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Ida a mãe, fica Inês Pereira e o
Escudeiro, e senta-se Inês Pereira
a lavrar e a cantar esta cantiga:
Si no os hubiera mirado
no penara
pero tan poco os mirara.
se vos não tivesse visto
não teria penado,
mas também não vos teria visto-
Simbologia da partida da mãe:
Marca o final de um ciclo.
Solteira - responsabilidade da mãe.
Casada – a mãe deixa de ter
responsabilidade (sai de cena).
Farsa de Inês Pereira
Canta como costumava fazer em casa da mãe.
Prenúncio do que vai ser o seu casamento:
Dor provocada pela relação com o
ser amado («no penara»), o casamento
de Inês será infeliz.
Farsa de Inês Pereira
O escudeiro, vendo cantar a Inês
Pereira, mui agastado lhe diz:
ESCUDEIRO
Vós cantais, Inês Pereira?
Em vodas m'andáveis vós?
Juro ao corpo de Deus
Que esta seja a derradeira!
Se vos eu vejo cantar
Eu vos farei assoviar.
INÊS
Bofé(por minha fé), senhor meu marido,
Se vós disso sois servido,
Bem o posso eu escusar.
• Inês e o
casamento:
 Surpresa;
 Intenções
goradas;
 Submissão.
Pergunta retórica
Proibição de cantar
Ameaçador
Reação de Inês: submissão
Farsa de Inês Pereira
Será bem que vos caleis.
E mais, sereis avisada
Que não me respondais nada,
Em que ponha fogo a tudo(mesmo que faça
grandes disparates),
Porque o homem sesudo
Traz a mulher sopeada (humilha, domina a
mulher).
Vós não haveis de falar
Com homem nem mulher que seja;
Nem somente ir à igreja
Não vos quero eu leixar.
Características
do marido:
□ Autoritário;
□ Repressor;
□ Intolerante;
□ Tirano
Interdições:
- Não pode cantar;
- Aceitar tudo o que ele disser, sem responder;
- Não pode falar com ninguém;
- Não pode sair de casa.
Farsa de Inês Pereira
Já vos preguei as janelas,
Por que não vos ponhais nelas.
Estareis aqui encerrada
Nesta casa, tão fechada
Como freira d'Oudivelas.
Tirania
no lar
Interdição:
- Não pode estar à janela.
Para Inês é uma surpresa. E para nós?
Não.
Pelos apartes anteriores em que
o Escudeiro põe em dúvida a sua beleza,
a sua honra.
Pela forma como o Escudeiro se dirige
ao Moço, no início da peça.
Tirano, autoritário com os mais fracos.
Comparação
MAS
Reclusão das freiras é voluntária,
Inês é obrigada.
Em pior situação do que quando estava em casa da mãe.
Farsa de Inês Pereira
INÊS
Que pecado foi o meu?
Porque me dais tal prisão?
ESCUDEIRO
Vós buscastes discrição,
Que culpa vos tenho eu?
Pode ser maior aviso,
Maior discrição e siso
Que guardar o meu tesouro?
Não sois vós, mulher meu ouro?
Que mal faço em guardar isso?
Perplexa
Metáfora
Comentário irónico
Estatuto da mulher
Inês Pereira simboliza a mulher
portuguesa do século XVI, uma
mulher “prisioneira”, cujas
ocupações se restringem às tarefas
domésticas (como bordar e coser),
submissa à mãe (o que provoca
nela o desejo de casar para se
libertar desse jugo materno) e,
depois, a um marido autoritário, que
não permite a sua saída de casa. O
estatuto da mulher resumia-se, pois,
neste século, a um sufocante
ambiente doméstico, à censura de
pensamento e de opinião e às leis
impostas pela sociedade e pela
religião.
Farsa de Inês Pereira
Moço, às Partes d'Além
Me vou fazer cavaleiro.
Tu hás de ficar aqui.
Olha, por amor de mi,
O que faz tua senhora:
Fechá-la-ás sempre de fora.
Vós lavrai, ficai per i.
Vai mostrar a sua coragem,
a sua vontade de conquistar
um lugar melhor.
(ou talvez não)
O Moço ficará a tomar conta de Inês,
como manda o Escudeiro.
Inês queria casar porque:
- Estava cansada de tanto trabalhar;
- Sentia-se prisioneira.
Julgava que o casamento e saída
da casa da mãe lhe trariam a liberdade que desejava.
Farsa de Inês Pereira
Ido o Escudeiro, diz o Moço:
Senhora, o que ele mandou
Não posso menos fazer.
INÊS
Pois que te dá de comer
Faze o que t'encomendou.
MOÇO
Vós fartai-vos de lavrar
Eu me vou desenfadar
Com essas moças lá fora:
Vós perdoai-me, senhora,
Porque vos hei-de fechar.
Crítica social
O Moço cumpre as ordens do Escudeiro
Ironia
Na figura do Escudeiro, é denunciada e
criticada a classe nobre decadente da
época, que perdera o seu brilho e estatuto.
Além do culto da aparência, Brás da Mata
simboliza também o fidalgo covarde, pois
morre ao fugir da guerra às mãos de um
mouro. Destaca-se, assim, a figura do
fidalgo pobre, presunçoso e ambicioso.
Farsa de Inês Pereira
INÊS
«Quem bem tem e mal escolhe
Por mal que lhe venha não s'anoje.»
(se queixe)
Renego da discrição
Comendo ò demo o aviso,
Que sempre cuidei que nisso
Estava a boa condição.
Cuidei que fossem cavaleiros
Fidalgos e escudeiros,
Não cheios de desvarios,
E em suas casas macios,
E na guerra lastimeiros. (cruéis, impiedosos)
Provérbio
Saber teórico
Foi a escolha dela.
(Os judeus levavam as
características que Inês queria)
Inês Revolta-se
Apresenta-se desiludida e frustrada com o casamento –
falta de liberdade e estado de solidão;
Era o marido ideal.
Farsa de Inês Pereira
Vede que cavalarias,
Vede que já mouros mata
Quem sua mulher maltrata
Sem lhe dar de paz um dia!
Sempre eu ouvi dizer
Que o homem que isto fizer
Nunca mata drago em vale
Nem mouro que chamem Ale
E assi deve de ser.
Maltrata a mulher.
a
Farsa de Inês Pereira
Juro em todo meu sentido
Que se solteira me vejo,
Assi como eu desejo,
Que eu saiba escolher marido,
À boa fé, sem mau engano,
Pacífico todo o ano,
E que ande a meu mandar
Havia m'eu de vingar
Deste mal e deste dano!
Saber prático
Manifesta desejo de
vingança
A experiência de vida faz com
que Inês Pereira perceba
que cometeu um erro.
Se tiver oportunidade de escolher outro marido,
não se deixará enganar – será alguém pacífico
e que faça tudo o que ela quiser.
Farsa de Inês Pereira
Entra o Moço com uma carta e diz:
Esta carta vem d’Além
Creio que é de meu senhor.
INÊS
Mostrai cá, meu guarda-mor
E veremos o que i vem.
Sobrescrito:
«À mui prezada senhora
Inês Pereira da Grã,
à senhora minha irmã
em Tomar lhe seja dada.
Curioso;
Ansioso
Remetente:
Irmão de Inês Pereira
Farsa de Inês Pereira
De meu irmão...Venha embora!
MOÇO
Vosso irmão está em Arzila?
eu apostarei que i vem
nova de meu senhor também.
INÊS
Já ele partiu de Tavila?
(Tavira – porto de embarque para o Norte de África)
MOÇO
Há três meses que é passado.
INÊS
Aqui virá logo recado
se lhe vai bem, ou que faz.
Primeira referência temporal:
O Escudeiro partiu há 3 meses.
O Moço quer saber notícias do seu amo
Até ao momento, todos os
acontecimentos de encadearam
(o pedido de casamento de
Pero Marques, o pedido de
casamento de Brás da Mata
o casamento,…),
mas sem nenhuma referência temporal.
Inês vivencia a passagem do
tempo de forma lenta, talvez devido
à sua clausura, pois, para ela, o
Escudeiro teria partido há pouco
tempo, quando, na verdade,
ele partira há três meses
Farsa de Inês Pereira
MOÇO
Bem pequena é a carta assaz!
INÊS
Carta de homem avisado.
Lê Inês Pereira a carta, a qual diz:
«Muito honrada irmã,
esforçai o coração
e tomai por devação
de querer o que Deus quiser.»
e isto que quer dizer?
Carta do irmão
Inês não compreende logo o que o irmão lhe quer dizer.
Farsa de Inês Pereira
Prossegue:
«E não vos maravilheis
De cousa que o mundo faça,
Que sempre nos embaraça
com cousas. Sabei que indo
vosso marido fogindo
da batalha pera a vila,
a meia légua de Arzila,
o matou um mouro pastor.»
MOÇO
Ó meu amo e meu senhor! Ironia
Covarde: foi morto por um pastor mouro enquanto fugia.
O Moço parece triste,
mas percebemos depois, pela forma como
ele reage ao despedimento,
que está a ser irónico.
Farsa de Inês Pereira
Inês
Guardar de cavaleirão, valentão
barbudo, repetenado, insolente
que em figura de avisado
é malino maldoso e sotrancão.
dissimulado
Agora quero tomar
pera boa vida gozar,
um muito manso marido.
Não no quero já sabido,
pois tão caro há de custar.
• Falha o
casamento;
• Ganha
experiência
de vida.
Inês sente-se:
- Feliz;
- Livre.
Farsa de Inês Pereira
Caracterização direta
Descrição das
características das
personagens, ou pelo
narrador ou por outra
personagem.
Auto Hetero
Caracterização Indireta
Deduzida, resulta dos
atos, dos discursos e
das reações da
personagem face aos
estímulos que lhe são
oferecidos por outras
personagens e pelo
desenrolar da ação.
Farsa de Inês Pereira
Caracterização Física
“Diz que os olhos com que
via eram de santa Luzia
cabelos de Madalena.
Se ela fosse donzela
Tudo essoutro passaria”.
Caracterização Psicológica
“Olhade lá o mau pesar
como queres tu casar
com fama de preguiçosa?”
Caracterização social
“De morgado é vosso
estado?”
Síntese
Inês casada: Surpresa
Intenções goradas;
Submissão.
Inês viúva: Feliz,
Livre.
Caracterização das personagens: Direta;
Indireta;
Física,
Psicológica;
Social.
- Responder ao questionário do manual.
- Colocar as repostas no “Eduflow” - Hoje
- Avaliar os pares (dois) – Até quarta-feita
- “Feedback” – Até sexta-feira.
- Complemento do nome

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A viagem de Inês Pereira

  • 1. Ida a mãe, fica Inês Pereira e o Escudeiro, e senta-se Inês Pereira a lavrar e a cantar esta cantiga: Si no os hubiera mirado no penara pero tan poco os mirara. se vos não tivesse visto não teria penado, mas também não vos teria visto- Simbologia da partida da mãe: Marca o final de um ciclo. Solteira - responsabilidade da mãe. Casada – a mãe deixa de ter responsabilidade (sai de cena). Farsa de Inês Pereira Canta como costumava fazer em casa da mãe. Prenúncio do que vai ser o seu casamento: Dor provocada pela relação com o ser amado («no penara»), o casamento de Inês será infeliz.
  • 2. Farsa de Inês Pereira O escudeiro, vendo cantar a Inês Pereira, mui agastado lhe diz: ESCUDEIRO Vós cantais, Inês Pereira? Em vodas m'andáveis vós? Juro ao corpo de Deus Que esta seja a derradeira! Se vos eu vejo cantar Eu vos farei assoviar. INÊS Bofé(por minha fé), senhor meu marido, Se vós disso sois servido, Bem o posso eu escusar. • Inês e o casamento:  Surpresa;  Intenções goradas;  Submissão. Pergunta retórica Proibição de cantar Ameaçador Reação de Inês: submissão
  • 3. Farsa de Inês Pereira Será bem que vos caleis. E mais, sereis avisada Que não me respondais nada, Em que ponha fogo a tudo(mesmo que faça grandes disparates), Porque o homem sesudo Traz a mulher sopeada (humilha, domina a mulher). Vós não haveis de falar Com homem nem mulher que seja; Nem somente ir à igreja Não vos quero eu leixar. Características do marido: □ Autoritário; □ Repressor; □ Intolerante; □ Tirano Interdições: - Não pode cantar; - Aceitar tudo o que ele disser, sem responder; - Não pode falar com ninguém; - Não pode sair de casa.
  • 4. Farsa de Inês Pereira Já vos preguei as janelas, Por que não vos ponhais nelas. Estareis aqui encerrada Nesta casa, tão fechada Como freira d'Oudivelas. Tirania no lar Interdição: - Não pode estar à janela. Para Inês é uma surpresa. E para nós? Não. Pelos apartes anteriores em que o Escudeiro põe em dúvida a sua beleza, a sua honra. Pela forma como o Escudeiro se dirige ao Moço, no início da peça. Tirano, autoritário com os mais fracos. Comparação MAS Reclusão das freiras é voluntária, Inês é obrigada. Em pior situação do que quando estava em casa da mãe.
  • 5. Farsa de Inês Pereira INÊS Que pecado foi o meu? Porque me dais tal prisão? ESCUDEIRO Vós buscastes discrição, Que culpa vos tenho eu? Pode ser maior aviso, Maior discrição e siso Que guardar o meu tesouro? Não sois vós, mulher meu ouro? Que mal faço em guardar isso? Perplexa Metáfora Comentário irónico Estatuto da mulher Inês Pereira simboliza a mulher portuguesa do século XVI, uma mulher “prisioneira”, cujas ocupações se restringem às tarefas domésticas (como bordar e coser), submissa à mãe (o que provoca nela o desejo de casar para se libertar desse jugo materno) e, depois, a um marido autoritário, que não permite a sua saída de casa. O estatuto da mulher resumia-se, pois, neste século, a um sufocante ambiente doméstico, à censura de pensamento e de opinião e às leis impostas pela sociedade e pela religião.
  • 6. Farsa de Inês Pereira Moço, às Partes d'Além Me vou fazer cavaleiro. Tu hás de ficar aqui. Olha, por amor de mi, O que faz tua senhora: Fechá-la-ás sempre de fora. Vós lavrai, ficai per i. Vai mostrar a sua coragem, a sua vontade de conquistar um lugar melhor. (ou talvez não) O Moço ficará a tomar conta de Inês, como manda o Escudeiro. Inês queria casar porque: - Estava cansada de tanto trabalhar; - Sentia-se prisioneira. Julgava que o casamento e saída da casa da mãe lhe trariam a liberdade que desejava.
  • 7. Farsa de Inês Pereira Ido o Escudeiro, diz o Moço: Senhora, o que ele mandou Não posso menos fazer. INÊS Pois que te dá de comer Faze o que t'encomendou. MOÇO Vós fartai-vos de lavrar Eu me vou desenfadar Com essas moças lá fora: Vós perdoai-me, senhora, Porque vos hei-de fechar. Crítica social O Moço cumpre as ordens do Escudeiro Ironia Na figura do Escudeiro, é denunciada e criticada a classe nobre decadente da época, que perdera o seu brilho e estatuto. Além do culto da aparência, Brás da Mata simboliza também o fidalgo covarde, pois morre ao fugir da guerra às mãos de um mouro. Destaca-se, assim, a figura do fidalgo pobre, presunçoso e ambicioso.
  • 8. Farsa de Inês Pereira INÊS «Quem bem tem e mal escolhe Por mal que lhe venha não s'anoje.» (se queixe) Renego da discrição Comendo ò demo o aviso, Que sempre cuidei que nisso Estava a boa condição. Cuidei que fossem cavaleiros Fidalgos e escudeiros, Não cheios de desvarios, E em suas casas macios, E na guerra lastimeiros. (cruéis, impiedosos) Provérbio Saber teórico Foi a escolha dela. (Os judeus levavam as características que Inês queria) Inês Revolta-se Apresenta-se desiludida e frustrada com o casamento – falta de liberdade e estado de solidão; Era o marido ideal.
  • 9. Farsa de Inês Pereira Vede que cavalarias, Vede que já mouros mata Quem sua mulher maltrata Sem lhe dar de paz um dia! Sempre eu ouvi dizer Que o homem que isto fizer Nunca mata drago em vale Nem mouro que chamem Ale E assi deve de ser. Maltrata a mulher.
  • 10. a Farsa de Inês Pereira Juro em todo meu sentido Que se solteira me vejo, Assi como eu desejo, Que eu saiba escolher marido, À boa fé, sem mau engano, Pacífico todo o ano, E que ande a meu mandar Havia m'eu de vingar Deste mal e deste dano! Saber prático Manifesta desejo de vingança A experiência de vida faz com que Inês Pereira perceba que cometeu um erro. Se tiver oportunidade de escolher outro marido, não se deixará enganar – será alguém pacífico e que faça tudo o que ela quiser.
  • 11. Farsa de Inês Pereira Entra o Moço com uma carta e diz: Esta carta vem d’Além Creio que é de meu senhor. INÊS Mostrai cá, meu guarda-mor E veremos o que i vem. Sobrescrito: «À mui prezada senhora Inês Pereira da Grã, à senhora minha irmã em Tomar lhe seja dada. Curioso; Ansioso Remetente: Irmão de Inês Pereira
  • 12. Farsa de Inês Pereira De meu irmão...Venha embora! MOÇO Vosso irmão está em Arzila? eu apostarei que i vem nova de meu senhor também. INÊS Já ele partiu de Tavila? (Tavira – porto de embarque para o Norte de África) MOÇO Há três meses que é passado. INÊS Aqui virá logo recado se lhe vai bem, ou que faz. Primeira referência temporal: O Escudeiro partiu há 3 meses. O Moço quer saber notícias do seu amo Até ao momento, todos os acontecimentos de encadearam (o pedido de casamento de Pero Marques, o pedido de casamento de Brás da Mata o casamento,…), mas sem nenhuma referência temporal. Inês vivencia a passagem do tempo de forma lenta, talvez devido à sua clausura, pois, para ela, o Escudeiro teria partido há pouco tempo, quando, na verdade, ele partira há três meses
  • 13. Farsa de Inês Pereira MOÇO Bem pequena é a carta assaz! INÊS Carta de homem avisado. Lê Inês Pereira a carta, a qual diz: «Muito honrada irmã, esforçai o coração e tomai por devação de querer o que Deus quiser.» e isto que quer dizer? Carta do irmão Inês não compreende logo o que o irmão lhe quer dizer.
  • 14. Farsa de Inês Pereira Prossegue: «E não vos maravilheis De cousa que o mundo faça, Que sempre nos embaraça com cousas. Sabei que indo vosso marido fogindo da batalha pera a vila, a meia légua de Arzila, o matou um mouro pastor.» MOÇO Ó meu amo e meu senhor! Ironia Covarde: foi morto por um pastor mouro enquanto fugia. O Moço parece triste, mas percebemos depois, pela forma como ele reage ao despedimento, que está a ser irónico.
  • 15. Farsa de Inês Pereira Inês Guardar de cavaleirão, valentão barbudo, repetenado, insolente que em figura de avisado é malino maldoso e sotrancão. dissimulado Agora quero tomar pera boa vida gozar, um muito manso marido. Não no quero já sabido, pois tão caro há de custar. • Falha o casamento; • Ganha experiência de vida. Inês sente-se: - Feliz; - Livre.
  • 16. Farsa de Inês Pereira Caracterização direta Descrição das características das personagens, ou pelo narrador ou por outra personagem. Auto Hetero Caracterização Indireta Deduzida, resulta dos atos, dos discursos e das reações da personagem face aos estímulos que lhe são oferecidos por outras personagens e pelo desenrolar da ação.
  • 17. Farsa de Inês Pereira Caracterização Física “Diz que os olhos com que via eram de santa Luzia cabelos de Madalena. Se ela fosse donzela Tudo essoutro passaria”. Caracterização Psicológica “Olhade lá o mau pesar como queres tu casar com fama de preguiçosa?” Caracterização social “De morgado é vosso estado?”
  • 18. Síntese Inês casada: Surpresa Intenções goradas; Submissão. Inês viúva: Feliz, Livre. Caracterização das personagens: Direta; Indireta; Física, Psicológica; Social.
  • 19. - Responder ao questionário do manual. - Colocar as repostas no “Eduflow” - Hoje - Avaliar os pares (dois) – Até quarta-feita - “Feedback” – Até sexta-feira. - Complemento do nome