O documento discute o georreferenciamento urbano e o uso de imagens de satélite e drones para calcular e atualizar o IPTU de forma mais precisa. O georreferenciamento fornece coordenadas para regularizar propriedades e o IPTU é uma importante fonte de receita para municípios, financiando serviços públicos. Mapeamento aéreo com drones permite que mais municípios atualizem dados de construções e cobrem IPTU de forma justa.
2. O georreferenciamento urbano
O georreferenciamento urbano: é a geração de coordenadas que possibilitam o cadastro
e a regularização de imóveis situados em áreas urbanas. Essas coordenadas
georreferenciadas incluem a área total, as medidas perimetrais, os confrontantes, entre
outros elementos essenciais para situar e caracterizar o imóvel. A importância
do georreferenciamento urbano valor está na viabilização da inclusão de imóveis no
Cadastro Técnico Multifinalitário, um sistema de registro das diversas propriedades
imobiliárias que compõem a estrutura urbana que possibilita ações jurídicas, fiscais e de
planejamento.
Viabilizado por meio da topografia, o georreferenciamento urbano valor é realizado por
meio do levantamento planialtimétrico e cadastral georreferenciado, feito com base em
referências de coordenadas e cotas de alta confiabilidade, como o SIRGAS 2000 e
WGS 84.
3. Importância do IPTU para a receita do município
O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) é um tributo designado de
“imposto” e somente os Municípios têm competência para instituir a cobrança e destinar.
O IPTU é a fonte de renda mais importante para o Município e funciona da seguinte forma: quanto
maior a arrecadação, maiores serão os benefícios para a população.
Toda a importância arrecadada é convertida em benefícios sociais da cidade e garantem o bem-
estar de seus habitantes.
Algumas aplicações são: saúde, educação, limpeza pública e outras áreas de interesse público.
É importante contextualizar que o Brasil é uma república federativa formada pela união de 26
estados federados, 5.570 municípios e do Distrito Federal.
O tributo é definido com base no valor venal do imóvel, calculado a partir da Planta Genérica de
Valores Imobiliários (PGVI) do município. Este documento determina o preço médio do metro
quadrado em cada via da cidade.
Desta forma, para saber quanto você vai pagar de IPTU, basta aplicar ao valor venal da sua
propriedade as alíquotas determinadas pela legislação municipal. Boa parte dos municípios adota o
cálculo progressivo do imposto.
Por exemplo, o proprietário de um imóvel avaliado em 500.000 reais, que fica em um município
cuja alíquota para esta faixa de preço é de 1,4%, irá pagar 7.000 reais de imposto.
4. Cobrança através do Mapeamento Aéreo
O Mapeamento Aéreo não surgiu com a chegada dos drones, pelo contrário, ele já é realizado
desde o século passado, sendo que antes dos drones eram utilizados aviões tripulados.
De forma simples, o processo consiste em capturar imagens aéreas do município e após
processar essas imagens e corrigir os erros de distorções e do relevo são gerados produtos
cartográficos capazes de mensurar o terreno de forma remota.
De posse dessa base cartográfica é possível mensurar os lotes e edificações do município e
identificar possíveis irregularidades na cobrança de IPTU do mesmo.
Vale lembrar também que o mapeamento aéreo permite que sejam atualizadas as informações
referentes às novas construções nos imóveis podendo ter alterações no valor venal do
mesmo.
Essa é a maneira do município aumentar a sua arrecadação sem precisar aumentar a alíquota
geral, é uma cobrança mais justa, pois quem não construiu de fato não paga nada a mais por
isso. A alíquota é definida de acordo com a necessidade de cada cidade.
5. Por que fazer mapeamento aéreo com Drones para
cálculo de IPTU?
O mapeamento aéreo com aviões tripulados já era
utilizado para realizar a cobrança de IPTU, porém,
devido ao seu alto custo operacional era apenas viável
para os grandes centros.
Com a chegada dos drones, o custo operacional caiu
drasticamente possibilitando que pequenos e médios
municípios (a grande maioria no Brasil) tenham acesso a
essa tecnologia.
6. IPTU ATRAVES DE IMÁGENS DE SATÉLITE
Imagens de drones e de satélites têm sido muito utilizadas pelo poder público. Para os
municípios, realizar o monitoramento de suas áreas urbanas por imagens de satélite é mais
prático e traz mais receita. Há uma proliferação de leis municipais que permitem ajustar as
alíquotas do IPTU quando imagens geoespaciais comprovam alterações na metragem e
benfeitorias dos imóveis, o que altera o seu valor de mercado e, portanto, o tributo predial.
O município não envia mais técnicos ao local para apurar dados. Esse trabalho é agora
atividade de gabinete, de base geoespacial. Com isso, o poder público aumenta a eficiência
do seu controle sobre a propriedade privada. Tecnicamente, nada impede essa prática. O
problema é que a fiscalização municipal feita do espaço está desconectada com as políticas
públicas em terra.
As imagens geoespaciais precisam ter relação com a base cartográfica e geográfica
municipal, que contém as informações da planta de valores. Isso implica a necessidade de se
estabelecer uma base cartográfica oficial, de caráter público, de fácil acesso aos cidadãos,
que proponha instrumentos de controle e permita a integração entre municípios, estados e
União.