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Controle e Automação Industrial
T
emperatura– Parte I
TEMPERATURAé a quantidade medida por um termômetro, que pode
ser expressaem
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TEMPERATURA -I
°C
°F
K
Graus Celsius (0°C
Graus Fahrenheit(32°F
100°C)
212°F)
(escala relativa)
(escala relativa)
(absoluta)
Kelvin (273,15K 373,15K)
Do ponto de vista termodinâmico, temperatura é uma grandeza
relacionada ao movimento térmico/energia cinética dos átomos de um
corpo.
Definições
Há um limite inferior para temperatura. Em 0K (-273,15°C), o movimento
térmicodos átomos atinge o seu mínimo quântico.
Não há limite superior.O próprio conceito de movimento térmico (ou
mesmo de átomo) perde o sentido em temperaturas extremas.
A temperatura estimada para o núcleo do Sol é de 15.700.000K.
3
TEMPERATURA -I
Definições
TERMÔMETRO é um instrumento que mede temperatura.
ENERGIATÉRMICAde um corpo é a grandeza associada à soma das
energias cinéticas dos átomosconstituintes.
A energia térmica depende da temperatura, da massa e do tipo de
material que constitui ocorpo.
CALORse refere a transferência de energia térmica entre um corpo e o
meio circundante ou outrocorpo.
A transferência entre corpos ocorre quando há diferença de temperatura
entre eles.
4
TEMPERATURA -I
Definições
As formas de transferência de calor são:
5
TEMPERATURA -I
CONDUÇÃO corpos em contato físico,sem transferência de massa
CONVECÇÃO transferência de calor por intermédio de um corpo
fluído, com deslocamento demassa
RADIAÇÃO corpos sem contato físico,sem transferência de massa
Os sensores de temperatura, de formas variadas, empregam um ou
mais desses fenômenos para obter uma leitura.
Definições
A medição de temperatura, especialmente em faixas mais altas, é
intrinsecamente desafiadora.
É necessário expor o elemento primário a altas temperaturas,
eventualmente em ambientes onde também há esforços mecânicos ou
altas pressões (e.g. tubulações com elevadas vazões de fluídos muito
quentes) ou mesmo ambientescorrosivos.
Além disso, a maioria dos elementos primários que medem
temperatura são relativamentefrágeis.
6
TEMPERATURA -I
Proteção
Uma solução é utilizar instrumentos NÃO INTRUSIVOS, porém nem
sempre essa solução éadequada.
OBS.: Com antena para transmissão sem fio.
Proteção
7
TEMPERATURA -I
Instrumentos INTRUSIVOS apresentam potencialmente melhor
desempenho, porém requerem que se proteja o elemento primário.
Os dispositivos usuaissão:
TUBOS:revestimentos metálicos ou cerâmicos usualmente
incorporados aos instrumentos.
termopar com tubo
Proteção -tubos
8
TEMPERATURA -I
POÇOS: (poços térmicos, termopoços – thermowells) são intrusões
estanque fixadas ao processo que permitem a manutenção e troca dos
elementos primários sem contato com o processo.
Proteção -poços
9
TEMPERATURA -I
Proteção -poços
ROSQUEADO FLANGEADO
* Poços usualmente grampeados de fácil limpeza.
10
TEMPERATURA -I
SOLDADO SANITÁRIO*
Observações
•As intrusões (poços e tubos) causam perturbações ao fluxo em
tubulações. Em casos extremos podem gerar ressonância ou cavitação.
•Tubos e especialmente poços causam um aumento no tempo de
resposta dos sensores, pois eles devem esquentar ou esfriar junto com
a variávelde processo para o valor se refletir no elemento primário.
11
TEMPERATURA -I
Proteção -poços
São os seguintes os tipos de termômetros mais comumente
encontrados na Indústria:
12
TEMPERATURA -I
Tipos
CONDUÇÃO
Termômetro por dilatação delíquido
Indicação apenaslocal
Termômetro por dilatação degás
Termômetro por pressão devapor
Termômetro por dilatação desólido Indicação local,A&C
Termômetro por efeitotermoelétrico Transmissão, A&C
Termômetro por resistência elétrica Transmissão, A&C
RADIAÇÃO
Pirômetros, câmeras termográficas,
etc.
Indicação local, transmissão, A&C
O princípio básico desses termômetros é usar a variação volumétrica de
um líquido específico com a temperatura para medí-la.
Tipicamente usa-se líquidos que dilatam quando a temperatura
aumenta.
OBS.: Isso excluiágua, que se adensa entre 0°Ce 4°C.
Dilatação deLíquido
0 1 2 3 4
T (Celsius)
5 6 7 8
;
(
kg/m
3
)
999.8
999.85
999.9
999.95
1000
1000.05
1000.1
13
TEMPERATURA -I
MERCÚRIO por outro lado é uma substância bastante conveniente.
• É líquido a temperaturaambiente.
• Sua dilatação varia linearmente com a temperatura nessa faixa.
Outros líquidos típicos: Tolueno, ÁlcoolEtílico.
Dilatação deLíquido
0 10 20 30 40 50
T (Celsius)
60 70 80 90 100
vol
(
cm
3
/kg
)
73.5
74
74.5
75
14
TEMPERATURA -I
Dilatação deLíquido
Poço
(protege o elementoprimário)
Bulbo
(armazena o líquido)
Termômetro devidro
Escala deleitura
Capilar
(facilita a leitura)
15
TEMPERATURA -I
Observações:
•O espaço restante no capilar deve ser preenchido com gás,
preferencialmente de propriedades físicas conhecidas (tipicamente
nitrogênio), pois o líquido em expansão comprime o gás, o que interfere
na medida.
• A escolha do líquido depende de requisitos diversos:
• A temperatura mínima de medição depende basicamente do ponto de
congelamento do líquido (e.g.mercúrio: -39°C).Termômetros de Etanolou
outras soluções orgânicas são comumente utilizados para medir baixas
temperaturas.
• A temperatura máxima de medição depende basicamente do ponto de
evaporação do líquido. Para medir temperaturas mais altas os termômetros
podem ser preenchidos com gás pressurizado (a pressão mais alta aumenta
o ponto de ebulição, porém diminui a sensibilidade do instrumento).
•Diversos fatores limitam a precisão da medida: dilatação do vidro,
pureza das substâncias, condutividade térmica do corpo, etc.
16
TEMPERATURA -I
Dilatação deLíquido
Termômetro deBourdon
Todo o dispositivo é preenchido por líquido.
A dilatação do fluído tende a desenrolar o
tubo de Bourdone defletir a agulha.
Dilatação deLíquido
TUBO DEBOURDON
17
TEMPERATURA -I
Termômetro deBourdon
18
TEMPERATURA -I
Com marcadores mecânicos de mínimo, máximo e setpoint.
Dilatação deLíquido
Observações:
•O princípio do tubo de Bourdon também se aplica a dispositivos
preenchidos por gás e para medidores de pressão.
• Tendema ser menos precisos e sofrer de histerese.
• São bastante robustos econfiáveis.
• Adequados para atmosferas explosivas (são intrinsecamenteseguros).
•Não se prestam diretamente à transmissão de sinais. Usados mais
comumente como mostradoreslocais.
•O gradiente de temperatura ao longo do capilar pode afetar a leitura,
portanto ele não pode ser muito longo.
•O tempo de resposta pode ser um tanto longo (a depender das
dimensões do bulbo e do comprimento do capilar).
19
TEMPERATURA -I
Dilatação deLíquido
Termômetro deBourdon
O princípio é omesmo.
Todo o dispositivo é preenchido por gás.
A expansão do gás tende a desenrolar o
tubo de Bourdone defletir a agulha.
Dilatação deGás
TUBO DEBOURDON
20
TEMPERATURA -I
Termômetro deBourdon
Dilatação deGás
21
TEMPERATURA -I
Observações:
• A escolha do gás depende de requisitos diversos:
• A temperatura mínima de medição depende basicamente do ponto de
liquefação do gás na pressão em que o dispositivo é preenchido.
• A temperatura máxima de medição depende da resistência dos materiais ao
calor e da porosidade em temperaturaselevadas.
• É preferível usar gases inertes (e.g.hélio, nitrogênio, etc.) ou pouco reativos.
Isso minimiza o risco de explosão e os efeitos da reatividade do gás,
especialmente em altastemperaturas.
•Valem a maioria das observações feitas anteriormente sobre os
termômetros por dilatação delíquido.
22
TEMPERATURA -I
Dilatação deGás
Termômetro deBourdon
O bulbo é preenchido parcialmente com
um líquido volátil.O reservatório entra em
equilíbrio líquido-vapor à pressão de
enchimento
O aumento da temperatura fazcom que o
ponto de equilíbrio sealtere, vaporizando
parte do líquido e aumentando a pressão
de equilíbrio.
A pressão tende a desenrolar o tubo de
Bourdon, defletindo aagulha.
A parte líquida fornece um reservatório
para produção de vapor que permite
ampliar a faixa de medição doinstrumento.
Pressão deVapor
LÍQUIDO
CAPILA
R
BULBO
23
TEMPERATURA -I
VAPOR
Observações:
•Preenchimentos típicos incluem: butano, éter etílico, tolueno,propano,
etc.
24
TEMPERATURA -I
Pressão deVapor
Formatos típicos de tubos de Bourdon incluem tubos espirais e
helicoidais.
Os tubos sãousualmente achatados.
Tubos deBourdon
ESPIRAL
25
TEMPERATURA -I
HELICOIDAL
A dilatação de sólidos com o aumento da temperatura também pode ser
utilizada para semedí-la.
O deslocamento mecânico causado pela dilatação pode mover um
indicador em uma escala associada à temperatura.
O tipo mais comum (e interessante) elemento primário baseado nesse
princípio é o PAR BIMETÁLICO, que encontra larga aplicação em
instrumentação econtrole.
26
TEMPERATURA -I
Dilatação deSólidos
O PARBIMETÁLICO
Considerem o seguintearranjo:
Dilatação deSólidos
LÂMINADE MATERIAL A
LÂMINADE MATERIAL B
LÂMINASFIXADAS
27
TEMPERATURA -I
Suponham que os materiais tenham coeficientes de dilatação diferentes
(por hipótese vamos admitir que o materialA tenha o coeficiente maior).
Ao se aumentar a temperatura ocorre o seguinte:
A deflexão,proporcional à temperatura, pode ser utilizada para indicar a
temperatura num mostrador.
Dilatação deSólidos
TEMPERATURAAMBIENTE
28
TEMPERATURA -I
MAIS QUENTE
O tipo de par bimetálico mais utilizado na Indústria é o par Helicoidal:
• A estrutura helicoidal associada a um eixo giratório apresenta uma boa
sensibilidade a variações detemperatura;
• A forma alongada da hélice é conveniente para inserção em poços e afastar
fisicamente o elemento primário (o bimetal) do mostrador.
ParBimetálico
EXTREMIDADE
LIVRE
PARBIMETÁLICO
HELICOIDAL
EXTREMIDADE
FIXA
EIXOGIRATÓRIO
EXTREMIDADELIVRE
ACOPLADAAOEIXO
EXTREMIDADEFIXA
POÇO
29
TEMPERATURA -I
Exemplos:
ParBimetálico
PAR BIMETÁLICOHELICOIDAL
-70°C a 600°C (IP68)
PARBIMETÁLICO
EM ESPIRAL
30
TEMPERATURA -I
Observações:
•Materiais típicos incluem INVAR-36 (liga com 64%Fe e 36%Ni) que tem
baixo coeficiente de dilatação associado a outros metais ou ligas
metálicas (latão, etc.)que têm coeficientes de dilatação muitomaiores.
•Pares bimetálicos são particularmente sensíveis a histerese. Esse
problema é usualmente mitigado com tratamentostérmicos.
•Pares bimetálicos são muito utilizados para implementar termostatos e
sensores binários.
31
TEMPERATURA -I
ParBimetálico

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  • 1. Controle e Automação Industrial T emperatura– Parte I
  • 2. TEMPERATURAé a quantidade medida por um termômetro, que pode ser expressaem 2 TEMPERATURA -I °C °F K Graus Celsius (0°C Graus Fahrenheit(32°F 100°C) 212°F) (escala relativa) (escala relativa) (absoluta) Kelvin (273,15K 373,15K) Do ponto de vista termodinâmico, temperatura é uma grandeza relacionada ao movimento térmico/energia cinética dos átomos de um corpo. Definições
  • 3. Há um limite inferior para temperatura. Em 0K (-273,15°C), o movimento térmicodos átomos atinge o seu mínimo quântico. Não há limite superior.O próprio conceito de movimento térmico (ou mesmo de átomo) perde o sentido em temperaturas extremas. A temperatura estimada para o núcleo do Sol é de 15.700.000K. 3 TEMPERATURA -I Definições
  • 4. TERMÔMETRO é um instrumento que mede temperatura. ENERGIATÉRMICAde um corpo é a grandeza associada à soma das energias cinéticas dos átomosconstituintes. A energia térmica depende da temperatura, da massa e do tipo de material que constitui ocorpo. CALORse refere a transferência de energia térmica entre um corpo e o meio circundante ou outrocorpo. A transferência entre corpos ocorre quando há diferença de temperatura entre eles. 4 TEMPERATURA -I Definições
  • 5. As formas de transferência de calor são: 5 TEMPERATURA -I CONDUÇÃO corpos em contato físico,sem transferência de massa CONVECÇÃO transferência de calor por intermédio de um corpo fluído, com deslocamento demassa RADIAÇÃO corpos sem contato físico,sem transferência de massa Os sensores de temperatura, de formas variadas, empregam um ou mais desses fenômenos para obter uma leitura. Definições
  • 6. A medição de temperatura, especialmente em faixas mais altas, é intrinsecamente desafiadora. É necessário expor o elemento primário a altas temperaturas, eventualmente em ambientes onde também há esforços mecânicos ou altas pressões (e.g. tubulações com elevadas vazões de fluídos muito quentes) ou mesmo ambientescorrosivos. Além disso, a maioria dos elementos primários que medem temperatura são relativamentefrágeis. 6 TEMPERATURA -I Proteção
  • 7. Uma solução é utilizar instrumentos NÃO INTRUSIVOS, porém nem sempre essa solução éadequada. OBS.: Com antena para transmissão sem fio. Proteção 7 TEMPERATURA -I
  • 8. Instrumentos INTRUSIVOS apresentam potencialmente melhor desempenho, porém requerem que se proteja o elemento primário. Os dispositivos usuaissão: TUBOS:revestimentos metálicos ou cerâmicos usualmente incorporados aos instrumentos. termopar com tubo Proteção -tubos 8 TEMPERATURA -I
  • 9. POÇOS: (poços térmicos, termopoços – thermowells) são intrusões estanque fixadas ao processo que permitem a manutenção e troca dos elementos primários sem contato com o processo. Proteção -poços 9 TEMPERATURA -I
  • 10. Proteção -poços ROSQUEADO FLANGEADO * Poços usualmente grampeados de fácil limpeza. 10 TEMPERATURA -I SOLDADO SANITÁRIO*
  • 11. Observações •As intrusões (poços e tubos) causam perturbações ao fluxo em tubulações. Em casos extremos podem gerar ressonância ou cavitação. •Tubos e especialmente poços causam um aumento no tempo de resposta dos sensores, pois eles devem esquentar ou esfriar junto com a variávelde processo para o valor se refletir no elemento primário. 11 TEMPERATURA -I Proteção -poços
  • 12. São os seguintes os tipos de termômetros mais comumente encontrados na Indústria: 12 TEMPERATURA -I Tipos CONDUÇÃO Termômetro por dilatação delíquido Indicação apenaslocal Termômetro por dilatação degás Termômetro por pressão devapor Termômetro por dilatação desólido Indicação local,A&C Termômetro por efeitotermoelétrico Transmissão, A&C Termômetro por resistência elétrica Transmissão, A&C RADIAÇÃO Pirômetros, câmeras termográficas, etc. Indicação local, transmissão, A&C
  • 13. O princípio básico desses termômetros é usar a variação volumétrica de um líquido específico com a temperatura para medí-la. Tipicamente usa-se líquidos que dilatam quando a temperatura aumenta. OBS.: Isso excluiágua, que se adensa entre 0°Ce 4°C. Dilatação deLíquido 0 1 2 3 4 T (Celsius) 5 6 7 8 ; ( kg/m 3 ) 999.8 999.85 999.9 999.95 1000 1000.05 1000.1 13 TEMPERATURA -I
  • 14. MERCÚRIO por outro lado é uma substância bastante conveniente. • É líquido a temperaturaambiente. • Sua dilatação varia linearmente com a temperatura nessa faixa. Outros líquidos típicos: Tolueno, ÁlcoolEtílico. Dilatação deLíquido 0 10 20 30 40 50 T (Celsius) 60 70 80 90 100 vol ( cm 3 /kg ) 73.5 74 74.5 75 14 TEMPERATURA -I
  • 15. Dilatação deLíquido Poço (protege o elementoprimário) Bulbo (armazena o líquido) Termômetro devidro Escala deleitura Capilar (facilita a leitura) 15 TEMPERATURA -I
  • 16. Observações: •O espaço restante no capilar deve ser preenchido com gás, preferencialmente de propriedades físicas conhecidas (tipicamente nitrogênio), pois o líquido em expansão comprime o gás, o que interfere na medida. • A escolha do líquido depende de requisitos diversos: • A temperatura mínima de medição depende basicamente do ponto de congelamento do líquido (e.g.mercúrio: -39°C).Termômetros de Etanolou outras soluções orgânicas são comumente utilizados para medir baixas temperaturas. • A temperatura máxima de medição depende basicamente do ponto de evaporação do líquido. Para medir temperaturas mais altas os termômetros podem ser preenchidos com gás pressurizado (a pressão mais alta aumenta o ponto de ebulição, porém diminui a sensibilidade do instrumento). •Diversos fatores limitam a precisão da medida: dilatação do vidro, pureza das substâncias, condutividade térmica do corpo, etc. 16 TEMPERATURA -I Dilatação deLíquido
  • 17. Termômetro deBourdon Todo o dispositivo é preenchido por líquido. A dilatação do fluído tende a desenrolar o tubo de Bourdone defletir a agulha. Dilatação deLíquido TUBO DEBOURDON 17 TEMPERATURA -I
  • 18. Termômetro deBourdon 18 TEMPERATURA -I Com marcadores mecânicos de mínimo, máximo e setpoint. Dilatação deLíquido
  • 19. Observações: •O princípio do tubo de Bourdon também se aplica a dispositivos preenchidos por gás e para medidores de pressão. • Tendema ser menos precisos e sofrer de histerese. • São bastante robustos econfiáveis. • Adequados para atmosferas explosivas (são intrinsecamenteseguros). •Não se prestam diretamente à transmissão de sinais. Usados mais comumente como mostradoreslocais. •O gradiente de temperatura ao longo do capilar pode afetar a leitura, portanto ele não pode ser muito longo. •O tempo de resposta pode ser um tanto longo (a depender das dimensões do bulbo e do comprimento do capilar). 19 TEMPERATURA -I Dilatação deLíquido
  • 20. Termômetro deBourdon O princípio é omesmo. Todo o dispositivo é preenchido por gás. A expansão do gás tende a desenrolar o tubo de Bourdone defletir a agulha. Dilatação deGás TUBO DEBOURDON 20 TEMPERATURA -I
  • 22. Observações: • A escolha do gás depende de requisitos diversos: • A temperatura mínima de medição depende basicamente do ponto de liquefação do gás na pressão em que o dispositivo é preenchido. • A temperatura máxima de medição depende da resistência dos materiais ao calor e da porosidade em temperaturaselevadas. • É preferível usar gases inertes (e.g.hélio, nitrogênio, etc.) ou pouco reativos. Isso minimiza o risco de explosão e os efeitos da reatividade do gás, especialmente em altastemperaturas. •Valem a maioria das observações feitas anteriormente sobre os termômetros por dilatação delíquido. 22 TEMPERATURA -I Dilatação deGás
  • 23. Termômetro deBourdon O bulbo é preenchido parcialmente com um líquido volátil.O reservatório entra em equilíbrio líquido-vapor à pressão de enchimento O aumento da temperatura fazcom que o ponto de equilíbrio sealtere, vaporizando parte do líquido e aumentando a pressão de equilíbrio. A pressão tende a desenrolar o tubo de Bourdon, defletindo aagulha. A parte líquida fornece um reservatório para produção de vapor que permite ampliar a faixa de medição doinstrumento. Pressão deVapor LÍQUIDO CAPILA R BULBO 23 TEMPERATURA -I VAPOR
  • 24. Observações: •Preenchimentos típicos incluem: butano, éter etílico, tolueno,propano, etc. 24 TEMPERATURA -I Pressão deVapor
  • 25. Formatos típicos de tubos de Bourdon incluem tubos espirais e helicoidais. Os tubos sãousualmente achatados. Tubos deBourdon ESPIRAL 25 TEMPERATURA -I HELICOIDAL
  • 26. A dilatação de sólidos com o aumento da temperatura também pode ser utilizada para semedí-la. O deslocamento mecânico causado pela dilatação pode mover um indicador em uma escala associada à temperatura. O tipo mais comum (e interessante) elemento primário baseado nesse princípio é o PAR BIMETÁLICO, que encontra larga aplicação em instrumentação econtrole. 26 TEMPERATURA -I Dilatação deSólidos
  • 27. O PARBIMETÁLICO Considerem o seguintearranjo: Dilatação deSólidos LÂMINADE MATERIAL A LÂMINADE MATERIAL B LÂMINASFIXADAS 27 TEMPERATURA -I
  • 28. Suponham que os materiais tenham coeficientes de dilatação diferentes (por hipótese vamos admitir que o materialA tenha o coeficiente maior). Ao se aumentar a temperatura ocorre o seguinte: A deflexão,proporcional à temperatura, pode ser utilizada para indicar a temperatura num mostrador. Dilatação deSólidos TEMPERATURAAMBIENTE 28 TEMPERATURA -I MAIS QUENTE
  • 29. O tipo de par bimetálico mais utilizado na Indústria é o par Helicoidal: • A estrutura helicoidal associada a um eixo giratório apresenta uma boa sensibilidade a variações detemperatura; • A forma alongada da hélice é conveniente para inserção em poços e afastar fisicamente o elemento primário (o bimetal) do mostrador. ParBimetálico EXTREMIDADE LIVRE PARBIMETÁLICO HELICOIDAL EXTREMIDADE FIXA EIXOGIRATÓRIO EXTREMIDADELIVRE ACOPLADAAOEIXO EXTREMIDADEFIXA POÇO 29 TEMPERATURA -I
  • 30. Exemplos: ParBimetálico PAR BIMETÁLICOHELICOIDAL -70°C a 600°C (IP68) PARBIMETÁLICO EM ESPIRAL 30 TEMPERATURA -I
  • 31. Observações: •Materiais típicos incluem INVAR-36 (liga com 64%Fe e 36%Ni) que tem baixo coeficiente de dilatação associado a outros metais ou ligas metálicas (latão, etc.)que têm coeficientes de dilatação muitomaiores. •Pares bimetálicos são particularmente sensíveis a histerese. Esse problema é usualmente mitigado com tratamentostérmicos. •Pares bimetálicos são muito utilizados para implementar termostatos e sensores binários. 31 TEMPERATURA -I ParBimetálico