. = 65% p/p; d = 1,5 g/mL
7. Quais os cuidados que devem ser tomados na pipetagem de HCl concentrado?
8. Por que saem vapores do frasco de ácido clorídrico concentrado quando este é
aberto?
9. Por que não é conveniente pesar o HCl conc.?
10.Qual a molaridade de uma solução de HCl a 37,0% (p/p), sabendo-se que a
densidade do HCl é 1,19 g/mL?
11.A água do mar contém 2,7 g de sal (cloreto de sódio) por 100 mL. Qual a
molaridade de NaCl no oceano?
AUTO-AVALIAÇÃO
Laboratório de Química – QUI126 2015
54
Diluição de soluções e pH
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶Preparar e fazer cálculos prévios para o preparo de soluções diluídas a partir de soluções estoque;
▶Verificar o pH de soluções ácidas e básicas, concentradas e diluídas;
▶Entender os efeitos da diluição na concentração dos componentes.
_______________________________________________________________________________________________
Com freqüência é necessário preparar uma solução diluída a partir de uma solução mais concentrada.
Por exemplo, o rótulo da água sanitária abaixo, informa na composição (componente ativo: hipoclorito de
sódio – 2,0 a 2,5% de cloro ativo) e no modo de usar (lavagem de roupas brancas e remoção de manchas – coloque 1
copo (200 mL) de água sanitária em 20 L de água). Neste caso estamos fazendo uma diluição da solução estoque.
Soluções diluídas devem ser preparadas a partir de soluções concentradas.
AULA 6
Laboratório de Química – QUI126 2015
55
Diluir uma solução significa adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa do soluto. O princípio básico
da diluição é que o número de mol do soluto é o mesmo na alíquota da solução concentrada e na diluída.
Massa do soluto = ms Massa do soluto = ms
Concentração inicial = Ci Concentração final = Cf
Volume inicial = Vi Volume final = Vf
Ci = ms / vi Cf = ms / vf
ms = Ci . Vi ms = Cf . Vf
As substâncias podem ser classificadas como ácido ou base. Os ácidos e as bases são as duas funções mais
importantes da química e podem ser experimentalmente classificadas através da medida do pH das soluções na qual
estas substâncias estão presentes.Com tamanha frequência em nosso ambiente, não é de se espantar que os ácidos e
bases tenham sido estudados por tantos séculos. Os próprios termos são medievais: Ácido vem da palavra latina
acidus, que significa azedo. Inicialmente, o termo era aplicado ao vinagre, mas outras substâncias com propriedades
semelhantes passaram a ter esta denominação. Álcali, outro termo para bases, vem da palavra arábica alkali, que
significa cinzas.
ANOTE: Reveja as teorias ácido-base estudadas na disciplina de Química Fundamental
Solução Concentrada Solução Diluída
Ci . Vi = Cf . Vf
Fórmula de diluição
A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM:
1. Medir o volume da solução
2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
3. Completar o volume
4. Homogeneizar a solução;
5. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados.
Diluição de soluções, concentração hidrogeniônica e indicadores de pH
Conforme mencionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a
alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do
soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será
igual à concentração de íons H+ (para soluções ácidas) e OH
OH-pode ser expressa em termos de pH.
dia: medimos e controlamoso pH da água de um
sangue deve manter um pH entre os valores
valor do pH do sangue pode ser fatal. Num laboratório químico o pH de
em diversos procedimentos.
Produto Iônico da Água: pH e pOH
Reações de transferência de prótons (H
moléculas promove o equilíbrio conhecido como
H2O + H2O
A constante de equilíbrio para essa reação, à 25°C, é dada por:
Assim, define-se:
• Em água neutra a 25 °C, pH = pOH = 7,00.
• Em soluções ácidas, a [H+]  1,0
• Em soluções básicas, a [H+]  1,0
• Quanto mais alto o pH, mais baixo é o pOH e mais básica a solução.
H
log[
pH −
=
Laboratório de Química –
A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM:
Medir o volume da solução concentrada a ser diluída;
Transferir quantitativamente para o balão volumétrico;
Completar o volume com o solvente;
Homogeneizar a solução;
Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados.
oncentração hidrogeniônica e indicadores de pH
cionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a
alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do
soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será
(para soluções ácidas) e OH- (para soluções básicas). A concentração de íons H
pressa em termos de pH. Medir e controlar o pH de substâncias são procedimentos comuns no dia
a água de uma piscina, da água de um aquário ou do
valores de 7,35 e 7,45. O equilíbrio é tão importante que a
valor do pH do sangue pode ser fatal. Num laboratório químico o pH de soluções deve ser constantemente controlado
: pH e pOH
Reações de transferência de prótons (H+) ocorrem mesmo na água pura, quando o choque entre duas
moléculas promove o equilíbrio conhecido como auto-ionização da água:
H3O+ + OH-, também expresso por H2O H+ + OH
A constante de equilíbrio para essa reação, à 25°C, é dada por:
pH + pOH = 14 (à 25°C)
C, pH = pOH = 7,00.
]  1,0 × 10-7, então o pH  7,00.
]  1,0 × 10-7, então o pH  7,00.
Quanto mais alto o pH, mais baixo é o pOH e mais básica a solução.
14
-
3
-
3
2
2
2
2
-
3
10
0
.
1
]
OH
][
O
H
[
]
OH
][
O
H
[
]
O
H
[
]
O
H
[
]
OH
][
O
H
[
−
+
+
+
×
=
=
=
×
=
w
eq
eq
K
K
K
]
OH
log[
pOH
]
H
log[
]
O
H -
3 −
=
−
= +
+
QUI126 2015
56
A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM:
cionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a quantidade do solvente, não
alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do
soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será
(para soluções básicas). A concentração de íons H+ e
de substâncias são procedimentos comuns no dia-a-
a piscina, da água de um aquário ou do solo. Até mesmo nosso
de 7,35 e 7,45. O equilíbrio é tão importante que a variação de 0,4 no
soluções deve ser constantemente controlado
) ocorrem mesmo na água pura, quando o choque entre duas
+ OH-
Como a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto
concentração dos íons H+ e OH- pode ser ex
Indicadores de pH
Várias substâncias apresentam cores em solução aquosa. A
podem ser usadas como indicadores de pH, pois
indicadores, dita teoria iônica dos indicadores
dissociação eletrolítica iônica dos indicadores
cor das moléculas não-dissociadas difere da cor dos respectivos íons.
ácida (HIn) ou básica (InOH) não dissociada
No equilíbrio HIn
InOH
Cor da forma não ionizada
O comportamento destas moléculas pode ser resumido como:
Indicadores Ácidos: possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a
molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a
molécula está neutra. Quando o meio está b
grupos OH-(hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem
coloração diferente da coloração da molécula).
Indicadores Básicos: possuem o grupo ionizável OH
moléculas do indicador são mantidas não
moléculas do indicador para a formação de água, neste processo
coloração da molécula).
A teoria cromófora oferece uma explicação única para a formação das cores:
deve-se à presença de certos grupos de átomos ou ligações duplas nas molé
mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das
condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’
Alguns exemplos de indicadores
Laboratório de Química –
diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto
pode ser expressa em termos do valor de pH.
esentam cores em solução aquosa. Algumas substâncias,
sadas como indicadores de pH, pois a cor varia com o pH da solução.
teoria iônica dos indicadores, é creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a
dissociação eletrolítica iônica dos indicadores. Segundo esta teoria, os indicadores são bases ou ácidos fracos cuja
dissociadas difere da cor dos respectivos íons. Pela teoria de Ostwald o indicador na forma
não dissociada,teria uma cor diversa daquela que teriam seus íon
H+ + In-
OH- + In+
Cor da forma não ionizada Cor da forma ionizada
O comportamento destas moléculas pode ser resumido como:
: possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a
molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a
molécula está neutra. Quando o meio está básico (pH7), os hidrogênios do indicador são fortemente atraídos pelos
(hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem
coloração diferente da coloração da molécula).
possuem o grupo ionizável OH- (hidroxila), portanto, em meio alcalino (pH7) as
moléculas do indicador são mantidas não-ionizadas, e em meio ácido (pH7) os grupos hidroxila são retirados das
moléculas do indicador para a formação de água, neste processo são liberados os cátions (de coloração diferente da
oferece uma explicação única para a formação das cores: A
se à presença de certos grupos de átomos ou ligações duplas nas moléculas. A teoria cromófora explica a
mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das
condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’
indicadores:
QUI126 2015
57
diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto, o efeito da diluição na
tâncias, além de apresentarem cor,
a cor varia com o pH da solução. A primeira teoria sobre os
, é creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a teoria da
, os indicadores são bases ou ácidos fracos cuja
Pela teoria de Ostwald o indicador na forma
teria uma cor diversa daquela que teriam seus íons.
(Indicador ácido)
(Indicador básico)
: possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a
molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a
ásico (pH7), os hidrogênios do indicador são fortemente atraídos pelos
(hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem
(hidroxila), portanto, em meio alcalino (pH7) as
ionizadas, e em meio ácido (pH7) os grupos hidroxila são retirados das
são liberados os cátions (de coloração diferente da
A coloração das substâncias
. A teoria cromófora explica a
mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das
condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’
Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores
de pH nos ‘pontos de viragem’:
Tabela 1: Faixa de viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis
Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade
da solução a ser testada, caso esta seja incolo
obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso
de peagâmetros, num sistema com eletrodos sensíveis à concentração de íons H
Laboratório de Química –
Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores
viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis
em laboratórios de química.
Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade
da solução a ser testada, caso esta seja incolor, aplicando-se algumas poucas gotas e observando
obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso
de peagâmetros, num sistema com eletrodos sensíveis à concentração de íons H+.
QUI126 2015
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Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores
viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis
Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade
se algumas poucas gotas e observando-se a coloração
obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso
Laboratório de Química – QUI126 2015
59
Além disso, existem disponíveis no comércio papéis de teste de pH, que vêm impregnados com um ou mais
indicadores. Para se ter uma idéia aproximadado pH, coloca-se uma gota da solução a ser testada em uma tira do
papel, e a cor resultante é comparada com um código de cores. Alguns papéis de teste são impregnados com diversos
corantes, e trazem na embalagem uma escala de cores abrangendo toda a escala de pH, de 0 até 14. São os
chamados papéis indicadores universais.
O papel de tornassol é muito usado para a avaliação qualitativa do pH de uma solução, indicando apenas se
a solução é ácida ou básica. Abaixo de pH 4,7 o tornassol é vermelho e acima de pH 8,3 o tornassol é azul (a transição
da mudança de cor ocorre na faixa de pH entre 4,7 e 8,3, com o centro dessa mudança em aproximadamente pH 6,5,
muito próximo do pH de uma solução neutra). Quando uma solução ácida é gotejada sobre um papel de tornassol
azul, este torna-se vermelho (no papel vermelho nada acontece). Quando uma solução básica é gotejada sobre um
papel de tornassol vermelho, este torna-se azul (no papel azul nada acontece).
Papéis de pH e indicador líquído de uso rotineiro
Fenolftaleína
pH  8,2
pH  8,2
Papel de Tornassol azul e vermelho
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PARTE PRÁTICA
Procedimento 1: Diluição da solução de HCl 0,1 mol/L
• Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de HCl 0,1 mol/L, preparada na aula
anterior.
• Transferir para um balão volumétrico de 100 mL.
• Completar com água até o traço de aferição.
• Agitar o balão para homogeneizar a solução.
Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de HClrecém preparada.
Calcule o valor do pH das duas soluções (solução inicial e diluída)
Procedimento 2: Diluição da solução de NaOH 0,1 mol/L
• Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de NaOH 0,1 mol/L.
• Transferir para um balão volumétrico de 100 mL.
• Completar com água até o traço de aferição.
• Agitar o balão para homogeneizar a solução.
Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de NaOH recém preparada.
Calcule o valor do pH das duas soluções (solução inicial e diluída)
pH solução inicial (HCl 0,1M) pH solução de HCl diluída
pH solução inicial (NaOH 0,1M) pH solução de NaOH diluída
Laboratório de Química – QUI126 2015
61
Procedimento 3: Determinação qualitativa do pH com papel de tornassol
• Em uma bateria de 5 tubos de ensaio adicione, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, em cada tubo,
aproximadamente 1mL da solução de HCl0,1M (tubo 1), 1mL da solução de HCl diluída (tubo 2), 1mL de água
destilada (tubo 3), 1mL da solução de NaOH 0,1M (tubo 4) e 1mL da solução de NaOH diluída (tubo 5);
• Mergulhe um bastão de vidro em cada tubo e faça o teste com papéis de tornassol azul e vermelho e preencha
a tabela à seguir com a cor observada:
HCl 0,1M . HCl ________M H2O . NaOH 0,1M NaOH _______M
Tornassol vermelho
Tornassol azul
Procedimento 4: Determinação quantitativa do pH utilizando papel indicador universal
• Faça o mesmo teste do procedimento anterior, dessa fez utilizando um pedaço de papel indicador universal e
preencha a tabela abaixo com o valor aproximado do pH obtido para cada solução:
HCl 0,1M . HCl ________M H2O . NaOH 0,1M NaOH _______M
pH
• Compare os valores obtidos experimentalmente com aqueles calculados nos procedimentos 1 e 2. Existe
alguma diferença apreciável? Você seria capaz de apontar alguma fonte do erro?
Procedimento 5: Determinação do pH utilizando o indicador violeta-de-metila (cristal violeta)
• Observe a faixa de viragem do indicador na Tabela 1;
• Nos tubos 1, 2 e 3 adicionar 2 gotas do indicador violeta de metila e preencha a tabela abaixo com as cores
observadas:
HCl 0,1M . HCl ________M H2O .
Cor
• Discuta o resultado obtido em função do pH esperado e da faixa de viragem do indicador.
Faixa de viragem do indicador: _____________________
Laboratório de Química – QUI126 2015
62
Procedimento 6: Determinação do pH utilizando os indicadores alaranjado-de-metila e azul-de-bromotimol
• Observe a faixa de viragem dos indicadores na Tabela 1;
• Organize uma bateria de 6 tubos de ensaio, de 3 em 3 (três tubos na fileira da frente e três tubos na fileira de
trás da estante.
• Adicione, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, em cada tubo separadamente, aproximadamente 1mL da
solução de HCl 0,1M (tubo 1), 1mL de água destilada (tubo 2), 1mL da solução de NaOH 0,1M (tubo 3) – tais
soluções serão testadas com alaranjado-de-metila.
• Repita a sequência nos tubos 4-6(HCl 0,1M; H2O e NaOH 0,1M) – tais soluções serão testadas com azul-de-
bromotimol.
• Nos tubos 1-3 adicione 2 gotas de alaranjado-de-metila;
• Nos tubos 4-6 adicione 2 gotas de azul de bromotimol;
• Preencha a tabela abaixo com as cores observadas:
Faixa de viragem HCl 0,1M água destilada NaOH 0,1M
alaranjado-de-metila
(tubos 1-3)
azul-de-bromotimol
(tubos 4-6)
• Discuta o resultado obtido em função do pH esperado e da faixa de viragem do indicador.
Referências Bibliográficas:
1. Lima, V.A.; Battaggia, M.; Guaracho, A.; Química Nova na Escola, 1995,V.1,33.
2. Ebbing, D.D.; Química Geral, vol. 1, LTC– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de Janeiro, RJ, 1998, p.90.
3. Brady, James E., Senese, F.; Química, a matéria e suas transformações, 5ª Ed. 2009, LTC.
4. http://www.ufpa.br/quimicanalitica/sindicador.htm
Laboratório de Química – QUI126 2015
63
1. Relacione todas as vidrarias e utensílios utilizados na prática.
2. Certa substância presente no repolho roxo é responsável pela cor lilás de seu
extrato, que pode ser utilizado como indicador de pH. Pesquise e descubra
qual substância presente no repolho é responsável pela cor lilás e quais
cores ela apresenta em função do pH.
3. O ácido muriático que é vendido no comércio para remoção de manchas
resultantes da umidade em pisos, paredes de pedra, azulejos, tijolos possui
qual valor aproximado de pH? Procure informações sobre a fórmula química
deste ácido.
4. O vinagre é uma solução aquosa de ácido acético. Usando os conhecimentos
adquiridos na disciplina Química Fundamental, qual teoria ácido-base pode
ser usada para definir a acidez deste composto. Represente a reação
química de ionização do ácido acético.
5. Calcule o volume de uma solução de NaOH 0,1 mol/L a ser usado para o
preparo de 50 mL de uma nova solução de concentração 0,02 mol/L.
AUTO-AVALIAÇÃO
Laboratório de Química – QUI126 2015
60
Titulação ácido-base
_______________________________________________________________________________________________
OBJETIVOS
▶ Familiarizar com a técnica de titulação e sua funcionalidade;
▶ Escolher adequadamente as vidrarias volumétricas a serem utilizadas na titulação;
▶ Determinar quantitativamente a concentração de ácido acético e ácido clorídrico em amostras;
▶ Identificar o titulante e indicador adequados;
▶ Expressar corretamente a concentração de ácido acético no vinagre.
_______________________________________________________________________________________________
Corriqueiramente nos deparamos com informações tais como:
• O vinagre possui uma acidez de no mínimo 4% m/v de ácido acético e, no máximo 1% v/v de álcool
(Fonte: Ministério da Agricultura – Portaria nº 745 de 24 de outubro de 1977).
• O soro fisiológico contém 0,9% m/v de cloreto de sódio.
• No Brasil, a portaria Ministério da Saúde N.º 2.914 de 14 de dezembro de 2011, estabelece o limite
máximo de 500mg de CaCO3 por litro para que a água seja admitida como potável.
Como podemos verificar se estas concentrações estão sendo rigorosamente cumpridas?
Veja os respectivos rótulos abaixo, na qual consta, dentre outras informações, a concentração
exigida pela legislação.
AULA 7
Laboratório de Química – QUI126 2015
61
O soro fisiológico possui os seguintes usos:
• Higienização nasal: o soro fisiológico ajuda não só na limpeza e
hidratação do nariz, mas também na prevenção de resfriados, gripes e
nos sintomas alérgicos. A solução pode ser feita de forma caseira, com
meio copo de água e uma colher de sal aplicados em um conta-gotas no
nariz.
• Desidratação: para reposição de íons de sódio e cloro.
• Limpeza de ferimentos.
• Enxágue de lentes de contato.
• Em preparados para microscopia.
• Para nebulização para asma.
A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias
técnicas analíticas, uma delas é a chamada
Titulação é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a
concentração de um reagente conhecido.
Existem vários tipos de titulação:
A titulação volumétrica, que será abor
conhecido de uma amostra (analito) com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração
conhecida (solução padrão). A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado
solução padrão (titulante). Através da quantidade de titulante
estará presente numa amostra.
Na titulação volumétrica destaca
precipitação e titulação de complexação.
A titulação ácido-base baseia-se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e
finalização da reação é o pH, que representa a
Nesta aula vamos trabalhar
O pH é o símbolo para a grandeza físico
ou alcalinidade de uma solução aquosa.
O pH de uma solução pode ser calculado através da expressão matemática
pOH = - log [OH-] e pH + pOH = 14.
O pH aproximado de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando
corantes ou indicadores, enquanto o pH
(peagâmetro).
Laboratório de Química –
A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias
técnicas analíticas, uma delas é a chamada titulação.
é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a
concentração de um reagente conhecido.
a volumétrica, a gravimétrica e a colorimétrica.
, que será abordada na aula de hoje, consiste em reagir completamente um volume
com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração
A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado
quantidade de titulante usada podemos calcular a quantidade de analito
destaca-se a titulação ácido-base, titulação de oxidação
.
se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e
, que representa a quantidade de íons hidrogênio [H+] ainda presente no meio reacional.
Nesta aula vamos trabalhar apenas com a titulação volumétrica ácido
é o símbolo para a grandeza físico-química potencial hidrogeniônico, que indica a acidez, neutralidade
ou alcalinidade de uma solução aquosa. Os ácidos produzem os íons hidrogênio [H+], em solução aquosa.
de uma solução pode ser calculado através da expressão matemática pH =
de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando
corantes ou indicadores, enquanto o pH correto é medido através do equipamento chamado pHmetro
QUI126 2015
62
A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias
é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a
consiste em reagir completamente um volume
com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração
A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado ou solução problema) e a
podemos calcular a quantidade de analito que
titulação de oxidação-redução, titulação de
se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e
ainda presente no meio reacional.
com a titulação volumétrica ácido-base
, que indica a acidez, neutralidade
], em solução aquosa.
pH = - log [H+], sendo que
de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando-se uma variedade de
é medido através do equipamento chamado pHmetro
Laboratório de Química – QUI126 2015
63
Fonte: KOTZ, V.1, 2009.
Escala de pH:
Na escala de pH, as substâncias cujo pH é menor que 7 são classificadas como ácidas, aquelas que
apresentam pH maior que 7 são classificadas como básicas, e aquelas que apresentam pH 7 são consideradas
neutras.
pH --------------------------------------------------------
Titulação volumétrica ácido-base:
A reação entre um ácido e uma base leva a formação de um sal e água. Porém dependo da força do ácido e
da base o pH final desta reação poderá ser ácido, neutro ou básico. A reação que se verifica é denominada de
neutralização.
Segundo Arrhenius esta neutralização pode ser representada como:
H3O+ + OH- ⇆
⇆
⇆
⇆ 2 H2O
Nesse processo de titulação faz-se reagir um ácido com uma base até que se atinja o ponto de equivalência.
O ponto de equivalência, em geral, ocorre sem nenhuma mudança visual no sistema. Por isso, para se verificar o ponto
de equivalência, adiciona-se ao sistema um reagente auxiliar denominado indicador.
À medida que é adicionado o titulante ao titulado, o pH da solução (titulante+titulado) vai variar, sendo possível
construir um gráfico desta variação, ao qual se dá o nome de curva de titulação.
pH do vinagre = -log [1,6 x 10-3
M] = -(-2,80) = 2,80
pH da água pura (250
C)= -log [1,0 x 10-7
M] = -(-7,00) = 7,00
pH do sangue = -log [4,0 x 10-8
M] = -(-7,40) = 7,40
pH da amônia = -log [1,0 x 10-11
M] = -(-11,00) = 11,00
7 14
0
acidez crescente basicidade crescente
neutro
Titulante
Titulado
Laboratório de Química –
A curva de titulação é um gráfico de
pH em função do volume do titulante
adicionado. A forma da curva varia em
função da força dos ácidos e bases
que irão reagir.
Porque construir a
curva de titulação?
A curva de titulação é usada p
determinar o pH no ponto de equivalência
para poder escolher o indicador adequado.
QUI126 2015
64
rva de titulação é um gráfico de
pH em função do volume do titulante
adicionado. A forma da curva varia em
função da força dos ácidos e bases
titulação é usada para
determinar o pH no ponto de equivalência
para poder escolher o indicador adequado.
Laboratório de Química – QUI126 2015
65
Exemplos de Curva de titulação
• Ácido forte x Base forte: 100 mL de HCl 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L
• Ácido fraco x Base forte: 100 mL de CH3COOH 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L
Ponto de equivalência
Ponto de equivalência
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Apostila-Laboratório-de-Química.pdf

  • 1. Laboratório de Química – QUI126 2015 1 Apresentação Estamos iniciando mais uma etapa do seu Curso de Graduação. Esta disciplina é oferecida para vários Cursos da área de Ciências Exatas e tem por objetivo realizar investigações experimentais envolvendo conteúdos básicos da química. A teoria que fundamenta e elucida os resultados que iremos encontrar foi estudada em disciplinas anteriores ou será abordada antes da realização do experimento. Para cada aula/tema foi elaborada uma auto-avaliação com o objetivo de levar você estudante a avaliar seu progresso, auxiliando-o no desenvolvimento da sua autonomia, da sua responsabilidade com o estudo e da sua independência intelectual. Espera-se que você adquira as competências e habilidades indicadas nos objetivos propostos para cada atividade. Se elas não forem alcançadas você deverá estudar com mais empenho o tema proposto e reorientar seus estudos, buscando ajuda com o professor ou com os tutores/monitores, visando atingir a aprendizagem. Para atingir a aprendizagem você deve REALIZAR todos os experimentos com bastante atenção, respeitando os procedimentos indicados neste roteiro, anotando todas as alterações observadas, ANALISAR os resultados de forma crítica, buscando relacioná-los com a teoria que o fundamenta, CONCEITUAR o tema que está sendo desenvolvido e EXEMPLIFICAR com fatos e coisas que possam mostrar sua aplicação, identificando portanto a importância do estudo de cada tema. Por ser uma disciplina realizada em um laboratório de química todas as normas de segurança e recomendações devem ser seguidas para evitar ou minimizar riscos. Não pode haver bom resultado onde a dedicação não acompanha a execução. Procure ser cauteloso e agir com responsabilidade no laboratório, seja qual for a atividade que você estiver executando. O seu sucesso dependerá muito da sua dedicação aos estudos. O roteiro de cada aula prática foi elaborado de forma a apresentar os OBJETIVOS que se pretende alcançar em cada experimento, uma INTRODUÇÃO de forma simplificada ou agregada a alguma questão prática que correlacione a importância dos temas, PARTE EXPERIMENTAL com detalhamento das experiências a serem realizadas, com espaço para apresentação dos RESULTADOS, BIBLIOGRAFIA e algumas QUESTÕES (auto- avaliação) para verificação do conhecimento adquirido. Apesar de recomendável, não foram descritos os materiais, reagentes e vidrarias utilizados em cada aula, mas o aluno deverá relacioná-los sempre após cada aula como uma forma de fixação deste conteúdo já abordado em outras disciplinas.
  • 2. Laboratório de Química – QUI126 2015 2 Segurança Química _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Explicar como se deve trabalhar no laboratório de química; ▶ Apresentar os perigos e as normas de segurança em um laboratório de química; ▶ Identificar a classificação padrão dos produtos químicos. _______________________________________________________________________________________________ AULA 1 Para trabalhar em um laboratório de Química, o que devo saber? Conhecer sobre descarte de reagentes: resíduo e rejeito Conhecer a indumentária apropriada Identificar a classificação dos produtos químicos Conhecer os equipamentos e vidrarias Usar Jaleco (avental) Óculos de segurança Conhecer as normas de segurança Manusear adequadamente os reagentes: sólidos, líquidos e gases
  • 3. Laboratório de Química – QUI126 2015 3 Para tirar o máximo de proveito de um laboratório, você deve seguir alguns princípios básicos, principalmente porque isso resulta em segurança para você e para as pessoas que estão compartilhando este ambiente de trabalho. É necessário que todos os usuários conheçam e pratiquem determinadas regras, desde o primeiro instante que pretenderem permanecer em um laboratório. Indumentária Apropriada • Avental de mangas compridas, longos até os joelhos, com fios de algodão na composição do tecido. • Calça comprida de tecido não inteiramente sintético. • Sapato fechado, de couro ou assemelhado. • Óculos de segurança. • Luvas ☞ Equipamentos de Proteção Individual (EPI) – avental, luvas, proteção facial/ocular e proteção respiratória. Indumentária Proibida • Bermuda ou short. • Sandália, Chinelo, Sapato aberto. • Uso de lente de contato. • Uso de braceletes, correntes ou outros adereços. • Avental de nylon ou 100% poliéster. Faça no Laboratório • Lave as mãos antes de iniciar seu trabalho. • Lave as mãos entre dois procedimentos. • Lave as mãos antes de sair do laboratório. • Certifique-se da localização do chuveiro de emergência, lava-olhos, e suas operacionalizações. • Conheça a localização e os tipos de extintores de incêndio no laboratório. • Conheça a localização das saídas de emergências. Não Faça no Laboratório • Fumar • Comer • Correr • Beber • Sentar ou debruçar na bancada • Sentar no chão • Não use cabelo comprido solto • Não (ou evite) trabalhar solitário no laboratório • Não manuseie sólidos e líquidos desconhecidos apenas por curiosidade
  • 4. Laboratório de Química – QUI126 2015 4 Com os Ácidos • Adicione sempre o ácido à água; nunca faça o inverso. Com Bicos de Gás • Feche completamente a válvula de regulagem de altura de chama. • Abra o registro do bloqueador da linha de alimentação. • Providencie uma chama piloto e aproxime do bico de gás. • Abra lentamente a válvula de regulagem de altura de chama até que o bico de gás ascenda. • Regule a chama. Com Soluções • Cerca de 80% das soluções químicas concentradas são nocivas aos organismos vivos, principalmente se ministradas por via oral. • Não transporte soluções em recipientes de boca larga, se tiver que efetuá-lo por certa distância, triplique sua atenção durante o percurso e solicite a um colega que o acompanhe. • Não leve à boca qualquer reagente químico, nem mesmo o mais diluído. • Certifique-se da concentração e da data de preparação de uma solução antes de usá-la. • Não pipete, aspirando com a boca, líquidos cáusticos, venenosos ou corantes, use pêra de segurança. • Não use o mesmo equipamento volumétrico para medir simultaneamente soluções diferentes. • Volumes de soluções padronizadas, tiradas dos recipientes de origem e não utilizadas, devem ser descartados e não retornados ao recipiente de origem. Com Sólidos e Líquidos • O descarte deverá ser efetuado em recipientes apropriados separando-se o descarte de orgânicos de inorgânicos. • Cuidados com Aquecimento, incluindo: Reação exotérmica, chama direta, resistência elétrica e banho-maria. • Não aqueça bruscamente qualquer substância. • Nunca dirija a abertura de tubos de ensaio ou frascos para si ou para outrem durante o aquecimento. • Não deixe sem o aviso "cuidado material aquecido", equipamento ou vidraria que tenha sido removida de sua fonte de aquecimento, ainda quente e deixado repousar em lugar que possa ser tocado inadvertidamente. • Não utilize "chama exposta" em locais onde esteja ocorrendo manuseio de solventes voláteis, tais como éteres, acetona, metanol, etanol, etc. • Não aqueça fora das capelas, substâncias que gerem vapores ou fumos tóxicos. Manuseio e Cuidados com Frasco de Reagentes • Leia cuidadosamente o rótulo do frasco antes de utilizá-lo, habitue-se a lê-lo, mais uma vez, ao pegá-lo, e novamente antes de usá-lo. • Ao utilizar uma substância sólida ou líquida dos frascos de reagentes, pegue-o de modo que sua mão proteja o rótulo e incline-o de modo que o fluxo escoe do lado oposto ao rótulo. • Muito cuidado com as tampas dos frascos, não permita que ele seja contaminada ou contamine-se. Se necessário use o auxílio de vidros de relógio, placas de Petri, etc. para evitar que isso aconteça. • Ao acondicionar um reagente, certifique-se antes da compatibilidade com o frasco, por exemplo, substâncias sensíveis à luz, não podem ser acondicionadas em embalagens translúcidas. • Não cheire diretamente frascos de nenhum produto químico, aprenda esta técnica e passe a utilizá-la de início,
  • 5. Laboratório de Química – QUI126 2015 5 mesmo que o frasco contenha perfume. • Os cuidados com o descarte de frascos vazios de reagentes não devem ser menores que os cuidados com o descarte de soluções que eles dão origem. • Cuidados com Aparelhagem, Equipamentos e Vidrarias Laboratoriais: Antes de iniciar a montagem, inspecione a aparelhagem, certifique-se de que ela esteja completa, intacta e em condições de uso. • Não utilize material de vidro trincado, quebrado ou com arestas cortantes. • Não seque equipamentos volumétricos utilizando estufas aquecidas ou ar comprimido. • Não utilizes tubos de vidro, termômetros em rolha, sem antes lubrificá-los com vaselina e proteger as mãos com luvas apropriadas ou toalha de pano. Classificação dos Produtos Químicos O Global Harmonization System - GHS é uma abordagem técnica desenvolvida para definir os perigos específicos de cada produto químico, para criar critérios de classificação utilizando dados disponíveis sobre os produtos químicos e seus perigos já definidos e para organizar e facilitar a comunicação da informação de perigo em rótulos e FISPQ´s (Fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos). No Brasil estas normas são regulamentadas pela NBR 14725. As substâncias químicas podem ser agrupadas, portanto, segundo suas características de periculosidade. Porém é importante lembrar que é muito complexa a harmonização de classificação e rotulagem dos produtos químicos perigosos, ou seja, as substâncias que têm propriedades capazes de produzir danos à saúde ou danos materiais. A classificação destas substâncias ou os símbolos de periculosidade são uma forma clara e rápida de identificar o perigo que elas representam. As substâncias são agrupadas em nove classes de risco especificadas abaixo: - CLASSE 1: Explosivos - CLASSE 2: Gases - CLASSE 3: Líquidos Inflamáveis - CLASSE 4: Sólidos Inflamáveis - CLASSE 5: Substâncias Oxidantes - CLASSE 6: Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes - CLASSE 7: Materiais Radioativos - CLASSE 8: Substâncias Corrosivas - CLASSE 9: Substâncias e Perigosos Diversos Uma substância pode se enquadrar em mais de uma classe de risco.
  • 6. Laboratório de Química – QUI126 2015 6 CLASSE 1 - EXPLOSIVOS Bomba explodindo em preto/fundo laranja • Substâncias que podem explodir sob efeito de calor, choque ou fricção. As temperatura de detonação são muito variáveis. Ex: nitroglicerina (117ºC); isocianato de mercúrio (180ºC); trinitrotolueno (470ºC). • Certas substâncias formam misturas explosivas com outras. Ex: cloratos com certos materiais combustíveis; tetrahidroresorcinol com metais. • Outras substâncias tornam-se explosivas em determinadas concentrações. Ex; ácido perclórico a 50%. CLASSE 2 - GASES Chama em preto ou branco/fundo vermelho (inflamável) Cilindro para gás preto ou brnaco/fundo verde (não inflamável, não tóxico) Caveira em preto/fundo branco (gases tóxicos) • Gás é dos estados da matéria. Nesse estado a substância move-se livremente, ou seja, independente do perigo apresentado pelo produto, seu estado físico representa por si só uma grande preocupação, uma vez que expandem-se indefinidamente. Assim, em caso de vazamento, os gases tendem a ocupar todo o ambiente mesmo quando possuem densidades diferentes à do ar. Além do perigo inerente ao estado físico, os gases podem apresentar perigos adicionais, como por exemplo a inflamabilidade, toxicidade, poder de oxidação e corrosividade, entre outros. • Os gases comprimidos são singulares, tendo em vista que representam tanto um risco químico, como um risco físico. • Estes são armazenados em cilindros. Um vazamento no cilindro ou sistema de canalização cria um risco em potencial para uma intoxicação, um incêndio ou uma explosão. Os cilindros de gás são identificados pela cor, segundo NBR 12176:1999.
  • 7. Laboratório de Química – QUI126 2015 7 CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS Chama em preto ou branco/fundo vermelho A inflamabilidade depende dos seguintes parâmetros: Ponto de Ignição ou Ponto de Fulgor (flash point): temperatura acima da qual uma substância desprende suficiente vapor para produzir fogo quando em contato com o ar e uma fonte de ignição (centelha, chama aberta). Ponto de Autoignição: temperatura acima da qual uma substância desprende vapor suficiente para produzir fogo espontaneamente quando em contato com o ar. • Os líquidos inflamáveis são classificados conforme abaixo representado: Grupo de Risco Ponto de Fulgor Ponto de Ebulição I 23º C 35º C II 23º C 35º C III Entre 23º C e 60,5º C 35º C Exemplos: 1. Éter Etílico: Ponto de fulgor = -45º C; Ponto de Ebulição = 35º C (grupo de risco I) 2. Benzeno: Ponto de fulgor = -11º C; Ponto de Ebulição = 80º C (grupo de risco II) 3. Ácido Acético: Ponto de fulgor = 39º C; Ponto de Ebulição = 48º C (grupo de risco III)
  • 8. Laboratório de Química – QUI126 2015 8 CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS Chama em preto/fundo branco com sete listras verticais em vermelho Chama em preto/fundo metade superior branca e metade inferior vermelha (substâncias sujeitas a combustão espontânea) Chama em preto ou branco/fundo azul (substâncias que em contato com a água emitem gases inflamáveis) • Sólidos facilmente inflamáveis: Ex: hidretos metálicos CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS ORGÂNICOS Chama sobre um círculo em preto/fundo amarelo CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E INFECTANTES Caveira em preto/fundo branco (substâncias venenosas) “X” sobre uma espiga de trigo com a inscrição NOCISO/fundo preto (substâncias venenosas) Três meias-luas crescentes superpostas em um círculo em preto com a inscrição substância infectante/fundo branco (substância infectante) • As substâncias tóxicas podem ser encontradas em diferentes estados físicos: gases e vapores, líquidos, sólidos e aerodispersóides (poeira, fumo, névoas e neblinas).
  • 9. Laboratório de Química – QUI126 2015 9 • As principais vias de acesso de uma substância tóxica ao organismo são: inalação, absorção cutânea, ingestão e injeção. • Os efeitos tóxicos podem ser classificados como: agudo, crônico ou cumulativo, local, sistêmico, ação combinada, antagonismo e tolerância. • Nosologia das substâncias tóxicas: irritantes, corrosivas, asfixiantes, anestésicos, carcinógenos, mutagenos e teratogenos. Definições importantes: - Agente tóxico: substância que cause dano grave ou morte, através de uma interação físico-química com o tecido vivo. - Toxicidade: é a capacidade que uma substância tem de produzir dano a um organismo vivo, quando entra em contato com o mesmo. - DL50: é a dose única de uma substância química que causa a morte de 50% dos animais de uma dada população de organismos expostos, em condições experimentais definidas. Parâmetros na classificação de toxicidade da União Européia Categoria DL50 para ratazanas (mg/kg massa corporal) Muito tóxico menor que 25 Tóxico de 25 a 200 Nocivo de 200 a 2000 Valor da DL50 de algumas substâncias Substância química DL50 para ratazanas, via oral (mg/kg massa corporal) Sacarose (açúcar de mesa) 29700 Ácido ascórbico (vitamina C) 11900 Etanol (álcool etílico) 7060 Cloreto de sódio (sal de mesa) 3000 Paracetamol (princípio ativo de diversos medicamentos analgésicos e antipiréticos) 1944 THC (princípio ativo da marijuana) 1270 Arsénico 763
  • 10. Laboratório de Química – QUI126 2015 10 Cumarina 293 Ácido acetilsalicílico (princípio ativo da Aspirina) 200 Cafeína (princípio ativo do café) 192 Nicotina (princípio ativo do tabaco) 50 Estricnina 16 Fósforo branco 3,03 Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dose_letal_mediana - Limite de tolerância: é a concentração de uma determinada substância química, presente no ambiente de trabalho, sob o qual os trabalhadores podem ficar expostos durante toda sua vida laboral, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde. Essa concentração é expressa em partes por milhão (ppm) ou miligramas por metro cúbico (mg/m3). - Limite de tolerância – Média ponderada pelo tempo: representa a concentração média ponderada, existente durante a jornada de trabalho, ou seja, pode ter valores acima do limite fixado, desde que, sejam compensados por valores abaixo deste, acarretando uma média ponderada igual ou inferior ao limite de tolerância. - Valor teto: é a concentração máxima, permitida no ar, de uma substância tóxica, não podendo ser ultrapassada em nenhum momento da jornada de trabalho. CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS Trifólio em preto com a inscrição RADIOATIVO – barra vermelha após a palavra radioativo/fundo branco Trifólio em preto com a inscrição RADIOATIVO – duas barras vermelhas após a palavra radioativo/fundo superior amarelo/fundo inferior branco (transporte) • Radioatividade é a propriedade que alguns tipos de átomos instáveis apresentam de emitir energia e partículas subatômicas, o que se convenciona chamar de decaimento radioativo ou desintegração nuclear. • A radioatividade tem três campos de aplicação para fins pacíficos: médico, quando se aproveita sua capacidade de penetração e perfeita definição do feixe emitido para o tratamento de tumores e diversas doenças da pele e dos tecidos em geral; industrial, nas áreas de obtenção de energia nuclear mediante procedimentos de fissão ou ruptura de átomos pesados; e científico, para o qual fornece, com mecanismos de bombardeamento de átomos e aceleração de partículas, meios de aperfeiçoar o conhecimento sobre a estrutura da matéria nos níveis de organização subatômica, atômica e molecular.
  • 11. Laboratório de Química – QUI126 2015 11 CLASSE 8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS Líquido pingando de dois recipientes de vidro e atacando uma mão e um pedaço de metal em preto/fundo superior branco e fundo inferior preto • Substâncias que quando em contato com tecidos vivos ou materiais podem exercer sobre eles efeitos destrutivos. O contato desses produtos com a pele e os olhos pode causar severas queimaduras, motivo pelo qual deverão ser utilizados equipamentos de proteção individual compatíveis com o produto envolvido. CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS PERIGOSAS DIVERSAS Sete listras na metade superior em preto/fundo branco DIAGRAMA DE HOMMEL Nesta simbologia, cada um dos losangos expressa um tipo de risco, a que será atribuído um grau de risco variando entre 0 e 4, conforme explicitado a seguir.
  • 12. Laboratório de Química – QUI126 2015 12 Exemplo: FIQUE ATENTO • Explosivo: evitar choques, fricção, faíscas, fogo e calor. • Oxidantes: evitar todo contato com substâncias comburentes. • Inflamável: manter longe de chamas, faíscas e fontes de calor. • Tóxico: evitar qualquer contato com o corpo humano. Em caso de mal estar procurar imediatamente um médico. No caso de substâncias cancerígenas e mutagênicas, ver indicações especiais. • Corrosivo: evitar contato com os olhos, pele e roupa mediante medidas protetoras especiais. Não inalar os vapores. Em caso de acidente ou mal estar, procurar imediatamente um médico. • Irritante: evitar contato com os olhos e a pele. Não inalar os vapores. RÓTULO DE UM REAGENTE QUÍMICO Primeiros Socorros Nome IUPAC Fórmula Molecular Massa Molecular Símbolo de periculosidade
  • 13. Laboratório de Química – QUI126 2015 13 INCÊNDIO Para que haja fogo é necessário que existam os seguintes fatores: O fogo é um processo químico que obedece rigorosamente a Lei das proporções Definitivas ou Lei de Proust. Condições para a combustão: De 0 a 8% de Oxigênio Não ocorre De 8 a 13% de Oxigênio Lenta De 13 a 21% de Oxigênio Viva 1. CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS • Assegurar o bom estado dos quadros da rede elétrica. • Assegurar o uso adequado das tomadas conforme recomendações especificadas em “normas básicas para uso de equipamento elétrico”. • Armazenamento dos bujões de gás em local bem ventilado fora do prédio. Tolera-se o uso de bujões de até 13 kg no interior do prédio em áreas seguras. • Solventes químicos não podem ser armazenados próximos a fornos, estufas e locais aquecidos. • Os laboratórios devem ser fechados adequadamente, porém, permitindo o acesso à Brigada de Incêndio, visto que o incêndio pode se alastrar e ameaçar a Instituição como um todo. 2. EQUIPAMENTOS PARA CONTROLAR INCÊNDIOS • Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade (extintores de CO2) e para papéis (extintores de água pressurizada) devem estar à disposição. Em instalações que utilizam muito equipamento elétrico, deve-se ter um maior número de extintores para eletricidade; em locais que contenham muitos produtos químicos, deverá haver mais extintores PQS. Os dois podem ser utilizados em ambos os casos, porém procurando sempre utilizar o mais adequado. • Os extintores devem estar dentro do prazo de validade e fixados em locais de fácil acesso, como por exemplo, nos corredores. Em locais de maior periculosidade, recomenda-se que haja um extintor a cada 10m. Também
  • 14. Laboratório de Química – QUI126 2015 14 se recomenda a colocação de um extintor dentro dos laboratórios que contenham muitos solventes ou equipamentos elétricos. 3. COMO PROCEDER EM CASO DE INCÊNDIO • Se forem percebidos indícios de incêndios (fumaça, cheiro de queimado, estalidos, etc.), aproxime-se a uma distância segura para ver o que está queimando e a extensão do fogo. • Dê o alarme pelo meio disponível aos responsáveis. • Se não souber combater o fogo, ou não puder dominá-lo, saia do local, fechando todas as portas e janelas atrás de si, mas sem trancá-las, desligando a eletricidade, alertando os demais ocupantes do andar e informando os laboratórios vizinhos da ocorrência do incêndio. • Não perca tempo tentando salvar objetos, salve sua vida. • Mantenha-se vestido, pois a roupa protege o corpo contra o calor e a desidratação. • Procure alcançar o térreo ou as saídas de emergência do prédio, sem correr. • Jamais use o elevador, pois a energia é normalmente cortada, e ele poderá ficar parado, sem contar que existe o risco dele abrir justamente no andar em chamas. • É da responsabilidade de cada chefe de laboratório conhecer os disjuntores de suas instalações. Classes de Incêndios: • Classe “A”: Materiais que queimam em superfície e em profundidade. Exemplos: madeira, papel, tecido. • • • • Classe “B”: Os líquidos inflamáveis. Queimam na superfície. Exemplos: álcool, gasolina, querosene. • Classe “C”: Equipamentos elétricos e eletrônicos energizados. Exemplos: computadores, televisores, motores.
  • 15. Laboratório de Química – QUI126 2015 15 • Classe “D”: Materiais que requerem agentes extintores específicos. Exemplos: pó de zinco, sódio, magnésio. Fonte: http://www.areaseg.com/bib/11%20-%20Fogo/apostila-02.pdf Tipos de Extintores: • Extintor de água pressurizada-gás: Indicado com ótimo resultado para incêndios de Classe “A”. Contra-indicado para as Classes “B” e “C”. Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. Água-gás: Este tipo possui uma pequena ampola de ar comprimido. Abra o registro da ampola de gás e dirija o jato para a base do fogo. Processo de extinção: Resfriamento. • Extintor de espuma: Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “B” e com bom resultado para a classe “A”. Contra indicado para a classe “C”. Modo de usar: Aproxime-se com segurança do líquido em chamas, inverta a posição do extintor (posicione-o de cabeça para baixo) e dirija o jato para um anteparo, de modo que a espuma gerada cubra o líquido como uma manta. Processo de extinção: Abafamento. Um processo secundário é o resfriamento (umidificação). • Extintor de pó químico seco Indicado com ótimo resultado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência para a classe “A”. Não possui contra-indicação. Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o jato para base do fogo. Processo de extinção: Abafamento. • Extintor de gás-carbônico Indicado para incêndios de classe “C” e sem grande eficiência para a classe “A”. Não possui contra indicação. Modo de usar: Rompa o lacre e aperte o gatilho, dirigindo o difusor para a base do fogo. Não toque no difusor, pois com a passagem de gás por ele, ele poderá gelar e agarrar a pele ao ser tocado. Processo de extinção: Abafamento.
  • 16. Laboratório de Química – QUI126 2015 16 Obs.: Incêndios de classe “D” requerem extintores específicos podendo, em alguns casos, ser utilizado o de gás carbônico (CO2) ou pó químico seco (PQS). Extintor de Água Extintor de Espuma Extintor de CO2 Resíduos Químicos Caracterizar e classificar um material residual significa identificar as propriedades ou características daquele material que possam causar danos ao homem e ao meio ambiente. Eta ação subsidia diretamente a tomada de decisões técnicas e econômicas em todas as fases do manejo do material. Assim materiais residuais caracterizados como perigosos devem sofre manuseio, estocagem, segregação, rotulagem e tratamento criteriosos, ao passo que materiais não perigosos podem ser manejados com menor grau de complexidade. Rejeitos considerados perigosos devem ser necessariamente tratados antes da disposição final, enquanto que rejeitos considerados não perigosos podem ser descartados no ambiente após a devida consideração da legislação ambiental vigente. Definições: Material residual: termo usado para abranger, genericamente, qualquer resíduo ou rejeito produzido por uma fonte geradora. Resíduo: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou atividade e que, em princípio, possui um potencial de uso, para o próprio gerador ou não, com ou sem tratamento. Rejeito: é um material residual remanescente de alguma apropriação, processo ou atividade, porém, inservível, já que não apresenta possibilidade técnica ou econômica de uso, com ou sem tratamento, devendo ser tratado para descarte no meio ambiente.
  • 17. Laboratório de Química – QUI126 2015 17 Resíduo perigoso: material (substância ou mistura de substâncias) com potencial de causar danos a organismos vivos, materiais, estruturas ou ao meio ambiente; ou ainda, que pode tornar-se perigoso por interação com outros materiais Danos: explosão, fogo, corrosão, toxicidade a organismos ou outros efeitos deletérios. Em laboratórios químicos os resíduos perigosos mais usuais compreendem: • solventes orgânicos • resíduos de reações • reagentes contaminados, degradados ou fora do prazo de validade • soluções-padrão • fases móveis de cromatografia CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL RESIDUAL No Brasil, o processo para classificar um material residual como perigoso deve seguir o recomendado pela ABNT NBR 10.004 e a consulta a seus oito anexos, apresentam, entre outros atos normativos, listagens de resíduos perigosos. Segundo a NBR 10.004:2004 os resíduos são classificados em: a) Classe I: Perigosos São aqueles que podem apresentar riscos à saúde pública ou ao meio ambie'l:e, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade. b) Classe II: Não Perigosos . • Classe II A: Não Inertes São resíduos que não apresentam periculosidade, porém, não são inertes e podem ter propriedades como combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água . • Classe II B: Inertes São resíduos que, submetidos ao teste de solubilização, não apresentam nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água. ☞ ☞ ☞ ☞ Segregação de resíduos perigosos Definição de grupos de resíduos: deverão ser definidos considerando-se, além das peculiaridades do inventário, as características fisico-químicas, periculosidade, compatibilidade e o destino final dos resíduos.
  • 18. Laboratório de Química – QUI126 2015 18 Classes de resíduos químicos que devem ser adotadas: Inorgânicos soluções aquosas de metais pesados ácidos bases sulfetos cianetos mercúrio metálico (recuperação) sais de prata (recuperação) Orgânicos Para descarte (incineração/co-processamento): solventes não halogenados, 5% água solventes não halogenados, 5% água solventes halogenados peróxidos orgânicos pesticidas e outros de alta toxicidade aguda ou crônica Para recuperação (se houver possibilidade de formação de misturas azeotrópicas, avaliar o custo/benefício da recuperação) solventes clorados acetatos e aldeídos hidrocarbonetos álcoois e cetonas
  • 19. Laboratório de Química – QUI126 2015 19 TRATAMENTO DE MATERIAIS RESIDUAIS Métodos de Tratamento Tratamento químico • neutralização ácido-base • precipitação química • oxidação redução • absorção em carvão ativado • troca iônica Tratamento físico • remoção física: destilação, evaporação, extração por solvente, extração por arraste a vapor, troca iônica, precipitação, cristalização, filtração, adsorção, osmose reversa • microencapsulamento • estabilização Tratamento térmico • incineração • co-processamento • combustão em caldeiras e fornos • detonação • vitrificação Tratamento biológico • bioremediação Disposição no solo • aterro industrial SUBSTITUIÇÃO DE MÉTODOS E MATERIAIS Processos químicos são tradicionalmente geradores de problemas ambientais devido ao manejo de substâncias reconhecidamente perigosas que, muitas vezes, são descartadas de forma inadequada no ambiente. Entretanto, a química verde surgiu como uma proposta de minimizar a geração de resíduos e é definida como “a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias tóxicas”. A minimização de materiais residuais começa com decisões corretas na hora de planejar os experimentos e ensaios. É necessário avaliar previamente todo o potencial de periculosidade que envolve a adoção de um determinado experimento e, se prejudicial ao homem ou ao ambiente, pesquisar sobre métodos equivalentes alternativos, substituição de produtos por outros menos perigosos e mesmo verificar a possibilidade de reaproveitamento do material residual gerado. O planejamento de experimentos é uma das mais importantes estratégias de redução na fonte e deve ser incentivada em todo laboratório que faça uso de produtos químicos perigosos.
  • 20. Laboratório de Química – QUI126 2015 20 QUEIMADURAS: a) Queimaduras causadas por calor seco (chama ou objetos aquecidos): Queimaduras leves, refrescar com água fria, secar e aplicar pomada de picrato de butesina. No caso de queimaduras graves, refrescar com água fria e cobrir com gase esterilizada umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio 5 %. Contactar um médico imediatamente. b) Queimaduras por ácidos: Lavar imediatamente o local com água corrente em abundância durante cinco minutos. Em seguida, lavar com solução saturada de bicarbonato de sódio e novamente com água. Secar e aplicar mertiolate. OBS: No caso de a queimadura ser muito severa lavar apenas com bastante água e procurar um médico. c) Queimaduras por álcalis: Lavar a área atingida imediatamente com bastante água corrente durante cinco minutos. Tratar com solução aquosa de ácido acético 1 % e lavar novamente com água. Secar e aplicar mertiolate. OBS: No caso de a queimadura ser grave lavar apenas com água e procurar um médico. ÁLCALIS NOS OLHOS: Lavar com água corrente em abundância durante quinze minutos. Depois disso, aplicar solução aquosa de ácido bórico 1%. INTOXIDAÇÃO POR INALAÇÃO DE GASES: Remover a vítima para um ambiente arejado, deixando-a descansar. INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS: Administrar o antídoto universal, que possui a seguinte composição: 2 partes de carvão ativo, 1 parte de óxido de magnésio e 1 parte de ácido tânico (pirogalol). Essa mistura deve ser conservada seca até o momento de ser usada; na ocasião do emprego deve-se dissolver uma colher de sopa da mistura em meio copo de água morna.
  • 21. Laboratório de Química – QUI126 2015 21 Referências Bibliográficas: 1. Golgher, M.; Segurança em Laboratório, CRQ-MG, Belo Horizonte-MG, 2006. 2. Figueiredo, D.V.; Manual para Gestão de Resíduos Perigosos de Instituições de Ensino e Pesquisa; Conselho Regional de Química de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. 3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dose_letal_mediana, acessado em 10/03/2014. 4. http://www.areaseg.com/bib/11%20-%20Fogo/apostila-02.pdf, acessado em 10/03/2014. AUTO-AVALIAÇÃO 1. Construa o diagrama de Hommel para o ácido acético, álcool etílico e propanona. 2. Qual a diferença entre uma combustão lenta e a combustão viva? 3. Atenção especial deve ser dada na organização de um almoxarifado de produtos químicos. Cite três produtos químicos incompatíveis entre si e que, portanto, não podem ser armazenados próximos uns dos outros. Explique por quê. 4. Quais os extintores de incêndio devem estar disponíveis em um condomínio residencial? Onde eles devem estar alocados? 5. A dipirona sódica é encontrada no medicamento novalgina. Procure, na literatura, o valor da DL50 deste princípio ativo e compare com a DL50 do paracetamol apresentada neste roteiro. Qual composto é mais tóxico?
  • 22. Laboratório de Química – QUI126 2015 22 Vidrarias, equipamentos e técnicas básicas _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Identificar as principais vidrarias e equipamentos usados no laboratório de química; ▶ Apresentar técnicas básicas usadas no laboratório de química; _______________________________________________________________________________________________ Antes de iniciar qualquer experimento em um laboratório químico, é importante familizar-se com os equipamentos disponíveis, conhecer seu funcionamento, indicação de uso e a maneira correta de manuseá-lo. Grande maioria dos equipamentos utilizados nos laboratórios é de vidro, portanto é necessário muito cuidado ao manuseá-los. Estes podem ser de vidro comum, pirex ou de quartzo fundido. A seguir apresentaremos alguns equipamentos básicos utilizados rotineiramente em laboratórios de química e suas funções. VIDRARIAS AULA 2 Tubo de ensaio: utilizado para realização de reações químicas em pequena escala, principalmente testes qualitativos. Podem ser aquecidos em movimentos circulares diretamente sob a chama do Bico de Busen. Tubos de ensaio devem ser aquecidos de forma que a extremidade aberta não esteja virada para uma pessoa. Béquer: utilizado para dissolver uma substância em outra, preparar soluções em geral, aquecer líquidos, dissolver substâncias sólidas e realizar reações. Erlenmeyer: devido ao seu gargalo estreito, é utilizado para dissolver substâncias, agitar soluções e aquecer líquidos sobre a tela de amianto. Integra várias montagens como filtrações, destilações e titulações. Kitassato: frasco com saída lateral, utilizados em filtrações a vácuo, ou seja, nas quais é provocado um vácuo parcial dentro dos recipiente para acelerar o processo de filtração. Funil comum: utilizado em filtrações simples, com o auxílio de um papel de filtro, e transferir líquidos de um recipiente para outro.
  • 23. Laboratório de Química – QUI126 2015 23 Balão de fundo chato: utilizado para aquecer brandamente líquidos ou soluções, realizar reações com desprendimentos de gás e armazenar líquidos ou soluções. Balão de fundo redondo: utilizado para aquecer líquidos ou soluções e realizar reações em geral. É também utilizado em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, acoplado à Rotavapor. Balão volumétrico: utilizado para preparar e diluir soluções com volumes precisos e prefixados. Não pode ser aquecido, pois possui grande precisão de medida. Equipamento calibrado. Proveta: utilizada para medir volumes de líquidos sem grande precisão. Vidro de relógio: utilizado normalmente na pesagem e no transporte de substâncias químicas. É também utilizado para cobrir, por exemplo, cápsula de porcela de modo a proteger os sólidos e evitar perda de reagentes. Pipeta graduada: utilizada para medida de volumes variáveis de líquidos com boa precisão dentro de uma determinada escala. Não pode ser aquecida. Equipamento calibrado. Pipeta volumétrica: utilizada para medir, com grande precisão, um volume fixo de líquidos. Não pode ser aquecida. Equipamento calibrado. Bureta: utilizada para medida precisa de volume de líquidos. Permite o escoamento controlado de líquido através da torneira. Equipamento utilizado em titulações. Não pode ser aquecida. Equipamento calibrado. Funil de separação/decantação: utilizado para separar líquidos imiscíveis e na extração líquido-líquido. Também é conhecido como funil de bromo. Condensador: utilizado para condensar os vapores produzidos no processo de destilação ou aquecimento sob refluxo. Existem condensadores de Liebig ou de tubo reto, de bolas e de serpentina. Bastão de vidro/baqueta: utilizado para agitação de soluções e de líquidos, na dissolução de sólidos, no auxílio para transferência de líquidos de um recipiente para outro, etc. Placa de Petri: utilizada para secagem de substâncias. É um recipiente raso com tampa. Em Biologia são utilizadas para desenvolvimento de culturas de fungos ou bactérias. Tubo de Thiele: utilizado na determinação do ponto de fusão das substâncias. Existem equipamentos eletrônicos para este fim.
  • 24. Laboratório de Química – QUI126 2015 24 Dê o nome a cada uma das vidrarias abaixo: Bolinha de vidro: utilizada em montagens de refluxo e destilação para evitar a superebulição (fenômeno em que um líquido ferve a uma temperatura maior que seu ponto de ebuilição). Pode também ser de porcelana. Dessecador: utilizado para guardar substâncias em atmosfera com baixa umidade. Contém substâncias higroscópicas, ou seja, que absorvem a umidade do meio.
  • 25. Laboratório de Química – QUI126 2015 25 UTENSÍLOS DE PORCELANA Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo: Funil de Bü ü ü üchner: utilizado em filtrações a vácuo em conjunto com o kitassato. Cadinho: utilizado para calcinações de substâncias, no aquecimento e fusão de sólidos a altas temperaturas. Pode também ser constituído de ferro, prata ou platina. Cápsula: utilizado na evaporação de líquidos. Pode ser aquecido diretamente na chama. Almofariz e pistilo: utilizado para trituração e pulverização de sólidos. Pode também ser constituído de ágata.
  • 26. Laboratório de Química – QUI126 2015 26 UTENSÍLOS GERAIS Dê o nome a cada um dos utensílios abaixo: Tela de amianto: tela metálica (de aço), com o centro recoberto em amianto ou cerâmica, utilizada para distribuir uniformemente o calor recebido da chama do bico de Busen para todo o recipiente. Argola ou anel: utilizado para suporte de funil vidro em montagens de filtração, decantação, etc. Garra metálica: utilizada para fixar os diversos equipamentos, mantendo a montagem estável. Pinça de madeira: utilizada para segurar tubos de ensaio. Suporte para tubos de ensaio: utilizado para sustentação de tubos de ensaio. Tripé: utilizado para dar sustentação à tela de amianto ou ao triângulo de porcelana. Suporte universal: utilizado para dar sustentação aos materiais de laboratório. Pinça metálica: utilizado para segurar objetos aquecidos. Piseta ou frasco lavador: utilizado para lavagem de diversos materiais. Normalmente contém água destilada, mas outros solventes podem também ser armazenados. Espátula: utilizada para transferência de substâncias sólidas. Trompa de vácuo: utilizada para reduzir a pressão no interior de um frasco, principalmente durante a filtração sob pressão reduzida. Pipetador de borracha ou pêra: utilizado para encher pipetas por sucção, principalmente no caso de líquidos voláteis, irritantes ou tóxicos.
  • 27. Laboratório de Química – QUI126 2015 27 EQUIPAMENTOS Agitador magnético: utilizado para agitar soluções e líquidos. Podem ser só de agitação e/ou com aquecimento. Manta aquecedora: utilizado para aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em um balão de fundo redondo. Balança: utilizado para determinação de massa. As balanças mecânicas mais precisas têm sua sensibilidade restrita a uma ordem de grandeza de 0,01g. As eletrônicas podem ter precisão de 0,0001g. Para boa utilização, devem estar niveladas e ter manutenção e calibração periódica. Centrífuga: utilizado para separação de misturas imiscíveis do tipo sólido-líquido, quando o sólido se encontra finamente disperso no líquido. Estufa: utilizado para secagem de materiais em geral, principalmente vidrarias. Capela: utilizada para manusear substâncias gasosas, tóxicas, irritantes, etc.
  • 28. Laboratório de Química – QUI126 2015 28 Dê o nome dos equipamentos abaixo: O BICO DE BUNSEN Possui na sua base um regulador de entrada de ar, a chama torna-se amarela e relativamente fria (com temperatura mais baixa). A esta temperatura a combustão é incompleta. Com o aumento da entrada de ar a chama torna-se azul, mais quente e forma um cone interior distinto, mais frio. Bomba de vácuo: utilizada para reduzir a pressão no interior de um recipiente. Bico de Bünsen: é utilizado como fonte de calor destinada ao aquecimento de materiais não inflamáveis. Possui como combustível normalmente o G.L.P (butano e propano) e como comburente o gás oxigênio do ar atmosférico que em proporção otimizada permite obter uma chama de alto poder energético.
  • 29. Laboratório de Química – QUI126 2015 29 Zona neutra: é uma zona interna próxima da boca do tubo, limitada por uma camada azulada que contém os gases que ainda não sofreram combustão. É a região de menor temperatura da chama (300 ºC a 530 ºC). Zona redutora: é uma zona intermediária, luminosa, que fica acima da zona neutra e forma um pequeno cone, onde se inicia a combustão do gás. Nesta zona forma-se monóxido de carbono, que se decompõe por ação do calor dando origem a pequenas partículas de carbono, que, sendo incandescentes, dão luminosidade à chama e espalham-se sobre a tela de amianto na forma de negro de fumo. Região da chama de temperatura intermediária (530 ºC a 1540 ºC). Zona oxidante: zona externa de cor violeta-pálido, quase invisível, que compreende toda a região acima e ao redor da zona redutora. Os gases que são expostos ao ar sofrem combustão completa, formando gás carbônico e água. Região de maior temperatura (1540 ºC). TÉCNICAS BÁSICAS DE LABORATÓRIO Transferência de sólidos: não utilizar a mesma espátula para transferir amostras de substâncias diferentes. Este procedimento pode contaminar os reagentes. Transferência de líquidos: pode-se usar conta-gotas, bastão de vidro, funil de vidro e pipetas. Leitura do nível de um líquido - menisco: para ler corretamente o nível de um líquido, é importante olhar pela linha tangente ao menisco, que é côncavo, no caso de líquidos que aderem ao vidro, e convexo, no caso de líquidos que não aderem ao vidro (mercúrio). O menisco consiste na interface entre o ar e o liquido a ser medido. O seu ajuste deve ser feito de modo que o seu ponto inferior fique horizontalmente tangente ao plano superior da linha de referência ou traço de graduação, mantendo o plano de visão coincidente com esse mesmo plano.
  • 30. Laboratório de Química – QUI126 2015 30 Papel de filtro dobrado liso: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais lenta e o líquido é o que mais interessa no processo. Papel de filtro pregueado: é utilizado quando se deseja produzir uma filtração mais rápida e o sólido é o que mais interessa no processo. Filtração simples e a vácuo: a filtração simples é o processo usado para a separação de uma mistura heterogênea sólido-líquido. Na filtração à vácuo de uma mistura sólido-líquido usa-se um funil chamado de funil de Buchner, cujo fundo é perfurado e sobre o qual se coloca o papel de filtro. vácuo Filtração Simples Filtração à Vácuo Aumenta a superfície de contato entre a mistura e o papel
  • 31. Laboratório de Química – QUI126 2015 31 Decantação: o processo de decantação é utilizado na separação de dois líquidos não miscíveis. Centrifugação: é o processo utilizado para acelerar a sedimentação das fases. Destilação: é o processo utilizado para separação de misturas, podendo ser simples ou fracionada. Fonte: http://www.quiprocura.net/separa_mistura2.htm
  • 32. Laboratório de Química – QUI126 2015 32 PARTE PRÁTICA Procedimento 1: Utilização da “pêra” para medidas de volume • Com o auxílio de uma pipeta graduada e de uma pêra, meça 10 mL de água destilada contida no béquer e transfira para o erlenmeyer de volume apropriado. • Utilizando uma garra, prenda uma bureta de 25 ou 50 mL a um suporte universal. Com o auxílio de um béquer, preencha uma bureta com água destilada. Tire a bolha e acerte o zero. Deixe escoar 12 mL de água para o erlenmeyer. Procedimento 2: Utilização da balança para pesar sólidos • Utilizando um almofariz com pistilo, triture bastões de giz até a completa pulverização do mesmo. • Utilizando uma balança e com o auxílio de um vidro de relógio e uma espátula, pese 0,3570 g do sólido triturado. • Transfira o pó de giz pesado para um béquer e adicione, com o auxílio de uma proveta, 25 mL de água destilada. Agite a mistura com um bastão de vidro. • Filtre a mistura, utilizando a técnica de filtração simples. Use o papel de filtro dobrado corretamente. Procedimento 3: Aquecimento no bico de Busen • Adicionar 4 mL de água destilada em um tubo de ensaio. • Segurar o tubo, próximo à boca, com pinça de madeira. • Aquecer a água, na chama, com pequena agitação, até a ebulição da água. Procedimento 4: Realizando uma decantação • Em um béquer com auxílio de uma proveta, prepare uma mistura contendo 10 mL de água e 10mL de óleo. • Transfira a mistura para o funil de decantação e realize a separação das fases. Procedimento 5: Realizando uma calcinação • Colocar uma pequena porção de sulfato de cobre pulverizado em um cadinho de porcelana, adaptado num triângulo de porcelana. • Aqueça com a chama forte. • Observar depois de alguns minutos a mudança de cor do composto.
  • 33. Laboratório de Química – QUI126 2015 33 1. Trindade, D.F.; Oliveira, F.P.; Banuth, G.S.L.; Bispo, J.G. Química Básica Experimental, Editora Icone, São Paulo, SP, 1998. (ISBN: 85-274-0511-3). Referência Bibliográfica: AUTO-AVALIAÇÃO 1. Porque a maioria dos materiais usados em laboratórios químicos são feitos de vidro? 2. Cite duas substâncias higroscópicas que poderiam ser usadas em um dessecador. 3. Quando deve ser usada uma pipeta volumétrica? E uma pipeta graduada? 4. Qual a função da tela de amianto? 5. O que é calcinação? 6. Qual técnica você usaria para separar álcool da gasolina. Explique. 7. Cite duas vidrarias de alta precisão volumétrica. 8. Qual a precisão da pipeta graduada e da proveta usadas no laboratório?
  • 34. Laboratório de Química – QUI126 2015 34 Reações químicas inorgânicas _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Identificar as principais reações químicas inorgânicas; ▶ Representar através de equações, as principais reações químicas inorgânicas. _______________________________________________________________________________________________ Dica para o acompanhamento desta aula. Procure recordar os conteúdos de nomenclatura dos compostos inorgânicos (ácidos, bases, sais, óxidos), número de oxidação, fórmulas químicas (símbolo dos elementos, ânions e cátions). As técnicas básicas de laboratório sempre serão utilizadas nas aulas de química. Reações Químicas Nomenclatura dos compostos Número de oxidação Técnicas básicas de laboratório Fórmulas químicas AULA 3
  • 35. Laboratório de Química – QUI126 2015 35 Os químicos já investigaram centenas de milhares de reações e outras milhares esperam ser investigadas. Reação química é uma transformação em que uma espécie de matéria, ou mais de uma, se transforma em uma nova espécie de matéria ou em diversas novas espécies de matéria. As mudanças que ocorrem em qualquer reação envolvem, simplesmente, a reorganização dos átomos (lei da conservação da massa - Lavoisier). Podemos representá-la usando a equação química equilibrada, que mostra as quantidades relativas dos reagentes (substâncias que se combinam na reação) e dos produtos (substâncias que se formaram). Esta relação entre as quantidades dos reagentes e produtos é chamada de estequiometria, e os coeficientes das fórmulas, na equação equilibrada, são os coeficientes estequiométricos. Numa equação química indicam-se os estados físicos dos reagentes e produtos. O símbolo (s) indica sólido, (g) indica gás e (l) líquido. As reações químicas podem ser divididas em dois grupos: a) reações químicas em que há transferência de elétrons e b) reações químicas em que não há transferência de elétrons. Conforme sua natureza, podem ainda ser classificadas como reações de: síntese, decomposição ou análise, deslocamento ou troca, dupla troca, oxidação-redução, exotérmicas e endotérmicas. PARTE PRÁTICA Procedimento 1: • Colocar, no bico de Bunsen, um pedaço de fita de magnésio de aproximadamente 1 cm. • Observar a formação de um pó branco. Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 1. Qual o nome IUPAC do composto branco formado na reação ocorrida no procedimento 1. Classifique a reação química ocorrida. Não olhar diretamente para a chama, pois a luz emitida por esta reação é prejudicial aos olhos
  • 36. Procedimento 2: Deve ser realizado na capela • Adicionar 1 mL de ácido clorídrico • Em outro tubo de ensaio adicionar a mesma • Mergulhar a ponta de um bastão de vidro acima da superfície da solução de Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2. Qual o nome IUPAC do composto formado na reação Classifique a reação química ocorrida. Procedimento 3: Prática demonstrativa Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de de cal. • Adicionar no tubo 1 aproximadamen • Adicionar no tubo 2, solução de hidróxido de cálcio • Fechar o sistema e aquecer lentamente o tubo 1 até que apareça uma • Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido Laboratório de Química – na capela ácido clorídrico concentrado em um tubo de ensaio. adicionar a mesma quantidade de hidróxido de amônio concentrado. Mergulhar a ponta de um bastão de vidro no tubo que contém o ácido clorídrico. Aproximar acima da superfície da solução de hidróxido de amônio sem tocá-la. Observar. Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2. Qual o nome IUPAC do composto formado na reação ocorrida no procedimento 2. Classifique a reação química ocorrida. demonstrativa Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de aproximadamente 2 g de carbonato de magnésio. hidróxido de cálcio (conhecida como água de cal) Fechar o sistema e aquecer lentamente o tubo 1 até que apareça uma turvação no tubo 2. Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido QUI126 2015 36 quantidade de hidróxido de amônio concentrado. no tubo que contém o ácido clorídrico. Aproximar esta ponta até 1 cm Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 2. Monte o esquema conforme representado na figura abaixo, de forma que a vara de vidro fique imersa na água . turvação no tubo 2. Parar o aquecimento e imediatamente separar os dois tubos a fim de evitar que o líquido reflua para o tubo 1.
  • 37. Laboratório de Química – QUI126 2015 37 Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 3, TUBO 1. Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no TUBO 1. Classifique a reação química ocorrida, no TUBO 1. Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 3, TUBO 2. Qual o nome IUPAC do composto formado na reação ocorrida no TUBO 2. Classifique a reação química ocorrida, no TUBO 2. Procedimento 4: • Adicionar, em um tubo de ensaio, aproximadamente de 1 mL de uma solução de ácido clorídrico 1 mol/L. • Adicionar um pedaço de fita de magnésio de aproximadamente 0,5 cm ao tubo de ensaio contendo o ácido clorídrico. Observar. Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 4.
  • 38. Laboratório de Química – QUI126 2015 38 Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 4. Classifique a reação química ocorrida. Procedimento 5: • Adicionar, em um tubo de ensaio, 1 mL de solução de cloreto de sódio 0,1 mol/L. • Em seguida adicionar 2 gotas de solução de nitrato de prata 0,1 mol/L. • Agitar e observar. Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 5. Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 5. Classifique a reação química ocorrida. Procedimento 6: • Adicionar, em um tubo de ensaio, 1 mL de solução de ácido clorídrico 1 mol/L. • Meça a temperatura da solução. • Com o termômetro ainda no interior do tubo, adicionar, com o auxílio de um conta-gotas, a mesma quantidade de solução de hidróxido de sódio 1 mol/L. Meça novamente a temperatura. T inicial = T final = Represente, no quadro abaixo, a equação química completa da reação ocorrida no procedimento 6.
  • 39. Laboratório de Química – QUI126 2015 39 Qual o nome IUPAC dos compostos formados na reação ocorrida no procedimento 6. Classifique a reação química ocorrida. Procedimento 7: • Adicionar, em um tubo de ensaio, 2 mL de água destilada. • Meça a temperatura do meio • Acrescentar, ao tubo de ensaio, aproximadamente 200 mg de cloreto de amônio. Meça novamente a temperatura. T inicial = T final = Represente, no quadro abaixo, a equação química completa do procedimento 7. Classifique a reação química ocorrida.
  • 40. Laboratório de Química – QUI126 2015 40 Referências Bibliográficas: 1. Voguel, A . I; Química Analítica Qualitativa, 5ª Edição, Editora Mestre Jou, São Paulo,1981. 2. Lenzi, E. Favero, L.O.B.; Tanaka, A.S.; Filho, E.A.V.; Silva, M.B. Química Geral Experimental, Freitas Bastos Editora, Rio de Janeiro, 2004 (ISBN: 85-353-0217-4) 1. Quais as evidências que indicam a ocorrência de reações químicas? 2. O que é um precipitado? 3. Quais das reações realizadas na parte prática podem ser classificadas como de reações de oxi-redução? Identifique, nestas reações, a espécie oxidante e a redutora. 4. A amônia é obtida pela decomposição do hidróxido de amônio. Represente a equação química deste processo de decomposição. 5. Como você classifica o composto formado no procedimento 1 (ácido ou básico). Explique. 6. Busque, na literatura, uma reação química que exemplifique cada um dos tipos de reações apresentadas na aula de hoje. AUTO-AVALIAÇÃO
  • 41. Laboratório de Química – QUI126 2015 41 Estequiometria de reações químicas _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Determinar a estequiometria de uma reação através dos métodos das variáveis contínuas; ▶ Determinar a fórmula mínima de um composto, através de reação química, usando o método das variáveis contínuas. _______________________________________________________________________________________________ AULA 4 Quando uma reação química é realizada em um laboratório, é necessário que se conheça as quantidades de reagentes a serem utilizadas. Par isso torna-se essencial o conhecimento estequiométrico, onde as equações balanceadas fornecem dados que ajudam na determinação quantitativa dos reagentes e dos produtos. Lei de Lavoisier Lei de Proust
  • 42. Laboratório de Química – QUI126 2015 42 A fórmula química de uma substância indica a espécie e o número relativo dos átomos que se combinam para formar a substância, enquanto as equações químicas indicam as substâncias que reagem e as que são produzidas, bem como a relação molar das mesmas na reação. Em condições idênticas, uma reação química obedece sempre às mesmas relações ponderais, ou seja, obedece a uma determinada estequiometria. A estequiometria, portanto, relaciona-se com as informações quantitativas que podem ser tiradas de uma reação química. Havendo excesso de um dos reagentes, este excesso não reage, podendo ser recuperado. Um método simples para determinar a estequiometria de uma reação é o método das variáveis contínuas. Consideremos a sua aplicação no caso de 2 substâncias “A” e “B” (que podem ser moléculas ou íons) que reagem formando o composto AxBy. x A + y B AxBy O problema consiste em determinar os valores de “x” e “y”. Para isso, devem ser efetuados diversos ensaios, misturando-se quantidades variáveis de A e B, de tal modo que a soma das concentrações iniciais de A e B na mistura seja sempre a mesma (mesmo número de mols total de A e B, para um mesmo volume final de mistura, em todos os ensaios). A quantidade de produto que se forma em cada ensaio deve ser medida, por meio de algum processo adequado. O método consiste, portanto, em verificar em qual dos ensaios se obtém a maior quantidade de produto. A relação entre os números de mols de A e B usados neste ensaio nos dá a relação entre x e y. No caso particular da equação acima, este resultado nos fornece, também, a fórmula do composto AxBy. O método das variáveis contínuas é de aplicação ampla, podendo ser usado para diferentes tipos de sistemas. Assim, no caso em que se forma um produto gasoso, pode-se medir o volume de gás obtido; se a reação é exotérmica, pode-se determinar a quantidade de calor liberada; em outros casos, pode-se utilizar uma série de métodos instrumentais, em que mede a variação de alguma propriedade físico-química do sistema, por exemplo: medidas calorimétricas, potenciométricas, condutométricas, etc. Outro aspecto da estequiometria é a determinação de uma quantidade desconhecida de um reagente. Neste caso, este reagente deve reagir totalmente com um outro, cuja quantidade gasta pode ser determinada. Através da quantidade de reagente gasta pode-se, então determinar a quantidade do produto que se forma. As técnicas frequentemente empregadas são: volumetria (titulação) e gravimetria (pesagem de sólidos, precipitados).
  • 43. Laboratório de Química – QUI126 2015 43 PARTE PRÁTICA • Colocar, em uma bateria, cinco tubos de ensaio e numerá-los. • Conforme tabela abaixo, adicionar em cada tubo de ensaio as quantidades respectivas das soluções “A” e “B”. • Misturar as soluções adicionadas aos tubos de ensaio, com o auxílio de um bastão de vidro, e deixar decantar por aproximadamente 20 minutos. • Medir, com uma régua, a altura do precipitado em cada tubo. Reagente Tubos de Ensaio 1 2 3 4 5 Solução A (mL) 1 2 3 4 5 Solução B (mL) 5 4 3 2 1 Altura do ppt (cm) Construa um gráfico dos volumes das soluções “A” e “B” em função da altura dos precipitados formados, e com base nas observações e nesse gráfico, determine a fórmula mínima do composto formado na reação ocorrida entre as soluções “A” e “B”. Como o produto formado é pouco solúvel, pode-se, também, filtrar os precipitados formados e pesá-los (para isso é necessário antes da pesagem lavá-los com água destilada e álcool etílico e colocá-los na estufa à temperatura de 100-110ºC durante 15 minutos).
  • 44. Laboratório de Química – QUI126 2015 44 Referência Bibliográfica: 1. Atkins, P.; Jones, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente, 3ª edição, Editora Bookman, 2006. 1. Cite as causas de erro que podem alterar o resultado da experiência. Que procedimentos poderiam ser adotados para melhoria do resultado obtido? 2. Determine a estequiometria da reação química ocorrida. 3. Conhecendo os reagentes presentes na solução “A” e na solução “B” escreva as equações químicas, completa e iônica, que representam a reação ocorrida. 4. Qual é o nome do precipitado formado na reação química? AUTO-AVALIAÇÃO
  • 45. Laboratório de Química – QUI126 2015 45 Preparo de soluções _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Preparar soluções a partir de reagentes sólidos e líquidos; ▶ Fazer cálculos prévios da quantidade de reagentes sólidos ou líquidos necessários para o preparo de soluções com concentração pré-estabelecida; ▶ Reconhecer as vidrarias volumétricas utilizadas no preparo de soluções; _______________________________________________________________________________________________ No nosso cotidiano vários dos produtos comercializados em supermercados e farmácias são soluções. AULA 5 O vinagre é muito usado como condimento que proporciona gosto e aroma aos alimentos. Este produto também é utilizado para conservar vegetais e outras substâncias, além de apresentar ação antisséptica contra a cólera e também em relação à Salmonella spp. e outros patógenos do intestino que causam infecções e epidemias. Desta forma, antes do consumo, é recomendável que se lave as frutas e hortaliças com vinagre. O vinagre é uma solução aquosa diluída onde predomina o ácido acético. Os alvejantes são soluções aquosas de hipoclorito de sódio (NaClO) e outras substâncias. As soluções de hipoclorito podem ter concentração variada, dependo do seu uso, e são encontradas comercialmente com o nome de água sanitária. O hipoclorito é uma espécie química que se decompõe com grande facilidade, principalmente na presença de luz, por isso essas soluções são comercializadas em recipientes opacos. Esse produto é usado no tratamento de água e desinfecção em geral pelo seu poder bactericida e por ser de baixo custo.
  • 46. Laboratório de Química – QUI126 2015 46 A grande maioria dos trabalhos experimentais em Química requer o emprego de soluções. Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Nesta o componente que existir em menor quantidade é chamada de soluto. Qualquer substância que forme um sistema homogêneo com a água, esta será sempre considerada como solvente, mesmo que esteja em menor quantidade. No preparo de soluções as vidrarias utilizadas são a pipeta volumétrica e o balão volumétrico, este possui um traço de aferição situado no gargalo, que determina o limite da capacidade do mesmo. Quando o solvente atingir o traço de aferição, observa-se a formação de um menisco. LEITURA DO MENISCO Para soluções translúcidas a leitura sempre se faz na parte inferior do menisco, enquanto para soluções não translúcidas a leitura se faz na parte superior do menisco.
  • 47. Laboratório de Química – QUI126 2015 47 GRAU DE PUREZA DE UM REAGENTE Nos rótulos dos reagentes, nem os de alto grau de pureza são 100% puros. Para cada aplicação específica existe um reagente específico. Primeiramente vou precisar calcular a quantidade de soluto (sólido ou líquido) que irei precisar para preparar uma solução de concentração definida. 37% em massa de ácido clorídrico 98% em massa de ácido sulfúrico
  • 48. Laboratório de Química – QUI126 2015 48 UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO MAIS UTILIZADAS FÓRMULAS IMPORTANTES FÓRMULA UNIDADE Concentração comum g/mL Número de mol mol Molaridade mol/L g.L-1 Representa a massa (em g) do soluto por litro de solução mol.L-1 É o número de mols de uma substância por litro de solução Percentual Porcentagem de um componente (soluto). Usualmente expressa como percentrual peso/peso (% p/p) ppm ou ppb Gramas de substâncias por milhão ou bilhão de gramas de solução ou mistura total C = m V n = m MM M = m MM.V
  • 49. Laboratório de Química – QUI126 2015 49 O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (SÓLIDOS): 1. Pesar o soluto; 2. Dissolver o soluto em um béquer usando uma pequena quantidade de solvente; 3. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 4. Completar o volume com o solvente; 5. Homogeneizar a solução; 6. Padronizar a solução padrão, quando necessário; 7. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. O PREPARO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM (LÍQUIDOS): 1. Medir o volume do soluto; 2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 3. Completar o volume com o solvente; 4. Homogeneizar a solução; 5. Padronizar a solução padrão, quando necessário; 6. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados.
  • 50. Laboratório de Química – QUI126 2015 50 Rotule o recipiente conforme indicação abaixo: PARTE PRÁTICA Procedimento 1: soluto sólido ▶ ▶ ▶ ▶ Preparação de 100 mL de solução de sulfato de cobre pentaidratado 0,01 mol/L • Calcular a massa de CuSO4. 5H2O necessária para preparação da solução. • Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada. • Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo o CuSO4. 5H2O e dissolver o sólido com o auxílio de um bastão de vidro. • Transfirir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”. • Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de água destilada em cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico. • Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição. • Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução. • Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de CUSO4. 5H2O a ser pesada. FÓRMULA QUÍMICA ____ ____CONCENTRAÇÃO Nome do responsável/disciplina DD/MM/ANO NaOH 0,5 mol/L MÔNICA/QUI126 20/03/2014 Massa (em gramas): m =
  • 51. Laboratório de Química – QUI126 2015 51 ▶ ▶ ▶ ▶ Preparação de 100 mL de solução de sacarose a 1% • Calcular a massa de sacarose necessária para preparação da solução. • Pesar a quantidade calculada em um béquer de capacidade apropriada. • Adicionar 20 mL de água destilada ao béquer contendo a sacarose e dissolver o sólido com o auxílio de um bastão de vidro. • Transferir esta solução para um balão volumétrico de 100 mL “quantitativamente”. • Efetuar pelo menos 3 lavagens do béquer e do bastão de vidro com, no máximo, 20mL de água destilada em cada lavagem, transferindo sempre para o balão volumétrico. • Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até o traço de aferição. • Agitar o balão volumétrico para homogeneizar a solução. • Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. Apresente, abaixo, os cálculos necessários para determinação da massa de sacarose a ser pesada. Massa (em gramas): m = PROPRIEDADES Fórmula química C12H22O11 Massa molar 342,24 g/mol Aparência cristais brancos Densidade 1,57 g/mL (30ºC) Ponto de fusão 160-192ºC decompõe-se Solubilidade em água 1970 g/mL a 20ºC Qual a molaridade da solução de sacarose a 1%?
  • 52. Procedimento 2: soluto líquido ▶ ▶ ▶ ▶ Preparação de 100 mL de solução de • Calcular o volume de HCl concentrado • Com o auxílio de uma pipeta de volume apropriado, medir volumétrico de 100 mL, já contendo um pouco de água • Adicionar, aos poucos, água de • Agitar o balão para homogeneizar a solução. • Guardar a solução, já rotulada, para uso posterior. Nunca ponha água sobre o ácido. Apresente, abaixo, os cálculos necessários para Laboratório de Química – Preparação de 100 mL de solução de ácido clorídrico 0,1 mol/L concentrado necessário para preparação da solução. ipeta de volume apropriado, medir o volume calculado e já contendo um pouco de água. , aos poucos, água destilada até completar o volume até o traço de aferição. o balão para homogeneizar a solução. a solução, já rotulada, para uso posterior. Nunca ponha água sobre o ácido. Verta o ácido sobre a água lentamente e sob agitação constante. abaixo, os cálculos necessários para determinação do volume de HCl a ser medido. Volume V = Densidade do HCl QUI126 2015 52 o volume calculado e transferir para um balão aferição. Verta o ácido sobre a água lentamente e a ser medido. Volume (em mL): Densidade do HCl 1,19 g/mL
  • 53. Laboratório de Química – QUI126 2015 53 Referências Bibliográficas: 1. Matos, R.C. Práticas de Análise Quantitativa, Departamento de Química, UFJF, Juiz de Fora, 2012. 2. Basset, J.; Denney, R. C.; Jeffery, G. H. e Mendham, J.; VOGEL – Análise Inorgânica Quantitativa, Ed. Guanabara Dois, Rio de Janeiro, 1981. 1. O que se entende por “concentração de uma solução”? 2. O que é uma substância higroscópica? 3. Por que não se deve completar o volume de solução, em um balão volumétrico, antes da solução ser resfriada? 4. Quais devem ser as massas de hidróxido de potássio, a serem pesadas, para preparar as seguintes soluções: a) 250 mL de solução 0,1 mol/L e b) 2 L de solução 0,25 mol/L. 5. Calcule o volume de uma solução de ácido sulfúrico 6 mol/L necessário para preparar 500 mL de uma solução 0,5 mol/L. 6. Que volume de ácido nítrico concentrado deve ser utilizado para preparar 250 mL de uma solução 0,1 mol/L. Dados: HNO3 conc. = 65% p/p; d = 1,5 g/mL 7. Quais os cuidados que devem ser tomados na pipetagem de HCl concentrado? 8. Por que saem vapores do frasco de ácido clorídrico concentrado quando este é aberto? 9. Por que não é conveniente pesar o HCl conc.? 10.Qual a molaridade de uma solução de HCl a 37,0% (p/p), sabendo-se que a densidade do HCl é 1,19 g/mL? 11.A água do mar contém 2,7 g de sal (cloreto de sódio) por 100 mL. Qual a molaridade de NaCl no oceano? AUTO-AVALIAÇÃO
  • 54. Laboratório de Química – QUI126 2015 54 Diluição de soluções e pH _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶Preparar e fazer cálculos prévios para o preparo de soluções diluídas a partir de soluções estoque; ▶Verificar o pH de soluções ácidas e básicas, concentradas e diluídas; ▶Entender os efeitos da diluição na concentração dos componentes. _______________________________________________________________________________________________ Com freqüência é necessário preparar uma solução diluída a partir de uma solução mais concentrada. Por exemplo, o rótulo da água sanitária abaixo, informa na composição (componente ativo: hipoclorito de sódio – 2,0 a 2,5% de cloro ativo) e no modo de usar (lavagem de roupas brancas e remoção de manchas – coloque 1 copo (200 mL) de água sanitária em 20 L de água). Neste caso estamos fazendo uma diluição da solução estoque. Soluções diluídas devem ser preparadas a partir de soluções concentradas. AULA 6
  • 55. Laboratório de Química – QUI126 2015 55 Diluir uma solução significa adicionar a ela mais solvente, não alterando a massa do soluto. O princípio básico da diluição é que o número de mol do soluto é o mesmo na alíquota da solução concentrada e na diluída. Massa do soluto = ms Massa do soluto = ms Concentração inicial = Ci Concentração final = Cf Volume inicial = Vi Volume final = Vf Ci = ms / vi Cf = ms / vf ms = Ci . Vi ms = Cf . Vf As substâncias podem ser classificadas como ácido ou base. Os ácidos e as bases são as duas funções mais importantes da química e podem ser experimentalmente classificadas através da medida do pH das soluções na qual estas substâncias estão presentes.Com tamanha frequência em nosso ambiente, não é de se espantar que os ácidos e bases tenham sido estudados por tantos séculos. Os próprios termos são medievais: Ácido vem da palavra latina acidus, que significa azedo. Inicialmente, o termo era aplicado ao vinagre, mas outras substâncias com propriedades semelhantes passaram a ter esta denominação. Álcali, outro termo para bases, vem da palavra arábica alkali, que significa cinzas. ANOTE: Reveja as teorias ácido-base estudadas na disciplina de Química Fundamental Solução Concentrada Solução Diluída Ci . Vi = Cf . Vf Fórmula de diluição
  • 56. A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM: 1. Medir o volume da solução 2. Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; 3. Completar o volume 4. Homogeneizar a solução; 5. Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. Diluição de soluções, concentração hidrogeniônica e indicadores de pH Conforme mencionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será igual à concentração de íons H+ (para soluções ácidas) e OH OH-pode ser expressa em termos de pH. dia: medimos e controlamoso pH da água de um sangue deve manter um pH entre os valores valor do pH do sangue pode ser fatal. Num laboratório químico o pH de em diversos procedimentos. Produto Iônico da Água: pH e pOH Reações de transferência de prótons (H moléculas promove o equilíbrio conhecido como H2O + H2O A constante de equilíbrio para essa reação, à 25°C, é dada por: Assim, define-se: • Em água neutra a 25 °C, pH = pOH = 7,00. • Em soluções ácidas, a [H+] 1,0 • Em soluções básicas, a [H+] 1,0 • Quanto mais alto o pH, mais baixo é o pOH e mais básica a solução. H log[ pH − = Laboratório de Química – A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM: Medir o volume da solução concentrada a ser diluída; Transferir quantitativamente para o balão volumétrico; Completar o volume com o solvente; Homogeneizar a solução; Guardar as soluções em recipientes adequados e rotulados. oncentração hidrogeniônica e indicadores de pH cionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será (para soluções ácidas) e OH- (para soluções básicas). A concentração de íons H pressa em termos de pH. Medir e controlar o pH de substâncias são procedimentos comuns no dia a água de uma piscina, da água de um aquário ou do valores de 7,35 e 7,45. O equilíbrio é tão importante que a valor do pH do sangue pode ser fatal. Num laboratório químico o pH de soluções deve ser constantemente controlado : pH e pOH Reações de transferência de prótons (H+) ocorrem mesmo na água pura, quando o choque entre duas moléculas promove o equilíbrio conhecido como auto-ionização da água: H3O+ + OH-, também expresso por H2O H+ + OH A constante de equilíbrio para essa reação, à 25°C, é dada por: pH + pOH = 14 (à 25°C) C, pH = pOH = 7,00. ] 1,0 × 10-7, então o pH 7,00. ] 1,0 × 10-7, então o pH 7,00. Quanto mais alto o pH, mais baixo é o pOH e mais básica a solução. 14 - 3 - 3 2 2 2 2 - 3 10 0 . 1 ] OH ][ O H [ ] OH ][ O H [ ] O H [ ] O H [ ] OH ][ O H [ − + + + × = = = × = w eq eq K K K ] OH log[ pOH ] H log[ ] O H - 3 − = − = + + QUI126 2015 56 A DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES DEVE SEGUIR A SEGUINTE ORDEM: cionado acima, a diluição de uma solução consiste em aumentar a quantidade do solvente, não alterando a massa do soluto. Em outras palavras, a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto. Quando o soluto é um ácido ou uma base forte (totalmente ionizados em água), a concentração da solução será (para soluções básicas). A concentração de íons H+ e de substâncias são procedimentos comuns no dia-a- a piscina, da água de um aquário ou do solo. Até mesmo nosso de 7,35 e 7,45. O equilíbrio é tão importante que a variação de 0,4 no soluções deve ser constantemente controlado ) ocorrem mesmo na água pura, quando o choque entre duas + OH-
  • 57. Como a diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto concentração dos íons H+ e OH- pode ser ex Indicadores de pH Várias substâncias apresentam cores em solução aquosa. A podem ser usadas como indicadores de pH, pois indicadores, dita teoria iônica dos indicadores dissociação eletrolítica iônica dos indicadores cor das moléculas não-dissociadas difere da cor dos respectivos íons. ácida (HIn) ou básica (InOH) não dissociada No equilíbrio HIn InOH Cor da forma não ionizada O comportamento destas moléculas pode ser resumido como: Indicadores Ácidos: possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a molécula está neutra. Quando o meio está b grupos OH-(hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem coloração diferente da coloração da molécula). Indicadores Básicos: possuem o grupo ionizável OH moléculas do indicador são mantidas não moléculas do indicador para a formação de água, neste processo coloração da molécula). A teoria cromófora oferece uma explicação única para a formação das cores: deve-se à presença de certos grupos de átomos ou ligações duplas nas molé mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’ Alguns exemplos de indicadores Laboratório de Química – diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto pode ser expressa em termos do valor de pH. esentam cores em solução aquosa. Algumas substâncias, sadas como indicadores de pH, pois a cor varia com o pH da solução. teoria iônica dos indicadores, é creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a dissociação eletrolítica iônica dos indicadores. Segundo esta teoria, os indicadores são bases ou ácidos fracos cuja dissociadas difere da cor dos respectivos íons. Pela teoria de Ostwald o indicador na forma não dissociada,teria uma cor diversa daquela que teriam seus íon H+ + In- OH- + In+ Cor da forma não ionizada Cor da forma ionizada O comportamento destas moléculas pode ser resumido como: : possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a molécula está neutra. Quando o meio está básico (pH7), os hidrogênios do indicador são fortemente atraídos pelos (hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem coloração diferente da coloração da molécula). possuem o grupo ionizável OH- (hidroxila), portanto, em meio alcalino (pH7) as moléculas do indicador são mantidas não-ionizadas, e em meio ácido (pH7) os grupos hidroxila são retirados das moléculas do indicador para a formação de água, neste processo são liberados os cátions (de coloração diferente da oferece uma explicação única para a formação das cores: A se à presença de certos grupos de átomos ou ligações duplas nas moléculas. A teoria cromófora explica a mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’ indicadores: QUI126 2015 57 diluição de uma solução leva à diminuição da concentração do soluto, o efeito da diluição na tâncias, além de apresentarem cor, a cor varia com o pH da solução. A primeira teoria sobre os , é creditada a W. Ostwald (1894), tendo como base a teoria da , os indicadores são bases ou ácidos fracos cuja Pela teoria de Ostwald o indicador na forma teria uma cor diversa daquela que teriam seus íons. (Indicador ácido) (Indicador básico) : possuem hidrogênio(s) ionizável(eis) na estrutura. Quando o meio está ácido (pH7), a molécula de indicador é forçada a manter seus hidrogênios devido ao efeito do íon comum. Nesta situação a ásico (pH7), os hidrogênios do indicador são fortemente atraídos pelos (hidroxila) para formarem água, e neste processo são liberados os ânions do indicador (que possuem (hidroxila), portanto, em meio alcalino (pH7) as ionizadas, e em meio ácido (pH7) os grupos hidroxila são retirados das são liberados os cátions (de coloração diferente da A coloração das substâncias . A teoria cromófora explica a mudança de coloração dos indicadores como devida a um reagrupamento molecular determinado pela variação das condições de pH do meio, que define o surgimento ou desaparecimento de ‘grupos cromóforos’
  • 58. Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores de pH nos ‘pontos de viragem’: Tabela 1: Faixa de viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade da solução a ser testada, caso esta seja incolo obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso de peagâmetros, num sistema com eletrodos sensíveis à concentração de íons H Laboratório de Química – Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis em laboratórios de química. Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade da solução a ser testada, caso esta seja incolor, aplicando-se algumas poucas gotas e observando obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso de peagâmetros, num sistema com eletrodos sensíveis à concentração de íons H+. QUI126 2015 58 Existem muitos outros indicadores, tais como os mostrados na tabela abaixo com os seus respectivos valores viragem de cor de diferentes indicadores de pH, normalmente disponíveis Soluções aquosas ou alcoólicas de indicadores podem ser utilizadas diretamente em uma pequena quantidade se algumas poucas gotas e observando-se a coloração obtida. Em soluções coloridas, o uso de indicadores cromóforos pode ser prejudicado, sendo necessário então o uso
  • 59. Laboratório de Química – QUI126 2015 59 Além disso, existem disponíveis no comércio papéis de teste de pH, que vêm impregnados com um ou mais indicadores. Para se ter uma idéia aproximadado pH, coloca-se uma gota da solução a ser testada em uma tira do papel, e a cor resultante é comparada com um código de cores. Alguns papéis de teste são impregnados com diversos corantes, e trazem na embalagem uma escala de cores abrangendo toda a escala de pH, de 0 até 14. São os chamados papéis indicadores universais. O papel de tornassol é muito usado para a avaliação qualitativa do pH de uma solução, indicando apenas se a solução é ácida ou básica. Abaixo de pH 4,7 o tornassol é vermelho e acima de pH 8,3 o tornassol é azul (a transição da mudança de cor ocorre na faixa de pH entre 4,7 e 8,3, com o centro dessa mudança em aproximadamente pH 6,5, muito próximo do pH de uma solução neutra). Quando uma solução ácida é gotejada sobre um papel de tornassol azul, este torna-se vermelho (no papel vermelho nada acontece). Quando uma solução básica é gotejada sobre um papel de tornassol vermelho, este torna-se azul (no papel azul nada acontece). Papéis de pH e indicador líquído de uso rotineiro Fenolftaleína pH 8,2 pH 8,2 Papel de Tornassol azul e vermelho
  • 60. Laboratório de Química – QUI126 2015 60 PARTE PRÁTICA Procedimento 1: Diluição da solução de HCl 0,1 mol/L • Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de HCl 0,1 mol/L, preparada na aula anterior. • Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. • Completar com água até o traço de aferição. • Agitar o balão para homogeneizar a solução. Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de HClrecém preparada. Calcule o valor do pH das duas soluções (solução inicial e diluída) Procedimento 2: Diluição da solução de NaOH 0,1 mol/L • Medir, com o auxílio de uma pipeta volumétrica, 1,00 mL da solução de NaOH 0,1 mol/L. • Transferir para um balão volumétrico de 100 mL. • Completar com água até o traço de aferição. • Agitar o balão para homogeneizar a solução. Apresente, abaixo, os cálculos para determinação da concentração da solução de NaOH recém preparada. Calcule o valor do pH das duas soluções (solução inicial e diluída) pH solução inicial (HCl 0,1M) pH solução de HCl diluída pH solução inicial (NaOH 0,1M) pH solução de NaOH diluída
  • 61. Laboratório de Química – QUI126 2015 61 Procedimento 3: Determinação qualitativa do pH com papel de tornassol • Em uma bateria de 5 tubos de ensaio adicione, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, em cada tubo, aproximadamente 1mL da solução de HCl0,1M (tubo 1), 1mL da solução de HCl diluída (tubo 2), 1mL de água destilada (tubo 3), 1mL da solução de NaOH 0,1M (tubo 4) e 1mL da solução de NaOH diluída (tubo 5); • Mergulhe um bastão de vidro em cada tubo e faça o teste com papéis de tornassol azul e vermelho e preencha a tabela à seguir com a cor observada: HCl 0,1M . HCl ________M H2O . NaOH 0,1M NaOH _______M Tornassol vermelho Tornassol azul Procedimento 4: Determinação quantitativa do pH utilizando papel indicador universal • Faça o mesmo teste do procedimento anterior, dessa fez utilizando um pedaço de papel indicador universal e preencha a tabela abaixo com o valor aproximado do pH obtido para cada solução: HCl 0,1M . HCl ________M H2O . NaOH 0,1M NaOH _______M pH • Compare os valores obtidos experimentalmente com aqueles calculados nos procedimentos 1 e 2. Existe alguma diferença apreciável? Você seria capaz de apontar alguma fonte do erro? Procedimento 5: Determinação do pH utilizando o indicador violeta-de-metila (cristal violeta) • Observe a faixa de viragem do indicador na Tabela 1; • Nos tubos 1, 2 e 3 adicionar 2 gotas do indicador violeta de metila e preencha a tabela abaixo com as cores observadas: HCl 0,1M . HCl ________M H2O . Cor • Discuta o resultado obtido em função do pH esperado e da faixa de viragem do indicador. Faixa de viragem do indicador: _____________________
  • 62. Laboratório de Química – QUI126 2015 62 Procedimento 6: Determinação do pH utilizando os indicadores alaranjado-de-metila e azul-de-bromotimol • Observe a faixa de viragem dos indicadores na Tabela 1; • Organize uma bateria de 6 tubos de ensaio, de 3 em 3 (três tubos na fileira da frente e três tubos na fileira de trás da estante. • Adicione, com o auxílio de uma pipeta de Pasteur, em cada tubo separadamente, aproximadamente 1mL da solução de HCl 0,1M (tubo 1), 1mL de água destilada (tubo 2), 1mL da solução de NaOH 0,1M (tubo 3) – tais soluções serão testadas com alaranjado-de-metila. • Repita a sequência nos tubos 4-6(HCl 0,1M; H2O e NaOH 0,1M) – tais soluções serão testadas com azul-de- bromotimol. • Nos tubos 1-3 adicione 2 gotas de alaranjado-de-metila; • Nos tubos 4-6 adicione 2 gotas de azul de bromotimol; • Preencha a tabela abaixo com as cores observadas: Faixa de viragem HCl 0,1M água destilada NaOH 0,1M alaranjado-de-metila (tubos 1-3) azul-de-bromotimol (tubos 4-6) • Discuta o resultado obtido em função do pH esperado e da faixa de viragem do indicador. Referências Bibliográficas: 1. Lima, V.A.; Battaggia, M.; Guaracho, A.; Química Nova na Escola, 1995,V.1,33. 2. Ebbing, D.D.; Química Geral, vol. 1, LTC– Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, Rio de Janeiro, RJ, 1998, p.90. 3. Brady, James E., Senese, F.; Química, a matéria e suas transformações, 5ª Ed. 2009, LTC. 4. http://www.ufpa.br/quimicanalitica/sindicador.htm
  • 63. Laboratório de Química – QUI126 2015 63 1. Relacione todas as vidrarias e utensílios utilizados na prática. 2. Certa substância presente no repolho roxo é responsável pela cor lilás de seu extrato, que pode ser utilizado como indicador de pH. Pesquise e descubra qual substância presente no repolho é responsável pela cor lilás e quais cores ela apresenta em função do pH. 3. O ácido muriático que é vendido no comércio para remoção de manchas resultantes da umidade em pisos, paredes de pedra, azulejos, tijolos possui qual valor aproximado de pH? Procure informações sobre a fórmula química deste ácido. 4. O vinagre é uma solução aquosa de ácido acético. Usando os conhecimentos adquiridos na disciplina Química Fundamental, qual teoria ácido-base pode ser usada para definir a acidez deste composto. Represente a reação química de ionização do ácido acético. 5. Calcule o volume de uma solução de NaOH 0,1 mol/L a ser usado para o preparo de 50 mL de uma nova solução de concentração 0,02 mol/L. AUTO-AVALIAÇÃO
  • 64. Laboratório de Química – QUI126 2015 60 Titulação ácido-base _______________________________________________________________________________________________ OBJETIVOS ▶ Familiarizar com a técnica de titulação e sua funcionalidade; ▶ Escolher adequadamente as vidrarias volumétricas a serem utilizadas na titulação; ▶ Determinar quantitativamente a concentração de ácido acético e ácido clorídrico em amostras; ▶ Identificar o titulante e indicador adequados; ▶ Expressar corretamente a concentração de ácido acético no vinagre. _______________________________________________________________________________________________ Corriqueiramente nos deparamos com informações tais como: • O vinagre possui uma acidez de no mínimo 4% m/v de ácido acético e, no máximo 1% v/v de álcool (Fonte: Ministério da Agricultura – Portaria nº 745 de 24 de outubro de 1977). • O soro fisiológico contém 0,9% m/v de cloreto de sódio. • No Brasil, a portaria Ministério da Saúde N.º 2.914 de 14 de dezembro de 2011, estabelece o limite máximo de 500mg de CaCO3 por litro para que a água seja admitida como potável. Como podemos verificar se estas concentrações estão sendo rigorosamente cumpridas? Veja os respectivos rótulos abaixo, na qual consta, dentre outras informações, a concentração exigida pela legislação. AULA 7
  • 65. Laboratório de Química – QUI126 2015 61 O soro fisiológico possui os seguintes usos: • Higienização nasal: o soro fisiológico ajuda não só na limpeza e hidratação do nariz, mas também na prevenção de resfriados, gripes e nos sintomas alérgicos. A solução pode ser feita de forma caseira, com meio copo de água e uma colher de sal aplicados em um conta-gotas no nariz. • Desidratação: para reposição de íons de sódio e cloro. • Limpeza de ferimentos. • Enxágue de lentes de contato. • Em preparados para microscopia. • Para nebulização para asma.
  • 66. A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias técnicas analíticas, uma delas é a chamada Titulação é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a concentração de um reagente conhecido. Existem vários tipos de titulação: A titulação volumétrica, que será abor conhecido de uma amostra (analito) com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração conhecida (solução padrão). A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado solução padrão (titulante). Através da quantidade de titulante estará presente numa amostra. Na titulação volumétrica destaca precipitação e titulação de complexação. A titulação ácido-base baseia-se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e finalização da reação é o pH, que representa a Nesta aula vamos trabalhar O pH é o símbolo para a grandeza físico ou alcalinidade de uma solução aquosa. O pH de uma solução pode ser calculado através da expressão matemática pOH = - log [OH-] e pH + pOH = 14. O pH aproximado de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando corantes ou indicadores, enquanto o pH (peagâmetro). Laboratório de Química – A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias técnicas analíticas, uma delas é a chamada titulação. é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a concentração de um reagente conhecido. a volumétrica, a gravimétrica e a colorimétrica. , que será abordada na aula de hoje, consiste em reagir completamente um volume com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado quantidade de titulante usada podemos calcular a quantidade de analito destaca-se a titulação ácido-base, titulação de oxidação . se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e , que representa a quantidade de íons hidrogênio [H+] ainda presente no meio reacional. Nesta aula vamos trabalhar apenas com a titulação volumétrica ácido é o símbolo para a grandeza físico-química potencial hidrogeniônico, que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução aquosa. Os ácidos produzem os íons hidrogênio [H+], em solução aquosa. de uma solução pode ser calculado através da expressão matemática pH = de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando corantes ou indicadores, enquanto o pH correto é medido através do equipamento chamado pHmetro QUI126 2015 62 A determinação quantitativa de substâncias químicas em uma amostra pode ser feita através de várias é uma técnica comum de laboratório em análise química quantitativa, usado para determinar a consiste em reagir completamente um volume com um volume determinado de um reagente de natureza e concentração A técnica é baseada em uma reação entre o analito (titulado ou solução problema) e a podemos calcular a quantidade de analito que titulação de oxidação-redução, titulação de se na reação de um ácido com uma base. O fator de controle da realização e ainda presente no meio reacional. com a titulação volumétrica ácido-base , que indica a acidez, neutralidade ], em solução aquosa. pH = - log [H+], sendo que de uma solução pode ser determinado experimentalmente usando-se uma variedade de é medido através do equipamento chamado pHmetro
  • 67. Laboratório de Química – QUI126 2015 63 Fonte: KOTZ, V.1, 2009. Escala de pH: Na escala de pH, as substâncias cujo pH é menor que 7 são classificadas como ácidas, aquelas que apresentam pH maior que 7 são classificadas como básicas, e aquelas que apresentam pH 7 são consideradas neutras. pH -------------------------------------------------------- Titulação volumétrica ácido-base: A reação entre um ácido e uma base leva a formação de um sal e água. Porém dependo da força do ácido e da base o pH final desta reação poderá ser ácido, neutro ou básico. A reação que se verifica é denominada de neutralização. Segundo Arrhenius esta neutralização pode ser representada como: H3O+ + OH- ⇆ ⇆ ⇆ ⇆ 2 H2O Nesse processo de titulação faz-se reagir um ácido com uma base até que se atinja o ponto de equivalência. O ponto de equivalência, em geral, ocorre sem nenhuma mudança visual no sistema. Por isso, para se verificar o ponto de equivalência, adiciona-se ao sistema um reagente auxiliar denominado indicador. À medida que é adicionado o titulante ao titulado, o pH da solução (titulante+titulado) vai variar, sendo possível construir um gráfico desta variação, ao qual se dá o nome de curva de titulação. pH do vinagre = -log [1,6 x 10-3 M] = -(-2,80) = 2,80 pH da água pura (250 C)= -log [1,0 x 10-7 M] = -(-7,00) = 7,00 pH do sangue = -log [4,0 x 10-8 M] = -(-7,40) = 7,40 pH da amônia = -log [1,0 x 10-11 M] = -(-11,00) = 11,00 7 14 0 acidez crescente basicidade crescente neutro
  • 68. Titulante Titulado Laboratório de Química – A curva de titulação é um gráfico de pH em função do volume do titulante adicionado. A forma da curva varia em função da força dos ácidos e bases que irão reagir. Porque construir a curva de titulação? A curva de titulação é usada p determinar o pH no ponto de equivalência para poder escolher o indicador adequado. QUI126 2015 64 rva de titulação é um gráfico de pH em função do volume do titulante adicionado. A forma da curva varia em função da força dos ácidos e bases titulação é usada para determinar o pH no ponto de equivalência para poder escolher o indicador adequado.
  • 69. Laboratório de Química – QUI126 2015 65 Exemplos de Curva de titulação • Ácido forte x Base forte: 100 mL de HCl 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L • Ácido fraco x Base forte: 100 mL de CH3COOH 0,1 mol/L com NaOH 0,1 mol/L Ponto de equivalência Ponto de equivalência