O salmista reconhece a justiça eterna de Deus e que aqueles que não crêem em Cristo estão condenados. Ele encontra conforto nos mandamentos de Deus, apesar das dificuldades, e entrega sua vida nas mãos do Senhor, sabendo que Ele é justo.

1. Salmo 119: 137 ao 144
137.Justo és, ó Senhor, e retos são os teus juízos.
138.Os teus testemunhos que ordenaste são retos e muito fiéis.
139.O meu zelo me consumiu, porque os meus inimigos se esqueceram da tua palavra.
140.A tua palavra é muito pura; portanto, o teu servo a ama.
141.Pequeno sou e desprezado, porém não me esqueço dos teus mandamentos.
142.A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade.
143.Aflição e angústia se apoderam de mim; contudo os teus mandamentos são o meu prazer.
144.A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei.
Salmos 119:137-14.4
ATRIBUTOS DE DEUS
JUSTO
Diante do pensamento expresso pelo vers. 136, agora no 137 em diante vemos o salmista falando
sobre a justiça de Deus e o que pode ocorrer com aqueles que desconsideram a sua voz e que
deixam de seguir os seus caminhos. Veremos que para estes haverá grandes consequências.
Mas se tratando da justiça de Deus sabemos que este é um atributo, ou seja, parte integrante da sua
natureza. Por conta disso, ainda que achemos que a manifestação da justiça de Deus pareça ser por
vezes dura e até mesmo injusta, ainda assim o Senhor está sendo justo.
Sobre isso, no verso 137 vemos o salmista falando: "JUSTO É O SENHOR. "
Para entendermos como o salmista chegou até este conceito sobre o Senhor, vejamos o que ele
disse no verso 30 e 121 e 130 :
30 Escolhi o caminho da verdade; propus-me seguir os teus juízos.
121:"Fiz juízo e justiça.".
130: "A entrada das tuas palavras dá luz, dá entendimento aos símplices."
Neste cenário vemos que o salmista começa dizendo que ele mesmo era justo, mas termina
afirmando que na verdade justo é o Senhor e não ele.
Até que chegasse ao ponto do vr 137 certamente se ocupara com verso 130: "A entrada das tuas
palavras dá luz, dá entendimento aos símplices." reconhecendo a sua posição diante de Deus.
Com isso, assim como o salmista, percebamos que não somos tao bons quanto achamos que somos
perante o Senhor. Mas assim como ele, quando de fato entramos na luz que é a palavra de Deus e
nos voltamos para o Senhor e nos atentamos ao que a sua palavra nos diz, então conseguimos
enxergar a verdadeira realidade: perceber quão pequenos somos diante de Deus.
É evidente que muitas vezes temos dificuldades em falar sobre justiça porquanto nós mesmos nos
colocamos como parâmetro de justiça, e isto é um erro que deve ser ajustado. Em Eclesiastes 8 e 9
lemos um pouco sobre isto pelo qual juízo e justiça pertencem ao Senhor cujo parâmetro é Ele
mesmo.

2. Eclesiastes 8: 11 Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos
filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.
Eclesiastes 9:1- 2: "Deveras todas estas coisas considerei no meu coração, para declarar tudo isto:
que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também o homem não
conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante ele. Tudo sucede igualmente a todos; o
mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como
ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento."
-COMO RESOLVER ESTE PROBLEMA?
Para que vejamos de fato quem somos perante Deus olhemos para os salmos de Asaf que tinha o
mesmo problema. Via os impios prosperando enquanto os justos decaiam. Mas quando ENTROU NO
SANTUARIO DE DEUS (se voltou para Ele), teve entendimento: "Até que entrei no santuário de Deus;
então entendi eu o fim deles."salmo 73:17
Quando olhamos para o Senhor e para a sua eternidade, como veremos nos versos 142 e 144,
compreendemos que Deus não nos faz bem e é misericordioso porque somos justos, mas por graça,
pois não merecíamos este bem.
Sobre outro aspecto vimos também que Deus não aplica logo seu juízo contra os ímpios porquanto
é longânime (de longo animo). Para que por graça, muitos ainda se salvem. Tendo por certo que
quando esta longanimidade se esgotar, certamente haverá de julgar curtamente.
Porém não confundamos a eternidade como sendo para as coisas desta vida, pois Deus prevê em
sua palavra muitas tribulações aqui no mundo.
Algo mais, uma vez que este salmo faz-nos lembrar da Justiça do Senhor, muitas são as vezes que
nos perguntamos: "Porque Isto está acontecendo?" Outorgando uma razão aos nossos problemas.
Contudo, para estes momentos é que este salmo nos é de grande valor, uma vez que lembrando de
como Deus é justo, lembramo-nos também que Ele sempre sabe o que está fazendo.
Neste sentido leiamos filipenses 4:6 onde diz: "Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo,
pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus."- O enfoque aqui são
as orações porém com gratidão. Muitas são as vezes que pedimos e suplicamos por alguma coisa
para o nosso próprio deleite, ou queremos então que Deus nos responda com "urgência" segundo
nossa vontade. E normalmente quando isto acontece, vem seguido de murmúrios e reclamações que
desagradam a Deus. Porém, pelo verso apresentado vemos que na verdade Deus ouve aqueles que
tem um coração grato.
Diante disso, sê com um coração grato nos apresentarmos a Deus, poderemos estar confortados
que Ele nos responderá a seu tempo. Se assim o for, certamente não estaremos ansiosos tampouco
murmuraremos, mas nos alegraremos quando a resposta vier independente do tempo de espera.
ENTREGANDO TUDO NAS MAOS DO SENHOR
pois já reconhecemos que Ele é justo
Sabemos que quando recebemos a nova natureza Deus passa a nos aprimorar para que sejamos
cada vez mais parecidos com Cristo. Quando olhamos para o nosso salmo, e vemos o salmista
reconhecendo a justiça de Deus perceberemos então que mesmo passando por dificuldades, estava
certo e convicto da justiça de seu Senhor.

3. Neste sentido tanto o salmista quanto a nós, quando em fim enxergamos que Deus é justo é que
conseguiremos deixar tudo em suas mãos. Pois entendemos que a sua vontade, mesmo que não seja
agradável para nossa carne como quando Deus nos corrige, no fim é o melhor e crescemos com isto.
Pois também entendemos o vr que diz: "Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam
a Deus. daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:28
" Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar
com a glória que em nós há de ser revelada." Romanos 8:18
Em concordância com isso e com filipenses 4:6 e 7, lemos então pv 2:7 : "Ele reserva a verdadeira
sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade"
Aqui podemos comtemplar de fato como Deus é justo reto e perfeito, sendo um engano pensar que
podemos guardar nosso caminho por força própria. Neste vr 7 contemplamos a importância da
sabedoria e de conhecermos bem a palavra de Deus e sua vontade. E de guardara-la em nosso
coração para que nossos caminhos sejam guardados por Deus. Pois somente o Senhor é quem
preserva-nos de nos afastarmos dEle. Ressalta-se isto na continuidade de PV onde diz: "Ele
preservará o caminho dos seus santos."
UMA CONDENAÇAO JUSTA,
diante do alto preço que foi pago
"Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no
nome do unigênito Filho de Deus."
Ainda a respeito do verso 137 e sobre os juízos de Deus, muitos acham que Deus é na verdade
injusto.
Porém, quando lemos na palavra que para todo aquele que não se arrepender e aceitar a Cristo está
prevista condenação eterna, será que seria o cumprimento do mesmo, injusto?
A palavra nos mostra com clareza que Deus mandou a Cristo para pagar o preço da nossa culpa, para
que não houvesse condenação eterna àqueles que nele creem. E somente por conta dessa
justificação, é que agora, Deus nos vê. -Quando Deus olha para nós, nos vê somente através do
Senhor Jesus, justificados pelo seu sangue e não mais como condenados pelo pecado.
Para entendermos um pouco mais sobre este especto da justificação devemos levar em conta que a
mesma é o oposto de condenação e que, ou você é justo/inocente ou culpado. Através deste
conceito conseguimos entender que, para que não fossemos mais culpados e por conta disso
condenados ao inferno, a justiça de Deus exigiu o sangue do seu próprio filho. para remissão dos
pecados. Uma exigência muito grande de fato. -Olhado este cenário, ainda achamos que a
condenação para aqueles que não aceitam a Cristo é injusta? -"Àquele que não conheceu pecado, o
fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus." 2 Co 5:21
Nos lembremos novamente do que fora dito: a justiça de Deus exigiu o sangue do seu próprio filho.
Por isso a justiça de Deus para aqueles que REJEITAM seu Filho e que REJEITAM o alto preço que fora
pago na cruz é perfeitamente justo. Em romanos 4:22 temos a certeza disso: Assim isso lhe foi
também imputado como justiça.
"Ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta,
Mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos
ressuscitou a Jesus nosso Senhor;

4. O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação."
Romanos 4:22-25
DEUS NÃO VÊ RAZAO PARA CONDENAR O JUSTO
Vemos que a justiça de Deus é atemporal ou seja, ela é ETERNA como pdemos ler no verso 142 e
144:
142.A tua justiça é uma justiça eterna;
144.A justiça dos teus testemunhos é eterna;
Neste sentido anteriormente vimos que Cristo fora nosso fiador para remissão dos pecados segundo
o que a justiça de Deus exigia. Agora, por conta da justiça de Deus ser eterna, entendemos que a
salvação não se faz diferente. Recebemos a nova natureza de Cristo, uma vida nova e justa onde
Deus não nos vê mais no mundo mas sim em seu filho.
Quando isso ocorre, sabemos que Deus mesmo passa a ter prazer em nós porquanto estamos em
Cristo, em quem Deus tem prazer : "Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo".
Deus não se engana quando justifica alguém que crê no seu Filho e se arrepende entendendo
também que não há de condenar o justo, porquanto não encontra motivos para o mesmo segundo a
a sua palavra.
"E agora nenhuma condenação há para aquele que nele crê." Rm 8:1
Finalizando, no vr 143 percebemos que de fato, o salmista tinha seu deleite nos mandamentos do
Senhor e que por este motivo, mesmo padecendo por dificuldades e desprezo, sabia que recorrendo
a Deus e sua palavra encontraria descanso e refrigério á sua alma. E reconhecia pelo verso 144 que
se não fosse o Senhor que o instruísse, não poderia andar por si só.
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"A lei do SENHOR é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos
símplices.
Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e alumia
os olhos.
O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e
justos juntamente."
Salmos 19: 7 a 9.