O documento resume as principais teorias tectônicas ao longo da história, culminando na Teoria da Tectônica de Placas. Ele descreve os três tipos de limites de placas (divergentes, convergentes e transformantes), explicando seus processos geológicos associados como formação de dorsais oceânicas, cadeias de montanhas, terremotos. Também aborda os conceitos de terremotos, maremotos e vulcões.
2. TEORIAS TECTÔNICAS
Tekton: do grego, construtor
● Século XVIII - teorias descrevem a formação de
montanhas, o vulcanismo e processos responsáveis pela
formação de estruturas geológicas.
3. Benjamin Franklin (1706-1790)
► 1782 – sobre a deriva continental
“As mudanças nas partes superficiais do globo pareciam
improváveis de acontecer se a terra fosse sólida até o centro
[...] as partes internas poderiam ser um fluido mais denso e
de densidade específica maior que qualquer outro sólido [...]
e poderia nadar no ou sobre aquele fluido.[...] A superfície da
Terra seria uma casca capaz de ser quebrada e desordenada
pelos movimentos violentos do fluido sobre o qual repousa.”
4. ● Século XX – década de 1910: Revolucionária idéia de
Alfred Wegener sobre a Deriva da dos Continentes
▼
Teoria da fragmentação do supercontinente Pangea (do grego
= todas as terras) a cerca de 220 Ma
• Evidências geográficas: as linhas da costa de alguns
continentes encaixam perfeitamente
7. Porque a Teoria de Wegener não deu certo?
●Não conseguiu explicar quais as forças responsáveis pela
movimentação dos blocos continentais
● Como a crosta se deslocaria sobre o manto? (Não havia
conhecimento da camada Astenosfera)
▼
Teoria desacreditada pelos geoscientistas
8. ● Século XX – Décadas de 1950 e 1960
▶ Aprimorados estudos de Geocronologia e Magnetismo
↓
as placas continentais se movimentariam sobre uma camada
mais plástica – ASTENOSFERA -, na qual ocorreria o fluxo
das correntes de convecção
9. ▶ Hess e Dietz (1963-1968) - consagraram algumas hipóteses,
com base em estudos do relevo do fundo oceânico
↓
- ambiente geológico ativo – formação de cadeias de
montanhas, fendas e fossas
- o assoalho oceânico sofre expansão
- a cadeia ou dorsal meso-oceânica equivale a cicatriz
da separação dos continentes
- maior fluxo térmico na Cadeia Meso-Oceânica
10. CONHECIMENTO PRODUZIDO A PARTIR DAS DIVERSAS TEORIAS
QUE CULMINARAM COM A DA TECTÔNICA DE PLACAS
● A Litosfera é fragmentada em 12 grandes placas rígidas e em
movimento; a maior placa é a do Oceano Pacífico.
● As deformações tectônicas concentram-se no limite das placas
litosféricas em movimentação: terremotos, atividade vulcânica, formação
de montanhas.
11. Tipos de limites de placas:
DIVERGENTES
● nas bacias oceânicas
- formação de rifts - falhas tectônicas geradas pela
separação de placas litosféricas
- formação da dorsal meso-oceânica associada à
vulcanismo e terremotos.
12. Os movimentos divergentes promovem sucessivos e volumosos
derrames de lavas de composição básica a ultrabásica:
a) cadeias meso-oceânicas;
b) vulcões intra-continente;
c) ilhas vulcânicas isoladas. Exs: Havaí, Islândia
15. Dorsal mesoatlântica na Islândia; as fraturas
preenchidas por rochas vulcânicas recentes,
indicam o afastamento das placas.
16. Movimento divergente das placas
↓
extravasamento do magma
↓
formação de cadeias meso-oceânicas
expansão do fundo oceânico
Cadeias meso-oceânicas: extensas elevações submarinas
com topografia muito acentuada (mais de 1.000 km de
largura, e 20.000 km de extensão, com crista
profundamente fendilhada ou fissurada).
17.
18. Formação de oceano pela atividade das dorsais e desenvolvimento de
margens continentais passivas
19. ● no interior das placas continentais
- formação de vales em rifts (Ex: vale em rift do leste
africano)
- atividade vulcânica e terremotos em uma zona mais
larga do que a dos centros de expansão oceânicos.
20.
21. Vale do Quenia: fenda surgida em
março de 2018, de 3 mil km de
extensão, no contato das placas
africana e somaliana, potencializada
pelo excesso de chuvas
22. CONVERGENTES
● Oceano-oceano
- formação de arco de ilhas
- formação fossa tectônica (na zona de subducção)
- magma de composição andesítica (composição
variada).
23.
24. ● oceano-continente:
- zona de subducção;
- formação de cadeia de montanhas.
Exs: formação da cadeia andina, subducção da placa San Juan
de Fuca sob a placa norte americana (costa oeste da Am. Norte)
O magma associado mistura
material básico (basalto contendo Si
+ Mg), e ácido (Si + Al).
27. ● continente-continente:
- terremotos violentos
- enrugamento crustal
- predomina o plutonismo (formação de granitos claros,
associado ao metamorfismo por deformação das massas
continentais)
Ex: Formação da cordilheira do Himalaia e do Planalto do
Tibet pelo cavalgamento da Placa Eurasiana sobre a Placa
Indiana.
30. TRANSFORMANTES
As placas tectônicas deslizam, uma em relação à outra; a litosfera não é
criada nem destruída.
Os limites encontram-se ao longo das dorsais meso-oceânicas, formando
um padrão escalonado. Ex: Falha de Santo André, Califórnia (placa
pacífica desliza em relação à placa norte-americana).
31.
32. Falhas transformantes podem estar associadas ao limite de
placas em movimento divergente, bem como ao limite de
placas em movimento convergente.
36. O QUE É UM TERREMOTO?
O movimento das placas tectônicas promove em seus
limites, processos de tensão (força exercida por unidade de
área), deformação (quantidade de modificação da forma) e
resistência (valor crítico de tensão atingido pelas rochas
em deformação).
As rochas sob tensão rompem-se ao longo de uma falha nova
ou preexistente; os blocos que a ladeiam deslizam
provocando vibrações ou ondas sísmicas (seismos, em grego,
significa choque).
37. Quando a falha desliza, a tensão é reduzida até atingir um
nível inferior ao da resistência da rocha, até que haja o
terremoto e a tensão diminua. Quando a tensão aumenta
novamente o ciclo se repete.
41. Maremoto e Tsunami: palavras de origens diferentes
utilizadas para designar o movimento forte e acelerado das
águas dos oceanos.
Maremoto vem do latim mare, que significa mar, e motus,
que significa movimento; qualquer terremoto ou abalo
sísmico que acontece nas áreas oceânicas e provoca a agitação
das águas.
Tsunami vem do japonês Tsu, que quer dizer porto,
enquanto nami é o mesmo que onda; quando as ondas
atingem algum ponto da superfície, causam problemas para
as cidades litorâneas