📚🏞️ Explorando as Lições Profundas dos Andes 🏞️📚
Ao longo do tempo, mergulhei nas páginas de livros, me envolvi nas tramas cinematográficas, explorei documentários e absorvi inúmeras matérias jornalísticas. Cada um desses meios foi uma janela para compreender a complexidade humana e as adversidades enfrentadas. Hoje, posso afirmar com certeza que os ensinamentos documentados sobre a tragédia dos Andes foram mais do que um simples relato.
Essa jornada além das palavras e imagens não apenas enriqueceu meu conhecimento, mas também moldou minha perspectiva de vida. A resiliência diante de situações extremas, a força da solidariedade e a capacidade de superação são lições que transcenderam os limites geográficos dos Andes para se tornarem pilares na minha própria existência.
Cada página virada, cena assistida e relato absorvido contribuiu para meu crescimento pessoal. Os sobreviventes dessa tragédia se tornaram exemplos vivos de determinação, coragem e perseverança. Suas histórias ecoam como inspiração, lembrando-me constantemente da importância de valorizar a vida, superar obstáculos e encontrar luz mesmo nas circunstâncias mais sombrias.
Assim, a saga dos Andes não é apenas uma narrativa distante; tornou-se parte integrante do meu aprendizado contínuo. Essas experiências compartilhadas, através de diferentes formas de mídia, transcenderam a tragédia em si, transformando-se em lições atemporais que moldam minha jornada pessoal.
E você, já teve experiências transformadoras através da literatura, cinema ou documentários? Compartilhe suas descobertas e as lições que marcaram sua vida! 🌟📖🎬 #LiçõesDeVida #Andes #ExperiênciasTransformadoras
1. Novoolharsobrea
tragédianosAndes
ChegaàNetflixo
filmesobreo“pacto
deentregamútua”
entre29mortos
e16sobreviventes
dodesastreaéreo
quecomoveuo
mundoem1972
CULTURA QUINTA-FEIRA, 4/1/2024
19
CINEMAVERDADE
Pablo Vierci nunca se esquecerá do mo-
mento em que ouviu os 16 nomes. Estavam
vivosdoismesesdepoisdaquedadeumavi-
ão nos Andes! Meio século depois, o filme
sobresuaincrívelepopeiahomenageiatam-
bém os 29 que morreram.
“Faltava contar a história global”, afirma
Vierci,produtorassociadodofilme“ASocie-
dadedaNeve”,autordolivrohomônimoso-
breofamosoacidenteaéreodeumgrupode
uruguaios na cordilheira entre Argentina e
Chile em 1972.
“Tendemosafocarmuitonossobreviven-
tes, porque era tão desmedido, tão épico o
que eles haviam conseguido, que ficaram
nas sombras os outros 29. Em um caso bas-
tante atípico, os 16 estão vivos graças ao fa-
to de que houve mortos”, diz Vierci, colega
de escola e vizinho de muitos passageiros
do fatídico voo 571.
Doze pessoas morreram em 13 de outu-
bro de 1972 quando um avião da Força Aé-
rea Uruguaia, fretado para levar uma equi-
pe de rúgbi amadora, amigos e familiares,
caiu no Vale das Lágrimas, nos Andes ar-
gentinos, a quase 4 mil metros de altitude.
Outros 17 morreram depois na montanha.
Ao final de uma odisseia heroica, dois so-
breviventes conseguiram chegar ao Chile
para pedir ajuda e os outros foram resgata-
dosapóssuportarem72diasdefrioextremo,
obrigados a consumir a carne dos mortos.
Este “pacto de entrega mútua” na
imensidão da neve comoveu o cineasta
espanhol Juan Antonio Bayona, que leu o
livro de Vierci enquanto filmava “O im-
possível”, em 2011
.DEFESTIVAISAOSTREAMING
Ovacionado no Festival de Veneza, pre-
miado no festival de San Sebastián e esco-
lhido para representar a Espanha no Oscar
2024, o filme chega nesta quinta-feira (4/1)
à plataforma Netflix.
Aimpactantehistóriajáfoitemadolonga
mexicano“Sobreviventes dos Andes”(1976),
deRenéCardona,edaproduçãohollywoodi-
ana “Vivos” (1993), de Frank Marshall, com
Ethan Hawke e Josh Hamilton. Também ins-
pirouodocumentário“ASociedadedaNeve”
(2007), do uruguaio Gonzalo Arijón.
Porém, o filme de Bayona é especial por-
quecumprepremissasimprescindíveis:tem
aanuênciadetodosossobreviventeseenlu-
tados,éfalado em espanhol e mostra o“não
desistir” que é parte da idiossincrasia uru-
guaia, segundo Vierci.
Nãoécinemadecatástrofe,nemfilmede
aventura ou thriller. “É uma experiência
emocional inspiradora, no limite entre a vi-
da e a morte, e, não obstante, de esperança”,
resume o escritor, de 73 anos.
Para seu amigo Daniel Fernández Strau-
ch,quetinha26anosquandoficoupresona
montanha e ainda se emociona ao se lem-
brar da tragédia, o grande acerto de Bayona
é a autenticidade.
“Neste longa, as pessoas vão entender o
que passamos”, garante o hoje engenheiro
agrônomo aposentado, de 77 anos.
“Até a sensação de frio volta. É de um re-
alismo total. A história é bastante dura, mas
está muito bem contada”, acrescenta Fer-
nández Strauch, que, com os primos Eduar-
do e Adolfo Strauch, organizava o alimento,
“a tarefa mais horrível de todas”.
Este homem magro, que ainda conser-
va a jaqueta e os óculos do piloto falecido
no acidente, ressalta a obsessão de Bayo-
na pelos detalhes, “desde a etiqueta de
um sapato até a reconstrução do aeropor-
to de Carrasco”.
Strauch destaca as conversas com Fran-
cisco Romero, o ator argentino que o inter-
pretou, algo que não ocorreu nas outras
reconstituições.
A filmagem de“A Sociedade da Neve”le-
vou 141 dias não consecutivos, com loca-
ções na Espanha, Argentina, Chile e
Uruguai. Foi dificultada pela pandemia.
Contudo, o mais inesquecível foi a proje-
ção especial do longa para os sobreviven-
tes, suas famílias e todos os enlutados, em
1º de setembro do ano passado, em um ci-
nema da capital uruguaia.
Fernández Strauch não esconde a emo-
ção ao recordar este momento.“O abraço fi-
nal de todos era como se a cordilheira tives-
se vindo para Montevidéu. Estávamos to-
dos lá”, afirma. (AFP) §
“ASOCIEDADEDANEVE”
Espanha,Uruguai,EUAeChile,2023.DireçãodeJ.A
Bayona.ComAgustinPardella,FranciscoRomeroe
SimonHempe,entreoutros.Emcartazapartirdesta
quinta-feira(4/1)naplataformaNetflix.
DANIELFERNÁNDEZSTRAUCH,SOBREVIVENTE
DOVOO571,ELOGIAA“AUTENTICIDADE”
DOFILME“ASOCIEDADEDANEVE”
EITANABRAMOVICH/AFP
“ASOCIEDADEDANEVE”REPRESENTA
AESPANHANOOSCARDESTEANO