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BRANCA DE
NEVE E OS
SETE ANÕES

W
illiam Crawford
professor prim
ário nos
E – Ilustração:
UA
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chneider
Denzin - B
rasil
Branca de Neve
empenhou todas as suas
forças tentando aplicar
o que havia aprendido
na faculdade.

Para mostrar a
seriedade de seu
objetivo, ela converteu
a sala de jantar em uma
sala de aula e exigiu
que eles, os anões,
assistissem às aulas,
seis horas por dia.
Assim, todo dia, após uma longa jornada
de trabalho, os sete anões sentavam-se em
pequenas carteiras organizadas em fileiras,
e assistiam as aulas.
A princípio as coisas foram muito bem. Eles
tentavam ler todas as lições dos sete ou oito
livros que Branca de Neve lhes dava, e
respondiam as perguntas no final de cada
capítulo.
Eles tentavam seguir as regras de conduta que
Branca de Neve havia estabelecido. Eles não
ficavam conversando em classe. Eles pediam
licença para ir ao banheiro, beber água ou apontar
o lápis.
Assim foi por alguns dias. Os anões estavam
desejosos de aprender e agradar a professora.
Mas, antes que a primeira semana terminasse,
Branca de Neve se meteu em problemas.
Primeiro foi Dunga.
Dunga não era como os
demais anões. Ele tinha
orelhas enormes e roupas
demasiado grandes para ele.
Ele parecia diferente e seu
comportamento era um
tanto estranho. Como o
palhaço da classe, ele não
conseguia sentar-se quieto.
Branca de Neve estava segura
que ele era deficiente mental.
Ele certamente não poderia
ficar na classe pois distraía os
demais anões. Assim, mandou
Dunga brincar no lado de fora
durante o período de aula. –
“Não volte até que você
consiga sentar-se quieto”,
advertiu Branca de Neve.
Logo foi Feliz.
Feliz não podia fazer
exercícios porque se
distraía com qualquer
movimento ao seu redor e
achava graça em tudo.
Seus comentários e risadas
distraíam os demais tanto
quanto o fazia Dunga.
Assim, Branca de Neve
mandou que ele fosse
fazer companhia a
Dunga. – “Não volte
até que consiga
guardar silêncio”,
advertiu. E então
continuou com o
ensino apropriado aos
demais.
Não tardou muito até surgir outro
problema. Os anões não
conseguiam concentrar-se com os
espirros de Atchim. Branca de
Neve diagnosticou seu problema
como sendo sinusite crônica e
mandou que fosse à floresta
procurar alguma raiz, seiva ou
erva para fazer um chá que
controlasse seu problema. – “Não
volte até que se cure,” ela pediu.
As coisas foram bem por
mais alguns dias, até que
apareceu outro problema.
Zangado sentava-se sempre
quieto, em silêncio, fazendo
suas tarefas, mas ele nunca
parecia estar satisfeito com
a escola. Ele parecia estar de
mal humor, mas enquanto
não causasse problemas,
Branca de Neve suportaria
aquele comportamento. Até
que ele começou a queixarse em sussurros.
Branca de Neve ignorou o
comportamento, mas sua
murmuração tornava-se
cada vez mais audível, e logo
Zangado se queixava de
tudo – dos livros sem graça,
da quantidade de exercícios,
de ter que memorizar.
Branca de Neve não podia
permitir que seu
comportamento
influenciasse os demais,
assim, ela colocou-o para
fora. – “Não volte até que
possa mostrar algum
entusiasmo em classe,”
advertiu.
Agora só restavam três
anões na classe de
Branca de Neve. Com a
classe menor, ela tinha
certeza que poderia
ensinar melhor. Mas
logo surgiu outro
problema.
Soneca não conseguia
manter-se acordado.
Cansado do trabalho e
enfadado com as aulas,
ele cochilava e roncava,
em plena aula! Branca
de Neve teve que
mandá-lo à cama e, não
encontrando outra
alternativa,ordenou:
“Não volte até que
recupere o sono
perdido”.
Agora só ficaram Dengoso e
Mestre. Eles certamente não
eram do tipo que causavam
problemas, mas Dengoso não
tinha auto-estima. Branca de
Neve fazia curva nas suas
provas, mas mesmo fazendo
seu melhor, ele nunca tirava
nota 10 porque Mestre
sempre tirava nota muito
melhor que ele.
Ele perdeu tanto sua
autoconfiança que era
óbvio seu desequilíbrio
emocional. Branca de
Neve teve que pedir que
se retirasse também. –
“Não volte até que se
sinta seguro de si”,
disse ela.
Agora só ficou Mestre,
que fazia tudo certinho:
a leitura, os
questionários, os
exercícios. Ele era um
aluno exemplar. Se
apenas os outros seis
anões pudessem ser
como ele...
Mesmo depois que Branca
de Neve se mudou para o
chalé dos sete anões, sua
madrasta nunca deixou de
consultar seu espelho
mágico, o qual sempre
informava que Branca de
Neve era a mais linda de
todas.
Assim que ela localizou Branca de Neve, se
disfarçou de vendedora de livros e bateu na
porta do chalé. Branca de Neve
contou alguns dos
problemas que estava
tendo, e a
vendedora-madrasta
convenceu-a de que o que
ela realmente precisava era
de um exame que avaliasse as
habilidades dos anões para que
ela pudesse acomodá-los
apropriadamente.
Ela vendeu sete cópias
do Exame de
Desempenho
Padronizado para
Anões. E, como um
presente especial, ela
deu uma linda maçã,
bem vermelha e
envenenada à Branca
de Neve.
Ela agradeceu a vendedora, deu uma
mordida na linda maçã e caiu num sono
profundo.
Agora só o beijo do
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Branca de neve e os sete anões

  • 1. BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES W illiam Crawford professor prim ário nos E – Ilustração: UA S one S im chneider Denzin - B rasil
  • 2. Branca de Neve empenhou todas as suas forças tentando aplicar o que havia aprendido na faculdade. Para mostrar a seriedade de seu objetivo, ela converteu a sala de jantar em uma sala de aula e exigiu que eles, os anões, assistissem às aulas, seis horas por dia.
  • 3. Assim, todo dia, após uma longa jornada de trabalho, os sete anões sentavam-se em pequenas carteiras organizadas em fileiras, e assistiam as aulas.
  • 4. A princípio as coisas foram muito bem. Eles tentavam ler todas as lições dos sete ou oito livros que Branca de Neve lhes dava, e respondiam as perguntas no final de cada capítulo.
  • 5. Eles tentavam seguir as regras de conduta que Branca de Neve havia estabelecido. Eles não ficavam conversando em classe. Eles pediam licença para ir ao banheiro, beber água ou apontar o lápis.
  • 6. Assim foi por alguns dias. Os anões estavam desejosos de aprender e agradar a professora. Mas, antes que a primeira semana terminasse, Branca de Neve se meteu em problemas.
  • 7. Primeiro foi Dunga. Dunga não era como os demais anões. Ele tinha orelhas enormes e roupas demasiado grandes para ele. Ele parecia diferente e seu comportamento era um tanto estranho. Como o palhaço da classe, ele não conseguia sentar-se quieto.
  • 8. Branca de Neve estava segura que ele era deficiente mental. Ele certamente não poderia ficar na classe pois distraía os demais anões. Assim, mandou Dunga brincar no lado de fora durante o período de aula. – “Não volte até que você consiga sentar-se quieto”, advertiu Branca de Neve.
  • 9. Logo foi Feliz. Feliz não podia fazer exercícios porque se distraía com qualquer movimento ao seu redor e achava graça em tudo. Seus comentários e risadas distraíam os demais tanto quanto o fazia Dunga.
  • 10. Assim, Branca de Neve mandou que ele fosse fazer companhia a Dunga. – “Não volte até que consiga guardar silêncio”, advertiu. E então continuou com o ensino apropriado aos demais.
  • 11. Não tardou muito até surgir outro problema. Os anões não conseguiam concentrar-se com os espirros de Atchim. Branca de Neve diagnosticou seu problema como sendo sinusite crônica e mandou que fosse à floresta procurar alguma raiz, seiva ou erva para fazer um chá que controlasse seu problema. – “Não volte até que se cure,” ela pediu.
  • 12. As coisas foram bem por mais alguns dias, até que apareceu outro problema. Zangado sentava-se sempre quieto, em silêncio, fazendo suas tarefas, mas ele nunca parecia estar satisfeito com a escola. Ele parecia estar de mal humor, mas enquanto não causasse problemas, Branca de Neve suportaria aquele comportamento. Até que ele começou a queixarse em sussurros.
  • 13. Branca de Neve ignorou o comportamento, mas sua murmuração tornava-se cada vez mais audível, e logo Zangado se queixava de tudo – dos livros sem graça, da quantidade de exercícios, de ter que memorizar.
  • 14. Branca de Neve não podia permitir que seu comportamento influenciasse os demais, assim, ela colocou-o para fora. – “Não volte até que possa mostrar algum entusiasmo em classe,” advertiu.
  • 15. Agora só restavam três anões na classe de Branca de Neve. Com a classe menor, ela tinha certeza que poderia ensinar melhor. Mas logo surgiu outro problema.
  • 16. Soneca não conseguia manter-se acordado. Cansado do trabalho e enfadado com as aulas, ele cochilava e roncava, em plena aula! Branca de Neve teve que mandá-lo à cama e, não encontrando outra alternativa,ordenou: “Não volte até que recupere o sono perdido”.
  • 17. Agora só ficaram Dengoso e Mestre. Eles certamente não eram do tipo que causavam problemas, mas Dengoso não tinha auto-estima. Branca de Neve fazia curva nas suas provas, mas mesmo fazendo seu melhor, ele nunca tirava nota 10 porque Mestre sempre tirava nota muito melhor que ele.
  • 18. Ele perdeu tanto sua autoconfiança que era óbvio seu desequilíbrio emocional. Branca de Neve teve que pedir que se retirasse também. – “Não volte até que se sinta seguro de si”, disse ela.
  • 19. Agora só ficou Mestre, que fazia tudo certinho: a leitura, os questionários, os exercícios. Ele era um aluno exemplar. Se apenas os outros seis anões pudessem ser como ele...
  • 20. Mesmo depois que Branca de Neve se mudou para o chalé dos sete anões, sua madrasta nunca deixou de consultar seu espelho mágico, o qual sempre informava que Branca de Neve era a mais linda de todas.
  • 21. Assim que ela localizou Branca de Neve, se disfarçou de vendedora de livros e bateu na porta do chalé. Branca de Neve contou alguns dos problemas que estava tendo, e a vendedora-madrasta convenceu-a de que o que ela realmente precisava era de um exame que avaliasse as habilidades dos anões para que ela pudesse acomodá-los apropriadamente.
  • 22. Ela vendeu sete cópias do Exame de Desempenho Padronizado para Anões. E, como um presente especial, ela deu uma linda maçã, bem vermelha e envenenada à Branca de Neve.
  • 23. Ela agradeceu a vendedora, deu uma mordida na linda maçã e caiu num sono profundo.
  • 24. Agora só o beijo do Príncipe Encantado do Ensino Efetivo poderá despertá-la.