2. O divórcio
1 Quando acabou de dizer essas coisas, Jesus saiu da Galileia e foi para
a região da Judeia, no outro lado do Jordão.
2 Grandes multidões o seguiam, e ele as curou ali.
3 Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe:
"É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por
qualquer motivo?"
4 Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez
homem e mulher’
3. 5 e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e os dois se tornarão uma só carne'?
6 Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.
Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe".
7 Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão
de divórcio à mulher e mandá-la embora?"
8 Jesus respondeu: "Moisés permitiu que vocês se divorciassem de
suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi
assim desde o princípio.
4. 9 Eu digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade
sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério".
10 Os discípulos lhe disseram:
"Se esta é a situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar".
11 Jesus respondeu:
"Nem todos têm condições de aceitar esta palavra;
somente aqueles a quem isso é dado.
12 Alguns são eunucos porque nasceram assim; outros foram feitos assim pelos
homens; outros ainda se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem
puder aceitar isso, aceite".
5. O que é eunuco na Bíblia?
Na Bíblia eunuco é normalmente um homem que foi castrado. Eunuco
também pode se referir às vezes a um homem com deformação genital
ou a um homem que pratica celibato.
Nos tempos da Bíblia em alguns países, certos homens eram castrados.
Normalmente esses homens eram escravos que trabalhavam para o rei. Um
eunuco podia mais facilmente ganhar a confiança do rei, porque o rei sabia que
ele não iria seduzir sua rainha. Por isso, muitos eunucos estavam ao serviço da
rainha e do harém.
6. A palavra divina não se refere apenas aos
casos do coração. Os laços afetivos
caracterizam-se por alicerces sagrados e
os compromissos conjugais ou domésticos
sempre atendem a superiores desígnios...
7. O homem não ludibriará os impositivos da lei,
abusando de facilidades materiais para lisonjear os sentidos.
Quebrando a ordem que lhe rege os caminhos,
desorganizará a própria existência.
Os princípios equilibrantes da vida surgirão sempre,
corrigindo e restaurando...
8. A advertência de Jesus, porém, apresenta
para nós significação mais vasta.
9. “Não separeis o que Deus ajuntou”
corresponde também ao
“não perturbeis o que Deus harmonizou”.
10. Ninguém alegue desconhecimento do propósito divino,
O dever, por mais duro,
constitui sempre a Vontade do Senhor.
E a consciência, sentinela vigilante do Eterno, a
menos que esteja o homem dormindo
no nível do bruto, permanece apta a
discernir o que constitui “obrigação” e o
que representa “fuga”.
11. O Pai criou seres e reuniu-os.
Criou igualmente situações e coisas,
ajustando-as para o bem comum.
12. Quem desarmoniza as obras divinas,
prepare-se para a recomposição.
Quem lesa o Pai, algema o próprio
“eu” aos resultados de sua ação infeliz e,
por vezes, gasta séculos, desatando grilhões...
13. Na atualidade terrestre, esmagadora
percentagem dos homens constitui-se de
milhões em serviço reparador,
depois de haverem separado o que Deus ajuntou,
perturbando, com o mal, o que a
Providência estabelecera para o bem.
14. Prestigiemos as organizações do Justo Juiz
que a noção do dever identifica para nós
em todos os quadros do mundo.
Ás vezes, é possível perturbar-lhe as obras com
sorrisos, mas seremos invariavelmente
forçados a repará-las com suor e lágrimas.