O documento discute o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos e de saúde no Brasil. Ele explica como esses resíduos são classificados e o processo completo de manejo, incluindo segregação, armazenamento, transporte, tratamento e destinação final. Além disso, fornece detalhes sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a importância da redução, reutilização e reciclagem.
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Resíduos sólidos urbanos e de saúde e o gerenciamento dos resíduos e serviços de saúde
1. Resíduos Sólidos Urbanos e de
Saúde e o Gerenciamento dos
Resíduos e Serviços de Saúde
AEB de Belo Jardim
2° Período de Enfermagem
Maria Clara Melo das Neves
Adriano Bezerra de Castro
Amanda Mikaele Alves Rodrigues
Letycia Vitorya Calado Oliveira
2. Meio Ambiente
• Segundo o IBGE (2005) é
definido o meio ambiente
como sendo um conjunto dos
agentes físicos, químicos,
biológicos e dos fatores
sociais susceptíveis de
exercerem um efeito direto
ou mesmo indireto, imediato
ou a longo prazo, sobre todos
os seres vivos, inclusive o
homem.
3. Resíduos Sólidos
• De acordo com a FUNASA
(2006) resíduos sólidos são
materiais heterogêneos
(inertes, minerais e
orgânicos) resultantes das
atividades humanas e da
natureza, os quais podem ser
parcialmente utilizados,
gerando entre outros
aspectos, proteção à saúde
pública e a economia de
recursos naturais.
4. Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto a
Sua Origem
• É importante considerar que os resíduos gerados por nós são
apenas uma pequena parte do total de resíduos gerados todos
os dias por uma comunidade, constituído também por
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola e de varrição.
5. Classificação dos Resíduos Sólidos Quanto
aos Potenciais de Riscos ao Meio Ambiente
e à Saúde Pública
• A NBR 10.004 (ABNT, 2004) classifica os resíduos sólidos
quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde
pública, em duas classes distintas: classe I (perigosos), classe II
(não perigosos). A classe II é subdividida em classe II A (não
inertes) e classe II B (inertes).
6. Produção de Resíduos Sólidos Urbanos no
Brasil
• Em 2022, foram geradas 81 milhões de toneladas de Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU) no Brasil. Os dados fazem parte do
Panorama dos Resíduos Sólidos, da Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)
7. Qual é a Diferença entre Lixo e Resíduos
Sólidos?
• Os resíduos possuem um valor econômico para a sociedade
devido à possibilidade de reaproveitamento e reciclagem.
• Por outro lado, os rejeitos não têm essa opção, diferenciando-
os de resíduos.
8. Como é Feito o Descarte de Resíduos Sólidos
Urbanos?
• O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) é um
conjunto de procedimentos ambientalmente corretos que
contempla a geração, acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos resíduos sólidos.
9. Acondicionamento
• Trata-se da etapa de preparação
dos resíduos sólidos para a
coleta adequada, de acordo com
o tipo e a quantidade gerada.
• Os resíduos são acondicionados
em recipientes próprios e
mantidos até sua coleta e
transporte.
10. Coleta
• Para evitar que os resíduos fiquem
expostos por muito tempo,
emitindo odores e atraindo vetores
de doenças, essa etapa deve ser
realizada com frequência.
• A coleta desses resíduos é feita por
meio de caminhões e é de
responsabilidade das prefeituras
municipais.
11. Transporte
• Esse passo corresponde ao transporte dos resíduos coletados
às etapas de tratamento e destinação final pretendidas.
12. Tratamento
• Essa etapa tem como objetivo reduzir a quantidade e o
potencial poluidor dos resíduos sólidos, impedindo seu
descarte inadequado.
• A reciclagem e a compostagem são as melhores alternativas
para o tratamento de alguns tipos de resíduos sólidos.
13. Reciclagem e Compostagem
• Reciclagem é o processo em que há a transformação do
resíduo sólido que não seria aproveitado, com mudanças em
seus estados físico, físico-químico ou biológico.
• Dessa forma, atribui-se características ao resíduo para que ele
se torne novamente matéria-prima ou produto, segundo a
PNRS.
• A reciclagem é facilitada pelo acondicionamento correto dos
resíduos, por meio da realização da coleta seletiva.
14. • A compostagem é o
processo biológico de
valorização da matéria
orgânica, seja ela de
origem urbana,
doméstica, industrial,
agrícola ou florestal.
• Dessa maneira, ela pode
ser considerada como um
tipo de reciclagem do lixo
orgânico.
15. Destinação Final
• A última etapa do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos refere-se à destinação final dos resíduos.
• Essa fase configura-se como um grande desafio para as
cidades.
16. Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS)
• Prevê reduzir a geração de resíduos por meio da mudança nos
hábitos de consumo e do aumento da reciclagem e reutilização
dos resíduos sólidos.
• A política também possui o objetivo de priorizar a destinação
ambientalmente mais adequada dos rejeitos.
• Além disso, a PNRS determina ações como a eliminação dos
lixões e a substituição por aterros sanitários.
17. Como Diminuir esses Resíduos?
• Para minimizar os impactos causados pelos resíduos
produzidos, é necessário envolver os cidadãos por meio de
programas educativos que enfatizem os bons hábitos e a
preservação do meio ambiente.
• Todos nós produzimos lixo, logo fazemos parte desse
problema, mas podemos também fazer parte da solução,
utilizando os 3 R’s
• Reduzir, Reutilizar e Reciclar
18. Resíduos de Saúde
• Os resíduos de serviços de saúde (RSS) são parte importante do
total de resíduos sólidos urbanos, não necessariamente pela
quantidade gerada, mas pelo potencial de risco que representam à
saúde e ao meio ambiente.
• Esses resíduos se destacam pois demandam uma atenção especial
em todas as suas fases de manejo (segregação,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte,
tratamento e disposição final), em decorrência dos imediatos e
graves riscos que podem oferecer, por apresentarem
componentes químicos, biológicos e radioativos.
19. Classificação dos Resíduos de Saúde
• O benefício da correta classificação dos RSS está em
possibilitar a correta manipulação, por parte dos geradores,
sem oferecer riscos aos trabalhadores, à saúde coletiva e ao
meio ambiente riscos que podem acarretar ao meio ambiente
e à saúde.
• De acordo com a RDC ANVISA nº 306/04 e a Resolução
CONAMA nº 358/05, os RSS são classificados em cinco grupos:
A, B, C, D e E.
20. Grupo A
• Resíduos Infectantes com possível presença de agentes
biológicos (vírus, bactérias, fungos) que podem apresentar
risco de infecção.
• Exemplos: algodão, gaze, espátula, absorvente e cotonete
contaminados com materiais biológicos, entre outros.
21. Grupo B
• Resíduos Químicos contendo substâncias químicas que podem
apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente, dependendo de
suas características quanto a inflamabilidade, corrosividade e
toxicidade, contendo substâncias químicas que podem
apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente.
22. Grupo C
• Resíduos Radioativos contaminados com radionuclídeos,
provenientes de laboratório de análises clínicas, serviços de
medicina nuclear e radioterapia.
23. Grupo D
• Resíduos Comuns que não apresentam risco biológico, químico
ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente.
• Suas características são similares às dos resíduos domiciliares.
• Podem ser subdivididos em recicláveis e não recicláveis
24. Grupo E
• Resíduos Perfurocortantes, ou seja, materiais
perfurocortantes ou escarificantes, tais como agulhas e
lâminas de vidro, contaminados ou não.
25. Etapas do Manejo dos Resíduos de Serviço
de Saúde
• O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de
ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados.
• Deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento, indo
desde a geração até a disposição final, respeitando as
diretrizes do PGRSS.
28. Transporte dos RSS
• Esta etapa consiste no transporte dos resíduos dos pontos de
geração até local destinado ao armazenamento temporário ou
armazenamento externo com a finalidade de apresentação
para a coleta.
• O transporte de resíduos deve ser realizado atendendo roteiro
previamente definido e em horários não coincidentes com a
distribuição de roupas, alimentos e medicamentos, períodos
de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de atividades.
• Dessa forma, deve ser feito separadamente de acordo com o
grupo de resíduos e em recipientes específicos a cada grupo de
resíduos.
29. Armazenamento Temporário dos RSS
• Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os
resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de
geração, visando agilizar a coleta dentro do estabelecimento e
otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa.
30. Tratamento dos RSS
• O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos
resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou
químicos, realizado em condições de segurança e eficácia
comprovada, no local de geração, a fim de modificar as
características químicas, físicas ou biológicas dos resíduos e
promover a redução, a eliminação ou a neutralização dos
agentes nocivos à saúde humana, animal e ao ambiente.
31. Armazenamento Externo dos RSS
• Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização
da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso
facilitado para os veículos coletores.
• Neste local não é permitido a manutenção dos sacos de
resíduos fora dos recipientes ali estacionados e nem a entrada
de pessoas não autorizadas.
32. Coleta e Transporte Externo dos RSS
• Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos
(armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e do meio
ambiente, devendo estar de acordo com as orientações dos
órgãos de limpeza urbana.
33. Disposição Final dos RSS
• Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente
preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de
construção e operação, e com licenciamento ambiental de
acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997.
35. Referências
• Resíduos do Serviço de Saúde - Ambientec. Disponível em:
<https://ambientec.com/residuos-do-servico-de-saude/>.
• O que são Resíduos Sólidos Urbanos? - eCycle. Disponível em:
<https://www.ecycle.com.br/residuos-solidos/>.
• Resíduos de Saúde: Tudo sobre o PGRSS. Disponível em:
<https://www.projetasustentavel.com/residuos-de-saude-tudo-
sobre-o-pgrss>.
36. Referências
• Aula residuos de serviços da saúde. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/santhdalcin/aula-residuos-de-servios-da-
sade>. Acesso em: 15 maio. 2023.
• Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. Disponível em:
<https://abrelpe.org.br/download-panorama-2022/>. Acesso em 18
de maio de 2023.
• BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Funasa. Brasília, 2013.
• Disponível em: <http://www.funasa.gov.br>. Acesso em: 14 maio.
2023.