O documento discute a teoria de que os continentes da Terra podem se unir novamente em um supercontinente chamado Aurica dentro de 300 milhões de anos, à medida que os oceanos Atlântico e Pacífico se fecham ciclicamente a cada 500 milhões de anos. Também menciona que uma nova zona de subducção pode estar se formando ao largo da costa sudoeste de Portugal, permitindo que os oceanos se fechem e os continentes se unam novamente no futuro.
Formação de novos supercontinentes e vulcões de subducção
1. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 1
Escola/Agrupamento de Escolas | Teste de Avaliação 2 – CienTIC7 Versão1
Ciências Naturais
7.º Ano de Escolaridade
Duração do Teste: 90 minutos |
Grupo I
CientistasemPortugal e na Austráliadefendem,comocenárioprovável,aformação de um novo supercontinente,a
que deram o nome Aurica,dentro de 300 milhõesde anos,emresultadodo fechosimultâneodosoceanosAtlântico
e Pacífico. Ciclicamente, ao longo da história da Terra, a cada 500 milhões de anos, os oceanos fecham-se e os
continentesjuntam-se,formandoumsupercontinente.Há200 milhõesde anos,quandoos dinossauroshabitavama
Terra,todososcontinentesestavamreunidosnumsupercontinente,a Pangeia,emque aAméricadoSul estavaligada
à África.
Aszonasde subducçãosãorequisitosparaosoceanos fecharem. “Parafecharosoceanos,é necessárioqueasmargens
dos continentes se transformem em margens ativas, se formem novas zonas de subducção”, esclareceu à Lusa o
geólogo João Duarte. Uma nova zona de subducção poderá estar a formar-se ao largo da margem sudoeste ibérica,
que apanha territórioportuguês.SegundoJoãoDuarte,a chamada Falhade Marquês de Pombal,localizadaao largo
do Cabo de São Vicente,noAlgarve,e apontadacomo “uma das possíveisfontesdosismode 1755”, em Lisboa,está
“a marcar o início dessa nova zona de subducção”.
O investigador acrescentou outro dado para sustentar a sua tese: a da fraturação da Euroásia (Europa e Ásia). De
acordo com João Duarte, o oceanoÍndico “está a abrir” na Euroásia. A cadeia montanhosadosHimalaias,a Índiae o
interior da Euroásia correspondem a “uma zona de rutura, onde as placas tectónicas vão partir-se num futuro”,
permitindo “partir ao meio” a Euroásia, cenário possível dentro de 20 milhões de anos, admitiu.
Fonte: https://www.publico.pt/ciencia/ [consultadoa 23 de novembro]
Figura 1. Posição dos continentes na atualidade e daqui a 20 milhões de anos.
Figura 2. Perfil esquemático da morfologia do fundo oceânico correspondente
ao segmento I da figura 1, relativo ao perfil na atualidade.
2. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 2
Figura 3. Perfil esquemático da morfologia do fundo oceânico correspondente ao
segmento II da figura 1, relativo ao possível perfil daqui a 20 milhões de anos.
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. A teoria que atualmente explica a mobilidade dos continentes é a
(A) tectónica de placas, que diz que as massas continentais se deslocam sobre o fundo oceânico.
(B) tectónica de placas, que diz que os continentes colidem por destruição do fundo oceânico.
(C) deriva continental, que diz que as massas continentais se deslocam sobre o fundo oceânico.
(D) deriva continental, que diz que os continentes colidem por destruição do fundo oceânico.
2. A presença de fósseis idênticos na América do Sul e em África é um exemplo de um argumento
(A) paleoclimático.
(B) morfológico.
(C) litológico.
(D) paleontológico.
3. As zonas de subducção são locais de
(A) formação de crusta oceânica e estão associadas a dorsais oceânicas.
(B) formação de crusta oceânica e estão associadas a fossas oceânicas.
(C) destruição de crusta oceânica e estão associadas a dorsais oceânicas.
(D) destruição de crusta oceânica e estão associadas a fossas oceânicas.
4. A estrutura A da figura 1 é
(A) um rifte e corresponde a um limite divergente.
(B) um rifte e corresponde a um limite convergente.
(C) uma fossa e corresponde a um limite divergente.
(D) uma fossa e corresponde a um limite convergente.
5. Na estrutura B da figura 1 podemos encontrar falhas
(A) normais por ação de forças compressivas.
(B) normais por ação de forças distensivas.
(C) inversas por ação de forças compressivas.
(D) inversas por ação de forças distensivas.
6. Ordenaas letrasde A a E de modoa obteresumasequênciacorretadamorfologiadofundooceânicoapartirde
Portugal emdireçãoao centrodo oceanoAtlântico.
A. Dorsal oceânica.
B. Continente.
C. Talude Continental.
D. Planície Abissal.
E. Plataformacontinental.
7. Um ROV recolheu amostras do fundo oceânico nos locais X e Y assinalados na figura 2.
Explica onde encontrou as rochas mais antigas.
3. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 3
8. Explicaporque é que daqui a 20 milhõesde anospoderáformar-se umanova cadeiamontanhosanaorla atlântica
de Portugal.
Grupo II
O conhecimento da viscosidade de um magma é fundamental para conhecer a velocidade dos fluxos de lava, a
“explosividade”daserupçõesvulcânicase osriscosgeológicosassociados a diferentes tipos de atividade vulcânica.
Um grupode estudantes realizouumasériede experiênciaspararecolherinformaçõesde comoaviscosidadede uma
substânciapode influenciaraspropriedadesdeumlíquido.Primeiramente,osestudantesprepararamtrêsrecipientes
contendouma soluçãode mel a três temperaturasdiferentes: umque serviade controlo,que estavaà temperatura
ambiente (22 ˚C), um a uma temperatura mais baixa (5 ˚C) e um outro a uma temperatura mais alta (50 ˚C).
Foi inicialmente feitoum“teste de bolhas”: osalunossopraram, usandouma palhinha, parao interiordosdiferentes
recipientes e foi medido o tempo que as bolhas demoravam a chegar à superfície. Depois, os alunos colocaram os
diferentes fluidos numa superfície inclinada (figura 4) e registaram o tempo que os fluidos demoravam a percorrer
uma determinada distância.
Fonte: Edwards, B. (2006). “Active Learning Strategiesfor Constructing Knowledge of ViscosityControls onLava
Flow Emplacement, Textures andVolcanic Hazards”. Journal of Geoscience Education, Vol. 54, N.o 5
Figura 4. Representação esquemática e fotografia do dispositivo experimental usado na experiência.
Os resultados obtidos encontram-se registados nas tabelas abaixo.
Tabela I. Resultados do “teste das bolhas” para diferentes temperaturas
Temperatura
do mel
Distância vertical percorrida
pelas bolhas no mel (cm)
Tempo para as bolhas
chegarem à superfície (s)
Taxa de ascensão das bolhas
(cm/s)
22 ˚C 10 10 1
50 ˚C 10 5 2
5 ˚C 10 15 0,7
Tabela II. Resultados experimentais usando o plano inclinado
4. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 4
Temperatura
do mel
Distância fixada
(cm)
Tempo para chegar à
distância fixada (s)
Velocidade
(cm/s)
22 ˚C 20 10 2
50 ˚C 20 5 4
5 ˚C 20 20 1
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. O objetivo da experiência foi
(A) medir o tempo de escorrência das diferentes substâncias.
(B) avaliar o declive no tempo de escorrência de uma substância.
(C) avaliar a importância da temperatura na viscosidade de uma substância.
(D) avaliar a importância do teor de água na fluidez de uma substância.
2. De acordo com os dados da tabela I, podemos concluir que
(A) a temperatura não influencia a capacidade de libertação das bolhas de ar.
(B) quanto maior a temperatura maior a capacidade de libertar as bolhas de ar.
(C) a libertação de bolhas é mais rápida quanto menor for a temperatura da substância.
(D) quanto menor a temperatura maior a capacidade de libertação de bolhas.
3. De acordo com os dados da tabela II, podemos concluir que, com a subida da temperatura,
(A) aumenta a velocidade de escorrência devido ao aumento da fluidez.
(B) aumenta a velocidade de escorrência devido ao aumento da viscosidade.
(C) diminui a velocidade de escorrência devido ao aumento da fluidez.
(D) diminui a velocidade de escorrência devido ao aumento da viscosidade.
4. Analisando os resultados da experiência, podemos concluir que os magmas mais viscosos retêm
(A) menor quantidade de gases, o que provoca atividade explosiva.
(B) maior quantidade de gases, o que provoca atividade explosiva.
(C) menor quantidade de gases, o que provoca atividade efusiva.
(D) maior quantidade de gases, o que provoca atividade efusiva.
5. Uma atividade vulcânica que envolve lavas muito fluidas origina escoadas que
(A) solidificam na proximidade da cratera, originando cones vulcânicos de vertentes suaves.
(B) solidificam na proximidade da cratera, originando cones vulcânicos de vertentes íngremes.
(C) se deslocam a grande velocidade, originando cones vulcânicos de vertentes suaves.
(D) se deslocam a grande velocidade, originando cones vulcânicos de vertentes íngremes.
6. Relacionaatemperaturadomagma com a sua capacidade de retençãode gasese o tipode atividade que origina.
7. Explicaque alteraçõesfariasà experiênciaparaavaliarcomo o teor de água influenciaavelocidadede escorrência
das substâncias.
5. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 5
Grupo III
Nas duasgrandes categoriasde vulcões,distingue-se ovulcanismointraplacastectónicas(nointeriordasplacas,que
está ligadoà existênciade “pontosquentes”) e o vulcanismodaszonas de subducção. Os vulcõesque aparecemnos
“pontos quentes”, de que são exemplo os do Havai, são originados por uma coluna de magma que brota até à
superfície da Terra vinda do manto. Nos vulcões associados às zonas de subducção, em que uma placa tectónica se
enfiaporbaixode outra e é destruídano interiordaTerra, podemacontecerduascoisas:ou dá-se a convergênciade
uma placa continental com uma oceânica ou a convergência de duas placas oceânicas,o que dá origem à formação
dosarcos insulares. Osvulcõesde subducção,observadosnasFilipinas,Japãoe Alasca,formam-se assimquandouma
parte da placa é destruídae derretidaporbaixode outraporprocessostectónicos, forçandoomagmaa ascenderaté
à superfície.
O Etna,concluíramos cientistas,começouamudarde naturezaporque asualavacontémcada vezmais sílicae torna-
se mais viscosa, o que é característico das erupções vulcânicas produzidas pela subducção. Mais dizem os
investigadores,desde 1971, que as erupções de lava e cinzas do Etna são mais frequentese violentas,o que é uma
preocupação,porque ovulcãoestá próximode áreasmuitopovoadasdoMediterrâneo.Eo facto de as erupçõesdos
vulcões de subducção serem, geralmente, mais poderosas e explosivas poderá explicar a transição por que está a
passar o Etna. A alteraçãode comportamentoemcurso do Etna explica-se pelofactode o vulcão se situar sobre um
“ponto quente” debaixo da Sicília, mas, ao mesmo tempo, está perto de uma região de subducção, em que a placa
Africana está gradualmente a ser empurrada para baixo da placa europeia.
De 17 julho a 10 de agosto viveu de especial agitação. A beleza do Etna, que vomitava lava a jorros, de um laranja
muito vivo, por vezes em contraste com o breu da noite, fez sentir pequenino quemobservava a cena da Terra em
fúria. Posteriormente, ameaçou a povoação mais perto, Nicolosi, onde vivemseis mil pessoas,sobretudo com uma
chuva de cinzasvulcânicas.E o aeroportointernacionaldaCatâniaesteve fechadováriasvezes,por causa das cinzas.
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Fonte: https://www.publico.pt/ciencias/ [consultadoa 22 de novembro]
Figura 5. Representação esquemática do vulcão Etna, evidenciando algumas das suas estruturas.
Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1. A formação das ilhas do Havai é um exemplo de vulcões formados
(A) por magma que ascende numa zona de rifte.
(B) sobre uma coluna de magma que ascende no interior de uma placa tectónica.
(C) por fusão das rochas da placa que mergulha por baixo de outra.
(D) no Anel de Fogo do Pacífico.
2. A viscosidade do magma depende da sua composição química e da sua
(A) polaridade.
(B) localização.
(C) temperatura.
(D) velocidade de ascensão.
3. Se o magma de um vulcão tiver grande capacidade de retenção de gases, o vulcão, provavelmente, irá expelir
(A) materiais piroclásticos projetados de uma forma suave.
(B) materiais piroclásticos projetados de uma forma violenta.
(C) escoadas lávicas projetadas de uma forma suave.
(D) escoadas lávicas projetadas de uma forma violenta.
4. Quandoa águasubterrâneaé aquecidapelomagma,ascendeàsuperfíciee é recolhidanumafontenatural designa-
se por
7. CienTIC7 – Teste de Ciências Naturais – página 7
(A) fumarola.
(B) géiser.
(C) lago lávico.
(D) nascente termal.
5. As cinzas vulcânicas emitidas pelo Etna são partículas
(A) líquidas com dimensões superiores a 60 mm.
(B) líquidas com dimensões inferiores a 2 mm.
(C) sólidas com dimensões superiores a 60 mm.
(D) sólidas com dimensões inferiores a 2 mm.
6. Faz a legenda das estruturas representadas por A a D na figura 5.
7. Classifica a atividade vulcânica descrita no último parágrafo do texto.
8. Explica, de acordo com a informação fornecida no texto, a estrutura do cone vulcânico do Etna representado na
figura 5.