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O Empoderamento Feminino
Ao longo da história e na sociedade atual
Imagem: Anadep, 2019
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Sumário
1. O que é o
Empoderamento
Feminino?,
2. A Origem do
Feminismo,
3. A Origem do 8
de Março,
4. O Trabalho e a
Mulher,
5. O Machismo na Vida
das Mulheres
Brasileiras,
6. O Feminismo no
Brasil,
7. As Ondas do
Feminismo no Brasil,
8. Fatos históricos que
marcaram as conquistas
das Mulheres,
9. Ícones Feministas
na História do
Mundo,
10. Bônus,
11. Organizações que
trabalham para o
Empoderamento
Feminino,
12. Conclusão
O Empoderamento Feminino
Imagem: Planoly, 2021
O que é o Empoderamento Feminino?
Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de participação social às
mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos,
como a total igualdade entre os gêneros, por exemplo. O empoderamento feminino
busca o direito das mulheres de poderem participar de debates públicos e tomar
decisões que sejam importantes para o futuro da sociedade, principalmente nos
aspectos que estão relacionados com a mulher.
Imagem: Revista Leia, 2022
A Origem do Feminismo
Mulheres marcham ao longo da 5ª Avenida para comemorar o 50° aniversário do Sufrágio
das Mulheres nos Estados Unidos, New York, New York, 26 de Agosto de 1970.
A Origem do
Feminismo
O feminismo teve sua origem
nos movimentos sociais que
surgiram no período das
revoluções liberais inspirados
nos ideais iluministas, tais como
a Revolução Francesa e a
Revolução Americana. Nesse
contexto, esses movimentos
sociais concentravam sua luta,
principalmente, na busca por
mais direitos políticos e sociais.
Marcha das mulheres pela igualdade em
Nova York, no ano de 1970.
A Origem do Feminismo
Desse período, uma das maiores
representantes do ideal feminista
foi a escritora Olímpia de
Gouges, a qual, em 1791,
escreveu um documento que
ficou conhecido como
“Declaração dos Direitos da
Cidadã e da Mulher”.
Pintura de Olímpia de Gouges de autoria de
Alexander Kucharsky.
A Origem do
Feminismo
Nesse documento, a escritora
francesa argumentava sobre a
necessidade de equiparação dos
direitos sociais, políticos e
jurídicos entre homens e
mulheres. A crítica de Olímpia de
Gouges era contra a “Declaração
dos Direitos do Homem e do
Cidadão”, que instituíram novos
direitos aos homens, mas excluía
as mulheres.
Preâmbulo da Declaração dos Direitos
da Mulher e da Cidadã de 1791
A Origem do Feminismo
No século XIX, o movimento
feminista questionava as contradições
existentes na sociedade surgida dos
ideais liberais e das revoluções
industriais e propunha o fim das
desigualdades que existiam no núcleo
familiar e nos locais de trabalho, uma
vez que a exploração do trabalho
realizado pela mulher era muito mais
intensa, com cargas de trabalho
maiores que as dos homens e salários
menores.
Marcha de Coalizão pela Liberação Feminina
em 26 de Agosto de 1970 em Detroit
A Origem do 8 de Março
Manifestação da União das Costureiras em Nova York, 1910
A Origem do 8 de Março
O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como
resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, etc. Essa
mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de
março como um momento de reflexão e de luta. Uma primeira história que
ficou muito conhecida narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias
morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma
fábrica têxtil na cidade de Nova York. Esse incêndio teria sido intencional,
causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às
greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na
fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, é falsa e, por isso, o 8 de março não
está ligado a ela.
A Origem do 8 de Março
Existe uma história que fala de um incêndio
que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25
de março de 1911. Esse incêndio aconteceu
numa fábrica e vitimou 146 pessoas, 125
mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos
mortos judeus. Essa história é considerada um
dos marcos para o estabelecimento do Dia das
Mulheres. Na época, alguns proprietários de
fábrica, incluindo o da Triangle, trancavam
seus funcionários na fábrica durante o
expediente como forma de conter motins e
greves.
TRIANGLE SHIRTWAIST COMPANY
A fábrica antes do incêndio (à esquerda)
e depois do incêndio (à direita).
Fotos após o Incêndio
Interior do prédio após o incêndio
Caixões com corpos de vítimas do
incêndio
O Trabalho e a Mulher
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O Trabalho e a Mulher
Historicamente, a mulher era vista como a
cuidadora do lar, dos filhos e do marido. Até
mesmo o acesso à educação era restrito. Mas, a
partir do séc. XIX, esse cenário começou a
mudar. O ingresso da mulher no mercado de
trabalho se deu por conta das guerras, em
especial a I e a II Guerras Mundiais
(1914–1918 e 1939–1945). Com os maridos nos
campos de batalha, elas precisaram assumir
algumas atividades que antes eram
exclusivamente masculinas, como operar
máquinas.
Mulheres japonesas inspecionam as
cápsulas de bala em um fábrica no
Japão, em 1941, durante a Segunda
Guerra Mundial
O Trabalho e a Mulher
Com o decorrer dos anos, o sistema capitalista foi
consolidado, e diversas alterações começaram a
acontecer, fazendo com que as mulheres estivessem
presentes nas indústrias e, em outros setores do
mercado de trabalho. Ao longo da História, a mulher
vem buscando seu espaço de igualdade e crescimento.
Apesar de todos os direitos conseguidos, as mulheres
ainda lutam por uma igualdade no salário, visto que
pesquisas ainda demonstram que elas recebem menos
que os homens e trabalham mais (considerando
trabalho fora de casa e doméstico).
Imagem: Getty Images,
2018
De acordo com uma pesquisa no primeiro trimestre de 2021, as mulheres são a maioria dos
desempregados do país e menos da metade das brasileiras em idade de trabalhar está
ocupada no país. É o que mostram os números do último levantamento da Pnad do IBGE:
Desemprego entre mulheres
13,9%
Desemprego entre homens
9,0%
O Trabalho e a Mulher
Mulheres são a maioria dos desempregados; 45,7% das que têm idade de trabalhar
estão ocupadas
Fonte: Pnad/IBGE
O Trabalho e a Mulher
1. Diferença
salarial
Mulheres ganham
em média 20,5%
menos que
homens no Brasil.
Mesmo que elas
tenham a mesma
escolaridade,
idade e a mesma
categoria de
ocupação.
2. Falta de
oportunidades
Falta de política
pública para as
mulheres, machismo
e pandemia pioraram
a inserção das
empregadas no
mercado de trabalho,
além de contribuir
para rebaixar salários.
3. Assédio no local
de trabalho
Segundo um
levantamento, quase
metade das brasileiras
(47%) afirma ter sido
vítima de assédio sexual
em algum momento no
ambiente profissional.
A maioria das vítimas
são mulheres negras
(52%).
4. Jornada tripla
Com isolamento,
aulas canceladas
e, em alguns
casos, o trabalho
remoto, a jornada
de trabalho das
mulheres
aumentou ainda
mais.
Desafios que ainda precisam ser superados
O Machismo na Vida das
Mulheres Brasileiras
Imagem: iStock, 2019
O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras
No dicionário, machismo significa “exagerado
senso de orgulho masculino; macheza”. Em
termos culturais, o machismo está relacionado à
capacidade do homem de prover, proteger e
defender sua família. Para o machista, a função
que a mulher faz se relaciona, ou limita-se, aos
cuidados com a casa e com os filhos, enquanto na
relação com o homem, ela ocupa a posição de
servir, apenas exercendo conforme as
necessidades dele. É daí que surge o pensamento
de que os homens e mulheres são desiguais em
deveres e em direitos. Fonte: Poder360, 2021
O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras
Além disso, a divisão de tarefas domésticas é
desigual: para além de cuidar da casa, as mães
geralmente são as responsáveis por cuidar dos
filhos e educá-los. Tais responsabilidades –
conhecidas como a dupla jornada de trabalho
feminina – dificultam que as mulheres tenham
o mesmo progresso que os homens dentro do
ambiente profissional, pois não possuem a
mesma disponibilidade de tempo para se
dedicar à carreira.
Sociedade patriarcal
Fonte: IBGE, 2017
O Feminismo no Brasil
As deputadas brasileiras eleitas para Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em 1985
O Feminismo no Brasil
A história do feminismo no Brasil é dividida em “três ondas”. As ondas
são divididas pelas principais reivindicações de movimentos constituídos
por mulheres em cada momento histórico e conversam com as ondas do
feminismo no mundo. Mas não acontecem necessariamente de forma
simultânea. As manifestações pelo direito ao voto (o movimento das
sufragistas), por exemplo, aconteciam nos Estados Unidos desde 1848 e
na Inglaterra desde 1865, mas só ganhou corpo no Brasil por volta dos
anos 1920. Foi apenas no século XIX, com as sufragistas e a ideia de
inclusão no voto que o movimento feminista ganhou maior visibilidade.
As Ondas do Feminismo no Brasil
Manifestação protagonizada por mulheres durante a ditadura militar
As Ondas do Feminismo no Brasil
1º ONDA
Cidadania
A chamada primeira onda do
feminismo foi no início do século
XX, e tinha foco na igualdade de
direitos. A principal
reivindicação era o direito ao
voto.
2º ONDA
3º ONDA
Interseccionalidade
Já a terceira onda traz maior
diversidade ao movimento por meio
do conceito de interseccionalidade
entre gênero, raça e classe. As
mulheres passam a questionar o
papel de reprodutoras, mães e
donas de casa.
Sexualidade
No início dos anos 1960, com o
voto já garantido, a segunda
onda trouxe questões mais
ligadas à sexualidade e
autonomia da mulher no
contexto familiar.
Fatos históricos que marcaram
as conquistas das mulheres
Imagem: Capricho, Editora Abril, 2019
Fatos históricos que marcaram as conquistas das
mulheres
1827
O acesso à escola
A primeira conquista das mulheres
brasileiras veio em 1827, com uma lei
geral, promulgada em 15 de outubro,
que permitia que meninas finalmente
ingressassem nos colégios e
estudassem além da escola primária.
1852
Primeiro jornal feminino
Editado por mulheres e
direcionado para mulheres,
surgiu o Jornal das Senhoras,
que afirmava que as pessoas do
sexo feminino não deveriam
executar afazeres do lar.
1879
O acesso às faculdades
As mulheres conquistaram o acesso
às universidades, mas hoje elas são
maioria na educação superior
brasileira, segundo o Censo da
Educação Superior 2018, realizado e
divulgado pelo Inep.
Fatos históricos que marcaram as conquistas das
mulheres
1962
Criação do Estatuto da
Mulher Casada
Em 27 de agosto, com a Lei nº
4.212/1962, foi permitido que
mulheres casadas não precisassem
mais da autorização do marido
para trabalhar.
1975
Criação do Dia
Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher
foi oficializado pela ONU para
simbolizar as lutas e as
conquistas políticas e sociais. 1977
É aprovada a Lei do
Divórcio
Somente a partir da Lei nº
6.515/1977, promulgada em 26 de
dezembro de 1977, é que o
divórcio tornou-se uma opção legal
no Brasil.
Fatos históricos que marcaram as conquistas das
mulheres
2006
Lei Maria da Penha
A Lei foi sancionada em 7 de agosto
de 2006, Maria da Penha, precisou
ser vítima de duas tentativas de
homicídio e lutar por quase 20 anos
para que conseguisse colocar seu
ex-marido atrás das grades.
2010
A primeira mulher a
presidir o Brasil
Dilma Rousseff foi eleita a
primeira presidente
mulher do Brasil. 2015
Sancionada a Lei
Carolina Dieckmann
A Lei Carolina Dieckmann é uma
alteração no Código Penal
Brasileiro voltada para crimes
virtuais e delitos informáticos.
Fatos históricos que marcaram as conquistas das
mulheres
2015
Aprovada a Lei do
Feminicídio
A lei considera Feminicídio quando
o assassinato envolve violência
doméstica e familiar, menosprezo
ou discriminação à condição de
mulher da vítima.
2018
O Assédio passou a ser
considerado crime
A partir da Lei nº 13.718/2018,
a importunação sexual passa a
ser considerado crime no Brasil.
2021
Sancionada Lei Mariana
Ferrer
Bolsonaro sancionou a lei
14.245/21, que protege vítimas de
crimes sexuais de atos contra a sua
integridade moral e psicológica
durante o processo judicial.
Ícones Feministas na História
do Mundo
Imagem: Mercandizar, 2020
Marie Curie (1867 - 1934)
Cientista polonesa, ela possui dois grandes títulos:
foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e
a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em
diferentes áreas (química e física). Mas, antes
disso, precisou lutar pelo direito aos estudos.
Marie era uma excelente aluna na escola, porém
foi impedida de seguir para o ensino superior por
ser mulher. Então, ela buscou uma instituição de
ensino clandestina que aceitava mulheres para se
tornar uma das mais importantes cientistas do
mundo.
Marie Curie,
única pessoa a receber dois
prémios Nobel em áreas científicas
Simone de Beauvoir (1908 - 1986)
A autora da frase “Ninguém nasce mulher:
torna-se mulher” fundou a base do feminismo
que é conhecido hoje. Simone se formou em
filosofia e, desde que começou a lecionar na
Universidade de Marselha, escreveu livros sobre
a posição que a mulher ocupa na sociedade. O
mais famoso deles foi “O Segundo Sexo”. Com o
livro, Simone mapeou as formas de opressão
masculina, falou sobre patriarcado e
inferiorização da mulher, questionou o
casamento, etc. Mas foi com base nela que
vieram as reivindicações feministas dos anos
Simone de Beauvoir, em retrato
de Henri Cartier Bresson, 1945,
Magnum, Paris
Bertha Lutz (1894 - 1976)
Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo,
no dia 2 de agosto de 1894. Foi uma ativista
pelo feminismo, responsável direta pela
articulação política que resultou nas leis que
deram direito de voto às mulheres e igualdade
de direitos políticos nos anos 20 e 30. No ano
de 1975, Ano Internacional da Mulher,
estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada
pelo governo brasileiro a integrar a delegação
do país no primeiro Congresso Internacional
da Mulher, realizado na capital do México.
Bertha Lutz, uma mulher à
frente do seu tempo
Nísia Floresta (1810 - 1885)
Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de
Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma educadora,
escritora e poetisa brasileira. Primeira na
educação feminista no Brasil, com protagonismo
nas letras, no jornalismo e nos movimentos
sociais. A autora tratou de muitos assuntos em sua
carreira literária, como abolição, direitos
indígenas, sufrágio, mas o tema mais debatido por
ela, e também o que mais lhe gerou repercussão
(negativa e positiva) foi educação e emancipação
feminina.
Retrato de Nísia Floresta,
publicado em Mulheres Illustres
do Brazil
Bônus
Imagem: Modal Cursos, 2022
Símbolos do Feminismo
1. Espelho de Vênus:
Ele é mais uma representação da
feminilidade do que um símbolo
feminista, mas que ao longo do
tempo foi aderido por mulheres
como uma forma de poder.
2. Transfeminismo:
Representando a luta das mulheres
trans dentro do movimento
feminista, esse ícone une vários
símbolos em um só. Nele, o espelho
de Vênus, que representa o feminino,
está unido com a representação do
masculino.
3. Feminismo Negro:
O punho erguido ficou mundialmente
conhecido como gesto dos Panteras
Negras, movimento negro
norte-americano. Inserido no Espelho
de Vênus, se tornou símbolo do
feminismo negro.
Imagem: Az Mina, 2019
Cartaz “We Can Do It!”
O título, “We Can Do It!” (em
tradução livre, “Nós Podemos
Fazer Isso!”), faz referência a
essa capacidade feminina de
executar tarefas antes tidas
como exclusivamente
masculinas. A imagem,
contendo a modelo e operária
Naomi Parker, tornou-se
símbolo da mulher
trabalhadora. Naomi Parker Fraley (1921 - 2018)
Organizações que trabalham para o
Empoderamento Feminino
Tamo Juntas!
Organização feminista composta por mulheres
profissionais que atuam voluntariamente na assistência
multidisciplinar a mulheres em situação de violência e
que possui voluntárias em diversas regiões do Brasil.
Instagram: @atamojuntas
Facebook: TamoJuntas
O Projeto Afro-Moda em Rede visa fomentar o empreendedorismo e
a emancipação social feminina em comunidades de baixa renda de
Salvador, a partir da capacitação, para produção e gestão de
conteúdos em mídias sociais voltadas ao mercado da moda étnica.
Telefone: (71) 3202-7100, Instagram: @parquesocial.ssa
Projeto Afro-Moda em Rede
Conclusão
Imagem: Rádio Peão Brasil, 2020
O
Deve-se considerar que o Empoderamento e o Movimento Feminino
que luta pelos direitos das mulheres possibilitou grandes conquistas,
como o direito ao voto, que durante muito tempo só era permitido aos
homens. Ao longo desse caminho traçado, grandes foram os desafios
enfrentados pelas mulheres na luta por seus direitos. Diante disso é
imprescindível que haja o reconhecimento e continuação do
movimento feminista, e, assim, continuar atenuante busca para a
garantia e novos direitos. Mas para que isso tenha uma maior
efetividade, deve o Estado investir mais em políticas públicas onde as
mulheres sejam as protagonistas.
Conclusão
Alguma dúvida?
Imagem: Dreamstime, 2022
“A melhor maneira de cultivarmos a
coragem nas nossas filhas e em outras
jovens é sendo um exemplo. Se elas virem
as suas mães e outras mulheres nas suas
vidas seguindo em frente apesar do medo,
elas vão saber que é possível.”
Gloria Steinem
Gratidão!
Equipe:
Ingrid Rodrigues
Ana Beatriz Rodrigues
Marcelo Almeida
Josicleide Lima
Juan Vinicius Caldas
Imagem: Vialaser | Blog da Lisa, 2021

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  • 1. Confidencial Personalizado para Nome da empresa Versão 1.0 O Empoderamento Feminino Ao longo da história e na sociedade atual Imagem: Anadep, 2019
  • 2. Confidencial Personalizado para Nome da empresa Versão 1.0 Sumário 1. O que é o Empoderamento Feminino?, 2. A Origem do Feminismo, 3. A Origem do 8 de Março, 4. O Trabalho e a Mulher, 5. O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras, 6. O Feminismo no Brasil, 7. As Ondas do Feminismo no Brasil, 8. Fatos históricos que marcaram as conquistas das Mulheres, 9. Ícones Feministas na História do Mundo, 10. Bônus, 11. Organizações que trabalham para o Empoderamento Feminino, 12. Conclusão
  • 4. O que é o Empoderamento Feminino? Empoderamento feminino é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos, como a total igualdade entre os gêneros, por exemplo. O empoderamento feminino busca o direito das mulheres de poderem participar de debates públicos e tomar decisões que sejam importantes para o futuro da sociedade, principalmente nos aspectos que estão relacionados com a mulher. Imagem: Revista Leia, 2022
  • 5. A Origem do Feminismo Mulheres marcham ao longo da 5ª Avenida para comemorar o 50° aniversário do Sufrágio das Mulheres nos Estados Unidos, New York, New York, 26 de Agosto de 1970.
  • 6. A Origem do Feminismo O feminismo teve sua origem nos movimentos sociais que surgiram no período das revoluções liberais inspirados nos ideais iluministas, tais como a Revolução Francesa e a Revolução Americana. Nesse contexto, esses movimentos sociais concentravam sua luta, principalmente, na busca por mais direitos políticos e sociais. Marcha das mulheres pela igualdade em Nova York, no ano de 1970.
  • 7. A Origem do Feminismo Desse período, uma das maiores representantes do ideal feminista foi a escritora Olímpia de Gouges, a qual, em 1791, escreveu um documento que ficou conhecido como “Declaração dos Direitos da Cidadã e da Mulher”. Pintura de Olímpia de Gouges de autoria de Alexander Kucharsky.
  • 8. A Origem do Feminismo Nesse documento, a escritora francesa argumentava sobre a necessidade de equiparação dos direitos sociais, políticos e jurídicos entre homens e mulheres. A crítica de Olímpia de Gouges era contra a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, que instituíram novos direitos aos homens, mas excluía as mulheres. Preâmbulo da Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã de 1791
  • 9. A Origem do Feminismo No século XIX, o movimento feminista questionava as contradições existentes na sociedade surgida dos ideais liberais e das revoluções industriais e propunha o fim das desigualdades que existiam no núcleo familiar e nos locais de trabalho, uma vez que a exploração do trabalho realizado pela mulher era muito mais intensa, com cargas de trabalho maiores que as dos homens e salários menores. Marcha de Coalizão pela Liberação Feminina em 26 de Agosto de 1970 em Detroit
  • 10. A Origem do 8 de Março Manifestação da União das Costureiras em Nova York, 1910
  • 11. A Origem do 8 de Março O Dia Internacional da Mulher existe, enquanto data comemorativa, como resultado da luta das mulheres por meio de manifestações, greves, etc. Essa mobilização política, ao longo do século XX, deu importância para o 8 de março como um momento de reflexão e de luta. Uma primeira história que ficou muito conhecida narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas em um incêndio ocorrido nas instalações de uma fábrica têxtil na cidade de Nova York. Esse incêndio teria sido intencional, causado pelo proprietário da fábrica, como forma de repressão extrema às greves e levantes das operárias, por isso teria trancado suas funcionárias na fábrica e ateado fogo nelas. Essa história, é falsa e, por isso, o 8 de março não está ligado a ela.
  • 12. A Origem do 8 de Março Existe uma história que fala de um incêndio que de fato aconteceu em Nova York, no dia 25 de março de 1911. Esse incêndio aconteceu numa fábrica e vitimou 146 pessoas, 125 mulheres e 21 homens, sendo a maioria dos mortos judeus. Essa história é considerada um dos marcos para o estabelecimento do Dia das Mulheres. Na época, alguns proprietários de fábrica, incluindo o da Triangle, trancavam seus funcionários na fábrica durante o expediente como forma de conter motins e greves. TRIANGLE SHIRTWAIST COMPANY A fábrica antes do incêndio (à esquerda) e depois do incêndio (à direita).
  • 13. Fotos após o Incêndio Interior do prédio após o incêndio Caixões com corpos de vítimas do incêndio
  • 14. O Trabalho e a Mulher Imagem: depositphotos, 2022
  • 15. O Trabalho e a Mulher Historicamente, a mulher era vista como a cuidadora do lar, dos filhos e do marido. Até mesmo o acesso à educação era restrito. Mas, a partir do séc. XIX, esse cenário começou a mudar. O ingresso da mulher no mercado de trabalho se deu por conta das guerras, em especial a I e a II Guerras Mundiais (1914–1918 e 1939–1945). Com os maridos nos campos de batalha, elas precisaram assumir algumas atividades que antes eram exclusivamente masculinas, como operar máquinas. Mulheres japonesas inspecionam as cápsulas de bala em um fábrica no Japão, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial
  • 16. O Trabalho e a Mulher Com o decorrer dos anos, o sistema capitalista foi consolidado, e diversas alterações começaram a acontecer, fazendo com que as mulheres estivessem presentes nas indústrias e, em outros setores do mercado de trabalho. Ao longo da História, a mulher vem buscando seu espaço de igualdade e crescimento. Apesar de todos os direitos conseguidos, as mulheres ainda lutam por uma igualdade no salário, visto que pesquisas ainda demonstram que elas recebem menos que os homens e trabalham mais (considerando trabalho fora de casa e doméstico). Imagem: Getty Images, 2018
  • 17. De acordo com uma pesquisa no primeiro trimestre de 2021, as mulheres são a maioria dos desempregados do país e menos da metade das brasileiras em idade de trabalhar está ocupada no país. É o que mostram os números do último levantamento da Pnad do IBGE: Desemprego entre mulheres 13,9% Desemprego entre homens 9,0% O Trabalho e a Mulher Mulheres são a maioria dos desempregados; 45,7% das que têm idade de trabalhar estão ocupadas Fonte: Pnad/IBGE
  • 18. O Trabalho e a Mulher 1. Diferença salarial Mulheres ganham em média 20,5% menos que homens no Brasil. Mesmo que elas tenham a mesma escolaridade, idade e a mesma categoria de ocupação. 2. Falta de oportunidades Falta de política pública para as mulheres, machismo e pandemia pioraram a inserção das empregadas no mercado de trabalho, além de contribuir para rebaixar salários. 3. Assédio no local de trabalho Segundo um levantamento, quase metade das brasileiras (47%) afirma ter sido vítima de assédio sexual em algum momento no ambiente profissional. A maioria das vítimas são mulheres negras (52%). 4. Jornada tripla Com isolamento, aulas canceladas e, em alguns casos, o trabalho remoto, a jornada de trabalho das mulheres aumentou ainda mais. Desafios que ainda precisam ser superados
  • 19. O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras Imagem: iStock, 2019
  • 20. O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras No dicionário, machismo significa “exagerado senso de orgulho masculino; macheza”. Em termos culturais, o machismo está relacionado à capacidade do homem de prover, proteger e defender sua família. Para o machista, a função que a mulher faz se relaciona, ou limita-se, aos cuidados com a casa e com os filhos, enquanto na relação com o homem, ela ocupa a posição de servir, apenas exercendo conforme as necessidades dele. É daí que surge o pensamento de que os homens e mulheres são desiguais em deveres e em direitos. Fonte: Poder360, 2021
  • 21. O Machismo na Vida das Mulheres Brasileiras Além disso, a divisão de tarefas domésticas é desigual: para além de cuidar da casa, as mães geralmente são as responsáveis por cuidar dos filhos e educá-los. Tais responsabilidades – conhecidas como a dupla jornada de trabalho feminina – dificultam que as mulheres tenham o mesmo progresso que os homens dentro do ambiente profissional, pois não possuem a mesma disponibilidade de tempo para se dedicar à carreira. Sociedade patriarcal Fonte: IBGE, 2017
  • 22. O Feminismo no Brasil As deputadas brasileiras eleitas para Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, em 1985
  • 23. O Feminismo no Brasil A história do feminismo no Brasil é dividida em “três ondas”. As ondas são divididas pelas principais reivindicações de movimentos constituídos por mulheres em cada momento histórico e conversam com as ondas do feminismo no mundo. Mas não acontecem necessariamente de forma simultânea. As manifestações pelo direito ao voto (o movimento das sufragistas), por exemplo, aconteciam nos Estados Unidos desde 1848 e na Inglaterra desde 1865, mas só ganhou corpo no Brasil por volta dos anos 1920. Foi apenas no século XIX, com as sufragistas e a ideia de inclusão no voto que o movimento feminista ganhou maior visibilidade.
  • 24. As Ondas do Feminismo no Brasil Manifestação protagonizada por mulheres durante a ditadura militar
  • 25. As Ondas do Feminismo no Brasil 1º ONDA Cidadania A chamada primeira onda do feminismo foi no início do século XX, e tinha foco na igualdade de direitos. A principal reivindicação era o direito ao voto. 2º ONDA 3º ONDA Interseccionalidade Já a terceira onda traz maior diversidade ao movimento por meio do conceito de interseccionalidade entre gênero, raça e classe. As mulheres passam a questionar o papel de reprodutoras, mães e donas de casa. Sexualidade No início dos anos 1960, com o voto já garantido, a segunda onda trouxe questões mais ligadas à sexualidade e autonomia da mulher no contexto familiar.
  • 26. Fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres Imagem: Capricho, Editora Abril, 2019
  • 27. Fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres 1827 O acesso à escola A primeira conquista das mulheres brasileiras veio em 1827, com uma lei geral, promulgada em 15 de outubro, que permitia que meninas finalmente ingressassem nos colégios e estudassem além da escola primária. 1852 Primeiro jornal feminino Editado por mulheres e direcionado para mulheres, surgiu o Jornal das Senhoras, que afirmava que as pessoas do sexo feminino não deveriam executar afazeres do lar. 1879 O acesso às faculdades As mulheres conquistaram o acesso às universidades, mas hoje elas são maioria na educação superior brasileira, segundo o Censo da Educação Superior 2018, realizado e divulgado pelo Inep.
  • 28. Fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres 1962 Criação do Estatuto da Mulher Casada Em 27 de agosto, com a Lei nº 4.212/1962, foi permitido que mulheres casadas não precisassem mais da autorização do marido para trabalhar. 1975 Criação do Dia Internacional da Mulher O Dia Internacional da Mulher foi oficializado pela ONU para simbolizar as lutas e as conquistas políticas e sociais. 1977 É aprovada a Lei do Divórcio Somente a partir da Lei nº 6.515/1977, promulgada em 26 de dezembro de 1977, é que o divórcio tornou-se uma opção legal no Brasil.
  • 29. Fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres 2006 Lei Maria da Penha A Lei foi sancionada em 7 de agosto de 2006, Maria da Penha, precisou ser vítima de duas tentativas de homicídio e lutar por quase 20 anos para que conseguisse colocar seu ex-marido atrás das grades. 2010 A primeira mulher a presidir o Brasil Dilma Rousseff foi eleita a primeira presidente mulher do Brasil. 2015 Sancionada a Lei Carolina Dieckmann A Lei Carolina Dieckmann é uma alteração no Código Penal Brasileiro voltada para crimes virtuais e delitos informáticos.
  • 30. Fatos históricos que marcaram as conquistas das mulheres 2015 Aprovada a Lei do Feminicídio A lei considera Feminicídio quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima. 2018 O Assédio passou a ser considerado crime A partir da Lei nº 13.718/2018, a importunação sexual passa a ser considerado crime no Brasil. 2021 Sancionada Lei Mariana Ferrer Bolsonaro sancionou a lei 14.245/21, que protege vítimas de crimes sexuais de atos contra a sua integridade moral e psicológica durante o processo judicial.
  • 31. Ícones Feministas na História do Mundo Imagem: Mercandizar, 2020
  • 32. Marie Curie (1867 - 1934) Cientista polonesa, ela possui dois grandes títulos: foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois prêmios Nobel em diferentes áreas (química e física). Mas, antes disso, precisou lutar pelo direito aos estudos. Marie era uma excelente aluna na escola, porém foi impedida de seguir para o ensino superior por ser mulher. Então, ela buscou uma instituição de ensino clandestina que aceitava mulheres para se tornar uma das mais importantes cientistas do mundo. Marie Curie, única pessoa a receber dois prémios Nobel em áreas científicas
  • 33. Simone de Beauvoir (1908 - 1986) A autora da frase “Ninguém nasce mulher: torna-se mulher” fundou a base do feminismo que é conhecido hoje. Simone se formou em filosofia e, desde que começou a lecionar na Universidade de Marselha, escreveu livros sobre a posição que a mulher ocupa na sociedade. O mais famoso deles foi “O Segundo Sexo”. Com o livro, Simone mapeou as formas de opressão masculina, falou sobre patriarcado e inferiorização da mulher, questionou o casamento, etc. Mas foi com base nela que vieram as reivindicações feministas dos anos Simone de Beauvoir, em retrato de Henri Cartier Bresson, 1945, Magnum, Paris
  • 34. Bertha Lutz (1894 - 1976) Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em São Paulo, no dia 2 de agosto de 1894. Foi uma ativista pelo feminismo, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. No ano de 1975, Ano Internacional da Mulher, estabelecido pela ONU, Bertha foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no primeiro Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Bertha Lutz, uma mulher à frente do seu tempo
  • 35. Nísia Floresta (1810 - 1885) Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira. Primeira na educação feminista no Brasil, com protagonismo nas letras, no jornalismo e nos movimentos sociais. A autora tratou de muitos assuntos em sua carreira literária, como abolição, direitos indígenas, sufrágio, mas o tema mais debatido por ela, e também o que mais lhe gerou repercussão (negativa e positiva) foi educação e emancipação feminina. Retrato de Nísia Floresta, publicado em Mulheres Illustres do Brazil
  • 37. Símbolos do Feminismo 1. Espelho de Vênus: Ele é mais uma representação da feminilidade do que um símbolo feminista, mas que ao longo do tempo foi aderido por mulheres como uma forma de poder. 2. Transfeminismo: Representando a luta das mulheres trans dentro do movimento feminista, esse ícone une vários símbolos em um só. Nele, o espelho de Vênus, que representa o feminino, está unido com a representação do masculino. 3. Feminismo Negro: O punho erguido ficou mundialmente conhecido como gesto dos Panteras Negras, movimento negro norte-americano. Inserido no Espelho de Vênus, se tornou símbolo do feminismo negro. Imagem: Az Mina, 2019
  • 38. Cartaz “We Can Do It!” O título, “We Can Do It!” (em tradução livre, “Nós Podemos Fazer Isso!”), faz referência a essa capacidade feminina de executar tarefas antes tidas como exclusivamente masculinas. A imagem, contendo a modelo e operária Naomi Parker, tornou-se símbolo da mulher trabalhadora. Naomi Parker Fraley (1921 - 2018)
  • 39. Organizações que trabalham para o Empoderamento Feminino Tamo Juntas! Organização feminista composta por mulheres profissionais que atuam voluntariamente na assistência multidisciplinar a mulheres em situação de violência e que possui voluntárias em diversas regiões do Brasil. Instagram: @atamojuntas Facebook: TamoJuntas O Projeto Afro-Moda em Rede visa fomentar o empreendedorismo e a emancipação social feminina em comunidades de baixa renda de Salvador, a partir da capacitação, para produção e gestão de conteúdos em mídias sociais voltadas ao mercado da moda étnica. Telefone: (71) 3202-7100, Instagram: @parquesocial.ssa Projeto Afro-Moda em Rede
  • 41. O Deve-se considerar que o Empoderamento e o Movimento Feminino que luta pelos direitos das mulheres possibilitou grandes conquistas, como o direito ao voto, que durante muito tempo só era permitido aos homens. Ao longo desse caminho traçado, grandes foram os desafios enfrentados pelas mulheres na luta por seus direitos. Diante disso é imprescindível que haja o reconhecimento e continuação do movimento feminista, e, assim, continuar atenuante busca para a garantia e novos direitos. Mas para que isso tenha uma maior efetividade, deve o Estado investir mais em políticas públicas onde as mulheres sejam as protagonistas. Conclusão
  • 43. “A melhor maneira de cultivarmos a coragem nas nossas filhas e em outras jovens é sendo um exemplo. Se elas virem as suas mães e outras mulheres nas suas vidas seguindo em frente apesar do medo, elas vão saber que é possível.” Gloria Steinem
  • 44. Gratidão! Equipe: Ingrid Rodrigues Ana Beatriz Rodrigues Marcelo Almeida Josicleide Lima Juan Vinicius Caldas Imagem: Vialaser | Blog da Lisa, 2021