Este livro é dedicado a todas as mulheres que, em qualquer parte do mundo e do tempo, insistiram em fazer perguntas e em duvidar das respostas. Um livro preparado com muito cuidado por duas profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que pesquisaram biografias e trajetórias de mulheres que vêm fazendo Ciência na área da saúde pública. O trabalho de Juliana Krapp e Mel Bonfim tem uma ligação profunda com a história recente da Fiocruz. Gostaríamos que fosse diferente. Mas faz pouco tempo que a instituição começou a dedicar atenção ao tema da Equidade de Gênero na Ciência. Em seus 120 anos de ricas histórias sobre a saúde pública, temos muitas figuras proeminentes que se destacaram e se consagraram como grandes nomes da ciência brasileira e internacional, todos os homens. E as mulheres? E a ciência no feminino? Quem foram as pioneiras? E quantas mulheres têm hoje na linha de frente no enfrentamento da pandemia de covid-19? A noção de linha do tempo que percorre as páginas deste livro nos traz à lembrança nomes como Bertha Lutz, cientista e ativista das primeiras lutas políticas travadas no nosso país em defesa dos direitos das mulheres, e Maria José Von Paumgartten Deane, a primeira mulher cientista a assinar um artigo na prestigiosa revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, criada pelo próprio Oswaldo Cruz e seus colegas, em 1909. E, como no fio de memória, o projeto Mais meninas na Fiocruz recebe e renova com esta publicação o seu compromisso com as gerações de jovens estudantes que estão chegando com muita garra para conquistarem os seus sonhos. As cientistas que nos inspiraram e nos inspiram nos dias de hoje são muitas. Vamos conhecê-las e sonhar alto com elas! Pela Equidade de Gênero nas Ciências! Linda iniciativa! Parabéns! Prof. Marcus Renato de Carvalho