O documento discute a implantação do Complexo Automotivo da Ford na Bahia em 2000. Aborda as teorias que influenciaram a localização, o contexto histórico, as vantagens da implantação como menores custos e isenções fiscais, dados sobre empregos gerados e salários, além de críticas sobre a atuação da Ford e o não cumprimento de objetivos de desenvolvimento regional.
3. Abordagem teórica
• Perroux: Industria Motriz
• Hirchman : “Efeito para trás” / “Efeito para
frente”
• Krugman: Economia de escala como fator
determinante da localização industrial e da
divisão do trabalho.
4. Contexto Histórico
• 1940 Crise do recôncavo;
• 1960 Criação do Centro Industrial de Aratu;
• 1970 Instalação do Polo petroquímico de
Camaçari;
• 1970 Migração do recôncavo para Salvador;
• 1980 Instalação do Complexo Minero
metalúrgico da Caraíba.
5. Implantação
• Implantação no ano 2000
• Contexto de guerra fiscal entre os estados da
união
• Tendência a descentralizar os pólos
automotivos no Brasil
• Objetivos de gerar externalidades positivas
6. Dados Gerais
• A RMS é a principal região econômica e
demográfica do estado da Bahia;
• Responsável por 58,2% do Produto Interno
Bruto (PIB) baiano
• Responsável 25, 5% da população.
• É a 3º RM mais populosa do Nordeste;
• É a 5º RM mais populosa do Brasil
• A mais rica da Região Norte/Nordeste.
10. O Complexo Industrial FORD
Nordeste em Camaçari
• A unidade da Ford na Bahia foi o principal
empreendimento industrial que a empresa
realizou no mundo no início do século XXI,
com um investimento em torno de 1,9 bi;
• A capacidade instalada de produção anual é
de 250.000 veículos;
11. • Isenção fiscal;
• Menor custo com mão-de-obra;
• Menor custo de produção;
• Diversificação da produção, com mais
estratégias de diferenciação
Vantagens de Instalação
12. Vantagens de Instalação
• Para além dos “compromissos financeiros e
tributários”:
Infra estrutura
Portuários e rede ferrovia
Infra estrutura social: saúde, segurança,
educação, transporte.
13. ISENÇÃO FISCAL
• O BNDES emprestou cerca de 700 milhões de
reais a juros subsidiados;
• O governo do Estado deu isenção total de
ICMS;
• Comprometeu-se a financiar até 12% do
faturamento bruto da empresa como capital
de giro.
14. ISENÇÃO FISCAL
• O prazo do financiamento é de 15 anos;
• Com carência de 10 anos para começar a
pagar;
• Amortização em 12 anos;
• Desconto de 98% nas primeiras 72 parcelas.
15. ISENÇÃO FISCAL
• Na Bahia, só em incentivos federais
conhecidos gastaram-se 72 mil dólares por
trabalhador.
• Em comparação com os Estados Unidos que se
instalaram em regiões menos desenvolvidas,
os incentivos por empregado não
ultrapassaram 50 mil dólares.
16. Vantagens de Instalação
• Entre 1996 e 1999 o Governo reduziu 50% dos
impostos de importação de veículos
produzidos no Brasil, o setor de autopeças
chegou a ser 85%.
18. TRABALHO
• Em 2009, a Ford contava com 3.376
empregados, que somados a outros 4.990 das
empresas parceiras e fornecedores somava
um total de 8.366 empregados no Complexo
Nordeste .
19. TRABALHO
Média de salários é 1100 reais.
Dividindo pela quantidade de carros produzido
mensalmente...
(20830)
Entre 8500 trabalhadores.
Média de R$0,05 centavos por automóvel.
20. • A mão de obra empregada é composta por
79% de residentes em Camaçari e Dias D’Ávila,
sobretudo, e em municípios metropolitanos
circunvizinhos, e por apenas 17% de
residentes em Salvador.
TRABALHO
21. • Cerca de 3 bilhões de reais estão sendo
usados para abrir vagas para 2 mil
empregados.
• O que dá 1,5 milhão de reais por emprego.
TRABALHO
22. SOBRE AS NEGOCIAÇÕES
• Disputa Bahia x Rio Grande do Sul
• Crítica da falta de participação da população
nas negociações.
• Ausência de dados confiáveis e verdadeiros
sobre a negociação
23. Segundo Zeca Moraes, secretário de governo da prefeitura de
Porto Alegre, que participou das, desde o início a Ford foi
intransigente. “No primeiro encontro, o negociador designado já
chegou dizendo que não estava autorizado e não tinha delegação
para conversar”, declarou à época em entrevista à revista gaúcha
Extra Classe.
SOBRE AS NEGOCIAÇÕES
24. Zeca Moraes revelou que na proposta final do Rio Grande ficavam
mantidos os incentivos fiscais e investimento de 70 milhões de
reais em recursos, mais 85 milhões em obras, o que daria cerca de
255 milhões de reais. Além de 75 milhões que seriam investidos no
porto de Rio Grande.
SOBRE AS NEGOCIAÇÕES
25. Zeca afirma também que o desinteresse da Ford se deveu muito à
mudança do mercado brasileiro, em que havia a perspectiva de
produzir e vender de 3,5 milhões a 4 milhões de carros, o que não
aconteceu. Sem a necessidade de produzir mais, só construiriam a
fábrica se ela saísse de graça. Daí
SOBRE AS NEGOCIAÇÕES
26. CRÍTICA DA ATUAÇÃO DA FORD
NA BAHIA
• Não existe exigência de transferência de tecnologia,
formação, nível salarial e geração de empregos.
• 2 mil empregos diretos apenas na fase inicial. (2011)
• Salários mais baixos que as indústrias locais
• Cargos de chefia vem de fora.
• Não foram contratados mais do que 20 engenheiros da
BA com salários de 1500 à 2500.
• Em agosto de 2007, a delegacia regional do trabalho
(DRT) de Camaçari já contava com 300 casos de
denúncia da indústria.
27. CRÍTICA DA ATUAÇÃO DA FORD
NA BAHIA COM BASE TEÓRICA
• Muitos fornecedores da Ford não estão no
Complexo Industrial de Camaçari;
• Não há uma economia de escala, por que não
há mercado. Fator determinante para a
localização industrial.