Este estudo avalia os riscos para a saúde e segurança no setor vitivinícola português e desenvolve um "kit vitivinícola" com equipamentos de proteção individual e documentação para mitigar esses riscos. O estudo analisou 82 organizações e constatou que a maioria não fornecia adequadamente EPIs aos trabalhadores. O kit contém EPIs selecionados para diferentes tarefas e riscos, com instruções para uso.
Avaliação de riscos profissionais em actividade industial têxtil
Estudo do Setor Vitivinícola em Portugal
1. ESTUDO
porMendes, Carta", Krasnevsk'yy, Dmytro', Silva, Hélder', Oliveira, Miguel', Dantas, Nuno'
Resumo
o presente trabalho pretende apresentar
o estado da arte do setor vitivinícola na
vertente da Higiene, Segurança e Saúde no
Trabalho, mais especificamente na proteção
individual dos trabalhadores.
Tendo como ponto de partida a necessidade
de sensibilizar as organizações nesta área,
face aos riscos existentes, desenvolveram-
-se um conjunto de informações baseadas
numa profunda análisede 82 (oitenta e duas)
organizações, escolha de EPI's' eventual-
mente mais adequados e um kit móvel de
demonstração.
Obteve-se uma adesão aceitável por parte
das organizações intervencionadas, tendo
como resultado a conclusão do projeto "Kit
vltlvlnlcola" com toda a documentação de
apoio e respetivos equipamentos (fase de
protótipo tendo em vista uma posterior
comercialização).
1. Introdução
A produção de vinho em Portugal é uma
importante componente do ramo agrícola
nacional,tendo representado, em 2007, cerca
de 13% do valor gerado, conforme I,V.V.2
(2010). Com uma superfície vitícola de 240
(duzentos e quarenta) mil hectares repartida
Equipamentos de Protecção Individual
Instituto da Vinha e do Vinho
pelas diferentes regiões, a cultura da vinha
ocupa cerca de 6,9% da superfície agrícola
útil (SAU) e 2,6% do território continental
(91.909 Km2)que, na campanha 2008/2009
(início em 1 de agosto de 2008 e fim em 31
dejulho de 2009), conduziu a uma produção
declarada por 30 (trinta) mil produtores.
Portugal tem conhecido inovação por parte
do setor, nos últimos anos, com o rejuvenes-
cimento e reorganização das adegas coope-
rativas e o lançamento de vários produtores.
Dado que o mercado começou a mudar e o
consumo percapita adecrescer,alguns agen-
tes passaram a ter uma atitude mais ativa e
começaram a investir,especialmente, no mar-
keting e na comercialização fora de fronteiras.
Das atividades desenvolvidas em adega,
destacam-se:
• Os riscos de queda em altura na vin-
dima, principalmente naszonas norte
do país,assimcomo os riscosde queda
ao mesmo nível pela irregularidade
do terreno;
• O risco de corte com o uso da tesoura
de poda;
• Perturbações músculo-esqueléticas;
• O risco de acidente rodoviário e capo-
tamento com possível esmagamento
e/ou morte.
A imagem de uma adega cheia de fungos,
bolores e teias de aranha está muito enrai-
zada no espírito de muitos, que associam
a qualidade artesanal à incúria e imundí-
cie (Emile Peynaud, s.d.),pelo que todas as
áreasde intervenção de Higiene, Segurançae
SaúdenoTrabalho não devem serdescuradas
em cada atividade desenvolvida.
EmPortugal, registou-se um grande número
de acidentes de trabalho (mortais e não mor-
tais) no ano de 2010, sendo o valor de 215
632 (duzentos e quinze mil, seiscentosetrinta
e dois) dos quais 208 (duzentos e oito) são
acidentes mortais. (Ministério da Solidarie-
dade e da Segurança Social - Gabinete de
Estratégia e Planeamento).
No grupo de profissõestrabalhadores qualifi-
cadosem agricultura, produção, caça,floresta
e pescas, o número de acidentes (mortais
e não mortais) é de 7005 (sete mil e cinco)
sendo que destes 28 (vinte e oito) são mor-
tais, 5694 (cinco mil, seiscentos e noventa e
quatro) homens e 1311 (mil, trezentos e onze)
mulheres. Destaca-se que, dos acidentes
mortais, 28 sãodo sexo masculino, conforme
INP (2010). Apesar de estes números ainda
serem elevados, têm diminuído ao longo
dos anos devido à melhoria das condições
de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho.
Já é sabido que o investimento em Higiene,
Segurança e Saúde no Trabalho traz benefí-
3 Instituto Nacional de Estatística
24 SEGURANÇA 216@setembr0/outubro2013
2. cios, uma vez que produz redução do custo
com acidentes e doenças, melhoria do traba-
lho e da produtividade, assimcomo melhoria
das competências laborais e qualidade de
serviço.
Foielaborada uma pesquisaem váriasadegas
do país e efetuado o contacto com diversos
enólogos e produtores no sentido de tentar
perceber quais as falhas existentes, em ter-
mos de Segurança e Higiene do Trabalho, na
área vitivinícola.
Após esta pesquisa, constatou-se que não só
eram praticamente inexistentes tanto o uso
de equipamentos de segurança individual e
coletiva, como o conhecimento de Higiene,
Segurançae Saúde noTrabalho, além de que
a forma de mitigar alguns riscos era ainda
incipiente.
Um documento desta natureza deve ser
encarado como um exercício transversal na
análise de pontos críticos, na perspetiva da
higiene e segurança no trabalho, reunindo
um conjunto de não conformidades comum-
mente existentes nasorganizações do setor
estudado. Por esta razão,o público-alvo que
se pretendeu atingir encerra em si pratica-
mente toda a cadeia hierárquica técnica e
diretiva. Pretendeu-se que este documento
servisseparafomentar a discussãoe o debate
interno dos pontos fortes efracos na área de
Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho de
cada organização.
J 'v
2. 1 Objetivo Geral
Executar um kit de informação e controlo de
riscos,assente num protótipo transportável
com documentos de apoio e respetivos EPl's
para o setor vitivinícola.
2. 1 Objetivos Específicos
Tendo como baseo objetivo geral, desenvol-
veram-se os seguintes objetivos específicos:
~ Avaliar o setor intervencionado;
~ Avaliar o risco;
~ Criar protótipo de intervenção.
I
Este trabalho envolveu um total de 82
(oitenta e duas) organizações do setor vitivi-
nícola, obtidas no âmbito do estudo da obra
"Saúde,Segurança e Higiene no Trabalho no
Setor Vltivlnlcola" de Hélder Silva.
Após revisão bibliográfica, este estudo assen-
tou em diversas fases, a saber:
Contacto com CIEG4(Centro de Investi-
gação em Economia e Gestão),no sen-
tido de contribuir e aprovar o objeto de
estudo para trabalho de final de curso;
Contacto com todos os dados levan-
tados aquando da análise e estudo
da obra "Saúde, Segurança e Higiene
no Trabalho no Setor Vitivinlcola" de
Hélder Silva;
Contactos com enólogos, produtores
e proprietários de adegas para reunir
informação e marcação de visitas aos
locais;
• Visitas a adegas e cooperativas e reu-
niões com responsáveis de Higiene,
Segurança e Saúde no Trabalho das
mesmas;
Análise do processo produtivo e seg-
mentação por áreas;
• Levantamento de
perigos e avaliação
de riscosexistentes;
Escolha da meto-
dologia para trata-
mento de dados;
Avaliação de riscos
através do Método
MARAT5
;
Escolha de EPI's6
e de documenta-
ção auxiliar, face aos perigos e riscos
encontrados;
Pesquisa de mercado de eventuais
parcerias;
• Contactos e reuniões com empresas
fornecedoras de EPI's,Seguradoras,
Designer;
• Escolha final de EPI'se encomenda;
• Escolha do formato do protótipo "KIT
VITIVINíCOLA"e seu fabrico.
ESTUDO
Saúde, Segurança e Higiene no
Trabalho no Setor Vitivinícola
Editora: PetricaEditores
Autor: HélderSilva
P.V.P.:15€
Preço pl Assinantes da revista "segurança": 12€
,
Das 82 (oitenta e duas) organizações estu-
dadas, verificou-se que 72% não tinham à
disposição dos seus trabalhadores os EPlos
adequados e 5% não possuíam qualquer
tipo de EPI's.
Este trabalho assentou, então, na criação,
após os devidos estudos, diversas análises e
ponderações, de um conjunto de elementos
que transversalmente alcançaram todas as
áreas do processo de fabricação do vinho e
que, ao mesmo tempo, permitam implemen-
tar neste setor um conceito real e prático de
Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho. A
solução encontrada assentou na criação de
um "KITVITIVINíCOLA': ou seja, uma caixa
fácil de usar e com um design apelativo que
"(•••) uma adega cheia de fungos,
bolores e teias de aranha está muito
enraizada no espírito de muitos,
que associam a qualidade arte-
sanal à incúria e imundície (•••)"
4 Centro de Investigação em Economia e Gestão
5 Método de Avaliação de Riscos de Acidentes de Trabalho
6 Equipamentos de Proteção Individual
contém todos os EPI'snecessários à área,
acompanhados de bulas e documentos auxi-
liares esclarecedores de eventuais dúvidas
no uso dessesEPI's,bem como asáreasonde
são pertinentes.
No decorrer de todo este estudo foram
encontrados alguns contratempos que foram
contornados através de soluções alternati-
vas, de modo a que este projeto obtivesse
a melhor apresentação e funcionalidade
possível. Assim, destacamos:
• Dada a situação económico-financeira
que o país atravessa, não obtivemos
de algumas empresas o feedback
esperado, pelo que fomos obrigados
SEGURANÇA216 '" setembr%utubro 2013 25
3. ESTUDO
.:J Tabela 1- Perigos e Riscos na Receção da UVA
a procurar no mercado empresas alternativas que oferecessem
produtos com a mesma qualidade;
• Quanto ao material do KITVITIVINíCOLA, a ideia inicial baseava-se
em madeira. Dado o futuro processo de produção em série deste
tipo de caixas, ponderou-se optar pela rotomoldagem uma vez que
este processo tem inúmeras vantagens ao nível de custo do mate-
rial, processo de fabrico, peso e conservação do KITVITIVINíCOLA;
• Numa primeira fase, surgiu a hipótese de gravação a quente
na madeira, mas concluiu-se que tal não era viável nem muito
prático a longo prazo, pelo que se optou por autocolantes
em vinil, laváveis e de longa durabilidade para evitar o
desgaste e o desaparecimento de todos os logótipos bem
como de informações importantes, relativamente ao con-
teúdo do mesmo;
• Na fase de pesquisa de fichas técnicas de segurança em subs-
tituição das bulas iniciais, deparou-se com a problemática da
inexistência dessas mesmas fichas em língua portuguesa, ou
mesmo no acompanhamento nos EPI's. Optou-se pela com-
plementaridade dos documentos apresentados.
Danificação da infraestrutura/equipamento
Corte
Atropelamento
Entalamento
Capotamento
Perda da acuidade auditiva
Eletrização
Eletrocussão
Acidente de viação
Atropelamento
Capotarnento
Máquinas em movimento
Dores de cabeça
Irritabilidade
Fadiga visual
Iluminação
1.0
Dores de cabeça
Desmaios
Irritabilidade
Fadiga
Ambiente térmico
Lesões musculoesqueléticas
Lesões esforço repetitivo (LER)
lesões osteomusculares
4.1 Pesquisa Bibliográfica
Sendo a base de um trabalho desta natureza, optou-se inicialmente
por uma pesquisa dentro do setor agrícola e mais especificamente
no setor vitivinícola, no sentido de perceber se haveria já no mercado
alguma solução deste género e que, de certo modo, colidisse com o
objetivo principal. Não tendo sido encontrada qualquer solução, o
estudo baseou-se em toda a documentação constante no capítulo
bibliografia dando-se assim início ao projeto com a classificação de
todos os documentos pesquisados.
Postura a desempenhar a tarefa
Timing da produção nos
processos de fabrico
Riscos Psicossociais
Stresse
Riscos Psicossociais
Stresse
Queda em altura
Ritmo de trabalho acelarado
em épocas de grande fluxo
l1J Tabela 11- Perigos e Riscos nos Tegões
4.2MARAT
Sendo este trabalho caracterizado por uma continuidade do pro-
jeto de final de curso da Licenciatura de Segurança e Higiene no
Trabalho, da ULHF e face às metodologias estudadas, optou-se
pela avaliação com base no MARAT (Método de Avaliação de Riscos
em Acidentes de Trabalho). Como primeira etapa, elaborou-se um
levantamento de todos os perigos e avaliação dos riscos existen-
tes no setor, optando-se de seguida pela divisão dos mesmos por
grandes grupos de tarefas.
O resultado final é apresentado sob a forma das seguintes tabelas:
Esmagamento
T b Ih . •. Amputação do membro superior/inferior
ra a os em equipamentos rnecarucos Corte
Entalamento
Dores de cabeça
Irritabilidade
Fadiga visual
Dores de cabeça
Fadiga
Irritabilidade
Desmaio
Iluminação
4.3 EPI'S
Após a análise através do MARAT, surgiu a problemática de identificar
e selecionar com rigor todo o equipamento de proteção individual
que melhor se adaptasse às áreas estudadas.
Colocou-se ainda a questão, neste ponto, da seleção do tipo de más-
cara e filtros face aos riscos existentes nas diversas áreas, pelo que
teve que se optar por dois tipos de máscaras diferentes. Ainda neste
segmento, o mesmo critério foi utilizado para a seleção das luvas.
Quanto ao capacete, numa fase inicial, optou-se por um EPI simples,
mas, como se constatou existência de trabalhos em altura (i. e. Cubas),
decidiu-se acrescentar a este EPI um acessório extra, denominado
francalete (amovível).
Ambiente térmico
1.1
Lesões musculoesqueléticas
Lesões esforço repetitivo (LER)
Lesões osteomusculares
Postura a desempenhar a tarefa
Riscos Psicossociais
Stresse
Queda em altura
Timing da produção nos
processos de fabrico
Riscos Psicossociais
Stresse
Queda em altura
Ritmo de trabalho acelarado
em épocas de grande fluxo
~ Ilustração' Protótipo
4.4 KITVITIVINíCOLA
Esta tarefa exigiu grande pesquisa em termos de dimensão e otlmi-
zação de espaços relativamente à colocação dos EPI's.
Colocou-se, durante esta pesquisa, a questão da dimensão geral da
caixa, uma vez que a prioridade máxima era obter um KITVITIVINí-
COLA leve, prático e de fácil funcionamento.
O design foi outra das questões amplamente discutidas, uma vez
que era importante tornar este KITapelativo, recorrendo a imagens
gráficas impressas em vinillavável e ao uso de ferragens exteriores
de modo a criar uma imagem mais atrativa.
7 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa
26 SEGURANÇA216 $ setembr%utubro 2013
4. ESTUDO
Iil Tabela 11I-Perigos e Riscos nas Cubas ia Tabela V- Perigos e Riscos no Engarrafamento
Trabalhos em altura Queda em altura Entalamento
Soterramento
Dores de cabeça
Queda de objetos
Iluminação Irritabilidade
Armazenamento inadequado Esmagamento
Fadiga visual
Fratura
Dores de cabeça Morte
Ambiente térmico
Desmaio Danificação da infraestrutura/equipamento
Irritabilidade
Atropelamento
Fadiga visual
Queda de objetos
Dores de cabeça
Máquinas em movimento
Choque entre máquinas
Exposição a produtos de fermentação Afeções das vias respiratórias Danificação da infraestrutura/equipamento
Intoxicação
Lesões musculoesqueléticas
Timing da produção nos Riscos Psicossociais Lesões esforço repetitivo (LER)
processos de fabrico Stresse Lesões osteomusculares
Movimentação manual de cargas
Entalamento
Ritmo de trabalho acelarado Riscos Psicossociais Esmagamento
1.2 1.4
em épocas de grande fluxo Stresse Corte
Irritabilidade Golpe
Afeções das vias respiratórias Fadiga
Queda em altura Dores de cabeça
Perda de sentidos devido à deficiência de oxigénio Desmaio
Infeções por agentes biológicos Ambiente térmico
IrritabilidadeTrabalhos em espaços confinados
Afogamento Fadiga
Eletrização ............ ..............•
Eletrocussão Dores de cabeça
Explosão Iluminação Irritabilidade
Morte Fadiga visual
Fadiga Timing da produção nos Riscos Psicossociais
Entalamento processos de fabrico Stresse
Transfegas Lesões musculoesqueléticas
Lesões esforço repetitivo (LER) Ritmo de trabalho acelarado Riscos Psicossociais
Lesões osteomusculares em épocas de grande fluxo Stresse
Iil Tabela IV- Perigos e Riscos no Engarrafamento ia Tabela VI- Perigos e Riscos no Armazenamento de Substâncias Perigosas
Danificação da estrutura/equipamento
Corte
Máquinas em movimento
Entalamento
Perda da acuidade auditiva
Eletrização
Eletrocussão
Corte
Golpe
Manuseamento de material cortante
Lesões esforço repetitivo (LER)
Lesões musculoesqueléticas
Lesões osteomusculares
Lesões musculoesqueléticas
Corte
Golpe
Movimentação manual de cargas
Entalamento
Esmagamento
Lesões osteomusculares
1.3 Lesões esforço repetitivo (LER)
Dores de cabeça
Ambiente térmico
Desmaio
Irritabilidade
Lesões musculoesqueléticas
Lesões esforço repetitivo (LER)
Transfegas Lesões osteomusculares
Entalamento
Dores de cabeça
Iluminação Irritabilidade
Fadiga visual
Timing da produção nos Riscos Psicossociais
Stresse
Ritmo de trabalho acelarado Riscos Psicossociais
em épocas de grande fluxo Stresse
1.5
Armazenamento de
substâncias perigosas
Irritabilidade
Dermatose
Afeções das vias respiratórias
Intoxicação
Queimadura química
Explosão
Queda ao mesmo nível
Envenenamento
Quanto ao interior do KIT VITIVINíCOLA, existiu também uma
preocupação com a disposição dos EPI's,a visibilidade dos mes-
mos e também com a disposição das bulas, livro e documento
de prevenção.
4.5 Bulas e Documento de Prevenção
Pretendeu-se complementar este trabalho, e mais propriamente o
uso dos EPI's,com documentação que auxiliasse de uma forma útil,
pratica e acessível a todos os trabalhadores.
De início, equacionou-se a hipótese de elaborar um documento
complementar, criado de raiz que contemplasse todo esseconceito
de utilização; no entanto, de modo a não descaracterizar a documen-
tação dos fornecedores, recorreu-se às bulas originais.
5. c nc sões
Cumprido o objetivo geral deste trabalho, destacamos,ainda, embora
com muita dificuldade imposta pelo mercado, o cumprimento da
totalidade dos objetivos específicos apontados inicialmente do
qual destacamos, naturalmente, não só o desenvolvimento técnico
do conceito, mas também a realização prática do mesmo, pelo
que este trabalho é acompanhado do protótipo e de todos os seus
componentes (documentação e EPI's).
SEGURANÇII216 "l setembro/eutubre 2013 27
5. De notar ainda que, apesar da complexidade
e dimensão do trabalho efetuado, conseguiu-
-se provar que:
Existem ainda diversas áreas de tra-
balho que carecem de uma cultura de
higiene, segurança e saúde no traba-
lho, em Portugal, pelo que o caminho
é efetivamente longo;
Apesar de existirem essas lacunas, não
é de todo impossível solucionar essas
problemáticas, fazendo-o, por vezes,
de forma simples e prática;
A problemática da seleção dos EPI's,
neste setor, tem um caráter muito par-
ticular, devido aos riscos específicos de
cada área. Apesar de a tendência para
a sua "normalização" ser possível e de
existirem riscos praticamente iguais
face às diversas áreas, deverá ter-se
sempre em conta as alterações pon-
tuais, bem como a adaptabilidade a
cada trabalhador. ""
'CarLa Mendes e' Krasnevsk'yy, Dmytro
Universidade lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa,
'Silva, Hélder
Universidade Lusófona - Centro de Investigação em
Economia e Gestão, Campo Grande / Lisboa
d Oliveira, Miguel e' Dantas, Nuno
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa
BIBLIOGRAFIA