SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
ASPECTOS QUÍMICO-FARMACÊUTICOS
DOS FÁRMACOS HORMÔNIOS
ESTEROIDES: ESTRÓGENOS E
ANTIESTRÓGENOS
FURB – UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
DISCIPLINA DE QUÍMICA FARMACÊUTICA
MSC. GUTEMBERG SOARES
BLUMENAU, JUNHO DE 2023
ESQUELETO ESTERÓIDE
02
Ciclopentanoperidofenantreno
A B
C D
 Glicosídeos cardíacos
 Sais biliares
 Hormônios
 Vitamina D
 Alcalóides
 Reprodução e características sexuais secundárias
03
Estrógenos Progestágenos Andrógenos
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
04
ESTRÓGENOS – SÍNTESE
Estriol

05
ESTRÓGENOS – ESTRUTURA QUÍMICA
Estradiol Estrona
06
R1
R3
R2
ESTRÓGENOS – ESTRUTURA QUÍMICA
Derivado R1 R2 R3
Valerato de
Estradiol
- H - H - CO(CH2)3CH3
Etinilestradiol - H - C ≡ CH - H
Mestranol - CH3 - C ≡ CH - H
C ≡ CH
ESTRÓGENOS – AÇÕES
 Puberdade – aumento da secreção de estrógenos
Crescimento acelerado, fechamento das epífises, desenvolvimento das
características sexuais secundárias, maturação reprodutora, etc.
07
ESTRÓGENOS – AÇÕES
 Ciclo menstrual
1 – Descamação (sangramento)
2 – Fase folicular/proliferativa
3 – Fase lútea/secretora
08
ESTRÓGENOS – AÇÕES
 Mecanismo de ação
09
ER: α e β
Modificação
da transcrição
gênica
ESTRÓGENOS – AÇÕES
10
ESTRÓGENOS – RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
11
 Anel A e –OH no C3 e C17 – essenciais
 Apenas pequenos grupos no C2 e C4
 Anéis C ou D são toleradas
 “Andaime” hidrofóbico
 Distância entre os átomos de O
Hidróxi nos carbonos 6, 7 e 11
OH
OH
ESTRÓGENOS – RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
12
 Aumento do anel D – reduz ação
 Insaturações no anel B – aumenta
ação – aumenta a ação
D-homoestradiol Equilina
Equilenina
ESTRÓGENOS – RELAÇÃO ESTRUTURA-ATIVIDADE
13
Espaçoso
Estreito
ANTIESTRÓGENOS
14
 Moduladores seletivos dos ER (SERM) – ações agonistas parciais/antagonista
Ações estrogênicas benéficas
Tratamento hormonal pós-menopausa (ossos, encéfalos, fígado) -
Ações antiestrogênicas
 Tratamento do câncer
ANTIESTRÓGENOS
-
+
15
ANTIESTRÓGENOS
Tamoxifeno
Tratamento do câncer de
mama sensível a estrógenos
16
ANTIESTRÓGENOS
 Antagonista puro em todos os
tecidos estudados
Clomifeno
17
BIBLIOGRAFIA
GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 13ª edição. Artmed, Porto
Alegre, 2019
RANG, H. P.; DALE, M. M.; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J. Farmacologia. 9ª edição. Elsevier, Rio de
Janeiro, 2020.
LEMKE, T. L.; WILLIAMS, D. A.; ROCHE, F. V.; ZITO, S. W. Foye’s Principles of Medicinal Chemistry.
7ª edição. Lippincott, 2013.
BEALE, J. M.; BLOCK, J. H. Wilson and Gisvold's Textbook of Organic Medicinal and
Pharmaceutical Chemistry. 12ª edição. Lippincott, 2011.
PATRICK, G. L. An Introduction to Medicinal Chemistry. 5ª edição. Oxford, 2013.
18

Mais conteúdo relacionado

Último

relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion  ais.pdfrelatorio ciencias morfofuncion  ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
HELLEN CRISTINA
 
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUSHomens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................
paulo222341
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdfRELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
HELLEN CRISTINA
 
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdfrelatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
HELLEN CRISTINA
 

Último (7)

relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion  ais.pdfrelatorio ciencias morfofuncion  ais.pdf
relatorio ciencias morfofuncion ais.pdf
 
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUSHomens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
Homens Trans tem Caderneta de Pré-Natal especial / Programa Transgesta - SUS
 
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdfCrianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
Crianças e Adolescentes em Psicoterapia A abordagem psicanalítica-1 (2).pdf
 
Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................Treinamento NR 18.pdf .......................................
Treinamento NR 18.pdf .......................................
 
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino FelisbertoAltas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
Altas habilidades/superdotação. Adelino Felisberto
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdfRELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I.pdf
 
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdfrelatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
relatorio de estagio de terapia ocupacional.pdf
 

Destaque

How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
ThinkNow
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Kurio // The Social Media Age(ncy)
 

Destaque (20)

Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage EngineeringsProduct Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
Product Design Trends in 2024 | Teenage Engineerings
 
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental HealthHow Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
How Race, Age and Gender Shape Attitudes Towards Mental Health
 
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdfAI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
AI Trends in Creative Operations 2024 by Artwork Flow.pdf
 
Skeleton Culture Code
Skeleton Culture CodeSkeleton Culture Code
Skeleton Culture Code
 
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
PEPSICO Presentation to CAGNY Conference Feb 2024
 
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
Content Methodology: A Best Practices Report (Webinar)
 
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
How to Prepare For a Successful Job Search for 2024
 
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie InsightsSocial Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
Social Media Marketing Trends 2024 // The Global Indie Insights
 
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
Trends In Paid Search: Navigating The Digital Landscape In 2024
 
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
5 Public speaking tips from TED - Visualized summary
 
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
ChatGPT and the Future of Work - Clark Boyd
 
Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next Getting into the tech field. what next
Getting into the tech field. what next
 
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search IntentGoogle's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
Google's Just Not That Into You: Understanding Core Updates & Search Intent
 
How to have difficult conversations
How to have difficult conversations How to have difficult conversations
How to have difficult conversations
 
Introduction to Data Science
Introduction to Data ScienceIntroduction to Data Science
Introduction to Data Science
 
Time Management & Productivity - Best Practices
Time Management & Productivity -  Best PracticesTime Management & Productivity -  Best Practices
Time Management & Productivity - Best Practices
 
The six step guide to practical project management
The six step guide to practical project managementThe six step guide to practical project management
The six step guide to practical project management
 
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
Beginners Guide to TikTok for Search - Rachel Pearson - We are Tilt __ Bright...
 
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...
Unlocking the Power of ChatGPT and AI in Testing - A Real-World Look, present...
 
12 Ways to Increase Your Influence at Work
12 Ways to Increase Your Influence at Work12 Ways to Increase Your Influence at Work
12 Ways to Increase Your Influence at Work
 

Aula Furb.pptx

Notas do Editor

  1. Esteróides são um grande grupo de compostos lipossolúveis, que têm uma estrutura básica de 17 átomos de carbono dispostos em quatro anéis ligados entre si. São lipídios de cadeia complexa, onde o colesterol é substância fundamental na formação dos esteroides. Todos os esteroides apresentam em comum a estrutura química denominada ciclopentanoperidrofenantreno: um núcleo cíclico similar, semelhante ao núcleo do fenantreno (anéis A, B e C), que são ligados a um anel ciclopentano (D). Hormônios esteróides e produtos relacionados representam uma das classes de agentes terapêuticos mais amplamente utilizados. Esses medicamentos são usados principalmente no controle da natalidade, terapia de reposição hormonal (TRH), condições inflamatórias e tratamento do câncer. Embora compartilhem uma base estrutural comum, as variações nas estruturas fornecem especificidade para os alvos moleculares únicos.
  2. Os hormônios sexuais são esteróides específicos importantíssimos para a reprodução e para o desenvolvimento das características sexuais secundárias no organismo. Existem três classes dessas substâncias químicas endógenas, que são os estrógenos, também chamados de estrogênios, os progestágenos, também chamados de progestogênios e os andrógenos, chamados de androgênios. As 3 classes estão presentes em ambos os sexos, mas a produção e os níveis plasmáticos circulantes de estrogênios e progestágenos são substancialmente maiores nas mulheres.
  3. Os estrógenos são sintetizados pelo ovário e pela placenta e, em pequenas quantidades, pelos testículos e córtex da suprarrenal. A substância inicial para sua síntese é o colesterol, que sofre a ação de diversas enzimas, produzindo alguns intermediários, como a pregnenolona e a a dehidroepiandrosterona. Mas os precursores diretos para a produção de estrógenos são substâncias andrógenas como a androstenediona e a testosterona, que por ação de uma enzima chamada aromatase, possuem suas estruturas do anel A aromatizadas, formando assim a estrona ou o estradiol.
  4. Os estrogênios naturais são esteróides C18 e contêm um anel A fenólico com um grupo hidroxila na posição 3. Já a estrona difere das outras estruturas por possuir um grupo cetona na posição 17 do anel D ao invés de uma hidroxila. E o estriol possui uma hidroxila no C16. Os três estrogênios endógenos estão presentes nas mulheres. O estradiol, o mais potente dos três, representa 10% a 20% do estrogênio circulante. A estrona é 10 vezes menos potente que o estradiol e responde por 60% a 80% do estrogênio circulante. Os 10% a 20% restantes estão na forma de estriol, um estrogênio muito fraco. A estrona foi o primeiro estrogênio a ser isolado na forma cristalina da urina de mulheres grávidas. Os outros dois esteróides estrogênicos C18, 17β-estradiol e estriol, foram isolados e caracterizados posteriormente.
  5. Com o passar do tempo, modificações estruturais foram realizadas nas moléculas bases, principalmente nas posições C3 e C17, a fim de se obter novos compostos mais eficazes e com melhores perfis farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Um exemplo que podemos citar é o etinilestradiol, que foi obtido a partir de uma substituição etinila na posição C17. Isso fez com que aumentasse a potência do fármaco via oral, devido a inibição do metabolismo hepático de primeira passagem. De fato, muitos novos fármacos derivados foram obtidos.
  6. Os estrógenos, juntamente com os progestágenos, causam diversos ações fisiológicas nas mulheres, o que incluem efeitos sobre o desenvolvimento, ações neuroendócrinas envolvidas no controle da ovulação, preparo cíclico do aparelho reprodutor para a fertilização e implantação, bem como ações importantes no metabolismo de minerais, carboidratos, proteínas e lipídeos. A partir de então os hormônios estrógenios e progestágenos estão envolvidos no ciclo menstrual.
  7. O ciclo menstrual começa com a menstruação, no qual a camada superficial do endométrio uterino é eliminada. O endométrio se regenera durante a fase folicular. Nessa fase o hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofinas, que estimula a adenohipófise a liberar os hormônios FSH e LH. Esses hormônios atuam nos ovários para que ocorra o desenvolvimento do chamado folículo de Graaf, o qual contém dentro de si um óvulo maduro. Os estrógenos então recuperam o endométrio para uma possível gravidez , aumentando a sua vascularização e espessura. Quando ocorre o pico de secreção de estrógeno, há secreção abundante de muco cervical, além da mudança do ph vaginal para 8-9 rico em proteína e carboidratos, o que vai facilitar a entrada de espermatozoides. No pico de estrógeno também há um surto de liberação de LH, o que promove a ruptura do folículo e consequente liberação do óvulo. Caso ocorra fertilização, o óvulo fecundado desce pelas tubas uterinas para prosseguir o seu desenvolvimento. Estimuladas pela LH , as células do folículo rompido se proliferam e se desenvolvem no corpo lúteo, que secreta progesterona. A partir desse ponto, o ciclo mantém um aumento desse hormônio, que tem a função de manter o endométrio para uma possível implantação. Caso isso não ocorra, ela para de ser secretada, desencadeando a menstruação.
  8. Ao se ligar com o receptor, o complexo fármaco-receptor se internaliza na célula e ao adentrar no núcleo, se liga à sua região específica para modificar a transcrição gênica de seus hormônios e proteínas. Quando o estradiol se liga a ERα ou ERβ, a proteína receptora é fosforilada e sofre uma alteração conformacional para produzir homo ou heterodímeros (ERα/ERα, ERβ/ERβ ou ERα/ERβ). O complexo dimérico ER então migra do citosol para o núcleo da célula, onde se une a elementos específicos de resposta ao estrogênio (EREs) encontrados em uma proteína adaptadora, tipicamente um promotor, que auxilia na ligação do complexo aos genes ativados pelo estrogênio. Esse complexo também alista um complexo coativador (CoA) para esse promotor, que regula a transcrição do DNA
  9. A ligação do estradiol induz uma mudança conformacional no receptor que vê uma seção helicoidal conhecida como H12 dobrando-se no local de ligação como uma tampa. Isso não apenas sela o estradiol em seu local de ligação, mas também expõe uma região hidrofóbica chamada região de função ativadora (AF-2), que atua como um local de ligação para uma proteína coativadora. Como também ocorreu a dimerização, há duas dessas regiões disponíveis e o coativador se liga a ambas para completar o fator de transcrição nuclear. Isso agora se liga a uma região específica do DNA e ativa a transcrição de um gene, resultando na síntese de uma proteína.
  10. O anel A aromático e o grupo hidroxila C3 são características estruturais essenciais para a atividade estrogênica. Alquilações prejudicam a ligação ao receptor, diminuindo a atividade. A distância entre os grupos hidroxila C3 e C17 e a presença de andaimes hidrofóbicos planares também são importantes contribuintes estruturais e ajudam a otimizar a atividade estrogênica. Idealmente, a distância entre os átomos de oxigênio dos grupos hidroxila C3 e C17 deve variar de 10,3 a 12,1 Å A adição de grupos hidroxila nas posições 6, 7 e 11 reduz a atividade
  11. O aumento do anel D (ou seja, d-homoestradiol) reduz muito a atividade estrogênica. A presença dessa insaturação aumenta substancialmente a potência estrogênica desses estrogênios.
  12. O estradiol usa seus grupos álcool e fenol para formar pontes de hidrogênio com três aminoácidos no sítio de ligação, enquanto o esqueleto hidrofóbico da molécula forma van der Waals e interações hidrofóbicas com outras regiões. A bolsa de ligação é de natureza hidrofóbica e bastante espaçosa, exceto na região onde o anel de fenol se liga. Este é um slot estreito e aceitará apenas um anel aromático planar.
  13. Os antiestrógenos competem com os estrógenos naturais pelos receptores nos órgãos-alvos, exercendo assim uma ação agonista parcial e alguns tecidos e antagonista em outros.
  14. Usado na prevenção e no tratamento da osteoporose e na redução da incidência do câncer de mama positivo para receptor de estrógeno.
  15. Tamoxifeno: trata o câncer de mama sensível a estrógenos, por se ligar competitivamente nos receptores do tecido mamário
  16. Clomifeno: se liga à hipófise anterior, impedindo com que os estrógenos façam o feedback negativo, promovendo assim a liberação de FSH e LH para tratar a infertilidade