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Revisão de Literatura
Meios de retenção e estabilidade em prótese total: Revisão
de literatura
Christopher Henrique da Silva Aguiar¹, Arthur Silva da Silveira².
Resumo
Entre os principais fatores que determinam a qualidade da prótese total, a retenção e a
estabilidade são os elementos básicos que viabiliza sua funcionalidade. Na confecção de uma
prótese os cirurgiões-dentistas buscam alcançar qualidade na técnica aplicada e principalmente
aprimorar os fatores físicos e biológicos contidos na estabilidade e retenção da prótese. Este
trabalho teve por objetivo revisar a literatura baseado em evidencias e elucidar os meios de
retenção da prótese total. Portanto, o cirurgião-dentista deve realizar de forma criteriosa a
confecção de uma prótese, tendo conhecimento clinico e pratico sobre cada técnica,
observando a retenção, estabilidade, suporte e a oclusão, devolvendo as funções de
mastigação, estética e fonética, além de ser confortável e funcional, preenchendo todas as
expectativas do paciente.
Palavras-chave: prótese total, retenção, estabilidade, moldagem, dimensão vertical de oclusão,
plano oclusal.
1Acadêmico do Curso de Odontologia-
Uniceplac.
²Especialista em prótese dentária, implante e
periodontia, mestre em prótese dentária.
Submetido: Aceito:
Como citar este artigo: Aguiar CHS. Arthur Meios de retenção e
estabilidade em prótese total: Revisão de literatura. ROdontolPlanal
Cent. 2018.
-Os autores declaram não terem interesses associativos,
comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem
conflito de interesse, nos produtos e companhias citados nesse
artigo.
Autor para Correspondência: Christopher Henrique da Silva
Aguiar.
Endereço: Qr 111 conjunto 02 casa 14, Samambaia Sul-DF.
CEP: 72301402
Telefone: (61) 992331773
E-mail: chriistopher_ch@hotmail.com
Categoria: Revisão de literatura
Área: Prótese Total.
Introdução
Em uma confecção de prótese total
fica claro que o objetivo é o conforto do
paciente, restauram a mastigação, estética
e fonética. Algumas vezes uma reabsorção
óssea muito significante pode comprometer
a tão esperada retenção que acaba se
tornando um desafio para o odontólogo ¹,2.
Para uma boa retenção em prótese
total, temos que avaliar alguns padrões que
consiste em uma prótese mucossuportada,
que normalmente gera dúvidas nos
cirurgiões-dentistas, seja ela no momento da
moldagem, no ajuste da dimensão vertical ou
no padrão de oclusão. Para o paciente que
perde todos os elementos dentários, o modo
de falar, de mastigar e de deglutir pode
interferir no meio social. Por isso uma
prótese total dever devolver o perfil de cada
paciente como as linhas do rosto, o suporte
dos lábios, a sua harmonia facial e sua
funcionalidade. A DVO (Dimensão vertical da
oclusão) tem sido relatada na literatura
como a medida entre dois pontos fixos, um
ponto que se localiza no terço médio da face
enquanto o outro no terço inferior, quando
há máxima intercuspidação habitual3.
Algumas vezes o odontólogo pode ser um
pouco resistente na aplicação de um tipo de
técnica ou normas em meios de retenção.
Por isso é importante enfatizar algumas
técnicas a fim de conseguir a melhor e fiel
ROdontolPlanalCent.2018
retenção em próteses totais
mucossuportadas. Uma das técnicas que
pode influenciar diretamente no sucesso da
retenção é o tipo de moldagem, que é
definido como a reprodução em negativo
dos detalhes anatômicos e o contorno da
área chapeável, onde devemos copiar
fielmente os tecidos bucais, garantindo a
retenção, a estabilidade e o suporte da
prótese para o paciente desdentado total4.
A estabilidade de uma prótese nem
sempre é influenciada pela sua retenção,
que pode ser adquirida em uma plena
cobertura da área chapeável, isso significa
que mesmo tendo uma boa retenção, se
não houver uma atenção na dispersão das
forças sobre a prótese isso pode levar ao
seu desequilíbrio comprometendo assim a
sua retenção5. Considerando as
complexidades de adaptação de uma
prótese total, existem fatores que estão
associados com a satisfação e adaptação do
paciente. Identificar esses fatores é muito
importante aos cirurgiões-dentistas na
reabilitação5,6.
Este trabalho teve por objetivo
revisar a literatura baseado em evidencias e
elucidar os meios de retenção da prótese
total.
Revisão da Literatura
O paciente desdentado total procura
restabelecer as funções básicas como falar,
mastigar e deglutir que devem ser
devolvidas com o uso da prótese total de
acordo com a harmonia facial de cada
indivíduo. Com isso a prótese total deve ter
como princípio uma boa retenção e
estabilidade, para obter sucesso3.
Fatores que interferem na retenção
Um dos fatores que interferem na
retenção, é a reabsorção óssea, que está
relacionada à deformidade da mucosa
mastigatória e à perda de rebordo alveolar,
que normalmente ocorre devido à ausência
de elementos dentários que acaba gerando
a perda da dimensão vertical da oclusão,
que apresenta alterações na face do
indivíduo, diminuição da função
mastigatória, e mudança na fonética3,6-8,.
A resiliência da mucosa, formas dos
rebordos residuais, tamanho e a forma dos
maxilares também podem comprometer a
retenção e a estabilidade da prótese total. A
resiliência da mucosa pode ser classificada
em resiliente ou flácida e pouco resilente ou
dura1,2. (Figura 1)
Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica
de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004.
Quanto à forma do rebordo podemos
cita, como arredondado, triangular e
estrangulado1,2. (Figura 2)
Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica
de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004.
Em relação ao tamanho dos maxilares
temos três classificações, que são grande,
médio e pequeno. A forma dos maxilares é
classificada com quadrada, triangular e
oval1,2. (Figuras 3 e 4)
Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica
de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004.
ROdontolPlanalCent.2018
O tipo de material utilizado, a falta
de conhecimento técnico e domínio do
odontólogo pela técnica de moldagem,
também são fatores de insucesso da
prótese total. As moldeiras de estoque
usadas para a moldagem anatômica podem
ser perfuradas ou não, dependendo do
material a ser utilizado. Para tal são usadas
moldeiras perfuradas com materiais
hidrocolóides irreversíveis e as não
perfuradas com godivas de alta fusão. Na
moldagem funcional o material utilizado
deve ser confortável tanto para o paciente
quanto para o profissional, sendo os mais
usados o hidrocolóide irreversível, a pasta
de óxido de zinco e eugenol e o elastômero
de consistência leve. Um dos pontos mais
relevantes da moldagem é a total
reprodução da área chapeável, que pode
determinar o sucesso da prótese total4,5,9.
Requisitos para obter retenção e
estabilidade
A retenção e a estabilidade são
elementos básicos de biomecânica que
representam a qualidade funcional e sua
efetividade da prótese total. A retenção é
obtida através da cópia da área chapeável
por técnicas de moldagem bem realizadas,
que podem ser divididas em dois tipos:
anatômica e funcional, na moldagem
anatômica obtêm a cópia da área basal,
analisar as inserções musculares, determina
se é necessário ou não cirurgias pré-
protéticas e assim adquirir o modelo de
estudo para a confecção da moldeira
individual. A área chapeável obtida nos
modelos de gesso pode ser dividida em zona
principal, secundaria, periférico e zona de
alivio4,10. (Figuras 5 e 6)
Reis, J.M.S.N., Perez, L.E.C., Nogueira, S.S., Filho, J.N.A., Júnior,
F.A.M. Moldagem em prótese total – uma revisão da literatura.
RFO, v. 12, n. 1, p. 70-74, janeiro/abril 2007.
Todas as zonas citadas são
determinadas como áreas de estabilidades,
pois as forças não prevalecem sobre elas4,10.
Para a realização da moldagem
funcional, a moldeira individual é
confeccionada em resina acrílica
quimicamente ativada sobre o modelo de
estudo, deve possuir adequada extensão,
cobrindo toda a área chapeável e aliviada nas
regiões do selado periférico, de fácil
modificação, compatível com o material de
moldagem, rígida e confortável. Devem ser
realizados movimentos funcionais realizado
pelo próprio paciente e manipulações
funcionais realizado pelo o odontólogo
durante o ato da moldagem3,5,9.
Outro requisito indispensável na
confecção da prótese total é a dimensão
vertical e o plano oclusal, que são
importantes para conseguir devolver todas
as funções perdidas para o paciente. A
dimensão vertical da oclusão pode ser
definida entre dois pontos, o primeiro ponto
se localiza no terço médio da face enquanto
o outro no terço inferior. Já a correta posição
do plano oclusal favorece a função dos
músculos da língua e da bochecha, assim
dando a estabilidade necessária para a
prótese3,7,8,11.
Discussão
Estudos têm sido utilizados como
base para a prática de moldagem em prótese
total. Alguns descreveram a tríade dos “Ms”
(moldeira, material de impressão e método
de moldagem) para o sucesso nas moldagens
em prótese total, garantindo a retenção e
estabilidade. Autores concordam que o
material de moldagem mais usado pelos
profissionais são os hidrocolóides, por sua
ROdontolPlanalCent.2018
boa aceitação, fácil manipulação e limpeza,
por ter baixo custo e por seu caráter
hidrofílico, porém sua desvantagem é que
deve ser vazado imediatamente, em virtude
da distorção por embebição e sinérise, além
de não possibilitarem adequada moldagem
de borda e reproduz poucos detalhes. Já a
godiva apresenta possibilidade de
repetições e de obter boa moldagem coma
maior detalhes. Porém, não são indicadas
para todos os tipos de rebordo, além de
precisarem de materiais especiais para seu
manuseio. O tipo de material utilizado e a
técnica usada pelo profissional contribuem
para o sucesso da prótese. Um dos
problemas mais prevalentes na prótese
total é a instabilidade4,9,12.
Autores concordam que dentre
todos os passos técnicos da confecção da
prótese a conquista da estabilidade é o mais
importante, a seleção dos dentes artificiais
e os ajustes oclusais são essenciais para se
conseguir sucesso na reabilitação. A
negligencia do profissional na hora da
entrega da prótese como a não checagem
do ajuste oclusal, se há ponto prematuro ou
deslizante, pode interferir na estabilidade e
na retenção das próteses, diminuindo a
eficiência da prótese2,5,12.
Estudos relatam que uma boa
retenção faz com que a prótese resista às
forças da mastigação, dando conforto ao
paciente, devido a princípios físicos como:
adesão, coesão, tensão superficial e pressão
atmosférica. Estudos definem que a
estabilidade da prótese esta relacionada às
forças horizontais e rotacionais, já a
retenção relacionada às forças verticais10.
Pesquisas têm mostrado que o
odontólogo precisa de uma atenção na
determinação da dimensão vertical de
oclusão, pois ela influência no resultado
final da retenção e estabilidade. A alteração
da DVO pode comprometer a função
estética, mastigatória, fonética e a
adaptação das articulações
temporomandibulares. O aumento da DVO
leva a invasão do espaço interoclusal, que
possibilita o contato prematuro durante a
fala e na posição de repouso. A diminuição
da DVO gera rotações da mandíbula e
redução na altura inferior da face, resultando
na apneia obstrutiva do sono. Os métodos
mais utilizados para se determinar a DVO são
o métrico, fisiológico, estético, fonético e de
deglutição. Mesmo com várias opções de
técnicas e métodos para a obtenção da
dimensão vertical, ainda nenhum é
cientificamente exato. Sendo indicada a
realização de novas pesquisas3,6-8,14.
Segundo alguns estudos o plano
oclusal e a dimensão vertical são importantes
para se devolver as funções perdidas do
paciente edêntulo. O plano oclusal é um
método de orientação para a montagem dos
dentes artificiais, que precisa estar em uma
zona de equilíbrio muscular, devolvendo a
DVO. Uma orientação incorreta pode resultar
na desestabilização da prótese no final do
tratamento. Estudos introduziram uma nova
técnica para determina o plano oclusal,
permitindo a criação de uma referência,
sendo essa a zona neutra, para o registro do
plano oclusal em harmonia com a atividade
muscular do paciente, gerando melhor
conforto e estabilidade da prótese7,11,13.
Estudos mostram que alguns fatores
podem interferir na retenção e estabilidade
da prótese total, como o tipo de
fibromucosa, a forma e tamanho dos
maxilares e a forma do rebordo residual.
Uma mucosa muito resilente ou flácida, traz
a maior desvantagem de desestabilizar a
prótese durante a mastigação devido à
grande deformação. Já uma mucosa pouco
resilente ou dura torna-se bastante sensível
por não dispersar a ação das forças, gerando
desconforto ao paciente. A resiliência media
da mucosa seria a ideal. Quanto à forma do
rebordo, o arredondado apresenta o melhor
prognostico. Em relação ao tamanho e a
forma dos maxilares, quanto maiores mais
favoráveis eles são para a estabilidade da
prótese. O sucesso no auxílio de um paciente
desdentado depende do desenvolvimento de
objetivos comuns com o odontólogo, que
deve empregar técnicas e matérias de
qualidade visando o melhor prognóstico ao
paciente1,15.
ROdontolPlanalCent.2018
Conclusão
Após esta revisão fica exposto que a
confecção de uma prótese total deve ser
realizada de maneira criteriosa pelo
cirurgião dentista, ter conhecimento clínico
e prático sobre cada passo técnico, observar
a sua retenção, sua estabilidade e seu
suporte, assim como a oclusão, para
devolver as funções de mastigação, estética
e fonética, além de serem devidamente
confortáveis, preenchendo todas as
expectativas do paciente. (Figura 7)
Filho, H.G. Requisitos funcionais e físicos em prótese totais.
Revista Odontológica de Araçatuba, v.26. n.1, p. 36-43,
Janeiro/Junho, 2005.
ROdontolPlanalCent.2018
Means of retention and stability in total prosthesis: literature
review.
Abstract
Among the main factors that determine the quality of the total prosthesis, retention
and stability are the basic elements that enable its functionality. In the manufacture of a
prosthesis, dentists seek to achieve quality in the applied technique and mainly to improve the
physical and biological factors contained in the stability and retention of the prosthesis. The
objective of this study was to review the literature based on evidence and elucidate the means
of retention of the total prosthesis. Therefore, the dental surgeon must carefully perform the
preparation of a prosthesis, having clinical and practical knowledge about each technique,
observing the retention, stability, support and occlusion, returning the functions of
mastication, esthetics and phonetics, besides being comfortable and functional, fulfilling all the
expectations of the patient.
Descriptors: Total prosthesis, retention, stability, molding, vertical dimension of occlusion,
occlusal plane.
Referências
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2004.
2. Melo, D.V., Motta, E.F. Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na retenção e
estabilidade. Interbio v.8 n.2, Jul-Dez, 2014 - ISSN 1981-3775.
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oclusão em prótese toral: revisão de literatura e relato de caso clínico. DOI: 10.18256/2238-
510X/j.oralinvestigations.v5n1p50-60.
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literatura. RFO, v. 12, n. 1, p. 70-74, janeiro/abril 2007.
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Relato de caso clínico. RGO, Porto Alegre, v. 54, n.4, p. 374-378, out./dez. 2006
6. Ayres, A., Teixeira, A.R., Martins, M.D., Gonçalvez, A.K., Olchik, M.R. Análise das funções do sistema estomatognático em
idosos usuários de prótese dentária. R bras ci Saúde 20(2):99-106, 2016.
7. Feltrin, P.P., Philippi, A.G., Junior, J.M., Astolf, J.A. Dimensões verticais, uma abordagem clínica: revisão de literatura.
Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2008 set-dez; 20(3): 274-9.
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2012; 57: 2–10.
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Revista Ibero-americana de Prótese Clínica & Laboratorial 2003; 5(28):467-74.
10. Filho, H.G. Requisitos funcionais e físicos em prótese totais. Revista Odontológica de Araçatuba, v.26. n.1, p. 36-43,
Janeiro/Junho, 2005.
11. Breda, R.A., Sicoli, E.A., Mendonça, M.J., Pezzini, R.P. Prótese total pela técnica da zona neutra. RGO, Porto Alegre, v. 54,
n.3, p. 274-279, jul./set. 2006.
12. Barbosa, D.B., Barão, V.A.R., Assunção, W.G., Filho, H.G., Goiato, M.C. Instalação de prótese total: uma revisão. Revista
de Odontologia da UNESP. 2006; 35(1): 53-60.
13. Frota, P.L., Bastos, P.L., Figueiredo, V.M.G. Padrão de oclusão em prótese total. Revista Bahiana de Odontologia. 2016
Mar;7(1):58-62.
14. Felício, C.M., Cunha, C.C. Relações entre condições miofuncionais orais e adaptações de próteses totais. PCL - Revista
Ibero-americana de Prótese Clínica e Laboratorial 2005; 7(36):195-202.
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Global Journals Inc. (US)

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  • 1. ROdontolPlanalCent.2018 Revisão de Literatura Meios de retenção e estabilidade em prótese total: Revisão de literatura Christopher Henrique da Silva Aguiar¹, Arthur Silva da Silveira². Resumo Entre os principais fatores que determinam a qualidade da prótese total, a retenção e a estabilidade são os elementos básicos que viabiliza sua funcionalidade. Na confecção de uma prótese os cirurgiões-dentistas buscam alcançar qualidade na técnica aplicada e principalmente aprimorar os fatores físicos e biológicos contidos na estabilidade e retenção da prótese. Este trabalho teve por objetivo revisar a literatura baseado em evidencias e elucidar os meios de retenção da prótese total. Portanto, o cirurgião-dentista deve realizar de forma criteriosa a confecção de uma prótese, tendo conhecimento clinico e pratico sobre cada técnica, observando a retenção, estabilidade, suporte e a oclusão, devolvendo as funções de mastigação, estética e fonética, além de ser confortável e funcional, preenchendo todas as expectativas do paciente. Palavras-chave: prótese total, retenção, estabilidade, moldagem, dimensão vertical de oclusão, plano oclusal. 1Acadêmico do Curso de Odontologia- Uniceplac. ²Especialista em prótese dentária, implante e periodontia, mestre em prótese dentária. Submetido: Aceito: Como citar este artigo: Aguiar CHS. Arthur Meios de retenção e estabilidade em prótese total: Revisão de literatura. ROdontolPlanal Cent. 2018. -Os autores declaram não terem interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias citados nesse artigo. Autor para Correspondência: Christopher Henrique da Silva Aguiar. Endereço: Qr 111 conjunto 02 casa 14, Samambaia Sul-DF. CEP: 72301402 Telefone: (61) 992331773 E-mail: chriistopher_ch@hotmail.com Categoria: Revisão de literatura Área: Prótese Total. Introdução Em uma confecção de prótese total fica claro que o objetivo é o conforto do paciente, restauram a mastigação, estética e fonética. Algumas vezes uma reabsorção óssea muito significante pode comprometer a tão esperada retenção que acaba se tornando um desafio para o odontólogo ¹,2. Para uma boa retenção em prótese total, temos que avaliar alguns padrões que consiste em uma prótese mucossuportada, que normalmente gera dúvidas nos cirurgiões-dentistas, seja ela no momento da moldagem, no ajuste da dimensão vertical ou no padrão de oclusão. Para o paciente que perde todos os elementos dentários, o modo de falar, de mastigar e de deglutir pode interferir no meio social. Por isso uma prótese total dever devolver o perfil de cada paciente como as linhas do rosto, o suporte dos lábios, a sua harmonia facial e sua funcionalidade. A DVO (Dimensão vertical da oclusão) tem sido relatada na literatura como a medida entre dois pontos fixos, um ponto que se localiza no terço médio da face enquanto o outro no terço inferior, quando há máxima intercuspidação habitual3. Algumas vezes o odontólogo pode ser um pouco resistente na aplicação de um tipo de técnica ou normas em meios de retenção. Por isso é importante enfatizar algumas técnicas a fim de conseguir a melhor e fiel
  • 2. ROdontolPlanalCent.2018 retenção em próteses totais mucossuportadas. Uma das técnicas que pode influenciar diretamente no sucesso da retenção é o tipo de moldagem, que é definido como a reprodução em negativo dos detalhes anatômicos e o contorno da área chapeável, onde devemos copiar fielmente os tecidos bucais, garantindo a retenção, a estabilidade e o suporte da prótese para o paciente desdentado total4. A estabilidade de uma prótese nem sempre é influenciada pela sua retenção, que pode ser adquirida em uma plena cobertura da área chapeável, isso significa que mesmo tendo uma boa retenção, se não houver uma atenção na dispersão das forças sobre a prótese isso pode levar ao seu desequilíbrio comprometendo assim a sua retenção5. Considerando as complexidades de adaptação de uma prótese total, existem fatores que estão associados com a satisfação e adaptação do paciente. Identificar esses fatores é muito importante aos cirurgiões-dentistas na reabilitação5,6. Este trabalho teve por objetivo revisar a literatura baseado em evidencias e elucidar os meios de retenção da prótese total. Revisão da Literatura O paciente desdentado total procura restabelecer as funções básicas como falar, mastigar e deglutir que devem ser devolvidas com o uso da prótese total de acordo com a harmonia facial de cada indivíduo. Com isso a prótese total deve ter como princípio uma boa retenção e estabilidade, para obter sucesso3. Fatores que interferem na retenção Um dos fatores que interferem na retenção, é a reabsorção óssea, que está relacionada à deformidade da mucosa mastigatória e à perda de rebordo alveolar, que normalmente ocorre devido à ausência de elementos dentários que acaba gerando a perda da dimensão vertical da oclusão, que apresenta alterações na face do indivíduo, diminuição da função mastigatória, e mudança na fonética3,6-8,. A resiliência da mucosa, formas dos rebordos residuais, tamanho e a forma dos maxilares também podem comprometer a retenção e a estabilidade da prótese total. A resiliência da mucosa pode ser classificada em resiliente ou flácida e pouco resilente ou dura1,2. (Figura 1) Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004. Quanto à forma do rebordo podemos cita, como arredondado, triangular e estrangulado1,2. (Figura 2) Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004. Em relação ao tamanho dos maxilares temos três classificações, que são grande, médio e pequeno. A forma dos maxilares é classificada com quadrada, triangular e oval1,2. (Figuras 3 e 4) Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004.
  • 3. ROdontolPlanalCent.2018 O tipo de material utilizado, a falta de conhecimento técnico e domínio do odontólogo pela técnica de moldagem, também são fatores de insucesso da prótese total. As moldeiras de estoque usadas para a moldagem anatômica podem ser perfuradas ou não, dependendo do material a ser utilizado. Para tal são usadas moldeiras perfuradas com materiais hidrocolóides irreversíveis e as não perfuradas com godivas de alta fusão. Na moldagem funcional o material utilizado deve ser confortável tanto para o paciente quanto para o profissional, sendo os mais usados o hidrocolóide irreversível, a pasta de óxido de zinco e eugenol e o elastômero de consistência leve. Um dos pontos mais relevantes da moldagem é a total reprodução da área chapeável, que pode determinar o sucesso da prótese total4,5,9. Requisitos para obter retenção e estabilidade A retenção e a estabilidade são elementos básicos de biomecânica que representam a qualidade funcional e sua efetividade da prótese total. A retenção é obtida através da cópia da área chapeável por técnicas de moldagem bem realizadas, que podem ser divididas em dois tipos: anatômica e funcional, na moldagem anatômica obtêm a cópia da área basal, analisar as inserções musculares, determina se é necessário ou não cirurgias pré- protéticas e assim adquirir o modelo de estudo para a confecção da moldeira individual. A área chapeável obtida nos modelos de gesso pode ser dividida em zona principal, secundaria, periférico e zona de alivio4,10. (Figuras 5 e 6) Reis, J.M.S.N., Perez, L.E.C., Nogueira, S.S., Filho, J.N.A., Júnior, F.A.M. Moldagem em prótese total – uma revisão da literatura. RFO, v. 12, n. 1, p. 70-74, janeiro/abril 2007. Todas as zonas citadas são determinadas como áreas de estabilidades, pois as forças não prevalecem sobre elas4,10. Para a realização da moldagem funcional, a moldeira individual é confeccionada em resina acrílica quimicamente ativada sobre o modelo de estudo, deve possuir adequada extensão, cobrindo toda a área chapeável e aliviada nas regiões do selado periférico, de fácil modificação, compatível com o material de moldagem, rígida e confortável. Devem ser realizados movimentos funcionais realizado pelo próprio paciente e manipulações funcionais realizado pelo o odontólogo durante o ato da moldagem3,5,9. Outro requisito indispensável na confecção da prótese total é a dimensão vertical e o plano oclusal, que são importantes para conseguir devolver todas as funções perdidas para o paciente. A dimensão vertical da oclusão pode ser definida entre dois pontos, o primeiro ponto se localiza no terço médio da face enquanto o outro no terço inferior. Já a correta posição do plano oclusal favorece a função dos músculos da língua e da bochecha, assim dando a estabilidade necessária para a prótese3,7,8,11. Discussão Estudos têm sido utilizados como base para a prática de moldagem em prótese total. Alguns descreveram a tríade dos “Ms” (moldeira, material de impressão e método de moldagem) para o sucesso nas moldagens em prótese total, garantindo a retenção e estabilidade. Autores concordam que o material de moldagem mais usado pelos profissionais são os hidrocolóides, por sua
  • 4. ROdontolPlanalCent.2018 boa aceitação, fácil manipulação e limpeza, por ter baixo custo e por seu caráter hidrofílico, porém sua desvantagem é que deve ser vazado imediatamente, em virtude da distorção por embebição e sinérise, além de não possibilitarem adequada moldagem de borda e reproduz poucos detalhes. Já a godiva apresenta possibilidade de repetições e de obter boa moldagem coma maior detalhes. Porém, não são indicadas para todos os tipos de rebordo, além de precisarem de materiais especiais para seu manuseio. O tipo de material utilizado e a técnica usada pelo profissional contribuem para o sucesso da prótese. Um dos problemas mais prevalentes na prótese total é a instabilidade4,9,12. Autores concordam que dentre todos os passos técnicos da confecção da prótese a conquista da estabilidade é o mais importante, a seleção dos dentes artificiais e os ajustes oclusais são essenciais para se conseguir sucesso na reabilitação. A negligencia do profissional na hora da entrega da prótese como a não checagem do ajuste oclusal, se há ponto prematuro ou deslizante, pode interferir na estabilidade e na retenção das próteses, diminuindo a eficiência da prótese2,5,12. Estudos relatam que uma boa retenção faz com que a prótese resista às forças da mastigação, dando conforto ao paciente, devido a princípios físicos como: adesão, coesão, tensão superficial e pressão atmosférica. Estudos definem que a estabilidade da prótese esta relacionada às forças horizontais e rotacionais, já a retenção relacionada às forças verticais10. Pesquisas têm mostrado que o odontólogo precisa de uma atenção na determinação da dimensão vertical de oclusão, pois ela influência no resultado final da retenção e estabilidade. A alteração da DVO pode comprometer a função estética, mastigatória, fonética e a adaptação das articulações temporomandibulares. O aumento da DVO leva a invasão do espaço interoclusal, que possibilita o contato prematuro durante a fala e na posição de repouso. A diminuição da DVO gera rotações da mandíbula e redução na altura inferior da face, resultando na apneia obstrutiva do sono. Os métodos mais utilizados para se determinar a DVO são o métrico, fisiológico, estético, fonético e de deglutição. Mesmo com várias opções de técnicas e métodos para a obtenção da dimensão vertical, ainda nenhum é cientificamente exato. Sendo indicada a realização de novas pesquisas3,6-8,14. Segundo alguns estudos o plano oclusal e a dimensão vertical são importantes para se devolver as funções perdidas do paciente edêntulo. O plano oclusal é um método de orientação para a montagem dos dentes artificiais, que precisa estar em uma zona de equilíbrio muscular, devolvendo a DVO. Uma orientação incorreta pode resultar na desestabilização da prótese no final do tratamento. Estudos introduziram uma nova técnica para determina o plano oclusal, permitindo a criação de uma referência, sendo essa a zona neutra, para o registro do plano oclusal em harmonia com a atividade muscular do paciente, gerando melhor conforto e estabilidade da prótese7,11,13. Estudos mostram que alguns fatores podem interferir na retenção e estabilidade da prótese total, como o tipo de fibromucosa, a forma e tamanho dos maxilares e a forma do rebordo residual. Uma mucosa muito resilente ou flácida, traz a maior desvantagem de desestabilizar a prótese durante a mastigação devido à grande deformação. Já uma mucosa pouco resilente ou dura torna-se bastante sensível por não dispersar a ação das forças, gerando desconforto ao paciente. A resiliência media da mucosa seria a ideal. Quanto à forma do rebordo, o arredondado apresenta o melhor prognostico. Em relação ao tamanho e a forma dos maxilares, quanto maiores mais favoráveis eles são para a estabilidade da prótese. O sucesso no auxílio de um paciente desdentado depende do desenvolvimento de objetivos comuns com o odontólogo, que deve empregar técnicas e matérias de qualidade visando o melhor prognóstico ao paciente1,15.
  • 5. ROdontolPlanalCent.2018 Conclusão Após esta revisão fica exposto que a confecção de uma prótese total deve ser realizada de maneira criteriosa pelo cirurgião dentista, ter conhecimento clínico e prático sobre cada passo técnico, observar a sua retenção, sua estabilidade e seu suporte, assim como a oclusão, para devolver as funções de mastigação, estética e fonética, além de serem devidamente confortáveis, preenchendo todas as expectativas do paciente. (Figura 7) Filho, H.G. Requisitos funcionais e físicos em prótese totais. Revista Odontológica de Araçatuba, v.26. n.1, p. 36-43, Janeiro/Junho, 2005.
  • 6. ROdontolPlanalCent.2018 Means of retention and stability in total prosthesis: literature review. Abstract Among the main factors that determine the quality of the total prosthesis, retention and stability are the basic elements that enable its functionality. In the manufacture of a prosthesis, dentists seek to achieve quality in the applied technique and mainly to improve the physical and biological factors contained in the stability and retention of the prosthesis. The objective of this study was to review the literature based on evidence and elucidate the means of retention of the total prosthesis. Therefore, the dental surgeon must carefully perform the preparation of a prosthesis, having clinical and practical knowledge about each technique, observing the retention, stability, support and occlusion, returning the functions of mastication, esthetics and phonetics, besides being comfortable and functional, fulfilling all the expectations of the patient. Descriptors: Total prosthesis, retention, stability, molding, vertical dimension of occlusion, occlusal plane. Referências 1. Filho. H.G. O exame clínico em prótese total. Revista Odontológica de Araçatuba, v.25, n.2, p. 62-71, Julho/Dezembro, 2004. 2. Melo, D.V., Motta, E.F. Utilização da sobre-extensão das próteses totais como recurso auxiliar na retenção e estabilidade. Interbio v.8 n.2, Jul-Dez, 2014 - ISSN 1981-3775. 3. Trentin, L.M., Reginato, V.F., Maroli, A., Borges, R.T.M., Spazzin, A.O., Bacchi, A. Determinação da dimensão vertical de oclusão em prótese toral: revisão de literatura e relato de caso clínico. DOI: 10.18256/2238- 510X/j.oralinvestigations.v5n1p50-60. 4. Reis, J.M.S.N., Perez, L.E.C., Nogueira, S.S., Filho, J.N.A., Júnior, F.A.M. Moldagem em prótese total – uma revisão da literatura. RFO, v. 12, n. 1, p. 70-74, janeiro/abril 2007. 5. Barbosa, C.M.R., Garcia, R.C.M.R., Oliveira, A.R. Importância da retenção e estabilidade em próteses totais bimaxilares: Relato de caso clínico. RGO, Porto Alegre, v. 54, n.4, p. 374-378, out./dez. 2006 6. Ayres, A., Teixeira, A.R., Martins, M.D., Gonçalvez, A.K., Olchik, M.R. Análise das funções do sistema estomatognático em idosos usuários de prótese dentária. R bras ci Saúde 20(2):99-106, 2016. 7. Feltrin, P.P., Philippi, A.G., Junior, J.M., Astolf, J.A. Dimensões verticais, uma abordagem clínica: revisão de literatura. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2008 set-dez; 20(3): 274-9. 8. Abduo, J., Lyons, K. Clinical considerations for increasing occlusal vertical dimension: a review. Australian Dental Journal 2012; 57: 2–10. 9. Machado, M.S.S., Eduardo, J.V.P., Guariglia, A.C.A.P. Moldagem Anatômica em prótese total: Modificação de Técnica. Revista Ibero-americana de Prótese Clínica & Laboratorial 2003; 5(28):467-74. 10. Filho, H.G. Requisitos funcionais e físicos em prótese totais. Revista Odontológica de Araçatuba, v.26. n.1, p. 36-43, Janeiro/Junho, 2005. 11. Breda, R.A., Sicoli, E.A., Mendonça, M.J., Pezzini, R.P. Prótese total pela técnica da zona neutra. RGO, Porto Alegre, v. 54, n.3, p. 274-279, jul./set. 2006. 12. Barbosa, D.B., Barão, V.A.R., Assunção, W.G., Filho, H.G., Goiato, M.C. Instalação de prótese total: uma revisão. Revista de Odontologia da UNESP. 2006; 35(1): 53-60. 13. Frota, P.L., Bastos, P.L., Figueiredo, V.M.G. Padrão de oclusão em prótese total. Revista Bahiana de Odontologia. 2016 Mar;7(1):58-62. 14. Felício, C.M., Cunha, C.C. Relações entre condições miofuncionais orais e adaptações de próteses totais. PCL - Revista Ibero-americana de Prótese Clínica e Laboratorial 2005; 7(36):195-202. 15. Vaidya, S., Golgeri, M.S., Kapoor, C. Complete denture prosthodontics: Na nsight into passt, present and future. © 2014 Global Journals Inc. (US)