(1) Não há evidência de que chuvas fortes aumentem casos de tétano, mas o risco de lesões e transmissão aumenta durante inundações. A vacinação contra tétano deve ser atualizada na população. (2) A hepatite A é transmitida por água e alimentos contaminados, e a vacina é oferecida apenas para grupos de risco. Não há indicação para vacinação em massa após enchentes. (3) Manter a oferta regular de imunizantes nos centros de saúde é suficiente para prevenir doen

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE E DEFESA CIVIL
SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
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NOTA TÉCNICA nº 01/2013 SVS/SES-RJ –
CHUVAS FORTES E VACINAÇÃO
Mediante a recente ocorrência de chuvas fortes e enchentes e
consequente exposição da população de vários municípios do estado do Rio de
Janeiro a diversas fontes de água, seguem as seguintes considerações:
(1) Não há associação estatística significativa entre chuvas fortes e
aumento da incidência de tétano acidental, ao analisarmos séries históricas dos casos
da doença. A ocorrência recente de casos de tétano acidental evidencia a ausência de
seguimento no programa de imunização, principalmente em adolescentes e adultos
jovens. No entanto, por ocasião das inundações, o risco de lesões por objetos
cortantes cresce, assim como o risco de transmissão da doença. Em nosso estado,
estima-se que o número de suscetíveis ao tétano seja pequeno, devido à ampla oferta
de vacina dupla adulto em todos os municípios. Neste período orientamos sobre a
necessidade de atualização da situação vacinal contra tétano da população.
(2) A hepatite A é uma doença viral, de transmissão fecal-oral, onde os
principais veículos são água e alimentos contaminados. A principal forma de
prevenção é a oferta de água tratada e adesão às medidas de higiene. A vacina contra
hepatite A está indicada pela Coordenação Geral do Programa Nacional de
Imunizações aos indivíduos contemplados pelos Centros de Referência para
Imunobiológicos Especiais (CRIEs). Neste momento, orientamos manter a oferta deste
imunobiológico nos CRIEs, pois não há indicação de vacinação em massa para
populações acometidas por enchentes, segundo os critérios do Ministério da Saúde.