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A UA U L A
     L A

    42
42
             O poderio
             norte-americano

                                             N     esta aula vamos estudar os Estados Uni-
             dos da América a mais importante economia nacional do planeta, e o Canadá
                     América,                                                     Canadá,
             seu vizinho, situado no extremo norte do continente americano.
                 Vamos observar que as dimensões continentais a numerosa população
                                                      continentais,
             com renda elevada e a imensa base de recursos naturais foram importantes
             fatores no desenvolvimento das duas nações, favorecendo a formação de gran-
             des empresas que passaram a atuar em diversos países do globo.
                 Veremos que a presença da grande empresa norte-americana é um instru-
             mento de difusão do padrão de consumo existente nos EUA. Veremos também
             que, muitas vezes, os interesses norte-americanos não coincidem com as aspira-
             ções de autonomia nacional das nações em desenvolvimento.




                 Ana foi encarregada de preparar uma reportagem especial sobre o projeto
             norte-americano de construção da infovia que é uma gigantesca estrada de
                                                  infovia,
             circulação de informações. Para ter mais detalhes sobre o conteúdo da reporta-
             gem, Ana vai até a sala de Rosa para trocar idéias.
                 - Infovia! Rosa, você sabe onde eu posso encontrar alguma coisa sobre isso?
                 - Não é difícil, Ana. A infovia é hoje o principal projeto do governo norte-
             americano, com um custo de bilhões de dólares e destinado a acelerar a troca de
             informações entre as cidades norte-americanas.
                 - Informações! Eis a palavra chave do século XXI. E os norte-americanos
             não estão perdendo tempo. Já partiram para a construção de uma infovia!
                 - É - continua Rosa. - As empresas norte-americanas partiram do seu
             grande mercado nacional para conquistar uma boa parcela do comércio interna-
             cional. Não seria possível pensar no poderio mundial dos EUA se não fosse o seu
             imenso mercado interno. Esse mercado foi sendo formado pelas ferrovias, no
             século passado, consolidado pela rodovia no século atual e, quem sabe, será
             ampliado pela infovia, no século XXI!




                O poderio norte-americano no mundo atual foi construído originalmente
             em casa, isto é, em seu imenso império nacional.
Diferentemente das ilhas britânicas, que o precederam como potência         A U L A
mundial no século XIX, os EUA formam um país de dimensões continentais. Seu
grande território, com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, é banhado
pelos oceanos Atlântico e Pacífico. Sua numerosa população hoje supera a cifra   42
de 250 milhões de habitantes.
     O Canadá, embora possua território equivalente aos EUA, é bem menos
populoso: possui cerca de 25 milhões de habitantes, isto é, aproximadamente um
décimo da população de seu vizinho.
     As grandes extensões de clima frio do Canadá limitaram a expansão do
povoamento, que originalmente foi realizado por ingleses e franceses. Disso
resultou um país que tem duas línguas oficiais: o inglês, falado na maioria da
províncias, e o francês, falado na província do Quebec.
     Do ponto de vista do quadro natural, os EUA e o Canadá podem ser vistos
como três grandes conjuntos. Na costa leste predominam as montanhas e
planaltos antigos dos Apalaches e do escudo do Labrador, já muito desgastados
pela erosão.
     Na parte central estão as Grandes Planícies, que se estendem desde os
Grandes Lagos, ao norte, até a foz do rio Mississipi, ao sul. Na porção oeste
ocorrem as grandes cadei-
as recentes formada pelas
Montanhas Rochosas.
     Nos EUA, território e
população foram sendo
somados aos pedaços du-
rante o século XIX, graças
as guerras, anexações e
compras de novas áreas.
     Essas novas áreas fo-
ram sendo rapidamente
interligadas por ferrovias,
permitindo a entradas de
imigrantes, principalmen-
te europeus, que vinham
“fazer a América”, isto é,
tentar realizar o sonho de
enriquecer rapidamente.
     A imensa disponibili-
dade de recursos naturais
nos EUA, desde terras fér-
teis até petróleo, foi um
fator-chave para diferen-
ciar esse país das demais
nações do mundo. Esses
recursos formavam um
potencial natural que de-
pendia de uma determi-
nada organização social
para explorá-lo.
     Nos Estados Unidos,
coexistiram duas formas
de organização social até a
metade do século passa-
A U L A   do. De um lado havia o sul escravista de outro, o Norte, baseado em trabalho
                                       escravista;
          assalariado Ambos disputavam a ocupação das terras férteis do oeste.
          assalariado.

42             A disputa foi ganha pelo Norte industrial na Guerra de Secessão (1861-65).
          Foi o primeiro conflito de grandes dimensões, em todo o mundo, a empregar a
          tecnologia industrial na guerra. Nele morreram mais norte-americanos do que
          em qualquer guerra de que os Estados Unidos tenham participado.
               Os empresários do Norte aceleraram o processo de industrialização dos
          EUA, aproveitando-se das grandes reservas minerais da região dos Grandes
          Lagos e dos Apalaches e da enorme produção de cereais das Planícies Centrais.
          Essas áreas foram interligadas por hidrovias que são vias de transporte por
                                                hidrovias,
          lagos, rios e canais, e ferrovias Assim, acabaram colonizando o seu próprio
                                   ferrovias.
          território nacional, como você deve ter visto nos inúmeros filmes de faroeste que
          existem por aí. A propósito, saiba que faroeste (far west em inglês) significa
                                                             far west,
          oeste distante.
               A porção sul do Canadá beneficiou-se diretamente da expansão industrial
          dos EUA. Cidades importantes como Toronto, Montreal, Quebec e Ottawa - a
          capital do país - estão situadas próximas à principal região industrial norte-
          americana e em posição favorável no que diz respeito ao sistema dos Grandes
          Lagos e ao Canal de São Lourenço, que liga os lagos ao Oceano Atlântico.
               No final do século XIX , os EUA já eram a principal economia industrial do
          planeta, suplantando a Inglaterra e a Alemanha, que disputavam a hegemonia
          na Europa. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) enfraqueceu definitivamen-
          te o poderio das nações européias. Isso permitiu a formação da URSS, em 1917,
          e promoveu os Estados Unidos à condição de primeira potência mundial
                                                                             mundial.
               Embora ocupassem posição privilegiada no cenário mundial, os EUA ainda
          baseavam sua maneira de produzir no modelo desenvolvido originalmente na
          Inglaterra. Esse modelo era centrado na indústria de bens de produção -
          siderurgia e material ferroviário, por exemplo - e de bens de consumo não-
          duráveis como alimentos e vestuários.
          duráveis,
               Nos anos 30, os EUA enfrentaram a Grande Depressão gerada pela crise
          mundial de 1929, que levou milhões de trabalhadores ao desemprego. Com sua
          recuperação econômica, os EUA começaram efetivamente a impor um padrão
          de produção e consumo em escala mundial. Esse padrão é conhecido como
          american way of life isto é, o modo de vida americano.
                               life,
               O desenvolvimento da produção em série de automóveis nas linhas de
          montagem, aprimorado por Henri Ford, ampliou os limites do mercado de bens
          de consumo duráveis - como os autómóveis e os eletrodomésticos - e permitiu
          sua popularização entre os trabalhadores.
               Henri Ford, o fundador da empresa que recebeu seu nome, dizia que todos
          os seus empregados deveriam ter um automóvel, isto é, deveriam integrar o
          mercado consumidor dos produtos que faziam.
               Essa maneira de produzir e consumir foi chamada de fordismo e, a partir
          da década de 30, modificou a face dos EUA. Depois da Segunda Guerra
          Mundial, o fordismo foi levado pela grande empresa norte-americana para os
          demais países industrializados, como a Inglaterra, a Alemanha, a França e o
          Japão. Empresas como a General Motors, a Esso, a Ford, a IBM ou a Coca-Cola
          passaram a atuar em todo o mundo, generalizando os hábitos de consumo
          norte-americanos.
               O fordismo baseia-se no emprego de recursos naturais, em larga escala, para
          produzir em série mercadorias iguais. Os recursos naturais que utiliza são
          principalmente energéticos, como o petróleo. O fordismo baseia-se também na
          generalização do transporte rodoviário.
O desenvolvimento do fordismo foi possível nos Estados Unidos porque:              A U L A
·   o país dispunha de grandes reservas de petróleo nos Estados do sul, como o
    Texas, e do oeste, como a Califórnia. Essas reservas fizeram dos EUA o principal
    produtor mundial de petróleo, com mais de 9 milhões de barris por dia;
                                                                                       42
·   o país contava com uma indústria pesada, montada no século XIX, que
    abastecia suas fábricas com as máquinas e os equipamentos necessários para
    ampliar a produção de bens de consumo duráveis. Com isso, chegou-se ao
    ponto de praticamente todas as famílias possuírem um automóvel;
·   as enormes distâncias no território norte-americano foram sendo vencidas
    por rodovias, que chegaram, inclusive, a mudar o desenho das grandes
    cidades. Exemplo disso é Los Angeles, a segunda maior cidade norte-
    americana, situada na Califórnia. Lá, a população de maior renda vive nos
    subúrbios e usa o automóvel para chegar até o centro.



    O formidável crescimento da economia norte-
americana consolidou duas importantes regiões in-
dustriais: o Nordeste onde estão grandes cidades
             Nordeste,
como Nova York, Pensilvânia, Detroit, mais voltadas
para a produção siderúrgica e de automóveis, e a Costa
Oeste principalmente o Estado da Califórnia, onde as
Oeste,
indústrias petroquímica e aeronáutica são as mais
importantes. As principais cidades da Costa Oeste são
Los Angeles, São Francisco e São Diego.
    A projeção do poderio norte-americano para além
de suas fronteiras, no entanto, se fez sobre realidades
nacionais que não eram exatamente iguais àquelas
apresentadas nos EUA.




                                                                                       Acima, as grandes
                                                                                       avenidas de Los
                                                                                       Angeles.


                                                                                       Ao lado, os
                                                                                       Estados Unidos, à
                                                                                       noite, em foto feita
                                                                                       por satélite.
A U L A        No caso da Europa Ocidental e do Japão, a maneira americana de produzir
          aumentou muito a dependência dessas nações da importação de petróleo: elas

42        não dispunham de reservas importantes do produto.
               Na década de 70, quando os países exportadores de petróleo aumentaram os
          seus preços, as empresas japonesas, alemães ou francesas foram obrigadas a
          rever sua maneira de produzir e consumir energia. Iniciaram um processo de
          mudança que visava diminuir sua dependência das importações de petróleo,
          para que pudessem disputar posições no mercado mundial sem estar sujeitas às
          limitações dos recursos naturais de seus países de origem.
               De outro lado, o efeito da entrada das grandes empresas norte-americanas
          nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento acentuou as diferenças
          sociais que já existiam nessas nações em formação.
               Automóveis, eletrodomésticos e produtos de luxo só estão ao alcance de
          uma pequena minoria da população. Para que essa minoria continue a consumir
          tais produtos, é necessário que seus países exportem matérias-primas e alimen-
          tos. Esses produtos, trocados por dólares norte-americanos, retornam aos EUA
          na forma de transferência de lucros ou de pagamento de royalties (pelo direito
          de uso de uma tecnologia ou de um produto) às grandes empresas multinacionais.
               Para manter esse mecanismo, muitas vezes as grandes empresas
          multinacionais interferem nos negócios internos dos países subdesenvolvidos e
          em desenvolvimento. O poder de resistência desses países é muito reduzido
          diante da força das grandes empresas. Assim, sua autonomia nacional é sacrificada
          em nome do mercado mundial.



                                   O gigante se move
            Depois de quatro anos de recessão e de um ajuste doloroso, a economia
                americana fica mais eficiente e continuará crescendo em 1994
           Os americanos fecharam, na semana passa-      espera-se um crescimento de 2,8% do PIB
           da, suas contas do ano — e elas são exce-     nacional. As previsões para 1994, basea-
           lentes. Eles estão com mais dinheiro no       das em estudos da OCDE, a união dos 24
           bolso, encantaram os comerciantes com o       países mais ricos do mundo e, em dados do
           melhor Natal dos últimos quatro anos e        governo americano, sào ainda melhores.
           mostraram que o gigante está se movendo       Segundo a OCDE, os Estados Unidos terão
           novamente. Os Estados Unidos desfizeram       uma taxa de crescimento de 3,1% neste
           em 1993 o nó da recessão que amarrava a       ano, em contraste com a maioria dos países
           maior economia do mundo há quatro anos.       desenvolvidos, cuja economia contiunua
           A taxa oficial ainda não foi divulgada, mas   em ritmo lento.

              Veja, 5 de janeiro de 1994




              Os Estados Unidos da América e o Canadá são países de dimensões
          continentais, com grande território e quadro natural diversificado.
              Os EUA contam com numerosa população. O mesmo não ocorre com o
          Canadá, que possui vastas extensões de clima frio e polar que limitaram a
          expansão do povoamento para o norte.
              A imensa disponibilidade de recursos naturais nos EUA e no Canadá foi um
          fator-chave para o processo de industrialização ocorrido em território norte-
          americano depois da Guerra de Secessão (1861-65).
A guerra aboliu a escravidão, permindo a generalização do trabalho assala-                           A U L A
riado. A industrialização transformou o país, já no final do século XIX, em uma
          mundial.
potência mundial
    Os EUA começaram a impor o seu padrão de produção e consumo em escala                                42
mundial após a Grande Depressão dos anos 30. Esse padrão é o chamado
                  life.
american way of life
    O desenvolvimento da produção em série de automóveis nas linhas de
montagem modificou a face dos EUA. Depois da Segunda Guerra Mundial, esse
modelo de produção foi levado pela grande empresa norte-americana para os
demais países industrializados. Empresas como a General Motors, a Esso, a Ford,
a IBM ou a Coca-Cola passaram a atuar em todo o mundo, generalizando os
hábitos de consumo norte-americanos.
    O efeito da entrada das grandes empresas norte-americanas nos países
subdesenvolvidos e em desenvolvimento acentuou as diferenças sociais que já
existiam nessas nações em formação. Muitas vezes há interferência nos negócios
internos desses países, cujo poder de resistência é muito reduzido diante da força
das grandes empresas.



Exercício 1
   O que foi a Guerra de Secessão?

Exercício 2
   O que significa o fordismo?

Exercício 3
   Ordene o quadro abaixo. As respostas das colunas B e C estão embaralhadas.

 a) EUA: QUADRO NATURAL                 b) LOCALIZAÇÃO                  c) RELEVO DESTACADO
    Montanhas antigas                     Costa Oeste                        Costa Leste
     Grandes planícies                 Montes Apalaches                 Montanhas Rochosas
Altas cadeias montanhosas              Planícies centrais                   Porção central


Exercício 4
   Cite exemplos de:
   a) bens de produção;
   b) bens de consumo não-duráveis;
   c) bens de consumo duráveis.

Exercício 5
   Complete a frase:

    O processo de industrialização dos Estados Unidos foi desenvolvido
    graças às grandes reservas (a) ..........................., que deram origem à sua
    importante indústria (b) ........................... e à ampliada produção de
    (c) ........................... . Tudo isso permitiu que, a partir do final do século XIX,
    o país emergisse como principal economia (d) ........................... do planeta.
    Essa produção ligada por (e) ........................... e (f) ........................... e, mais
    tarde, por (g) ........................... , levou ao crescimento da economia norte-
    americana, colocando-a como primeira na ordem mundial.

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O Poderio Norte-Americano

  • 1. A UA U L A L A 42 42 O poderio norte-americano N esta aula vamos estudar os Estados Uni- dos da América a mais importante economia nacional do planeta, e o Canadá América, Canadá, seu vizinho, situado no extremo norte do continente americano. Vamos observar que as dimensões continentais a numerosa população continentais, com renda elevada e a imensa base de recursos naturais foram importantes fatores no desenvolvimento das duas nações, favorecendo a formação de gran- des empresas que passaram a atuar em diversos países do globo. Veremos que a presença da grande empresa norte-americana é um instru- mento de difusão do padrão de consumo existente nos EUA. Veremos também que, muitas vezes, os interesses norte-americanos não coincidem com as aspira- ções de autonomia nacional das nações em desenvolvimento. Ana foi encarregada de preparar uma reportagem especial sobre o projeto norte-americano de construção da infovia que é uma gigantesca estrada de infovia, circulação de informações. Para ter mais detalhes sobre o conteúdo da reporta- gem, Ana vai até a sala de Rosa para trocar idéias. - Infovia! Rosa, você sabe onde eu posso encontrar alguma coisa sobre isso? - Não é difícil, Ana. A infovia é hoje o principal projeto do governo norte- americano, com um custo de bilhões de dólares e destinado a acelerar a troca de informações entre as cidades norte-americanas. - Informações! Eis a palavra chave do século XXI. E os norte-americanos não estão perdendo tempo. Já partiram para a construção de uma infovia! - É - continua Rosa. - As empresas norte-americanas partiram do seu grande mercado nacional para conquistar uma boa parcela do comércio interna- cional. Não seria possível pensar no poderio mundial dos EUA se não fosse o seu imenso mercado interno. Esse mercado foi sendo formado pelas ferrovias, no século passado, consolidado pela rodovia no século atual e, quem sabe, será ampliado pela infovia, no século XXI! O poderio norte-americano no mundo atual foi construído originalmente em casa, isto é, em seu imenso império nacional.
  • 2. Diferentemente das ilhas britânicas, que o precederam como potência A U L A mundial no século XIX, os EUA formam um país de dimensões continentais. Seu grande território, com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, é banhado pelos oceanos Atlântico e Pacífico. Sua numerosa população hoje supera a cifra 42 de 250 milhões de habitantes. O Canadá, embora possua território equivalente aos EUA, é bem menos populoso: possui cerca de 25 milhões de habitantes, isto é, aproximadamente um décimo da população de seu vizinho. As grandes extensões de clima frio do Canadá limitaram a expansão do povoamento, que originalmente foi realizado por ingleses e franceses. Disso resultou um país que tem duas línguas oficiais: o inglês, falado na maioria da províncias, e o francês, falado na província do Quebec. Do ponto de vista do quadro natural, os EUA e o Canadá podem ser vistos como três grandes conjuntos. Na costa leste predominam as montanhas e planaltos antigos dos Apalaches e do escudo do Labrador, já muito desgastados pela erosão. Na parte central estão as Grandes Planícies, que se estendem desde os Grandes Lagos, ao norte, até a foz do rio Mississipi, ao sul. Na porção oeste ocorrem as grandes cadei- as recentes formada pelas Montanhas Rochosas. Nos EUA, território e população foram sendo somados aos pedaços du- rante o século XIX, graças as guerras, anexações e compras de novas áreas. Essas novas áreas fo- ram sendo rapidamente interligadas por ferrovias, permitindo a entradas de imigrantes, principalmen- te europeus, que vinham “fazer a América”, isto é, tentar realizar o sonho de enriquecer rapidamente. A imensa disponibili- dade de recursos naturais nos EUA, desde terras fér- teis até petróleo, foi um fator-chave para diferen- ciar esse país das demais nações do mundo. Esses recursos formavam um potencial natural que de- pendia de uma determi- nada organização social para explorá-lo. Nos Estados Unidos, coexistiram duas formas de organização social até a metade do século passa-
  • 3. A U L A do. De um lado havia o sul escravista de outro, o Norte, baseado em trabalho escravista; assalariado Ambos disputavam a ocupação das terras férteis do oeste. assalariado. 42 A disputa foi ganha pelo Norte industrial na Guerra de Secessão (1861-65). Foi o primeiro conflito de grandes dimensões, em todo o mundo, a empregar a tecnologia industrial na guerra. Nele morreram mais norte-americanos do que em qualquer guerra de que os Estados Unidos tenham participado. Os empresários do Norte aceleraram o processo de industrialização dos EUA, aproveitando-se das grandes reservas minerais da região dos Grandes Lagos e dos Apalaches e da enorme produção de cereais das Planícies Centrais. Essas áreas foram interligadas por hidrovias que são vias de transporte por hidrovias, lagos, rios e canais, e ferrovias Assim, acabaram colonizando o seu próprio ferrovias. território nacional, como você deve ter visto nos inúmeros filmes de faroeste que existem por aí. A propósito, saiba que faroeste (far west em inglês) significa far west, oeste distante. A porção sul do Canadá beneficiou-se diretamente da expansão industrial dos EUA. Cidades importantes como Toronto, Montreal, Quebec e Ottawa - a capital do país - estão situadas próximas à principal região industrial norte- americana e em posição favorável no que diz respeito ao sistema dos Grandes Lagos e ao Canal de São Lourenço, que liga os lagos ao Oceano Atlântico. No final do século XIX , os EUA já eram a principal economia industrial do planeta, suplantando a Inglaterra e a Alemanha, que disputavam a hegemonia na Europa. A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) enfraqueceu definitivamen- te o poderio das nações européias. Isso permitiu a formação da URSS, em 1917, e promoveu os Estados Unidos à condição de primeira potência mundial mundial. Embora ocupassem posição privilegiada no cenário mundial, os EUA ainda baseavam sua maneira de produzir no modelo desenvolvido originalmente na Inglaterra. Esse modelo era centrado na indústria de bens de produção - siderurgia e material ferroviário, por exemplo - e de bens de consumo não- duráveis como alimentos e vestuários. duráveis, Nos anos 30, os EUA enfrentaram a Grande Depressão gerada pela crise mundial de 1929, que levou milhões de trabalhadores ao desemprego. Com sua recuperação econômica, os EUA começaram efetivamente a impor um padrão de produção e consumo em escala mundial. Esse padrão é conhecido como american way of life isto é, o modo de vida americano. life, O desenvolvimento da produção em série de automóveis nas linhas de montagem, aprimorado por Henri Ford, ampliou os limites do mercado de bens de consumo duráveis - como os autómóveis e os eletrodomésticos - e permitiu sua popularização entre os trabalhadores. Henri Ford, o fundador da empresa que recebeu seu nome, dizia que todos os seus empregados deveriam ter um automóvel, isto é, deveriam integrar o mercado consumidor dos produtos que faziam. Essa maneira de produzir e consumir foi chamada de fordismo e, a partir da década de 30, modificou a face dos EUA. Depois da Segunda Guerra Mundial, o fordismo foi levado pela grande empresa norte-americana para os demais países industrializados, como a Inglaterra, a Alemanha, a França e o Japão. Empresas como a General Motors, a Esso, a Ford, a IBM ou a Coca-Cola passaram a atuar em todo o mundo, generalizando os hábitos de consumo norte-americanos. O fordismo baseia-se no emprego de recursos naturais, em larga escala, para produzir em série mercadorias iguais. Os recursos naturais que utiliza são principalmente energéticos, como o petróleo. O fordismo baseia-se também na generalização do transporte rodoviário.
  • 4. O desenvolvimento do fordismo foi possível nos Estados Unidos porque: A U L A · o país dispunha de grandes reservas de petróleo nos Estados do sul, como o Texas, e do oeste, como a Califórnia. Essas reservas fizeram dos EUA o principal produtor mundial de petróleo, com mais de 9 milhões de barris por dia; 42 · o país contava com uma indústria pesada, montada no século XIX, que abastecia suas fábricas com as máquinas e os equipamentos necessários para ampliar a produção de bens de consumo duráveis. Com isso, chegou-se ao ponto de praticamente todas as famílias possuírem um automóvel; · as enormes distâncias no território norte-americano foram sendo vencidas por rodovias, que chegaram, inclusive, a mudar o desenho das grandes cidades. Exemplo disso é Los Angeles, a segunda maior cidade norte- americana, situada na Califórnia. Lá, a população de maior renda vive nos subúrbios e usa o automóvel para chegar até o centro. O formidável crescimento da economia norte- americana consolidou duas importantes regiões in- dustriais: o Nordeste onde estão grandes cidades Nordeste, como Nova York, Pensilvânia, Detroit, mais voltadas para a produção siderúrgica e de automóveis, e a Costa Oeste principalmente o Estado da Califórnia, onde as Oeste, indústrias petroquímica e aeronáutica são as mais importantes. As principais cidades da Costa Oeste são Los Angeles, São Francisco e São Diego. A projeção do poderio norte-americano para além de suas fronteiras, no entanto, se fez sobre realidades nacionais que não eram exatamente iguais àquelas apresentadas nos EUA. Acima, as grandes avenidas de Los Angeles. Ao lado, os Estados Unidos, à noite, em foto feita por satélite.
  • 5. A U L A No caso da Europa Ocidental e do Japão, a maneira americana de produzir aumentou muito a dependência dessas nações da importação de petróleo: elas 42 não dispunham de reservas importantes do produto. Na década de 70, quando os países exportadores de petróleo aumentaram os seus preços, as empresas japonesas, alemães ou francesas foram obrigadas a rever sua maneira de produzir e consumir energia. Iniciaram um processo de mudança que visava diminuir sua dependência das importações de petróleo, para que pudessem disputar posições no mercado mundial sem estar sujeitas às limitações dos recursos naturais de seus países de origem. De outro lado, o efeito da entrada das grandes empresas norte-americanas nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento acentuou as diferenças sociais que já existiam nessas nações em formação. Automóveis, eletrodomésticos e produtos de luxo só estão ao alcance de uma pequena minoria da população. Para que essa minoria continue a consumir tais produtos, é necessário que seus países exportem matérias-primas e alimen- tos. Esses produtos, trocados por dólares norte-americanos, retornam aos EUA na forma de transferência de lucros ou de pagamento de royalties (pelo direito de uso de uma tecnologia ou de um produto) às grandes empresas multinacionais. Para manter esse mecanismo, muitas vezes as grandes empresas multinacionais interferem nos negócios internos dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. O poder de resistência desses países é muito reduzido diante da força das grandes empresas. Assim, sua autonomia nacional é sacrificada em nome do mercado mundial. O gigante se move Depois de quatro anos de recessão e de um ajuste doloroso, a economia americana fica mais eficiente e continuará crescendo em 1994 Os americanos fecharam, na semana passa- espera-se um crescimento de 2,8% do PIB da, suas contas do ano — e elas são exce- nacional. As previsões para 1994, basea- lentes. Eles estão com mais dinheiro no das em estudos da OCDE, a união dos 24 bolso, encantaram os comerciantes com o países mais ricos do mundo e, em dados do melhor Natal dos últimos quatro anos e governo americano, sào ainda melhores. mostraram que o gigante está se movendo Segundo a OCDE, os Estados Unidos terão novamente. Os Estados Unidos desfizeram uma taxa de crescimento de 3,1% neste em 1993 o nó da recessão que amarrava a ano, em contraste com a maioria dos países maior economia do mundo há quatro anos. desenvolvidos, cuja economia contiunua A taxa oficial ainda não foi divulgada, mas em ritmo lento. Veja, 5 de janeiro de 1994 Os Estados Unidos da América e o Canadá são países de dimensões continentais, com grande território e quadro natural diversificado. Os EUA contam com numerosa população. O mesmo não ocorre com o Canadá, que possui vastas extensões de clima frio e polar que limitaram a expansão do povoamento para o norte. A imensa disponibilidade de recursos naturais nos EUA e no Canadá foi um fator-chave para o processo de industrialização ocorrido em território norte- americano depois da Guerra de Secessão (1861-65).
  • 6. A guerra aboliu a escravidão, permindo a generalização do trabalho assala- A U L A riado. A industrialização transformou o país, já no final do século XIX, em uma mundial. potência mundial Os EUA começaram a impor o seu padrão de produção e consumo em escala 42 mundial após a Grande Depressão dos anos 30. Esse padrão é o chamado life. american way of life O desenvolvimento da produção em série de automóveis nas linhas de montagem modificou a face dos EUA. Depois da Segunda Guerra Mundial, esse modelo de produção foi levado pela grande empresa norte-americana para os demais países industrializados. Empresas como a General Motors, a Esso, a Ford, a IBM ou a Coca-Cola passaram a atuar em todo o mundo, generalizando os hábitos de consumo norte-americanos. O efeito da entrada das grandes empresas norte-americanas nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento acentuou as diferenças sociais que já existiam nessas nações em formação. Muitas vezes há interferência nos negócios internos desses países, cujo poder de resistência é muito reduzido diante da força das grandes empresas. Exercício 1 O que foi a Guerra de Secessão? Exercício 2 O que significa o fordismo? Exercício 3 Ordene o quadro abaixo. As respostas das colunas B e C estão embaralhadas. a) EUA: QUADRO NATURAL b) LOCALIZAÇÃO c) RELEVO DESTACADO Montanhas antigas Costa Oeste Costa Leste Grandes planícies Montes Apalaches Montanhas Rochosas Altas cadeias montanhosas Planícies centrais Porção central Exercício 4 Cite exemplos de: a) bens de produção; b) bens de consumo não-duráveis; c) bens de consumo duráveis. Exercício 5 Complete a frase: O processo de industrialização dos Estados Unidos foi desenvolvido graças às grandes reservas (a) ..........................., que deram origem à sua importante indústria (b) ........................... e à ampliada produção de (c) ........................... . Tudo isso permitiu que, a partir do final do século XIX, o país emergisse como principal economia (d) ........................... do planeta. Essa produção ligada por (e) ........................... e (f) ........................... e, mais tarde, por (g) ........................... , levou ao crescimento da economia norte- americana, colocando-a como primeira na ordem mundial.