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A Borboleta Isabela
Margarida Macedo
Elsa Gralho
Era uma vez… uma linda borboleta de asas cor-de-rosa,
chamada Isabela.
Um dia Isabela começou a pensar em realizar o seu
sonho… Que era ter asas arco-íris.
- Quero tanto ter asas arco-íris! – dizia ela sempre para
os seus amigos (às vezes eles ignoravam-na, de tão chata
ela ser com aquela história de mudar a cor das asas).
Certa manhã, Isabela decidiu percorrer o mundo em
busca de ajuda.
Primeiro foi à procura da cor vermelha. Enquanto
sobrevoava os campos começou a ver pontinhos
vermelhos, decidiu aproximar-se e verificou que era um
campo com lindas papoilas vermelhas.
De seguida perguntou a uma papoila:
- Amiga papoila dás-me um pouco do teu vermelho
luminoso?
- Para que queres tu o meu vermelho?
- Quero ter asas arco-íris, ajudas-me?
Então a papoila deu-lhe um pouco do seu vermelho
dentro de um frasquinho e despediu–se da Isabela, que
lá continuou o seu voo em busca de cores.
A cor seguinte que precisava era laranja. Voou até ao
pomar mais próximo em busca de laranjas suculentas.
Aproximou-se de uma bonita laranjeira carregadinha de
laranjas e perguntou-lhe se a ajudava a ter asas arco-íris.
A laranjeira logo se prontificou a ajudá-la e deu-lhe um
frasquinho com cor de laranja. Isabela agradeceu e
partiu em busca de mais cores.
A próxima cor seria o amarelo e já que se encontrava
no pomar, voou tentando encontrar um limoeiro que
tivesse limões bem amarelinhos para lhe poder dar um
pouco do seu amarelo. Ela tinha pensado em pedir ao sol,
mas era impossível chegar até lá sem queimar as suas
lindas asas. Depois de muito procurar, encontrou um
limoeiro e pediu-lhe um pouco da cor dos seus limões. O
limoeiro também quis saber a razão pela qual ela queria a
cor amarela, mais uma vez, Isabela contou o seu desejo
de ter asas arco-íris. O limoeiro ficou comovido e
entregou-lhe um frasquinho com a cor amarelo.
Isabela estava encantada com os seus frasquinhos
coloridos, agradeceu e partiu em busca de novas
cores…
Precisava de verde… Lembrou-se que as
folhas das árvores tem clorofila, uma excelente
fonte de cor verde. Pousou na árvore mais
próxima e perguntou as suas folhas se lhe
davam um pouco do seu verde. As folhas
murmuraram entre elas e decidiram que sim,
davam um pouco do seu verde à Isabela.
Isabela estava a ficar cansada de tanto voar. Voou
em direção à praia para descansar na areia e tentar
pedir ao mar um pouco da sua cor, antes de anoitecer.
O mar estava calmo e depois de algum tempo de
conversa com Isabela, ele deu-lhe um frasquinho azul
para a sua coleção de cores. Já era tarde e Isabela
adormeceu na praia…
Quando acordou já era de noite, o sol já se tinha
deitado e o céu estava estrelado… De repende,
percebeu que uma das cores que ela precisava estava
mesmo por cima dos seus olhos. Gritou ao céu se lhe
dava um pouco do seu anil. O céu ao vê-la com tanto
desespero, ele disse de imediato que sim.
Isabela nessa noite dormiu que nem um anjinho….
No dia seguinte, foi à procura da última cor para as
suas asas. Enquanto voava reparou em violetas num
jardim, aproximou-se e disse-lhes:
- Podem dar me um pouquinho da vossa cor?
- Para que queres o nosso violeta, borboleta Isabela?
- É para as minhas asas!
- Ok, toma um pote com a nossa cor.
Finalmente Isabela tinha as cores todas que precisava.
Nessa tarde, reuniu os frasquinhos, ia por fim realizar o
seu sonho de ter asas arco-íris. Foi um banho demorado e
relaxado. Quando terminou o seu banho, nem queria
acreditar no que estava a ver…
As suas asas tinham perdido a cor e estavam de um
branco cristalino que Isabela nunca vira.
“Como é possível…” pensava ela. “O que tinha corrido
mal...”
Isabela estava inconsolável. Adormeceu num mar de
lágrimas…
Quando acordou, Isabela sentia se muito triste com as
suas asas. Pensou no que podia fazer para solucionar a
situação, só havia uma pessoa que lhe podia explicar o
que tinha acontecido, era o seu amigo Isacc.
Partiu em busca do amigo, assim que contou toda a
história a Isacc, ele percebeu logo o erro de Isabela.
- Isabela, o que aconteceu foi que tu ao juntares as
cores todas formou-se a cor branca. Vem daí que eu
mostro-te….
Isacc mostrou a Isabela um prisma triângular e
explicou-lhe que a cor branca é a junção de todas as
cores do arco-íris. Isabela a princípio não acreditou
mas depois de ver a refração da luz através do prima
ficou maravilhada.
Aquilo era muito lindo, mas não resolvia o problema
de Isabela. Isacc aconselhou-a a ir ter com o seu amigo
Peter, que era um pintor famoso e muito talentoso.
Isabela ao chegar à casa de Peter e lhe ter contado
a sua história, Peter concordou em ajudá-la.
Depois de algum tempo e muitas
pinceladas….Isabela tinha finalmente as suas tão
desejadas asas arco-íris.
• Quem tudo quer tudo pode perder….
• Com a ajuda de amigos vamos mais
longe…
• Devemos seguir os nossos sonhos….

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  • 1. A Borboleta Isabela Margarida Macedo Elsa Gralho
  • 2. Era uma vez… uma linda borboleta de asas cor-de-rosa, chamada Isabela. Um dia Isabela começou a pensar em realizar o seu sonho… Que era ter asas arco-íris. - Quero tanto ter asas arco-íris! – dizia ela sempre para os seus amigos (às vezes eles ignoravam-na, de tão chata ela ser com aquela história de mudar a cor das asas). Certa manhã, Isabela decidiu percorrer o mundo em busca de ajuda.
  • 3. Primeiro foi à procura da cor vermelha. Enquanto sobrevoava os campos começou a ver pontinhos vermelhos, decidiu aproximar-se e verificou que era um campo com lindas papoilas vermelhas. De seguida perguntou a uma papoila: - Amiga papoila dás-me um pouco do teu vermelho luminoso? - Para que queres tu o meu vermelho? - Quero ter asas arco-íris, ajudas-me? Então a papoila deu-lhe um pouco do seu vermelho dentro de um frasquinho e despediu–se da Isabela, que lá continuou o seu voo em busca de cores.
  • 4.
  • 5. A cor seguinte que precisava era laranja. Voou até ao pomar mais próximo em busca de laranjas suculentas. Aproximou-se de uma bonita laranjeira carregadinha de laranjas e perguntou-lhe se a ajudava a ter asas arco-íris. A laranjeira logo se prontificou a ajudá-la e deu-lhe um frasquinho com cor de laranja. Isabela agradeceu e partiu em busca de mais cores.
  • 6. A próxima cor seria o amarelo e já que se encontrava no pomar, voou tentando encontrar um limoeiro que tivesse limões bem amarelinhos para lhe poder dar um pouco do seu amarelo. Ela tinha pensado em pedir ao sol, mas era impossível chegar até lá sem queimar as suas lindas asas. Depois de muito procurar, encontrou um limoeiro e pediu-lhe um pouco da cor dos seus limões. O limoeiro também quis saber a razão pela qual ela queria a cor amarela, mais uma vez, Isabela contou o seu desejo de ter asas arco-íris. O limoeiro ficou comovido e entregou-lhe um frasquinho com a cor amarelo.
  • 7. Isabela estava encantada com os seus frasquinhos coloridos, agradeceu e partiu em busca de novas cores…
  • 8. Precisava de verde… Lembrou-se que as folhas das árvores tem clorofila, uma excelente fonte de cor verde. Pousou na árvore mais próxima e perguntou as suas folhas se lhe davam um pouco do seu verde. As folhas murmuraram entre elas e decidiram que sim, davam um pouco do seu verde à Isabela.
  • 9. Isabela estava a ficar cansada de tanto voar. Voou em direção à praia para descansar na areia e tentar pedir ao mar um pouco da sua cor, antes de anoitecer. O mar estava calmo e depois de algum tempo de conversa com Isabela, ele deu-lhe um frasquinho azul para a sua coleção de cores. Já era tarde e Isabela adormeceu na praia…
  • 10. Quando acordou já era de noite, o sol já se tinha deitado e o céu estava estrelado… De repende, percebeu que uma das cores que ela precisava estava mesmo por cima dos seus olhos. Gritou ao céu se lhe dava um pouco do seu anil. O céu ao vê-la com tanto desespero, ele disse de imediato que sim. Isabela nessa noite dormiu que nem um anjinho….
  • 11. No dia seguinte, foi à procura da última cor para as suas asas. Enquanto voava reparou em violetas num jardim, aproximou-se e disse-lhes: - Podem dar me um pouquinho da vossa cor? - Para que queres o nosso violeta, borboleta Isabela? - É para as minhas asas! - Ok, toma um pote com a nossa cor.
  • 12. Finalmente Isabela tinha as cores todas que precisava. Nessa tarde, reuniu os frasquinhos, ia por fim realizar o seu sonho de ter asas arco-íris. Foi um banho demorado e relaxado. Quando terminou o seu banho, nem queria acreditar no que estava a ver… As suas asas tinham perdido a cor e estavam de um branco cristalino que Isabela nunca vira. “Como é possível…” pensava ela. “O que tinha corrido mal...” Isabela estava inconsolável. Adormeceu num mar de lágrimas…
  • 13. Quando acordou, Isabela sentia se muito triste com as suas asas. Pensou no que podia fazer para solucionar a situação, só havia uma pessoa que lhe podia explicar o que tinha acontecido, era o seu amigo Isacc. Partiu em busca do amigo, assim que contou toda a história a Isacc, ele percebeu logo o erro de Isabela. - Isabela, o que aconteceu foi que tu ao juntares as cores todas formou-se a cor branca. Vem daí que eu mostro-te….
  • 14. Isacc mostrou a Isabela um prisma triângular e explicou-lhe que a cor branca é a junção de todas as cores do arco-íris. Isabela a princípio não acreditou mas depois de ver a refração da luz através do prima ficou maravilhada.
  • 15. Aquilo era muito lindo, mas não resolvia o problema de Isabela. Isacc aconselhou-a a ir ter com o seu amigo Peter, que era um pintor famoso e muito talentoso. Isabela ao chegar à casa de Peter e lhe ter contado a sua história, Peter concordou em ajudá-la. Depois de algum tempo e muitas pinceladas….Isabela tinha finalmente as suas tão desejadas asas arco-íris.
  • 16.
  • 17. • Quem tudo quer tudo pode perder…. • Com a ajuda de amigos vamos mais longe… • Devemos seguir os nossos sonhos….