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| 7DOMINGO, 02 DE SETEMBRO DE 2018
16 | CIDADES DOMINGO, 03 DE JUNHO DE 2018
|
lximenes@redegazeta.com.br - Tel.: 3321-8521
LEONEL XIMENES
De um internauta refletindo sobre a crise
brasileira: “Eu vi que não daria certo
quando o Merthiolate parou de arder”
Hartung e
presidente
da Petrobras
vão se reunir
nesta semana
FESTA É COM ELA
Dentista de formação, foi na área de festas que Beatriz Alvarenga
encontrou sua grande paixão. Há três anos ela se encantou pelo ramo
de decoração ao idealizar o próprio casamento. Hoje a nossa bela de
domingo se divide entre os pacientes no consultório odontológico e os
clientes de eventos. FOTO: FILIPE ARAGÃO
Raio-x do governo
Diagnóstico de um deputado federal
capixaba : 1) O governo Temer aca-
bou; 2) O ministro Marun é gen-
te-boa, mas é um fanfarrão; 3) Nunca
compre um carro usado do ministro
Eliseu Padilha.
Fim de linha
O governo não existe mais. Nos bas-
tidores de Brasília soube-se que o pre-
sidente editou um decreto autorizan-
do as Forças Armadas a intervir na
greve dos caminhoneiros. Autorizava,
não determinava. É que Temer tinha
medo de os militares não cumprirem
a ordem e gerar uma grande crise.
Outra homenagem
O presidente da OAB-ES, Homero
Mafra, vai propor que o nome da
sede da Ordem seja Agesandro da
Costa Pereira. A proposta será feita
na próxima reunião do Conselho Sec-
cional, no dia 18 de junho.
Ave, Ivan!
No currículo de Ivan Carlini V, que será
eleito amanhã pela sexta vez conse-
cutiva presidente da Câmara de Vila
Velha, consta que ele foi vendedor, ca-
melô, ajudante de marceneiro e con-
feiteiro. Só falta agora ser imperador.
A gente já sabia
O deputado federal Lelo Coimbra
(MDB), líder da maioria na Câmara,
distribuiu dois artigos, publicados na
imprensa nacional, cujos títulos são:
“Governo fraco” e “Caiu a ficha”. Será
que caiu a ficha e Lelo percebeu que
o governo é fraco?
Greve sem fim
A greve dos caminhoneiros acabou,
mas suas consequências ainda estão
na pista. Ontem, um famoso restau-
rante de carnes num shopping de Vi-
tória não tinha... carne. Em Jardim
da Penha, outro restaurante, por falta
de ingredientes, suspendeu a tradi-
cional feijoada de sábado.
Lembrando
Mais Estado e menos impostos são
coisas incompatíveis.
Alô, eleitor!
Por que não chamaram Gilmar Men-
des para soltar os produtos retidos
pela greve dos caminhoneiros?
O novo presidente da Petrobras,
Ivan Monteiro, e o governador Paulo
Hartung vão se encontrar nesta se-
mana, em data a ser marcada, para
discutirem os investimentos da em-
presa no Espírito Santo. Como diretor
financeiro, Monteiro representou a
estatal nas negociações para a criação
de um empresa de gás com o Estado.
Primeiro contato
Logo após ser confirmado no cargo,
na sexta-feira, Monteiro conversou
com o governador pelo WhatsApp. O
assunto foi a redução do ICMS co-
brado pelo ES sobre o diesel.
De olho
PH determinou ao Procon para acom-
panhar a evolução dos preços nos
postos de combustíveis, para que seja
garantida a redução do preço do die-
sel para o consumidor final
Zorro na luta
Zorro foi um dos personagens que
mais se destacaram na concentração
dos caminhoneiros às margens da BR
101 em Viana. Ocimar Silva, de 50
anos, é de Guarapari e levou a fan-
tasia que usa em outros protestos pa-
ra o piquete.
Zorro na bronca
“O povo fica esperando um herói vir e
resolver tudo para eles. Vim de Zorro,
mas nem assim a população aderiu e
parou junto com a gente”, reclamou o
“herói” do volante.
Efeito colateral
A greve pelo menos melhorou o trân-
sito. Na Terceira Ponte, o movimento
diário de cerca de 103 mil automó-
veis caiu para 50 mil no auge da
paralisação.
Constatação
Os prefeitos da Grande Vitória fica-
ram meio caladões durante a crise.
Sem combustível
O prefeito de Colatina, Sérgio Me-
neguelli, ganhou uma bicicleta elé-
trica de presente de aniversário.
O país do desalento
O IBGE utiliza o conceito “desalen-
tado” para definir aquele trabalha-
dor que nem procurou vaga na se-
mana, porque não achou que não
conseguiria. É mais ou menos o sen-
timento do eleitor e do contribuinte
brasileiro.
Baixo astral geral
Só falta outro 7 x 1 para completar.
TEMPO
FONTE: INMET (INSTITUTO NACIONAL DE METEREOLOGIA) - CLIMA TEMPO - CPTEC (PREVISÃO OCEÂNICA) - INCAPER - IEMA (INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE)
Hoje
Máxima 28 / Min. 19
Amanhã
Máxima 26 / Min. 18
Terça
Máxima 27 / Min. 17
Qualidade do ar
Grande Vitória Medição em 30/05
Estação Qualificação
Carapina Bom
Cariacica Bom
Jardim Camburi Bom
Laranjeiras Bom
Vila Velha - Centro Bom
Vila Velha - Ibes Bom
Vitória - Centro Bom
Vitória - Enseada do Suá Bom
Marés
PORTO DE VITÓRIA
Preamar: 1.2 às 05:23
e 1.2 às 18:15
Baixamar: 0.3 às
11:58
PORTO DE TUBARÃO
Preamar: 1.3 às 05:19 e 1.2
às 18:08
Baixamar: 0.3 às 11:55
Ventos
Sul, fracos a moderados
Ondas
Vitória - Altura: De 1.3 a 1.5
Sol
Nascer: 06:10
Pôr do sol: 17:08
Lua
Cheia
29/05 - 11:19
10 | CIDADES SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021
|
TEMPO
FONTE: INMET (INSTITUTO NACIONAL DE METEREOLOGIA) - CLIMA TEMPO - CPTEC (PREVISÃO OCEÂNICA) - INCAPER - IEMA (INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE)
Hartung e
presidente
da Petrobras
vão se reunir
nesta semana
Hoje
Máxima 34 / Min. 23
Amanhã
Máxima 33 / Min. 22
Sexta
Máxima 34 / Min. 23
Qualidade do ar
Grande Vitória Medição em 26/02
Estação Qualificação
Carapina Bom
Cariacica Bom
Jardim Camburi Bom
Laranjeiras Bom
Vila Velha - Centro Bom
Vila Velha - Ibes Bom
Vitória - Centro Bom
Vitória - Enseada do Suá Bom
Marés
PORTO DE VITÓRIA
Preamar: 1.5 às 02:21
e 1.5 às 14:17
Baixamar: 0.2 às
08:21 e -0.1 às 20:39
PORTO DE TUBARÃO
Preamar: 1.5 às 02:16 e
1.5 às 14:12
Baixamar: 0.2 às
08:19 e -0.1 às 20:36
Ventos
Norte, fracos a moderados
Ondas
Vitória - Altura: De 0.9 a
1.2
Sol
Nascer: 05:38
Por do sol: 18:09
Lua
Crescente
23/02 - 05:09
O novo presidente da Petrobras,
Ivan Monteiro, e o governador Paulo
Hartung vão se encontrar nesta se-
mana, em data a ser marcada, para
discutirem os investimentos da empre-
sa no Espírito Santo. Como diretor fi-
nanceiro, Monteiro representou a es-
tatal nas negociações para a criação de
um empresa de gás com o Estado.
Primeiro contato
Logo após ser confirmado no cargo, na
sexta-feira, Monteiro conversou com o
governador pelo WhatsApp. O assunto
foi a redução do ICMS cobrado pelo
ES sobre o diesel.
De olho
PH determinou ao Procon para acom-
panhar a evolução dos preços nos pos-
tos de combustíveis, para que seja ga-
rantida a redução do preço do diesel
para o consumidor final
Zorro na luta
Zorro foi um dos personagens que
mais se destacaram na concentração
dos caminhoneiros às margens da BR
101 em Viana. Ocimar Silva, de 50
anos, é de Guarapari e levou a fantasia
que usa em outros protestos para o
piquete.
Zorro na bronca
“O povo fica esperando um herói vir e
resolver tudo para eles. Vim de Zorro,
mas nem assim a população aderiu e
parou junto com a gente”, reclamou o
“herói” do volante.
Efeito colateral
A greve pelo menos melhorou o trân-
sito. Na Terceira Ponte, o movimento
diário de cerca de 103 mil automóveis
caiu para 50 mil no auge da para-
lisação.
Constatação
Os prefeitos da Grande Vitória ficaram
meio caladões durante a crise.
Sem combustível
O prefeito de Colatina, Sérgio Me-
neguelli, ganhou uma bicicleta elé-
trica de presente de aniversário.
O país do desalento
O IBGE utiliza o conceito “desalen-
tado” para definir aquele trabalhador
que nem procurou vaga na semana,
porque não achou que não conse-
guiria. É mais ou menos o sentimento
do eleitor e do contribuinte brasi-
leiro.
Baixo astral geral
Só falta outro 7 x 1 para completar.
Raio-x do governo
Diagnóstico de um deputado federal
capixaba : 1) O governo Temer aca-
bou; 2) O ministro Marun é gen-
te-boa, mas é um fanfarrão; 3) Nunca
compre um carro usado do ministro
Eliseu Padilha.
Fim de linha
O governo não existe mais. Nos bas-
tidores de Brasília soube-se que o pre-
sidente editou um decreto autorizan-
do as Forças Armadas a intervir na
greve dos caminhoneiros. Autorizava,
não determinava. É que Temer tinha
medo de os militares não cumprirem
a ordem e gerar uma grande crise.
Outra homenagem
O presidente da OAB-ES, Homero Ma-
fra, vai propor que o nome da sede da
Ordem seja Agesandro da Costa Pe-
reira. A proposta será feita na pró-
xima reunião do Conselho Seccional,
no dia 18 de junho.
Ave, Ivan!
No currículo de Ivan Carlini V, que
será eleito amanhã pela sexta vez con-
secutiva presidente da Câmara de Vila
Velha, consta que ele foi vendedor,
camelô, ajudante de marceneiro e
confeiteiro. Só falta agora ser impe-
rador.
A gente já sabia
O deputado federal Lelo Coimbra
(MDB), líder da maioria na Câmara,
distribuiu dois artigos, publicados na
imprensa nacional, cujos títulos são:
“Governo fraco” e “Caiu a ficha”. Será
que caiu a ficha e Lelo percebeu que o
governo é fraco?
Greve sem fim
A greve dos caminhoneiros acabou,
mas suas consequências ainda estão
na pista. Ontem, um famoso restau-
rante de carnes num shopping de Vi-
tória não tinha... carne. Em Jardim da
Penha, outro restaurante, por falta de
ingredientes, suspendeu a tradicional
feijoada de sábado.
Lembrando
Mais Estado e menos impostos são
coisas incompatíveis.
Alô, eleitor!
Por que não chamaram Gilmar Men-
des para soltar os produtos retidos
pela greve dos caminhoneiros?
LEONEL XIMENES
FESTA É COM ELA
Dentista de formação, foi na área de festas que Beatriz Alvarenga
encontrou sua grande paixão. Há três anos ela se encantou pelo ramo
de decoração ao idealizar o próprio casamento. Hoje a nossa bela de
domingo se divide entre os pacientes no consultório odontológico e os
clientes de eventos. FOTO: FILIPE ARAGÃO
LEIA.AG/LEONEL | XIMENES@REDEGAZETA.COM.BR
Política.
| 36SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021| 35SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021
WhatsApp: (27) 98135.8261 | Telefone: (27) 3321.8332
ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (27) 3321-8699
Editora: Samanta Nogueira z snogueira@redegazeta.com.br
HARTUNG DIZ QUE NÃO
VAI DISPUTAR A REELEIÇÃO
MARCOS CORREA/PR
Paulo Hartung anunciou a aliados e secretários sua decisão de não disputar o governo do Estado
Decisão ocorre a poucas semanas das convenções partidárias
LETÍCIA GONÇALVES
lgoncalves@redegazeta.com.br
Após meses de sinais tro-
cados,ogovernadorPaulo
Hartung (MDB), 61 anos,
anunciou, ontem, em reu-
niões com aliados e tam-
bém por meio de nota ofi-
cial,quenãovaidisputara
reeleição e sim “passar o
bastão”. Entre os motivos
elencados por pessoas
próximas ao emedebista
estão pedidos da família e
“sensação de dever cum-
prido”.Háquemavalie,no
entanto, que a corrida
eleitoral, que se avizinha-
va acirrada – tendo como
principal oponente o
ex-governadorRenatoCa-
sagrande (PSB) – é o que
teria pesado na decisão.
“Ele (Hartung) não
deusinaisdisso(receioda
disputa) ou de abatimen-
to. Apenas disse que cum-
priu seu papel e que ques-
tões familiares é que esta-
vam em jogo”, garantiu,
no entanto, uma pessoa
com trânsito no gabinete
do governador.
Desde abril, quando de-
cidiu permanecer no cargo,
fechando as portas para
uma possível candidatura à
CâmaraFederalouaoSena-
do,quehaviamsidoaventa-
dasporelemesmoanterior-
mente,Hartungacelerouas
apostas sobre se disputaria
ou não o Palácio Anchieta
mais uma vez. Pouca gente
acreditava na segunda op-
ção.Enãoeraparamenos.A
presençadogovernadorem
agendasoficiaiscomaresde
pré-eleição era constante.
Inaugurações, visitas, or-
densdeserviço,semprecer-
cadoporaliadospolíticoslo-
cais e, eventualmente, por
palacianos de peso, ocorre-
ram até o limite do prazo
impostopelalegislaçãoelei-
toral. Desde o último dia 7,
pré-candidatos passaram a
não poder participar de
inaugurações. No dia 6, co-
mo registrou a coluna Vitor
Vogas, Hartung afirmou
que esses eventos caberiam
aos integrantes do secreta-
riado a partir de então. No
mesmo dia, porém, disse
que “passar o bastão” seria
“legal para o Estado”.
“Acredito que ele tomou
essa decisão (de não dispu-
tar) a reeleição há um mês,
15 dias. Antes, ele parecia
animado para concorrer”,
diz um aliado. Em reunião
com pessoas próximas – in-
cluindo o senador Ricardo
Ferraçoeovice-governador
CésarColnago,ambostuca-
nos–naresidênciaoficialda
Praia da Costa, ontem pela
manhã, e com o secretaria-
do, à tarde, no Palácio, o
desfecho ficou claro. À noi-
te, o governador se reuniu
com empresários.
Ainda assim, fica a dúvi-
da:porqueadefiniçãoveioa
esta altura do campeonato?
SeHartungtivessededesin-
COTADOS A RECEBER O APOIO DE HARTUNG PARA DISPUTAR O PALÁCIO ANCHIETA
Ferraçodespontacomofavorito,
masoutrosnomesestãonopáreo
Senadortucanoéuma
dasalternativas,mas
Amaro,ColnagoeVidigal
tambémsãocotados
LETÍCIA GONÇALVES
lgoncalves@redegazeta.com.br
No último dia 20, o gover-
nador Paulo Hartung
(MDB) declarou, em even-
to em Guarapari, que seria
“um sonho” ver o senador
RicardoFerraço(PSDB) no
comando do Palácio An-
chieta. Em 2010, esse “so-
nho”quaseteveachancede
se concretizar, não fosse
Hartung ter desistido de
endossaronomedotucano
(então filiado ao PMDB) e
apoiado Renato Casagran-
de (PSB) na corrida para o
governodoEstado.Ferraço
acaboudisputandooSena-
do,mandatoqueseencerra
agora. Seja pelo que houve
nopassado,sejapelograce-
jo do governador em Gua-
rapari, o nome do senador
desponta como um dos fa-
voritos – ou “o” favorito – a
ser o escolhido para ser
apoiado por Hartung. Mas
há outros.
O deputado estadual
Amaro Neto (PRB), o vi-
ce-governador César Col-
nago(PSDB)eodeputado
federal Sérgio Vidigal
(PDT) também são cota-
dos, nos bastidores.
Ferraço e Amaro, no en-
tanto, se destacariam por-
que já mantêm uma
pré-campanha para cargo
majoritário. O tucano rea-
firmou recentemente a in-
tenção de disputar a reelei-
ção.EAmaro,apesardasin-
vestidas palacianas para
concorrer à Câmara, man-
teveonomefirmeparaoSe-
nado. Ontem, à reporta-
gem, ele contou que soube
pela imprensa sobre a deci-
são de Hartung. “Continuo,
aprincípio,comopré-candi-
dato ao Senado”, afirmou.
No início da noite, o presi-
dente da Assembleia, Erick
Musso,eosecretáriodaCa-
sa Civil, Roberto Carneiro,
ambos do PRB do apresen-
tador de TV, estiveram no
Palácio Anchieta. Musso
sustenta que o assunto do
dia não foi nem menciona-
do.“Fuilátratar(comogo-
vernador) de questões que
chegaramàAssembleia.Por
isso,osecretáriodaCasaCi-
vil estava comigo”, diz.
MERGULHO
Ricardo Ferraço, que es-
teve ontem na Assembleia
para falar sobre a ferrovia
EF-118 – projeto que o go-
vernofederalretiroudoEs-
tado – “mergulhou” depois
dessa aparição. Ele não foi
localizadopelareportagem
para comentar o anúncio
do governador.
Outro político com trân-
sito no Palácio Anchieta diz
queonomedeVidigaltam-
bém é cogitado para dispu-
tar o governo. “O governa-
dor falou com ele (Vidigal)
ontem.” O pedetista tam-
bém não foi localizado. Ele
embarcou para Brasília, no
final da tarde de ontem. O
PDT nacional, no entanto,
flertaécomoPSBdoex-go-
vernadorRenatoCasagran-
de(PSB),principaladversá-
rio dos hartunguistas.
Quanto a Colnago, que
participou, pela manhã, de
umadasreuniõesemqueo
governador falou sobre a
decisão de não disputar a
reeleição, cumpria agenda
em Rio Bananal àtarde en-
quanto o mercado político
pegava fogo.
Seja quem for o escolhi-
do por Hartung – até agora
poucos acreditam que ele
não apoiaria ninguém – na
corrida pelo governo terá
pouco tempo para divulgar
a (pré) campanha. As con-
vençõespartidárias,emque
os nomes dos candidatos
são definidos, estão baten-
do à porta. Outros pré-can-
didatosaogovernodoEsta-
do,comoCasagrandeease-
nadora Rose de Freitas (Po-
demos), já estão com o blo-
conaruahátempos.Ecomo
Hartung dava indícios de
que era pré-candidato até
então, nãoabriu espaço pa-
raqueumeventualsucessor
pudesse fazer brilhar os
olhosdoseleitores.Assim,a
empreitadaseráaindamais
difícil para quem aceitá-la.
Adversários políticos evitam fazer análises
Adversários diretos do
governador Paulo Har-
tung (MDB) nas eleições
que se desenhavam ao Pa-
lácio Anchieta, o ex-go-
vernador Renato Casa-
grande(PSB)easenadora
RosedeFreitas(Podemos)
evitaram fazer profundas
análises sobre a declara-
çãodoconcorrentedeque
está fora do pleito.
Ambos já foram aliados
ou pelo menos subiram no
mesmo palanque do eme-
debistaempleitospassados
e já oficializaram publica-
mente que são pré-candi-
datos ao governo.
No caso de Casagrande,
apósorompimentopolítico,
em 2014, os dois travaram
umaduradisputadurantea
campanhaaogoverno,que,
ao que tudo indicava, se re-
petiria em 2018. Na última
pesquisa do Instituto Futu-
ra, de 14 de abril, os dois
apareciam tecnicamente
empatados. Nas intenções
de voto estimuladas, Har-
tung tinha 36,9% e Casa-
grande, 36,1%.
O socialista informou,
por meio de sua assesso-
ria, que não caberia a ele
comentar sobre o desis-
tência do adversário.
O presidente estadual
do PSB, Luiz Carlos Cici-
liotti, disse que considera
cedo para analisar este
movimento político de
Hartung. “Ser candidato
ounãoéumadecisãomui-
to pessoal, não temos co-
mo avaliar. Nós, do PSB,
vamos continuar tocando
o nosso projeto, dialogan-
do com todo mundo, com
os outros partidos e com
quem quiser participar do
projeto”, afirmou.
CHAPA
Ciciliottipreferenãofa-
zer uma aposta sobre
quem será o nome apoia-
do por Hartung na even-
tual nova chapa governis-
ta. “Quem quer ser cam-
peão não pode ficar esco-
lhendo adversário. Esta-
mos preparados para dis-
putar junto com os seg-
mentos que estão colabo-
rando com a gente".
A outra possível con-
corrente na disputa, sena-
dora Rose de Freitas (Po-
demos), chegou a sair do
MDB, em abril, para bus-
car uma legenda com es-
paçoparaconcorreraoPa-
lácio Anchieta.
Embora ela dissesse es-
tar disposta a disputar a
convenção partidária, até
aquele momento, o presi-
dente do partido, Lelo
Coimbra (MDB), indicava
que o nome do governa-
dor teria a preferência in-
terna. Por isso, Rose disse
ter passado por “enorme
constrangimento políti-
co”,quenão poderiaigno-
rar tamanhas aflições, e
que “iria em busca de um
espaçolivredeinfluências
de grupos de poder”.
Sobre o novo anúncio,
Rose pontuou, por meio de
nota enviada pela assesso-
ria,queogovernadorPaulo
Hartung tomou uma deci-
sãodeforoíntimoeressalta
que o emedebista já havia
se manifestado nessa dire-
ção–denãoconcorreràre-
eleição.“Desejo queadeci-
são traga felicidade à vida
dele (Hartung)”, disse.
compatibilizado, Colnago
teriaficadonacadeiradego-
vernador, com visibilidade
para se lançar em outubro.
Senãofosseoviceoescolhi-
do, o governador poderia
permanecer no cargo mas
avisar um pouco mais cedo
quemseriao“ungido”,dan-
domaistempoàpré-campa-
nha deste último.
TEMPO
“O tempo é agora. An-
tes não fazia sentido falar
issoehaverátempoparao
mercado se movimentar
atéasconvenções”,rebate
uma aliado de primeira
hora do emedebista.
ComoHartungéconhe-
cido por suas estratégias e
mistérios mantidos até os
45dosegundotempo,ape-
sar do anúncio oficial de
ontem, entre aliados e ad-
versáriosrestaumpouqui-
nhodedúvidase,atéacon-
venção do MDB – o prazo
para a realização das con-
venções vai de 20 de julho
a 5 de agosto –, o jogo não
pode virar novamente.
Questionado sobre a
possibilidade de uma re-
viravolta de Hartung, ou-
tro aliado, sob anonima-
to, diz que não é esse “o
clima” atualmente.
A nota divulgada à im-
prensa, assinada pela se-
cretária de Comunicação,
Andréia Lopes, foi sucinta:
“O governador Paulo Har-
tung reuniu aequipe de se-
cretários na tarde desta se-
gunda-feira (9) para anun-
ciarquenãodisputaráare-
eleição. Hartung disse que
é hora de ‘passar o bastão’.
Ele não manifestou apoio
políticoanenhum pré-can-
didato”, diz parte do texto.
Hoje, o governador deve
conceder entrevista coleti-
va às 8 horas.
(Com colaboração de
Bruno Dalvi)
GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO FRED LOUREIRO/SECOM-ES
RICARDO FERRAÇO (PSDB)
t O favorito
Foi vice-governador de Hartung no
segundo mandato. Era tido como
candidato à sucessão em 2010, mas
Hartung apoiou Casagrande. Então, ele se
elegeu ao Senado.
AMARO NETO (PRB)
t O novo
Começou na política após ter sido eleito
deputado estadual, em 2014. Disputou a
Prefeitura de Vitória em 2016 com o
apoio de Hartung, e é pré-candidato ao
Senado.
CÉSAR COLNAGO (PSDB)
t O escudeiro
Atual vice-governador. Se Hartung
tivesse se desincompatibilizado do
cargo, poderia ter assumido o governo
desde abril, o que fortaleceria uma
candidatura.
SÉRGIO VIDIGAL (PDT)
t O improvável
Ex-prefeito da Serra e deputado
federal. Já disputou o governo em
2006 contra Hartung. Hoje, é um de
seus aliados. Mas o PDT nacional flerta
com o PSB.
LUIZ ALVES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
| ELEIÇÕES 2018 |
| ELEIÇÕES 2018 |
PARECER FAVORÁVEL
APROVAÇÃO DE CONTAS
O Tribunal de Contas
do Estado do Espírito
Santo (TCE-ES) emitiu
um parecer ontem pela
aprovação sem ressal-
vas das contas do go-
vernador Paulo Har-
tung (MDB), referentes
ao ano de 2017. O voto
do relator do processo,
o conselheiro Rodrigo
Chamoun, determinou,
entretanto, que o Es-
tado aprimore o con-
trole dos recursos de
royalties, participações
especiais e Fundo Es-
pecial do Petróleo.
O QUE HARTUNG
JÁ FALOU
Segurança Pública
Ontem, mesmo dia
em que Temer
assinou a medida
provisória que cria
o Ministério da
2014
PÓS-ELEIÇÃO
Um dia depois de ter sido eleito,
Paulo Hartung declarou que não
seria candidato à reeleição. “Já
está decidido desde a
candidatura. Eu vim determinado
2015
FUTURO POLÍTICO
No final do ano, em seu balanço
da gestão, Hartung deu como
certa a desincompatibilização do
governo em abril de 2018, pois
queria participar do debate
nacional. “Terei duas opções: o
2017
VICE-PRESIDENTE
Em novembro, Hartung participou
de reuniões com o apresentador de
TV Luciano Huck, e passou a ser
cotado como seu candidato a vice
dele ou do ex-ministro do STF,
Joaquim Barbosa.
2018
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
Em 7 de abril, Hartung não deixou o
MDB e nem o governo, e desta
forma, só poderia ser candidato à
reeleição ou a nada. Em entrevistas,
disse que só anunciaria a decisão
“lá para a segunda quinzena de
“O tempo é agora.
Antes não fazia
sentido falar isso
e haverá tempo
para o mercado
se movimentar até
as convenções”
INTERLOCUTOR. SOBRE
HARTUNG SE DECIDIR
AGORA POR FICAR FORA DA
ELEIÇÃO
“Quem quer ser
campeão não
pode escolher
adversário.
Estamos
preparados para
disputar junto
com os nossos
segmentos”
LUIZ CARLOS CICILIOTTI
PRESIDENTE DO PSB
05
DE AGOSTO
É quando termina o
prazo para a realização
das convenções
partidárias, que definem
os candidatos.
20 | POLÍTICA SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021
Da corrupção
ao populismo
Assumção com Manato
Acusado de ter sido um dos líderes da
greve da PM em fev/2017, o militar da
reserva Capitão Assumção vai se filiar ao
Solidariedade no dia 22 de março para ser
candidato a deputado estadual. O partido
é presidido no Estado pelo deputado fe-
deral Carlos Manato, autor de projeto de
lei que anistia os grevistas.
Do mesmo lado, #sqn
No anúncio do início das obras de ele-
vação do Dique do Rio Jucu, ontem, no
Palácio Anchieta, o prefeito de Vila Velha,
Max Filho, sentou-se à mesa do mesmo
lado que dois ex-prefeitos da cidade: Neu-
cimar Fraga, do PSD (adversário), e Vasco
Alves, do PPL (aliado).
A pauta dele é outra
Faltou só Rodney Miranda (DEM). O se-
cretário estadual de Desenvolvimento Ur-
bano passou o dia em Brasília, em dis-
cussões sobre Segurança Pública.
Uma coisa é uma coisa...
Em discurso, Max parabenizou o governo
e pediu o desassoreamento do Rio Jucu. À
imprensa, destacou que a parceria é de
ordem político-administrativa, não de or-
dem político-eleitoral. “Uma coisa é uma
coisa, outra coisa é outra coisa.”
“Rouco de tanto ouvir”
Sobre as chances de ele se desfiliar do
PSDB, no rastro de Luiz Paulo, Max man-
teve o suspense. “Isso tem sido uma re-
flexão nossa também. Alguns companhei-
ros demonstram insatisfação. A gente tem
procurado dialogar e tem ouvido muito.
Na verdade, tenho saído rouco de tanto
ouvir. Não há nenhuma decisão tomada.”
Otimismo incontido
“Este ano vai faltar braço pra colher os
frutos”, disse Hartung, em tom efusivo.
—
“Nós não vamos
cometer os mesmos
erros da Itália. Mas
não há operação do
tamanho da Lava Jato e
da Mãos Limpas que
não tenha os seus
reveses também.”
—
CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA
GIRO POLÍTICO
SUSPEITA DE PROPINA
Servidores presos
em Vargem Alta
Cinco servidores públicos
de Vargem Alta, na região
SuldoEspíritoSanto,foram
presos ontem na operação
Depuração, do Ministério
Público doEstadodoEspíri-
to Santo (MPES).
As investigações mos-
tram que servidores utiliza-
ramoscargosparaatendera
interesses privados, apro-
priando-se ainda de valores
públicos relativos a taxas de
licenciamento ambiental.
Os envolvidos são acusados
deenvolvimentoemumsu-
posto esquema de cobrança
depropinaparaliberaçãode
licenças ambientais.
DeacordocomoMPES,a
operaçãoteveobjetivodees-
clarecer e aprofundar inves-
tigações relacionadas a cri-
mes e irregularidades diver-
sasnaanteriorgestãodaSe-
cretaria Municipal de Meio
AmbientedeVargemAlta.
Ao todo foram cumpri-
dossetemandadosdebus-
ca e apreensão: dois de
prisão preventiva e três de
prisão temporária. Os en-
volvidos responderão ain-
da por associação crimi-
nosa, peculato e advoca-
cia administrativa.
Dos envolvidos, três já
haviamsidoexonerados,e
um foi afastado por deci-
são da Justiça.
CASO ODEBRECHT
PGR pede ao STF
para incluir Temer
A procuradora-geral da
República, Raquel Dodge,
pediu para o STF incluir o
presidente Michel Temer
(PMDB) como investigado
no inquérito que apura o
suposto pagamento de
propina pela Odebrecht
para, em troca, receber
tratamento privilegiado
da Secretaria de Aviação
Civil. O inquérito foi aber-
to há um ano para inves-
tigar os ministros Eliseu
Padilha (Casa Civil) e Mo-
reira Franco (Secreta-
ria-Geral). A decisão ca-
berá ao relator da La-
va-Jato, Edson Fachin.
RACHID EM LINHARES
Vereadora diz que
comprava remédio
Presa preventivamente na
segunda-feira, acusada por
prática de “rachid”, a ve-
readora de Linhares, Ro-
sinha Guerreira (PSDC),
disse no depoimento que
prestou a 1ª Promotoria de
Justiça Criminal da cidade
que usava o dinheiro ilícito
para ajudar a população
com compra de remédios e
cestas básicas. O Ministério
Público por sua vez contou
que analisa os depoimen-
tos prestados por ela e das
testemunhas, além do ma-
terial aprendido. Já a Câ-
mara não quis se pronun-
ciar, alegando não ter sido
notificada pela Justiça.
DEPUTADOS PRESOS
Conselho de Ética
instaura processo
Com três deputados pre-
sidiários e um sob inves-
tigação da Procuradoria
Geral da República (PGR),
a Câmara instaurou ontem
os processos por quebra de
decoro parlamentar contra
Paulo Maluf (PP-SP), Celso
Jacob (MDB-RJ) e João
Rodrigues (PSD-SC). Tam-
bém foi pedida a cassação
de Lúcio Vieira Lima
(PMDB-BA).
RAEL SÉRGIO - 30/09/2015
Prefeitura de Vargem
Alta: licenças ambientais
Um dos mais destacados compo-
nentes da força-tarefa da Lava Jato
em Curitiba, o procurador da Repú-
blica Carlos Fernando dos Santos Li-
ma é categórico em dizer que a ope-
ração é bem-sucedida, principalmente
quando compreendemos que o seu
grande mérito é o de ter descortinado
a todo cidadão brasileiro, como nunca
antes na história do país, os meandros
da corrupção. Graças à Lava Jato, to-
do brasileiro minimamente informado
sabe hoje como funcionavam (em
muitos casos, ainda funcionam) as en-
grenagens que permitiam que empre-
sários e agentes públicos, associados
no crime, drenassem recursos públi-
cos para seus bolsos, contas secretas e
caixa dois das agremiações políticas.
O problema, enfim, está exposto. Ago-
ra, o que vamos fazer com o problema já
não depende da Lava Jato. É uma res-
posta que cabe a nós mesmos, como
cidadãos e como eleitores. Nesse ponto,
o procurador manifesta uma mistura de
otimismo com preocupação. O lado mais
otimista está na expectativa de um prin-
cípio de mudanças a partir das eleições
gerais deste ano. “Essa eleição vai ser
diferente. Vai haver uma discussão maior
sobre que tipo de país queremos, o ta-
manho do Estado e o quanto a cor-
rupção influencia a política brasileira. Se
nós discutirmos isso, nós já estamos co-
meçando a mudança.”
Por outro lado, Lima também expressa
temor com a reação das elites políticas e
econômicas – algo definido pelo ministro
do STF, Luís Roberto Barroso, como “rea-
ção oligárquica”. O procurador da Re-
pública cita, por exemplo, as “10 medidas
contra a corrupção”, hoje, segundo ele,
em “estado vegetativo” no Congresso.
Ele teme que essa reação seja vitoriosa
e que acabemos por retroceder, em vez
de evoluir no combate à corrupção que
hoje vemos no Brasil. “Qualquer pessoa
de bom senso vai realmente temer um
retrocesso. Não há nada garantido nessa
investigação. Os fatos estão aí. A reve-
lação dos fatos é irreversível. Agora, se
não houver uma mudança nas leis, uma
mudança na política, podemos cair num
cinismo e acabar talvez retrocedendo a
um nível pior ainda do que era antes.”
O exemplo está aí, não tão próximo na
Geografia, mas na História: a Operação
Mãos Limpas, antepassada da Lava Jato e
inspiração declarada de alguns dos pro-
tagonistas da operação brasileira, como o
juiz Sérgio Moro. Na Itália, de 1992 a
1994, a Mãos Limpas fez uma devassa no
apodrecido sistema político nacional,
prendendo e condenando milhares de po-
líticos e empresários. Como consequência,
os dois maiores partidos de então, o So-
cialista e o Democrata Cristão, foram di-
zimados nas urnas em 1994.
Entretanto, no mesmo ano, quem as-
cendeu foi o populismo, na figura de
Silvio Berlusconi. Como candidato, o
magnata das telecomunicações manifes-
tava apoio à Mãos Limpas. Porém, uma
vez no poder – para ser mais preciso,
assim que as investigações chegaram aos
seus próprios calcanhares –, o primei-
ro-ministro começou a usar seu poder
político e midiático para difamar e per-
seguir seus algozes e para desqualificar a
operação – que efetivamente perdeu força
–, atribuindo-lhe motivações políticas. Na
opinião de Lima, o mesmo pode suceder
aqui, por meio da apropriação cínica do
discurso anticorrupção por agentes que,
na realidade, não têm compromisso al-
gum com isso:
“Na realidade, (após 1994) o sistema
italiano não voltou ainda mais corrupto.
O que houve foi um desvio para o po-
pulismo. É um risco que corremos efe-
tivamente. Essa guinada ao populismo
pode perfeitamente ocorrer aqui. A apro-
priação do próprio discurso contra a cor-
rupção pode ser uma prática populista se
não for seguida efetivamente de um com-
promisso no combate à corrupção. Não
adianta nada pessoas que repetem ideias
contra a corrupção e que não pretendem
mudar efetivamente nada”.
VVOGAS@REDEGAZETA.COM.BR TEL: 3321-8319
VITOR VOGAS PRAÇA OITO
14 | OPINIÃO SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021Editora: Carol Rodrigues z cferreira@redegazeta.com.br | Telefone: (27) 3321.8073
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CARLOS ALBERTO DI FRANCO
É jornalista e Escreve às terças-feiras neste espaço
E-MAIL: DIFRANCO@ISE.ORG.BR
Desafios do jornalismo
OPINIÃO DA GAZETA
Ação de Raquel Dodge exige que Supremo
anule soltura de deputados; cabe a Cármem
Lúcia marcar julgamento o quanto antes
STF E PRESOS
ILUSTRES
D
ependendo apenas de data a ser fechada pela pre-
sidente Cármem Lúcia, o Supremo Tribunal Fede-
ral (STF) tem encontro marcado para reavaliar
umapautaquepassourecibonocorporativismode
políticoscomaJustiçaemseuscalcanhares.Ople-
náriodaCortevaianalisarrecursodaProcuradora
GeraldaRepública,RaquelDodge,contraadecisãoqueentregoua
parlamentares o poder de dar a última palavra e revogar medidas
judiciaiscontraseuspares.TalentendimentodoSupremodevolveu
imediatamente o mandato ao então senador afastado Aécio Neves
(PSDB),alvodaLavaJato,elogotiroudacadeiatrêsdeputadosdo
RiodeJaneiroacusadosdecrimesgraves.
É preciso que o conjunto dos 11 ministros da Corte, já constran-
gidos pelo efeito colateral da decisão que os dividiu no caso Aécio,
imponham regramento jurídico coerente para casos de extremo
interessepúblico.Seráaoportunidadedeesclarecerseasuspensão
daprisãoedemedidascautelares
peloParlamentotambéméválida
para deputados estaduais e ve-
readores,porexemplo.
A PGR exige resposta “imediata
e firme do Supremo”, reitera que
aprisãodosdeputadosdoRiore-
media o descalabro institucional
doEstadoefrisaquea“liberdade
dos sujeitos ativos destes delitos
põe em risco a ordem pública, a
instrução criminal e a aplicação
daleipenal”.Naprática,emtem-
posdeLavaJato,essehabeascor-
pus corporativo salvou investiga-
dosdetodasaspatentes.
Agravidadedoretrocessopatro-
cinado no Congresso no caso Aé-
cio não difere de absolvições de políticos até em processos disci-
plinares,masficaclaraaimpressãodedesequilíbrionotratamento
de réus ilustres. O mesmo Senado imediatamente subscreveu or-
dem de prisão dada pelo STF ao ex-senador Delcídio do Amaral. A
prisão do deputado Eduardo Cunha não precisou de controle po-
lítico da Câmara, o que expõe as contradições da Corte máxima de
Justiçadopaís.
APGRexigeresposta“imediataefirmedoSupremo”,reiteraquea
prisãodosdeputadosdoRioremediaodescalabroinstitucionaldo
Estadoefrisaquea“liberdadedossujeitosativosdestesdelitospõe
em risco a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei
penal”. Na prática, em tempos de Lava Jato, esse habeas corpus
corporativosalvouinvestigadosdetodasaspatentes.
Será uma coisa
cortês e elegante,
como é do meu
estilo e do estilo do
governador” “Será
uma coisa cortês e
elegante, como é do
meu estilo e do
estilo do
governador”
HÁ 50 ANOS
Ônibus da Itapemirim atropela
dois e bate em coletivo em
“Idemar Talarme e Antonio Silverino da
Silva, residentes em Araguaia, foram
conduzidos na noite de ontem ao
pronto-socorro da Santa Casa,
respectivamente por terem sido vítimas de
atropelamento em Jardim América. O carro
Eu estava meio encolhido na sala de
embarque do Aeroporto de Vitória.
Cheguei antes do horário. Era uma
aperto só. De repente, na minha fren-
te, brota um grande amigo: Rosental
Calmon Alves. Esqueci o cansaço, as
filas e a demora. Passamos em revista
os problemas do mundo e do jor-
nalismo. O entusiasmo do Rosental faz
bem a qualquer um. Ganhei meu dia.
O jornalista Rosental Calmon Alves é
um fenômeno de renovação perma-
nente. Começou sua carreira de jor-
nalista em 1968. Entre outros veículos,
passou pelas rádios Tupi e Nacional,
no Rio de Janeiro, e pelas revistas
IstoÉ e Veja. No Jornal do Brasil, foi
correspondente em Madri, Buenos Ai-
res, Washington e Cidade do México.
Trocou as redações pela carreira aca-
dêmica, tornando-se professor na Uni-
versidade do Texas, em Austin. Em
2002, criou o Centro Knight para Jor-
nalismo nas Américas.
Rosental, um carioca simpático e
acolhedor - tenho saudade de nosso
encontro em Austin -, surpreende por
sua capacidade de adaptação às mu-
danças. Considerado um dos grandes
teóricos do jornalismo on-line, Cal-
mon Alves sempre chamou a atenção
para os desafios a serem enfrentados
pelos jornais neste momento de re-
volução digital.
Segundo Rosental, o surgimento das
redes sociais, como o Twitter e o
Facebook, não mudou somente o jor-
nalismo, mas também o mundo. “Nun-
ca antes os avanços tecnólogicos no
afetaram tanto e, consequentemente,
afetaram a forma de fazer jornalismo”,
observa. “Há mais de uma década que
eu venho alertando para isto: não dá
mais para continuar fazendo jornais
do mesmo jeito.”
Essa é uma nova realidade que as
grandes empresas de mídia precisam
aceitar, pondera: “Hoje, a comuni-
cação não é mais vertical, unidire-
cional, com a internet ela passou a não
ter limites. Outra diferença é que a
audiência não é mais passiva, não se
trata mais de um monólogo, é preciso
haver uma constante troca de infor-
mações entre os leitores e o jornal”.
Rosental Calmon Alves vai ao ponto.
Precisamos, todos, fazer uma urgente
autocrítica. E a primeira reflexão nos
leva a depor as armas da arrogância e
assumir a batalha da humildade. A co-
municação, na família, nas relações so-
ciais e no jornalismo, não é mais vertical.
O diálogo é uma realidade cultural.
Ainda bem. Os oráculos morreram. É
preciso ouvir o leitor. Com respeito. Com
interesse real, não como simples jogada
do marketing. O leitor não pode ser
tratado como um intruso.
Os jornalistas precisam escrever para
os leitores, e não para os colegas.
Alguns cadernos culturais parecem
produzidos numa bolha. Falam para si
mesmos e para um universo cada vez
mais reduzido, pernóstico e rarefeito.
O jornal precisa ter a sábia humildade
de moldar o seu conceito de infor-
mação, ajustando-o às autênticas ne-
cessidades do público a que se dirige.
O jornal precisa ter a sábia
humildade de moldar o seu
conceito de informação,
ajustando-o às autênticas
Ônibus da Itapemirim atropela
dois e bate em coletivo em
“Idemar Talarme e Antonio Silverino da
Silva, residentes em Araguaia, foram
conduzidos na noite de ontem ao
pronto-socorro da Santa Casa,
respectivamente por terem sido vítimas de
atropelamento em Jardim América.
1
14 | OPINIÃO SEGUNDA, 25 DE JUNHO DE 2018
FOTO: PROJETO ACERVO DIGITAL / WWW.AGENCIAAG.COM.BR
CHOQUE NA
CONTA DE LUZ
OPINIÃO DA GAZETA
O preço da energia residencial
vai ficar mais caro nos próximos
dias. Em três anos, o aumento já
chega a 70% acima da inflação
E
m três anos, a tarifa de energia
residencial subiu 70% acima da
inflação–engolindoparteexpres-
sivadarendadasfamílias,emmo-
mento difícil da economia. E, in-
felizmente, esse choque elétrico
nosorçamentosdomésticosestálongedeparar.
AAgênciaNacionaldeEnergiaElétrica(Aneel)
avisa que as contas de luz vão ficar mais caras a
partirdospróximosdias,devidoaoacionamento
dachamadabandeiratarifáriavermelhanível2,
omaiselevadoparaascobrançasadicionais.
Vamos ter mais inflação. O reajuste anuncia-
dovemdedoisfatores circunstanciais.Oprin-
cipal é a escassez de geração elétrica, em fun-
ção do volume dechuvas abaixo da médiahis-
tórica.Cercade60% doconsumode energiaé
supridoporhidrelétricas.Hácercade220usi-
nas em operação no país. Outro, é a alta do
dólar,quepressionaastarifasemItaipu.
No entanto, o maior
peso nocustodaener-
gia é resultante do po-
pulismo tarifário do
governo Dilma. O va-
lor da conta de luz au-
mentou 33% entre fe-
vereirode2015emaio
de 2018, enquanto o
IPCA(ÍndicedePreçosaoConsumidorAmplo)
doperíodoficouem19,7%.
Nós, consumidores, estamos pagando uma
indenização de R$ 62,2 bilhões às concessio-
nárias de transmissão de energia, porque em
2012, período de eleições municipais, a pre-
sidente interveio no mercado decretando a
quedaforçadade20%nastarifas.
Isso será cobrado nas contas de luz até o ano
de 2025. Ou seja, ao longo de mais sete anos e
meioessadespesavaipesarmuitonobolsodos
cidadãos. O dinheiro é para compensar em-
presas por investimentos em linhas de trans-
missão feitos antes de 2000, e que ainda não
foramtotalmentepagosviatarifa.
Que essa situação alerte a sociedade contra
acenospopulistasdecandidatosnaeleiçãodes-
teano.Opreçoéaltoeacontasemprechega.
EU DIGO QUE...
“Macron não
entende as
pessoas mais
pobres. Receio
que ele esteja
levando a
França a um
sistema que
deixa os menos
favorecidos para
trás”
—
François Pinault
Dono da grife Gucci,
acusando o
presidente francês
Emmanuel Macron de
elitismo
“Sem dúvida
apenas
bilionários
conseguem
entender os
outros”
—
Richard Ferrand
Chefe da campanha
vitoriosa de
Emmanuel Macron no
ano passado, em tom
de ironia sobre a
declaração do dono
da Gucci
Copa
insossa
Francisco Aurelio Ribeiro
É professor e escritor
Creio que frustrei meu pai, por não gostar de jogar
futebol como ele, mas era um bom torcedor,
aprendendo com os adultos a xingar o time adversário
Há 60 anos acompanho as Copas do
Mundo do futebol, pois, em 1958, com
três anos, estava no colo de meu pai,
quando ele a ouvia, pelo rádio, e torcia
pela Seleção Brasileira na Suécia. Papai
era fanático por futebol e isso marcou
minha infância, vivida em torno de um
campo, onde ele disputava as peladas
com os amigos. Creio que o frustrei, por
nãogostardejogarfutebol comoele,mas,
pelo menos, era um bom torcedor, apren-
dendo com os adultos a xingar o time
adversário naqueles tempos do politi-
camente incorreto. Até as brigas, ao final
do jogo, já eram previstas, pois ele dizia
para os filhos, rindo: “Quando o jogo
terminar, corram pra casa, pois vai ter
briga; se perdermos, não vamos aceitar;
se ganharmos, eles vão brigar”. Mas tudo
terminava em festa, com direito a frango,
pernil ou cabrito assado compartilhado
entre o time local e os visitantes.
Em 1966, ele não pôde assistir à Copa
da Inglaterra, pois morreu em janeiro,
com apenas 35 anos. Pelo menos não
assistiu ao fraco desempenho da Se-
leção Brasileira, em que a dupla Pe-
lé/Garrincha não funcionava mais pa-
ra salvar nosso time, decadente após
as vitórias de 1958, na Suécia, e 1962,
no Chile. Por outro lado, poderia ter-se
alegrado com a seleção portuguesa,
seu segundo time, pois seu pai era
português, e o Eusébio, o Pelé de
Portugal, na época.
Hoje, quando assisto a mais uma Copa
do Mundo, na Rússia, imagino o que ele
estaria sentindo e dizendo, ao ver o
nosso principal craque mais preocu-
pado com o penteado do que com o
futebol a ser jogado em campo. No
mínimo, diria: “Isso não é coisa de
jogador de futebol!”. E talvez até pas-
sasse a torcer mais por outros times que
estão realmente jogando futebol, como
o da anfitriã, a Rússia, o do México, o de
Portugal ou, quem sabe, até o da se-
leção do Senegal, que joga com a ale-
gria e a irreverência dos africanos que,
um dia, também já tivemos.
O que sei é que estamos vivendo
tempos tão conturbados que nem a
nossa Seleção nos traz alegrias. Ves-
timos, como sempre, a camisa verde e
amarela, e não há razão por não o
fazer, juntamo-nos aos amigos e fa-
miliares para torcer, mas nos falta a
alegria para compartilhar. Até nossos
afortunados compatriotas, que tive-
ram a oportunidade de ir à Rússia,
nos envergonham, e ao mundo, com
suas postagens machistas e precon-
ceituosas, sua tradicional falta de
princípios morais e éticos e sua má
educação costumeira.
Parece que, em vez de calçarmos a
“pátria de chuteiras”, entramos na Copa
da Rússia de salto alto, que quebrou, e o
jogamos na cara do mundo, sem saber o
que fazer com o traste.
HÁ 50 ANOS
Estudantes
marcam reunião e
as autoridades
advertem
“Embora estejam de
férias antecipadas por
ato do governo da
Guanabara, os
estudantes prometem
reunião para amanhã,
quarta-feira, quando
deverão sair em
passeata,
manifestando-se contra
os atos de violência da
polícia. O governador
Negrão de Lima
manteve contato com o
ministro da Justiça,
tratando da crise nos
seus mais diversos
pormenores.”
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CARLOS FERNANDO LINDENBERG NETO | Diretor de Negócios: MARCELLO MORAES | Diretor de Mercado
Anunciante: MÁRCIO CHAGAS
gazetaonline.com.br
62,2bilhões de reais
É quanto será cobrado nas
contas de luz até 2025,
para cobrir o populismo
tarifário no governo Dilma.
Política.
| 17TERÇA, 10 DE JULHO DE 2018| 16TERÇA, 10 DE JULHO DE 2018
WhatsApp: (27) 98135.8261 | Telefone: (27) 3321.8332
ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (27) 3321-8699
Editora: Samanta Nogueira z snogueira@redegazeta.com.br
HARTUNG DIZ QUE NÃO
VAI DISPUTAR A REELEIÇÃO
MARCOS CORREA/PR
Paulo Hartung anunciou a aliados e secretários sua decisão de não disputar o governo do Estado
Decisão ocorre a poucas semanas das convenções partidárias
LETÍCIA GONÇALVES
lgoncalves@redegazeta.com.br
Após meses de sinais tro-
cados,ogovernadorPaulo
Hartung (MDB), 61 anos,
anunciou, ontem, em reu-
niões com aliados e tam-
bém por meio de nota ofi-
cial,quenãovaidisputara
reeleição e sim “passar o
bastão”. Entre os motivos
elencados por pessoas
próximas ao emedebista
estão pedidos da família e
“sensação de dever cum-
prido”.Háquemavalie,no
entanto, que a corrida
eleitoral, que se avizinha-
va acirrada – tendo como
principal oponente o
ex-governadorRenatoCa-
sagrande (PSB) – é o que
teria pesado na decisão.
“Ele (Hartung) não
deusinaisdisso(receioda
disputa) ou de abatimen-
to. Apenas disse que cum-
priu seu papel e que ques-
tões familiares é que esta-
vam em jogo”, garantiu,
no entanto, uma pessoa
com trânsito no gabinete
do governador.
Desde abril, quando de-
cidiu permanecer no cargo,
fechando as portas para
uma possível candidatura à
CâmaraFederalouaoSena-
do,quehaviamsidoaventa-
dasporelemesmoanterior-
mente,Hartungacelerouas
apostas sobre se disputaria
ou não o Palácio Anchieta
mais uma vez. Pouca gente
acreditava na segunda op-
ção. E não era para menos.
A presença do governador
em agendas oficiais com
aresdepré-eleiçãoeracons-
tante.Inaugurações,visitas,
ordens de serviço, sempre
cercado por aliados políti-
coslocaise,eventualmente,
por palacianos de peso,
ocorreram até o limite do
prazo imposto pela legisla-
ção eleitoral. Desde o últi-
mo dia 7, pré-candidatos
passaram a não poder par-
ticipar de inaugurações. No
dia 6, como registrou a co-
luna Vitor Vogas, Hartung
afirmou que esses eventos
caberiam aos integrantes
do secretariado a partir de
então. No mesmo dia, po-
rém,disseque“passarobas-
tão” seria “muito legal para
o Espírito Santo”.
“Acredito que ele tomou
essa decisão (de não dispu-
tar) a reeleição há um mês,
15 dias. Antes, ele parecia
animado para concorrer”,
diz um aliado. Em reunião
com pessoas próximas – in-
cluindo o senador Ricardo
Ferraçoeovice-governador
CésarColnago,ambostuca-
nos–naresidênciaoficialda
Praia da Costa, ontem pela
manhã, e com o secretaria-
do, à tarde, no Palácio, o
desfecho ficou claro. À noi-
te, o governador se reuniu
com empresários.
Ainda assim, fica a dúvi-
da:porqueadefiniçãoveioa
esta altura do campeonato?
SeHartungtivessededesin-
compatibilizado, Colnago
COTADOS A RECEBER O APOIO DE HARTUNG PARA DISPUTAR O PALÁCIO ANCHIETA
Ferraçodespontacomofavorito,
masoutrosnomesestãonopáreo
Senadortucanoéuma
dasalternativas,mas
Amaro,ColnagoeVidigal
tambémsãocotados
LETÍCIA GONÇALVES
lgoncalves@redegazeta.com.br
No último dia 20, o gover-
nador Paulo Hartung
(MDB) declarou, em even-
to em Guarapari, que seria
“um sonho” ver o senador
Ricardo Ferraço(PSDB) no
comando do Palácio An-
chieta. Em 2010, esse “so-
nho”quaseteveachancede
se concretizar, não fosse
Hartung ter desistido de
endossaronomedotucano
(então filiado ao PMDB) e
apoiado Renato Casagran-
de (PSB) na corrida para o
governodoEstado.Ferraço
acaboudisputandooSena-
do,mandatoqueseencerra
agora. Seja pelo que houve
nopassado,sejapelograce-
jo do governador em Gua-
rapari, o nome do senador
desponta como um dos fa-
voritos – ou “o” favorito – a
ser o escolhido para ser
apoiado por Hartung. Mas
há outros.
O deputado estadual
Amaro Neto (PRB), o vi-
ce-governador César Col-
nago(PSDB)eodeputado
federal Sérgio Vidigal
(PDT) também são cota-
dos, nos bastidores.
Ferraço e Amaro, no en-
tanto, se destacariam por-
que já mantêm uma
pré-campanha para cargo
majoritário. O tucano rea-
firmou recentemente a in-
tenção de disputar a reelei-
ção.EAmaro,apesardasin-
vestidas palacianas para
concorrer à Câmara, man-
teveonomefirmeparaoSe-
nado. Ontem, à reporta-
gem, ele contou que soube
pela imprensa sobre a deci-
são de Hartung.“Continuo,
aprincípio,comopré-candi-
dato ao Senado”, afirmou.
No início da noite, o presi-
dente da Assembleia, Erick
Musso,eosecretáriodaCa-
sa Civil, Roberto Carneiro,
ambos do PRB do apresen-
tador de TV, estiveram no
Palácio Anchieta. Musso
sustenta que o assunto do
dia não foi nem menciona-
do.“Fuilátratar(comogo-
vernador) de questões que
chegaramàAssembleia.Por
isso,osecretáriodaCasaCi-
vil estava comigo”, diz.
MERGULHO
Ricardo Ferraço, que es-
teve ontem na Assembleia
para falar sobre a ferrovia
EF-118 – projeto que o go-
vernofederalretiroudoEs-
tado – “mergulhou” depois
dessa aparição. Ele não foi
localizadopelareportagem
para comentar o anúncio
do governador.
Outro político com trân-
sito no Palácio Anchieta diz
queonomedeVidigaltam-
bém é cogitado para dispu-
tar o governo. “O governa-
dor falou com ele (Vidigal)
ontem.” O pedetista tam-
bém não foi localizado. Ele
embarcou para Brasília, no
final da tarde de ontem. O
PDT nacional, no entanto,
flertaécomoPSBdoex-go-
vernadorRenatoCasagran-
de(PSB),principaladversá-
rio dos hartunguistas.
Quanto a Colnago, que
participou, pela manhã, de
umadasreuniõesemqueo
governador falou sobre a
decisão de não disputar a
reeleição, cumpria agenda
em Rio Bananal à tarde en-
quanto o mercado político
pegava fogo.
Seja quem for o escolhi-
do por Hartung – até agora
poucos acreditam que ele
não apoiaria ninguém – na
corrida pelo governo terá
pouco tempo para divulgar
a (pré) campanha. As con-
vençõespartidárias,emque
os nomes dos candidatos
são definidos, estão baten-
do à porta. Outros pré-can-
didatosaogovernodoEsta-
do,comoCasagrandeease-
nadoraRose de Freitas (Po-
demos), já estão com o blo-
conaruahátempos.Ecomo
Hartung dava indícios de
que era pré-candidato até
então,nãoabriu espaçopa-
raqueumeventualsucessor
pudesse fazer brilhar os
olhosdoseleitores.Assim,a
empreitadaseráaindamais
difícil para quem aceitá-la.
Adversários políticos evitam fazer análises
Adversários diretos do
governador Paulo Har-
tung (MDB) nas eleições
que se desenhavam ao Pa-
lácio Anchieta, o ex-go-
vernador Renato Casa-
grande(PSB)easenadora
RosedeFreitas(Podemos)
evitaram fazer profundas
análises sobre a declara-
çãodoconcorrentedeque
está fora do pleito.
Ambos já foram aliados
ou pelo menos subiram no
mesmo palanque do eme-
debistaempleitospassados
e já oficializaram publica-
mente que são pré-candi-
datos ao governo.
No caso de Casagrande,
após o rompimento políti-
co, em 2014, os dois trava-
ram uma dura disputa du-
ranteacampanhaaogover-
no,que,aoquetudoindica-
va,serepetiriaem2018.Na
últimapesquisadoInstituto
Futura, de 14 de abril, os
dois apareciam tecnica-
mente empatados. Nas in-
tenções de voto estimula-
das,Hartungtinha36,9%e
Casagrande, 36,1%.
O socialista informou,
por meio de sua assesso-
ria, que não caberia a ele
comentar sobre o desis-
tência do adversário.
O presidente estadual
do PSB, Luiz Carlos Cici-
liotti, disse que considera
cedo para analisar este
movimento político de
Hartung. “Ser candidato
ounãoéumadecisãomui-
to pessoal, não temos co-
mo avaliar. Nós, do PSB,
vamos continuar tocando
o nosso projeto, dialogan-
do com todo mundo, com
os outros partidos e com
quem quiser participar do
projeto”, afirmou.
CHAPA
Ciciliottipreferenãofa-
zer uma aposta sobre
quem será o nome apoia-
do por Hartung na even-
tual nova chapa governis-
ta. “Quem quer ser cam-
peão não pode ficar esco-
lhendo adversário. Esta-
mos preparados para dis-
putar junto com os seg-
mentos que estão colabo-
rando com a gente".
A outra possível con-
corrente na disputa, sena-
dora Rose de Freitas (Po-
demos), chegou a sair do
MDB, em abril, para bus-
car uma legenda com es-
paçoparaconcorreraoPa-
lácio Anchieta.
Embora ela dissesse es-
tar disposta a disputar a
convenção partidária, até
aquele momento, o presi-
dente do partido, Lelo
Coimbra (MDB), indicava
que o nome do governa-
dor teria a preferência in-
terna. Por isso, Rose disse
ter passado por “enorme
constrangimento políti-
co”,quenãopoderiaigno-
rar tamanhas aflições, e
que “iria em busca de um
espaçolivredeinfluências
de grupos de poder”.
Sobre o novo anúncio,
Rose pontuou, por meio de
nota enviada pela assesso-
ria,queogovernadorPaulo
Hartung tomou uma deci-
sãodeforoíntimoeressalta
que o emedebista já havia
se manifestado nessa dire-
ção–denãoconcorreràre-
eleição. “Desejo queadeci-
são traga felicidade à vida
dele (Hartung)”, disse.
(Natalia Devens)
REPERCUSSÃO
“Quem quer ser
campeão não pode
ficar escolhendo
adversário. Estamos
preparados para
disputar junto com os
nossos segmentos”
LUIZ CARLOS
CICILIOTTI
PRESIDENTE DO PSB
teriaficadonacadeiradego-
vernador, com visibilidade
para se lançar em outubro.
Senãofosseoviceoescolhi-
do, o governador poderia
permanecer no cargo mas
avisar um pouco mais cedo
quemseriao“ungido”,dan-
domaistempoàpré-campa-
nha deste último.
TEMPO
“O tempo é agora. An-
tes não fazia sentido falar
issoehaverátempoparao
mercado se movimentar
atéasconvenções”,rebate
uma aliado de primeira
hora do emedebista.
ComoHartungéconhe-
cido por suas estratégias e
mistérios mantidos até os
45dosegundotempo,ape-
sar do anúncio oficial de
ontem, entre aliados e ad-
versáriosrestaumpouqui-
nhodedúvidase,atéacon-
venção do MDB – o prazo
para a realização das con-
venções vai de 20 de julho
a 5 de agosto –, o jogo não
pode virar novamente.
Questionado sobre a
possibilidade de uma re-
viravolta de Hartung, ou-
tro aliado, sob anonima-
to, diz que não é esse “o
clima” atualmente.
A nota divulgada à im-
prensa, assinada pela se-
cretária de Comunicação,
Andréia Lopes, foi sucinta:
“O governador Paulo Har-
tung reuniua equipe de se-
cretários na tarde desta se-
gunda-feira (9) para anun-
ciarquenãodisputaráare-
eleição. Hartung disse que
é hora de ‘passar o bastão’.
Ele não manifestou apoio
político anenhumpré-can-
didato”, diz parte do texto.
Hoje, o governador deve
conceder entrevista coleti-
va às 8 horas.
(Com colaboração de
Bruno Dalvi)
GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO FRED LOUREIRO/SECOM-ES
CONVENÇÕES
“O tempo é agora.
Antes não fazia
sentido falar isso e
haverá tempo para
o mercado se
movimentar até
as convenções”
INTERLOCUTOR. Sobre
Hartung se decidir agora
por ficar fora da eleição
O QUE HARTUNG JÁ FALOU
2014
t Pós-eleição
Um dia depois de ter sido
eleito, Paulo Hartung
declarou que não seria
candidato à reeleição. “Já
está decidido desde a
candidatura. Eu vim
determinado a ficar quatro
anos no governo e passar
o bastão. Os capixabas
elegeram um governador
para um mandato.”
2016
t Futuro político
No final do ano, em seu
balanço da gestão, Hartung
deu como certa a
desincompatibilização do
governo em abril de 2018,
pois queria participar do
debate nacional. “Terei
duas opções: o Senado ou
a Câmara”.
2017
t Vice-presidente
Em novembro, Hartung
participou de reuniões
com o apresentador de TV
Luciano Huck, e passou a
ser cotado como seu
candidato a vice dele ou
do ex-ministro do STF,
Joaquim Barbosa.
2018
t Desincompatibilização
Em 7 de abril, Hartung
não deixou o MDB e nem
o governo, e desta forma,
só poderia ser candidato
à reeleição ou a nada. Em
entrevistas, disse que só
anunciaria a decisão “lá
para a segunda quinzena
de julho”. O presidente do
MDB, Lelo Coimbra, se
referia a ele como
“candidato natural”.
RICARDO FERRAÇO (PSDB)
t O favorito
Foi vice-governador de Hartung no segundo
mandato. Era tido como candidato à
sucessão em 2010, mas Hartung apoiou
Casagrande. Então, ele se elegeu ao Senado.
AMARO NETO (PRB)
t O novo
Começou na política após ter sido eleito
deputado estadual, em 2014. Disputou a
Prefeitura de Vitória em 2016 com o apoio
de Hartung, e é pré-candidato ao Senado.
CÉSAR COLNAGO (PSDB)
t O escudeiro
Atual vice-governador. Se Hartung tivesse
se desincompatibilizado do cargo, poderia
ter assumido o governo desde abril, o
que fortaleceria uma candidatura.
SÉRGIO VIDIGAL (PDT)
t O improvável
Ex-prefeito da Serra e deputado federal.
Já disputou o governo em 2006 contra
Hartung. Hoje, é um de seus aliados.
Mas o PDT nacional flerta com o PSB.
LUIZ ALVES/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Parecerporaprovaçãodecontas
 6HEK= @A +J=I
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FA?E=EI A .K@ -IFA
?E= @ 2AJHóA
LIMITE
05de agosto
É quando termina o prazo
para a realização das con-
venções partidárias, que
definem os candidatos.
20 | POLÍTICA QUARTA, 28 DE FEVEREIRO DE 2018
vvogas@redegazeta.com.br Tel: 3321-8319
VITOR VOGAS
PRAÇA OITO
Vasco Alves voltou a viver ontem segundos de
glória, prestigiado no Palácio Anchieta pelo
governador Paulo Hartung, que o chamou de
“amigo e companheiro de muitas caminhadas”.
Da corrupção
ao populismo
Um dos mais destacados componentes
da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba,
o procurador da República Carlos Fer-
nando dos Santos Lima é categórico em
dizer que a operação é bem-sucedida,
principalmente quando compreendemos
que o seu grande mérito é o de ter
descortinado a todo cidadão brasileiro,
como nunca antes na história do país, os
meandros da corrupção. Graças à Lava
Jato, todo brasileiro minimamente in-
formado sabe hoje como funcionavam
(em muitos casos, ainda funcionam) as
engrenagens que permitiam que empre-
sários e agentes públicos, associados no
crime, drenassem recursos públicos para
seus bolsos, contas secretas e caixa dois
das agremiações políticas.
O problema, enfim, está exposto.
Agora, o que vamos fazer com o pro-
blema já não depende da Lava Jato. É
uma resposta que cabe a nós mesmos,
como cidadãos e como eleitores. Nesse
ponto, o procurador manifesta uma mis-
tura de otimismo com preocupação. O
lado mais otimista está na expectativa
de um princípio de mudanças a partir
das eleições gerais deste ano. “Essa elei-
ção vai ser diferente. Vai haver uma
discussão maior sobre que tipo de país
queremos, o tamanho do Estado e o
quanto a corrupção influencia a política
brasileira. Se nós discutirmos isso, nós
já estamos começando a mudança.”
Por outro lado, Lima também expressa
temor com a reação das elites políticas e
econômicas – algo definido pelo ministro
do STF, Luís Roberto Barroso, como “rea-
ção oligárquica”. O procurador da Re-
pública cita, por exemplo, as “10 medidas
contra a corrupção”, hoje, segundo ele,
em “estado vegetativo” no Congresso.
Ele teme que essa reação seja vitoriosa
e que acabemos por retroceder, em vez
de evoluir no combate à corrupção que
hoje vemos no Brasil. “Qualquer pessoa
de bom senso vai realmente temer um
retrocesso. Não há nada garantido nessa
investigação. Os fatos estão aí. A re-
velação dos fatos é irreversível. Agora, se
não houver uma mudança nas leis, uma
mudança na política, podemos cair num
cinismo e acabar talvez retrocedendo a
um nível pior ainda do que era antes.”
O exemplo está aí, não tão próximo
na Geografia, mas na História: a Ope-
ração Mãos Limpas, antepassada da Lava
Jato e inspiração declarada de alguns dos
protagonistas da operação brasileira, co-
mo o juiz Sérgio Moro. Na Itália, de 1992
a 1994, a Mãos Limpas fez uma devassa
no apodrecido sistema político nacional,
prendendo e condenando milhares de
políticos e empresários. Como conse-
quência, os dois maiores partidos de en-
tão, o Socialista e o Democrata Cristão,
foram dizimados nas urnas em 1994.
Entretanto, no mesmo ano, quem as-
cendeu foi o populismo, na figura de
Silvio Berlusconi. Como candidato, o
magnata das telecomunicações manifes-
tava apoio à Mãos Limpas. Porém, uma
vez no poder – para ser mais preciso,
assim que as investigações chegaram aos
seus próprios calcanhares –, o primei-
ro-ministro começou a usar seu poder
político e midiático para difamar e per-
seguir seus algozes e para desqualificar a
operação – que efetivamente perdeu for-
ça –, atribuindo-lhe motivações políticas.
Na opinião de Lima, o mesmo pode
suceder aqui, por meio da apropriação
cínica do discurso anticorrupção por
agentes que, na realidade, não têm com-
promisso algum com isso:
“Na realidade, (após 1994) o sistema
italiano não voltou ainda mais corrupto.
O que houve foi um desvio para o po-
pulismo. É um risco que corremos efe-
tivamente. Essa guinada ao populismo
pode perfeitamente ocorrer aqui. A apro-
priação do próprio discurso contra a cor-
rupção pode ser uma prática populista se
não for seguida efetivamente de um
compromisso no combate à corrupção.
Não adianta nada pessoas que repetem
ideias contra a corrupção e que não
pretendem mudar efetivamente nada”.
Assumção com Manato
Acusado de ter sido um dos líderes da
greve da PM em fev/2017, o militar da
reserva Capitão Assumção vai se filiar ao
Solidariedade no dia 22 de março para
ser candidato a deputado estadual. O
partido é presidido no Estado pelo de-
putado federal Carlos Manato, autor de
projeto de lei que anistia os grevistas.
Do mesmo lado, #sqn
No anúncio do início das obras de ele-
vação do Dique do
m V m A
2
3
4
5
7
6
8
9
10
11
12
AS MUDANÇAS
Ve a as pr nc pa s a terações do desenho do orna
1 F OS São nhas
usadas nas pág nas
para separar matér as e
anúnc os A espessura fo
d m nu da para de xar o
orna ma s mpo
2 CHAPÉU É a pa avra
ou expressão que f ca
sobre o t tu o Agora o uso
desse e emento f ca a
cr tér o do ed tor Quando
for necessár o será usado
em uma fonte ma or e na
cor aran a
3FRASES Frases de
entrev stados são
destacadas nas matér as e
eram acompanhadas de um
t tu o que agora fo ret rado
A etra da frase f cou ma or
para dar ma s v s b dade
4 RESP RO É um box
usado para dar
destaque a uma
nformação Ganhou um
novo padrão e passou a
ser separado por nhas
5 L NHA DO TEMPO O
e emento fo nc u do no
pro eto para organ zar
v sua mente uma
nformação que obedeça a
uma crono og a Pode
aparecer tanto na hor zonta
como na vert ca
6 T POGRAF AS A
t pograf a das etras de
t tu os das reportagens que
aparecem em pág nas
dup as foram padron zados
Se a pr me ra pág na usar
uma fonte f na a segunda
também va ser dessa
forma Se for em negr to a
segunda segue o padrão
7 PLACAR E emento
que destaca números
Antes aparec a com um
t tu o que fo ret rado para
aumentar o tamanho da
fonte do texto
8 SA BA Os sa bas são
boxes usados para
destacar nformações em
tóp cos O e emento passou
a ter um novo padrão com
espaços entre os parágrafos
e uma fonte ma or
9 D V SÃO Matér as
que fa am sobre o
mesmo assunto em uma
pág na não serão ma s
d v d das por uma nha
10 COLUNAS As
co unas de op n ão
de xaram de ter o fundo
azu que passa a ser branco
A ém d sso o nome do
co un sta agora aparece
com uma fonte ma or
11 OP N ÃO O espaço
do ed tor a de A
GAZETA aumentou e agora
obedece a um padrão com a
segu nte ordem t tu o
subt tu o e texto O mesmo
padrão será segu do pe os
art gos de op n ão
12 GRÁF COS Um
padrão de pa eta de
cores fo def n do para os
nfográf cos Mode os de
gráf cos também foram
nc u dos para dar ag dade
ao processo de produção

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  • 1. | 7DOMINGO, 02 DE SETEMBRO DE 2018 16 | CIDADES DOMINGO, 03 DE JUNHO DE 2018 | lximenes@redegazeta.com.br - Tel.: 3321-8521 LEONEL XIMENES De um internauta refletindo sobre a crise brasileira: “Eu vi que não daria certo quando o Merthiolate parou de arder” Hartung e presidente da Petrobras vão se reunir nesta semana FESTA É COM ELA Dentista de formação, foi na área de festas que Beatriz Alvarenga encontrou sua grande paixão. Há três anos ela se encantou pelo ramo de decoração ao idealizar o próprio casamento. Hoje a nossa bela de domingo se divide entre os pacientes no consultório odontológico e os clientes de eventos. FOTO: FILIPE ARAGÃO Raio-x do governo Diagnóstico de um deputado federal capixaba : 1) O governo Temer aca- bou; 2) O ministro Marun é gen- te-boa, mas é um fanfarrão; 3) Nunca compre um carro usado do ministro Eliseu Padilha. Fim de linha O governo não existe mais. Nos bas- tidores de Brasília soube-se que o pre- sidente editou um decreto autorizan- do as Forças Armadas a intervir na greve dos caminhoneiros. Autorizava, não determinava. É que Temer tinha medo de os militares não cumprirem a ordem e gerar uma grande crise. Outra homenagem O presidente da OAB-ES, Homero Mafra, vai propor que o nome da sede da Ordem seja Agesandro da Costa Pereira. A proposta será feita na próxima reunião do Conselho Sec- cional, no dia 18 de junho. Ave, Ivan! No currículo de Ivan Carlini V, que será eleito amanhã pela sexta vez conse- cutiva presidente da Câmara de Vila Velha, consta que ele foi vendedor, ca- melô, ajudante de marceneiro e con- feiteiro. Só falta agora ser imperador. A gente já sabia O deputado federal Lelo Coimbra (MDB), líder da maioria na Câmara, distribuiu dois artigos, publicados na imprensa nacional, cujos títulos são: “Governo fraco” e “Caiu a ficha”. Será que caiu a ficha e Lelo percebeu que o governo é fraco? Greve sem fim A greve dos caminhoneiros acabou, mas suas consequências ainda estão na pista. Ontem, um famoso restau- rante de carnes num shopping de Vi- tória não tinha... carne. Em Jardim da Penha, outro restaurante, por falta de ingredientes, suspendeu a tradi- cional feijoada de sábado. Lembrando Mais Estado e menos impostos são coisas incompatíveis. Alô, eleitor! Por que não chamaram Gilmar Men- des para soltar os produtos retidos pela greve dos caminhoneiros? O novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, e o governador Paulo Hartung vão se encontrar nesta se- mana, em data a ser marcada, para discutirem os investimentos da em- presa no Espírito Santo. Como diretor financeiro, Monteiro representou a estatal nas negociações para a criação de um empresa de gás com o Estado. Primeiro contato Logo após ser confirmado no cargo, na sexta-feira, Monteiro conversou com o governador pelo WhatsApp. O assunto foi a redução do ICMS co- brado pelo ES sobre o diesel. De olho PH determinou ao Procon para acom- panhar a evolução dos preços nos postos de combustíveis, para que seja garantida a redução do preço do die- sel para o consumidor final Zorro na luta Zorro foi um dos personagens que mais se destacaram na concentração dos caminhoneiros às margens da BR 101 em Viana. Ocimar Silva, de 50 anos, é de Guarapari e levou a fan- tasia que usa em outros protestos pa- ra o piquete. Zorro na bronca “O povo fica esperando um herói vir e resolver tudo para eles. Vim de Zorro, mas nem assim a população aderiu e parou junto com a gente”, reclamou o “herói” do volante. Efeito colateral A greve pelo menos melhorou o trân- sito. Na Terceira Ponte, o movimento diário de cerca de 103 mil automó- veis caiu para 50 mil no auge da paralisação. Constatação Os prefeitos da Grande Vitória fica- ram meio caladões durante a crise. Sem combustível O prefeito de Colatina, Sérgio Me- neguelli, ganhou uma bicicleta elé- trica de presente de aniversário. O país do desalento O IBGE utiliza o conceito “desalen- tado” para definir aquele trabalha- dor que nem procurou vaga na se- mana, porque não achou que não conseguiria. É mais ou menos o sen- timento do eleitor e do contribuinte brasileiro. Baixo astral geral Só falta outro 7 x 1 para completar. TEMPO FONTE: INMET (INSTITUTO NACIONAL DE METEREOLOGIA) - CLIMA TEMPO - CPTEC (PREVISÃO OCEÂNICA) - INCAPER - IEMA (INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE) Hoje Máxima 28 / Min. 19 Amanhã Máxima 26 / Min. 18 Terça Máxima 27 / Min. 17 Qualidade do ar Grande Vitória Medição em 30/05 Estação Qualificação Carapina Bom Cariacica Bom Jardim Camburi Bom Laranjeiras Bom Vila Velha - Centro Bom Vila Velha - Ibes Bom Vitória - Centro Bom Vitória - Enseada do Suá Bom Marés PORTO DE VITÓRIA Preamar: 1.2 às 05:23 e 1.2 às 18:15 Baixamar: 0.3 às 11:58 PORTO DE TUBARÃO Preamar: 1.3 às 05:19 e 1.2 às 18:08 Baixamar: 0.3 às 11:55 Ventos Sul, fracos a moderados Ondas Vitória - Altura: De 1.3 a 1.5 Sol Nascer: 06:10 Pôr do sol: 17:08 Lua Cheia 29/05 - 11:19 10 | CIDADES SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021 | TEMPO FONTE: INMET (INSTITUTO NACIONAL DE METEREOLOGIA) - CLIMA TEMPO - CPTEC (PREVISÃO OCEÂNICA) - INCAPER - IEMA (INSTITUTO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE) Hartung e presidente da Petrobras vão se reunir nesta semana Hoje Máxima 34 / Min. 23 Amanhã Máxima 33 / Min. 22 Sexta Máxima 34 / Min. 23 Qualidade do ar Grande Vitória Medição em 26/02 Estação Qualificação Carapina Bom Cariacica Bom Jardim Camburi Bom Laranjeiras Bom Vila Velha - Centro Bom Vila Velha - Ibes Bom Vitória - Centro Bom Vitória - Enseada do Suá Bom Marés PORTO DE VITÓRIA Preamar: 1.5 às 02:21 e 1.5 às 14:17 Baixamar: 0.2 às 08:21 e -0.1 às 20:39 PORTO DE TUBARÃO Preamar: 1.5 às 02:16 e 1.5 às 14:12 Baixamar: 0.2 às 08:19 e -0.1 às 20:36 Ventos Norte, fracos a moderados Ondas Vitória - Altura: De 0.9 a 1.2 Sol Nascer: 05:38 Por do sol: 18:09 Lua Crescente 23/02 - 05:09 O novo presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, e o governador Paulo Hartung vão se encontrar nesta se- mana, em data a ser marcada, para discutirem os investimentos da empre- sa no Espírito Santo. Como diretor fi- nanceiro, Monteiro representou a es- tatal nas negociações para a criação de um empresa de gás com o Estado. Primeiro contato Logo após ser confirmado no cargo, na sexta-feira, Monteiro conversou com o governador pelo WhatsApp. O assunto foi a redução do ICMS cobrado pelo ES sobre o diesel. De olho PH determinou ao Procon para acom- panhar a evolução dos preços nos pos- tos de combustíveis, para que seja ga- rantida a redução do preço do diesel para o consumidor final Zorro na luta Zorro foi um dos personagens que mais se destacaram na concentração dos caminhoneiros às margens da BR 101 em Viana. Ocimar Silva, de 50 anos, é de Guarapari e levou a fantasia que usa em outros protestos para o piquete. Zorro na bronca “O povo fica esperando um herói vir e resolver tudo para eles. Vim de Zorro, mas nem assim a população aderiu e parou junto com a gente”, reclamou o “herói” do volante. Efeito colateral A greve pelo menos melhorou o trân- sito. Na Terceira Ponte, o movimento diário de cerca de 103 mil automóveis caiu para 50 mil no auge da para- lisação. Constatação Os prefeitos da Grande Vitória ficaram meio caladões durante a crise. Sem combustível O prefeito de Colatina, Sérgio Me- neguelli, ganhou uma bicicleta elé- trica de presente de aniversário. O país do desalento O IBGE utiliza o conceito “desalen- tado” para definir aquele trabalhador que nem procurou vaga na semana, porque não achou que não conse- guiria. É mais ou menos o sentimento do eleitor e do contribuinte brasi- leiro. Baixo astral geral Só falta outro 7 x 1 para completar. Raio-x do governo Diagnóstico de um deputado federal capixaba : 1) O governo Temer aca- bou; 2) O ministro Marun é gen- te-boa, mas é um fanfarrão; 3) Nunca compre um carro usado do ministro Eliseu Padilha. Fim de linha O governo não existe mais. Nos bas- tidores de Brasília soube-se que o pre- sidente editou um decreto autorizan- do as Forças Armadas a intervir na greve dos caminhoneiros. Autorizava, não determinava. É que Temer tinha medo de os militares não cumprirem a ordem e gerar uma grande crise. Outra homenagem O presidente da OAB-ES, Homero Ma- fra, vai propor que o nome da sede da Ordem seja Agesandro da Costa Pe- reira. A proposta será feita na pró- xima reunião do Conselho Seccional, no dia 18 de junho. Ave, Ivan! No currículo de Ivan Carlini V, que será eleito amanhã pela sexta vez con- secutiva presidente da Câmara de Vila Velha, consta que ele foi vendedor, camelô, ajudante de marceneiro e confeiteiro. Só falta agora ser impe- rador. A gente já sabia O deputado federal Lelo Coimbra (MDB), líder da maioria na Câmara, distribuiu dois artigos, publicados na imprensa nacional, cujos títulos são: “Governo fraco” e “Caiu a ficha”. Será que caiu a ficha e Lelo percebeu que o governo é fraco? Greve sem fim A greve dos caminhoneiros acabou, mas suas consequências ainda estão na pista. Ontem, um famoso restau- rante de carnes num shopping de Vi- tória não tinha... carne. Em Jardim da Penha, outro restaurante, por falta de ingredientes, suspendeu a tradicional feijoada de sábado. Lembrando Mais Estado e menos impostos são coisas incompatíveis. Alô, eleitor! Por que não chamaram Gilmar Men- des para soltar os produtos retidos pela greve dos caminhoneiros? LEONEL XIMENES FESTA É COM ELA Dentista de formação, foi na área de festas que Beatriz Alvarenga encontrou sua grande paixão. Há três anos ela se encantou pelo ramo de decoração ao idealizar o próprio casamento. Hoje a nossa bela de domingo se divide entre os pacientes no consultório odontológico e os clientes de eventos. FOTO: FILIPE ARAGÃO LEIA.AG/LEONEL | XIMENES@REDEGAZETA.COM.BR Política. | 36SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021| 35SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021 WhatsApp: (27) 98135.8261 | Telefone: (27) 3321.8332 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (27) 3321-8699 Editora: Samanta Nogueira z snogueira@redegazeta.com.br HARTUNG DIZ QUE NÃO VAI DISPUTAR A REELEIÇÃO MARCOS CORREA/PR Paulo Hartung anunciou a aliados e secretários sua decisão de não disputar o governo do Estado Decisão ocorre a poucas semanas das convenções partidárias LETÍCIA GONÇALVES lgoncalves@redegazeta.com.br Após meses de sinais tro- cados,ogovernadorPaulo Hartung (MDB), 61 anos, anunciou, ontem, em reu- niões com aliados e tam- bém por meio de nota ofi- cial,quenãovaidisputara reeleição e sim “passar o bastão”. Entre os motivos elencados por pessoas próximas ao emedebista estão pedidos da família e “sensação de dever cum- prido”.Háquemavalie,no entanto, que a corrida eleitoral, que se avizinha- va acirrada – tendo como principal oponente o ex-governadorRenatoCa- sagrande (PSB) – é o que teria pesado na decisão. “Ele (Hartung) não deusinaisdisso(receioda disputa) ou de abatimen- to. Apenas disse que cum- priu seu papel e que ques- tões familiares é que esta- vam em jogo”, garantiu, no entanto, uma pessoa com trânsito no gabinete do governador. Desde abril, quando de- cidiu permanecer no cargo, fechando as portas para uma possível candidatura à CâmaraFederalouaoSena- do,quehaviamsidoaventa- dasporelemesmoanterior- mente,Hartungacelerouas apostas sobre se disputaria ou não o Palácio Anchieta mais uma vez. Pouca gente acreditava na segunda op- ção.Enãoeraparamenos.A presençadogovernadorem agendasoficiaiscomaresde pré-eleição era constante. Inaugurações, visitas, or- densdeserviço,semprecer- cadoporaliadospolíticoslo- cais e, eventualmente, por palacianos de peso, ocorre- ram até o limite do prazo impostopelalegislaçãoelei- toral. Desde o último dia 7, pré-candidatos passaram a não poder participar de inaugurações. No dia 6, co- mo registrou a coluna Vitor Vogas, Hartung afirmou que esses eventos caberiam aos integrantes do secreta- riado a partir de então. No mesmo dia, porém, disse que “passar o bastão” seria “legal para o Estado”. “Acredito que ele tomou essa decisão (de não dispu- tar) a reeleição há um mês, 15 dias. Antes, ele parecia animado para concorrer”, diz um aliado. Em reunião com pessoas próximas – in- cluindo o senador Ricardo Ferraçoeovice-governador CésarColnago,ambostuca- nos–naresidênciaoficialda Praia da Costa, ontem pela manhã, e com o secretaria- do, à tarde, no Palácio, o desfecho ficou claro. À noi- te, o governador se reuniu com empresários. Ainda assim, fica a dúvi- da:porqueadefiniçãoveioa esta altura do campeonato? SeHartungtivessededesin- COTADOS A RECEBER O APOIO DE HARTUNG PARA DISPUTAR O PALÁCIO ANCHIETA Ferraçodespontacomofavorito, masoutrosnomesestãonopáreo Senadortucanoéuma dasalternativas,mas Amaro,ColnagoeVidigal tambémsãocotados LETÍCIA GONÇALVES lgoncalves@redegazeta.com.br No último dia 20, o gover- nador Paulo Hartung (MDB) declarou, em even- to em Guarapari, que seria “um sonho” ver o senador RicardoFerraço(PSDB) no comando do Palácio An- chieta. Em 2010, esse “so- nho”quaseteveachancede se concretizar, não fosse Hartung ter desistido de endossaronomedotucano (então filiado ao PMDB) e apoiado Renato Casagran- de (PSB) na corrida para o governodoEstado.Ferraço acaboudisputandooSena- do,mandatoqueseencerra agora. Seja pelo que houve nopassado,sejapelograce- jo do governador em Gua- rapari, o nome do senador desponta como um dos fa- voritos – ou “o” favorito – a ser o escolhido para ser apoiado por Hartung. Mas há outros. O deputado estadual Amaro Neto (PRB), o vi- ce-governador César Col- nago(PSDB)eodeputado federal Sérgio Vidigal (PDT) também são cota- dos, nos bastidores. Ferraço e Amaro, no en- tanto, se destacariam por- que já mantêm uma pré-campanha para cargo majoritário. O tucano rea- firmou recentemente a in- tenção de disputar a reelei- ção.EAmaro,apesardasin- vestidas palacianas para concorrer à Câmara, man- teveonomefirmeparaoSe- nado. Ontem, à reporta- gem, ele contou que soube pela imprensa sobre a deci- são de Hartung. “Continuo, aprincípio,comopré-candi- dato ao Senado”, afirmou. No início da noite, o presi- dente da Assembleia, Erick Musso,eosecretáriodaCa- sa Civil, Roberto Carneiro, ambos do PRB do apresen- tador de TV, estiveram no Palácio Anchieta. Musso sustenta que o assunto do dia não foi nem menciona- do.“Fuilátratar(comogo- vernador) de questões que chegaramàAssembleia.Por isso,osecretáriodaCasaCi- vil estava comigo”, diz. MERGULHO Ricardo Ferraço, que es- teve ontem na Assembleia para falar sobre a ferrovia EF-118 – projeto que o go- vernofederalretiroudoEs- tado – “mergulhou” depois dessa aparição. Ele não foi localizadopelareportagem para comentar o anúncio do governador. Outro político com trân- sito no Palácio Anchieta diz queonomedeVidigaltam- bém é cogitado para dispu- tar o governo. “O governa- dor falou com ele (Vidigal) ontem.” O pedetista tam- bém não foi localizado. Ele embarcou para Brasília, no final da tarde de ontem. O PDT nacional, no entanto, flertaécomoPSBdoex-go- vernadorRenatoCasagran- de(PSB),principaladversá- rio dos hartunguistas. Quanto a Colnago, que participou, pela manhã, de umadasreuniõesemqueo governador falou sobre a decisão de não disputar a reeleição, cumpria agenda em Rio Bananal àtarde en- quanto o mercado político pegava fogo. Seja quem for o escolhi- do por Hartung – até agora poucos acreditam que ele não apoiaria ninguém – na corrida pelo governo terá pouco tempo para divulgar a (pré) campanha. As con- vençõespartidárias,emque os nomes dos candidatos são definidos, estão baten- do à porta. Outros pré-can- didatosaogovernodoEsta- do,comoCasagrandeease- nadora Rose de Freitas (Po- demos), já estão com o blo- conaruahátempos.Ecomo Hartung dava indícios de que era pré-candidato até então, nãoabriu espaço pa- raqueumeventualsucessor pudesse fazer brilhar os olhosdoseleitores.Assim,a empreitadaseráaindamais difícil para quem aceitá-la. Adversários políticos evitam fazer análises Adversários diretos do governador Paulo Har- tung (MDB) nas eleições que se desenhavam ao Pa- lácio Anchieta, o ex-go- vernador Renato Casa- grande(PSB)easenadora RosedeFreitas(Podemos) evitaram fazer profundas análises sobre a declara- çãodoconcorrentedeque está fora do pleito. Ambos já foram aliados ou pelo menos subiram no mesmo palanque do eme- debistaempleitospassados e já oficializaram publica- mente que são pré-candi- datos ao governo. No caso de Casagrande, apósorompimentopolítico, em 2014, os dois travaram umaduradisputadurantea campanhaaogoverno,que, ao que tudo indicava, se re- petiria em 2018. Na última pesquisa do Instituto Futu- ra, de 14 de abril, os dois apareciam tecnicamente empatados. Nas intenções de voto estimuladas, Har- tung tinha 36,9% e Casa- grande, 36,1%. O socialista informou, por meio de sua assesso- ria, que não caberia a ele comentar sobre o desis- tência do adversário. O presidente estadual do PSB, Luiz Carlos Cici- liotti, disse que considera cedo para analisar este movimento político de Hartung. “Ser candidato ounãoéumadecisãomui- to pessoal, não temos co- mo avaliar. Nós, do PSB, vamos continuar tocando o nosso projeto, dialogan- do com todo mundo, com os outros partidos e com quem quiser participar do projeto”, afirmou. CHAPA Ciciliottipreferenãofa- zer uma aposta sobre quem será o nome apoia- do por Hartung na even- tual nova chapa governis- ta. “Quem quer ser cam- peão não pode ficar esco- lhendo adversário. Esta- mos preparados para dis- putar junto com os seg- mentos que estão colabo- rando com a gente". A outra possível con- corrente na disputa, sena- dora Rose de Freitas (Po- demos), chegou a sair do MDB, em abril, para bus- car uma legenda com es- paçoparaconcorreraoPa- lácio Anchieta. Embora ela dissesse es- tar disposta a disputar a convenção partidária, até aquele momento, o presi- dente do partido, Lelo Coimbra (MDB), indicava que o nome do governa- dor teria a preferência in- terna. Por isso, Rose disse ter passado por “enorme constrangimento políti- co”,quenão poderiaigno- rar tamanhas aflições, e que “iria em busca de um espaçolivredeinfluências de grupos de poder”. Sobre o novo anúncio, Rose pontuou, por meio de nota enviada pela assesso- ria,queogovernadorPaulo Hartung tomou uma deci- sãodeforoíntimoeressalta que o emedebista já havia se manifestado nessa dire- ção–denãoconcorreràre- eleição.“Desejo queadeci- são traga felicidade à vida dele (Hartung)”, disse. compatibilizado, Colnago teriaficadonacadeiradego- vernador, com visibilidade para se lançar em outubro. Senãofosseoviceoescolhi- do, o governador poderia permanecer no cargo mas avisar um pouco mais cedo quemseriao“ungido”,dan- domaistempoàpré-campa- nha deste último. TEMPO “O tempo é agora. An- tes não fazia sentido falar issoehaverátempoparao mercado se movimentar atéasconvenções”,rebate uma aliado de primeira hora do emedebista. ComoHartungéconhe- cido por suas estratégias e mistérios mantidos até os 45dosegundotempo,ape- sar do anúncio oficial de ontem, entre aliados e ad- versáriosrestaumpouqui- nhodedúvidase,atéacon- venção do MDB – o prazo para a realização das con- venções vai de 20 de julho a 5 de agosto –, o jogo não pode virar novamente. Questionado sobre a possibilidade de uma re- viravolta de Hartung, ou- tro aliado, sob anonima- to, diz que não é esse “o clima” atualmente. A nota divulgada à im- prensa, assinada pela se- cretária de Comunicação, Andréia Lopes, foi sucinta: “O governador Paulo Har- tung reuniu aequipe de se- cretários na tarde desta se- gunda-feira (9) para anun- ciarquenãodisputaráare- eleição. Hartung disse que é hora de ‘passar o bastão’. Ele não manifestou apoio políticoanenhum pré-can- didato”, diz parte do texto. Hoje, o governador deve conceder entrevista coleti- va às 8 horas. (Com colaboração de Bruno Dalvi) GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO FRED LOUREIRO/SECOM-ES RICARDO FERRAÇO (PSDB) t O favorito Foi vice-governador de Hartung no segundo mandato. Era tido como candidato à sucessão em 2010, mas Hartung apoiou Casagrande. Então, ele se elegeu ao Senado. AMARO NETO (PRB) t O novo Começou na política após ter sido eleito deputado estadual, em 2014. Disputou a Prefeitura de Vitória em 2016 com o apoio de Hartung, e é pré-candidato ao Senado. CÉSAR COLNAGO (PSDB) t O escudeiro Atual vice-governador. Se Hartung tivesse se desincompatibilizado do cargo, poderia ter assumido o governo desde abril, o que fortaleceria uma candidatura. SÉRGIO VIDIGAL (PDT) t O improvável Ex-prefeito da Serra e deputado federal. Já disputou o governo em 2006 contra Hartung. Hoje, é um de seus aliados. Mas o PDT nacional flerta com o PSB. LUIZ ALVES/CÂMARA DOS DEPUTADOS | ELEIÇÕES 2018 | | ELEIÇÕES 2018 | PARECER FAVORÁVEL APROVAÇÃO DE CONTAS O Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) emitiu um parecer ontem pela aprovação sem ressal- vas das contas do go- vernador Paulo Har- tung (MDB), referentes ao ano de 2017. O voto do relator do processo, o conselheiro Rodrigo Chamoun, determinou, entretanto, que o Es- tado aprimore o con- trole dos recursos de royalties, participações especiais e Fundo Es- pecial do Petróleo. O QUE HARTUNG JÁ FALOU Segurança Pública Ontem, mesmo dia em que Temer assinou a medida provisória que cria o Ministério da 2014 PÓS-ELEIÇÃO Um dia depois de ter sido eleito, Paulo Hartung declarou que não seria candidato à reeleição. “Já está decidido desde a candidatura. Eu vim determinado 2015 FUTURO POLÍTICO No final do ano, em seu balanço da gestão, Hartung deu como certa a desincompatibilização do governo em abril de 2018, pois queria participar do debate nacional. “Terei duas opções: o 2017 VICE-PRESIDENTE Em novembro, Hartung participou de reuniões com o apresentador de TV Luciano Huck, e passou a ser cotado como seu candidato a vice dele ou do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa. 2018 DESINCOMPATIBILIZAÇÃO Em 7 de abril, Hartung não deixou o MDB e nem o governo, e desta forma, só poderia ser candidato à reeleição ou a nada. Em entrevistas, disse que só anunciaria a decisão “lá para a segunda quinzena de “O tempo é agora. Antes não fazia sentido falar isso e haverá tempo para o mercado se movimentar até as convenções” INTERLOCUTOR. SOBRE HARTUNG SE DECIDIR AGORA POR FICAR FORA DA ELEIÇÃO “Quem quer ser campeão não pode escolher adversário. Estamos preparados para disputar junto com os nossos segmentos” LUIZ CARLOS CICILIOTTI PRESIDENTE DO PSB 05 DE AGOSTO É quando termina o prazo para a realização das convenções partidárias, que definem os candidatos. 20 | POLÍTICA SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021 Da corrupção ao populismo Assumção com Manato Acusado de ter sido um dos líderes da greve da PM em fev/2017, o militar da reserva Capitão Assumção vai se filiar ao Solidariedade no dia 22 de março para ser candidato a deputado estadual. O partido é presidido no Estado pelo deputado fe- deral Carlos Manato, autor de projeto de lei que anistia os grevistas. Do mesmo lado, #sqn No anúncio do início das obras de ele- vação do Dique do Rio Jucu, ontem, no Palácio Anchieta, o prefeito de Vila Velha, Max Filho, sentou-se à mesa do mesmo lado que dois ex-prefeitos da cidade: Neu- cimar Fraga, do PSD (adversário), e Vasco Alves, do PPL (aliado). A pauta dele é outra Faltou só Rodney Miranda (DEM). O se- cretário estadual de Desenvolvimento Ur- bano passou o dia em Brasília, em dis- cussões sobre Segurança Pública. Uma coisa é uma coisa... Em discurso, Max parabenizou o governo e pediu o desassoreamento do Rio Jucu. À imprensa, destacou que a parceria é de ordem político-administrativa, não de or- dem político-eleitoral. “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.” “Rouco de tanto ouvir” Sobre as chances de ele se desfiliar do PSDB, no rastro de Luiz Paulo, Max man- teve o suspense. “Isso tem sido uma re- flexão nossa também. Alguns companhei- ros demonstram insatisfação. A gente tem procurado dialogar e tem ouvido muito. Na verdade, tenho saído rouco de tanto ouvir. Não há nenhuma decisão tomada.” Otimismo incontido “Este ano vai faltar braço pra colher os frutos”, disse Hartung, em tom efusivo. — “Nós não vamos cometer os mesmos erros da Itália. Mas não há operação do tamanho da Lava Jato e da Mãos Limpas que não tenha os seus reveses também.” — CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA GIRO POLÍTICO SUSPEITA DE PROPINA Servidores presos em Vargem Alta Cinco servidores públicos de Vargem Alta, na região SuldoEspíritoSanto,foram presos ontem na operação Depuração, do Ministério Público doEstadodoEspíri- to Santo (MPES). As investigações mos- tram que servidores utiliza- ramoscargosparaatendera interesses privados, apro- priando-se ainda de valores públicos relativos a taxas de licenciamento ambiental. Os envolvidos são acusados deenvolvimentoemumsu- posto esquema de cobrança depropinaparaliberaçãode licenças ambientais. DeacordocomoMPES,a operaçãoteveobjetivodees- clarecer e aprofundar inves- tigações relacionadas a cri- mes e irregularidades diver- sasnaanteriorgestãodaSe- cretaria Municipal de Meio AmbientedeVargemAlta. Ao todo foram cumpri- dossetemandadosdebus- ca e apreensão: dois de prisão preventiva e três de prisão temporária. Os en- volvidos responderão ain- da por associação crimi- nosa, peculato e advoca- cia administrativa. Dos envolvidos, três já haviamsidoexonerados,e um foi afastado por deci- são da Justiça. CASO ODEBRECHT PGR pede ao STF para incluir Temer A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu para o STF incluir o presidente Michel Temer (PMDB) como investigado no inquérito que apura o suposto pagamento de propina pela Odebrecht para, em troca, receber tratamento privilegiado da Secretaria de Aviação Civil. O inquérito foi aber- to há um ano para inves- tigar os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Mo- reira Franco (Secreta- ria-Geral). A decisão ca- berá ao relator da La- va-Jato, Edson Fachin. RACHID EM LINHARES Vereadora diz que comprava remédio Presa preventivamente na segunda-feira, acusada por prática de “rachid”, a ve- readora de Linhares, Ro- sinha Guerreira (PSDC), disse no depoimento que prestou a 1ª Promotoria de Justiça Criminal da cidade que usava o dinheiro ilícito para ajudar a população com compra de remédios e cestas básicas. O Ministério Público por sua vez contou que analisa os depoimen- tos prestados por ela e das testemunhas, além do ma- terial aprendido. Já a Câ- mara não quis se pronun- ciar, alegando não ter sido notificada pela Justiça. DEPUTADOS PRESOS Conselho de Ética instaura processo Com três deputados pre- sidiários e um sob inves- tigação da Procuradoria Geral da República (PGR), a Câmara instaurou ontem os processos por quebra de decoro parlamentar contra Paulo Maluf (PP-SP), Celso Jacob (MDB-RJ) e João Rodrigues (PSD-SC). Tam- bém foi pedida a cassação de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). RAEL SÉRGIO - 30/09/2015 Prefeitura de Vargem Alta: licenças ambientais Um dos mais destacados compo- nentes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da Repú- blica Carlos Fernando dos Santos Li- ma é categórico em dizer que a ope- ração é bem-sucedida, principalmente quando compreendemos que o seu grande mérito é o de ter descortinado a todo cidadão brasileiro, como nunca antes na história do país, os meandros da corrupção. Graças à Lava Jato, to- do brasileiro minimamente informado sabe hoje como funcionavam (em muitos casos, ainda funcionam) as en- grenagens que permitiam que empre- sários e agentes públicos, associados no crime, drenassem recursos públi- cos para seus bolsos, contas secretas e caixa dois das agremiações políticas. O problema, enfim, está exposto. Ago- ra, o que vamos fazer com o problema já não depende da Lava Jato. É uma res- posta que cabe a nós mesmos, como cidadãos e como eleitores. Nesse ponto, o procurador manifesta uma mistura de otimismo com preocupação. O lado mais otimista está na expectativa de um prin- cípio de mudanças a partir das eleições gerais deste ano. “Essa eleição vai ser diferente. Vai haver uma discussão maior sobre que tipo de país queremos, o ta- manho do Estado e o quanto a cor- rupção influencia a política brasileira. Se nós discutirmos isso, nós já estamos co- meçando a mudança.” Por outro lado, Lima também expressa temor com a reação das elites políticas e econômicas – algo definido pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, como “rea- ção oligárquica”. O procurador da Re- pública cita, por exemplo, as “10 medidas contra a corrupção”, hoje, segundo ele, em “estado vegetativo” no Congresso. Ele teme que essa reação seja vitoriosa e que acabemos por retroceder, em vez de evoluir no combate à corrupção que hoje vemos no Brasil. “Qualquer pessoa de bom senso vai realmente temer um retrocesso. Não há nada garantido nessa investigação. Os fatos estão aí. A reve- lação dos fatos é irreversível. Agora, se não houver uma mudança nas leis, uma mudança na política, podemos cair num cinismo e acabar talvez retrocedendo a um nível pior ainda do que era antes.” O exemplo está aí, não tão próximo na Geografia, mas na História: a Operação Mãos Limpas, antepassada da Lava Jato e inspiração declarada de alguns dos pro- tagonistas da operação brasileira, como o juiz Sérgio Moro. Na Itália, de 1992 a 1994, a Mãos Limpas fez uma devassa no apodrecido sistema político nacional, prendendo e condenando milhares de po- líticos e empresários. Como consequência, os dois maiores partidos de então, o So- cialista e o Democrata Cristão, foram di- zimados nas urnas em 1994. Entretanto, no mesmo ano, quem as- cendeu foi o populismo, na figura de Silvio Berlusconi. Como candidato, o magnata das telecomunicações manifes- tava apoio à Mãos Limpas. Porém, uma vez no poder – para ser mais preciso, assim que as investigações chegaram aos seus próprios calcanhares –, o primei- ro-ministro começou a usar seu poder político e midiático para difamar e per- seguir seus algozes e para desqualificar a operação – que efetivamente perdeu força –, atribuindo-lhe motivações políticas. Na opinião de Lima, o mesmo pode suceder aqui, por meio da apropriação cínica do discurso anticorrupção por agentes que, na realidade, não têm compromisso al- gum com isso: “Na realidade, (após 1994) o sistema italiano não voltou ainda mais corrupto. O que houve foi um desvio para o po- pulismo. É um risco que corremos efe- tivamente. Essa guinada ao populismo pode perfeitamente ocorrer aqui. A apro- priação do próprio discurso contra a cor- rupção pode ser uma prática populista se não for seguida efetivamente de um com- promisso no combate à corrupção. Não adianta nada pessoas que repetem ideias contra a corrupção e que não pretendem mudar efetivamente nada”. VVOGAS@REDEGAZETA.COM.BR TEL: 3321-8319 VITOR VOGAS PRAÇA OITO 14 | OPINIÃO SEXTA, 31 DE DEZEMBRO DE 2021Editora: Carol Rodrigues z cferreira@redegazeta.com.br | Telefone: (27) 3321.8073 FOTO:PROJETOACERVODIGITAL/WWW.AGENCIAAG.COM.BR A IMAGEM DESTE JORNAL ESTÁ AMPLIADA NA EDIÇÃO DIGITAL DE A GAZETA PresidentedoConselhodeAdministração:CARLOSFERNANDOLINDENBERGFILHO|Diretor-GeraldaRedeGazeta: CARLOS FERNANDO LINDENBERG NETO | Diretor Executivo de Jornais: MARCELLO MORAES | Diretor de Mercado Anunciante: MÁRCIO CHAGAS gazetaonline.com.br CARLOS ALBERTO DI FRANCO É jornalista e Escreve às terças-feiras neste espaço E-MAIL: DIFRANCO@ISE.ORG.BR Desafios do jornalismo OPINIÃO DA GAZETA Ação de Raquel Dodge exige que Supremo anule soltura de deputados; cabe a Cármem Lúcia marcar julgamento o quanto antes STF E PRESOS ILUSTRES D ependendo apenas de data a ser fechada pela pre- sidente Cármem Lúcia, o Supremo Tribunal Fede- ral (STF) tem encontro marcado para reavaliar umapautaquepassourecibonocorporativismode políticoscomaJustiçaemseuscalcanhares.Ople- náriodaCortevaianalisarrecursodaProcuradora GeraldaRepública,RaquelDodge,contraadecisãoqueentregoua parlamentares o poder de dar a última palavra e revogar medidas judiciaiscontraseuspares.TalentendimentodoSupremodevolveu imediatamente o mandato ao então senador afastado Aécio Neves (PSDB),alvodaLavaJato,elogotiroudacadeiatrêsdeputadosdo RiodeJaneiroacusadosdecrimesgraves. É preciso que o conjunto dos 11 ministros da Corte, já constran- gidos pelo efeito colateral da decisão que os dividiu no caso Aécio, imponham regramento jurídico coerente para casos de extremo interessepúblico.Seráaoportunidadedeesclarecerseasuspensão daprisãoedemedidascautelares peloParlamentotambéméválida para deputados estaduais e ve- readores,porexemplo. A PGR exige resposta “imediata e firme do Supremo”, reitera que aprisãodosdeputadosdoRiore- media o descalabro institucional doEstadoefrisaquea“liberdade dos sujeitos ativos destes delitos põe em risco a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação daleipenal”.Naprática,emtem- posdeLavaJato,essehabeascor- pus corporativo salvou investiga- dosdetodasaspatentes. Agravidadedoretrocessopatro- cinado no Congresso no caso Aé- cio não difere de absolvições de políticos até em processos disci- plinares,masficaclaraaimpressãodedesequilíbrionotratamento de réus ilustres. O mesmo Senado imediatamente subscreveu or- dem de prisão dada pelo STF ao ex-senador Delcídio do Amaral. A prisão do deputado Eduardo Cunha não precisou de controle po- lítico da Câmara, o que expõe as contradições da Corte máxima de Justiçadopaís. APGRexigeresposta“imediataefirmedoSupremo”,reiteraquea prisãodosdeputadosdoRioremediaodescalabroinstitucionaldo Estadoefrisaquea“liberdadedossujeitosativosdestesdelitospõe em risco a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal”. Na prática, em tempos de Lava Jato, esse habeas corpus corporativosalvouinvestigadosdetodasaspatentes. Será uma coisa cortês e elegante, como é do meu estilo e do estilo do governador” “Será uma coisa cortês e elegante, como é do meu estilo e do estilo do governador” HÁ 50 ANOS Ônibus da Itapemirim atropela dois e bate em coletivo em “Idemar Talarme e Antonio Silverino da Silva, residentes em Araguaia, foram conduzidos na noite de ontem ao pronto-socorro da Santa Casa, respectivamente por terem sido vítimas de atropelamento em Jardim América. O carro Eu estava meio encolhido na sala de embarque do Aeroporto de Vitória. Cheguei antes do horário. Era uma aperto só. De repente, na minha fren- te, brota um grande amigo: Rosental Calmon Alves. Esqueci o cansaço, as filas e a demora. Passamos em revista os problemas do mundo e do jor- nalismo. O entusiasmo do Rosental faz bem a qualquer um. Ganhei meu dia. O jornalista Rosental Calmon Alves é um fenômeno de renovação perma- nente. Começou sua carreira de jor- nalista em 1968. Entre outros veículos, passou pelas rádios Tupi e Nacional, no Rio de Janeiro, e pelas revistas IstoÉ e Veja. No Jornal do Brasil, foi correspondente em Madri, Buenos Ai- res, Washington e Cidade do México. Trocou as redações pela carreira aca- dêmica, tornando-se professor na Uni- versidade do Texas, em Austin. Em 2002, criou o Centro Knight para Jor- nalismo nas Américas. Rosental, um carioca simpático e acolhedor - tenho saudade de nosso encontro em Austin -, surpreende por sua capacidade de adaptação às mu- danças. Considerado um dos grandes teóricos do jornalismo on-line, Cal- mon Alves sempre chamou a atenção para os desafios a serem enfrentados pelos jornais neste momento de re- volução digital. Segundo Rosental, o surgimento das redes sociais, como o Twitter e o Facebook, não mudou somente o jor- nalismo, mas também o mundo. “Nun- ca antes os avanços tecnólogicos no afetaram tanto e, consequentemente, afetaram a forma de fazer jornalismo”, observa. “Há mais de uma década que eu venho alertando para isto: não dá mais para continuar fazendo jornais do mesmo jeito.” Essa é uma nova realidade que as grandes empresas de mídia precisam aceitar, pondera: “Hoje, a comuni- cação não é mais vertical, unidire- cional, com a internet ela passou a não ter limites. Outra diferença é que a audiência não é mais passiva, não se trata mais de um monólogo, é preciso haver uma constante troca de infor- mações entre os leitores e o jornal”. Rosental Calmon Alves vai ao ponto. Precisamos, todos, fazer uma urgente autocrítica. E a primeira reflexão nos leva a depor as armas da arrogância e assumir a batalha da humildade. A co- municação, na família, nas relações so- ciais e no jornalismo, não é mais vertical. O diálogo é uma realidade cultural. Ainda bem. Os oráculos morreram. É preciso ouvir o leitor. Com respeito. Com interesse real, não como simples jogada do marketing. O leitor não pode ser tratado como um intruso. Os jornalistas precisam escrever para os leitores, e não para os colegas. Alguns cadernos culturais parecem produzidos numa bolha. Falam para si mesmos e para um universo cada vez mais reduzido, pernóstico e rarefeito. O jornal precisa ter a sábia humildade de moldar o seu conceito de infor- mação, ajustando-o às autênticas ne- cessidades do público a que se dirige. O jornal precisa ter a sábia humildade de moldar o seu conceito de informação, ajustando-o às autênticas Ônibus da Itapemirim atropela dois e bate em coletivo em “Idemar Talarme e Antonio Silverino da Silva, residentes em Araguaia, foram conduzidos na noite de ontem ao pronto-socorro da Santa Casa, respectivamente por terem sido vítimas de atropelamento em Jardim América. 1 14 | OPINIÃO SEGUNDA, 25 DE JUNHO DE 2018 FOTO: PROJETO ACERVO DIGITAL / WWW.AGENCIAAG.COM.BR CHOQUE NA CONTA DE LUZ OPINIÃO DA GAZETA O preço da energia residencial vai ficar mais caro nos próximos dias. Em três anos, o aumento já chega a 70% acima da inflação E m três anos, a tarifa de energia residencial subiu 70% acima da inflação–engolindoparteexpres- sivadarendadasfamílias,emmo- mento difícil da economia. E, in- felizmente, esse choque elétrico nosorçamentosdomésticosestálongedeparar. AAgênciaNacionaldeEnergiaElétrica(Aneel) avisa que as contas de luz vão ficar mais caras a partirdospróximosdias,devidoaoacionamento dachamadabandeiratarifáriavermelhanível2, omaiselevadoparaascobrançasadicionais. Vamos ter mais inflação. O reajuste anuncia- dovemdedoisfatores circunstanciais.Oprin- cipal é a escassez de geração elétrica, em fun- ção do volume dechuvas abaixo da médiahis- tórica.Cercade60% doconsumode energiaé supridoporhidrelétricas.Hácercade220usi- nas em operação no país. Outro, é a alta do dólar,quepressionaastarifasemItaipu. No entanto, o maior peso nocustodaener- gia é resultante do po- pulismo tarifário do governo Dilma. O va- lor da conta de luz au- mentou 33% entre fe- vereirode2015emaio de 2018, enquanto o IPCA(ÍndicedePreçosaoConsumidorAmplo) doperíodoficouem19,7%. Nós, consumidores, estamos pagando uma indenização de R$ 62,2 bilhões às concessio- nárias de transmissão de energia, porque em 2012, período de eleições municipais, a pre- sidente interveio no mercado decretando a quedaforçadade20%nastarifas. Isso será cobrado nas contas de luz até o ano de 2025. Ou seja, ao longo de mais sete anos e meioessadespesavaipesarmuitonobolsodos cidadãos. O dinheiro é para compensar em- presas por investimentos em linhas de trans- missão feitos antes de 2000, e que ainda não foramtotalmentepagosviatarifa. Que essa situação alerte a sociedade contra acenospopulistasdecandidatosnaeleiçãodes- teano.Opreçoéaltoeacontasemprechega. EU DIGO QUE... “Macron não entende as pessoas mais pobres. Receio que ele esteja levando a França a um sistema que deixa os menos favorecidos para trás” — François Pinault Dono da grife Gucci, acusando o presidente francês Emmanuel Macron de elitismo “Sem dúvida apenas bilionários conseguem entender os outros” — Richard Ferrand Chefe da campanha vitoriosa de Emmanuel Macron no ano passado, em tom de ironia sobre a declaração do dono da Gucci Copa insossa Francisco Aurelio Ribeiro É professor e escritor Creio que frustrei meu pai, por não gostar de jogar futebol como ele, mas era um bom torcedor, aprendendo com os adultos a xingar o time adversário Há 60 anos acompanho as Copas do Mundo do futebol, pois, em 1958, com três anos, estava no colo de meu pai, quando ele a ouvia, pelo rádio, e torcia pela Seleção Brasileira na Suécia. Papai era fanático por futebol e isso marcou minha infância, vivida em torno de um campo, onde ele disputava as peladas com os amigos. Creio que o frustrei, por nãogostardejogarfutebol comoele,mas, pelo menos, era um bom torcedor, apren- dendo com os adultos a xingar o time adversário naqueles tempos do politi- camente incorreto. Até as brigas, ao final do jogo, já eram previstas, pois ele dizia para os filhos, rindo: “Quando o jogo terminar, corram pra casa, pois vai ter briga; se perdermos, não vamos aceitar; se ganharmos, eles vão brigar”. Mas tudo terminava em festa, com direito a frango, pernil ou cabrito assado compartilhado entre o time local e os visitantes. Em 1966, ele não pôde assistir à Copa da Inglaterra, pois morreu em janeiro, com apenas 35 anos. Pelo menos não assistiu ao fraco desempenho da Se- leção Brasileira, em que a dupla Pe- lé/Garrincha não funcionava mais pa- ra salvar nosso time, decadente após as vitórias de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile. Por outro lado, poderia ter-se alegrado com a seleção portuguesa, seu segundo time, pois seu pai era português, e o Eusébio, o Pelé de Portugal, na época. Hoje, quando assisto a mais uma Copa do Mundo, na Rússia, imagino o que ele estaria sentindo e dizendo, ao ver o nosso principal craque mais preocu- pado com o penteado do que com o futebol a ser jogado em campo. No mínimo, diria: “Isso não é coisa de jogador de futebol!”. E talvez até pas- sasse a torcer mais por outros times que estão realmente jogando futebol, como o da anfitriã, a Rússia, o do México, o de Portugal ou, quem sabe, até o da se- leção do Senegal, que joga com a ale- gria e a irreverência dos africanos que, um dia, também já tivemos. O que sei é que estamos vivendo tempos tão conturbados que nem a nossa Seleção nos traz alegrias. Ves- timos, como sempre, a camisa verde e amarela, e não há razão por não o fazer, juntamo-nos aos amigos e fa- miliares para torcer, mas nos falta a alegria para compartilhar. Até nossos afortunados compatriotas, que tive- ram a oportunidade de ir à Rússia, nos envergonham, e ao mundo, com suas postagens machistas e precon- ceituosas, sua tradicional falta de princípios morais e éticos e sua má educação costumeira. Parece que, em vez de calçarmos a “pátria de chuteiras”, entramos na Copa da Rússia de salto alto, que quebrou, e o jogamos na cara do mundo, sem saber o que fazer com o traste. HÁ 50 ANOS Estudantes marcam reunião e as autoridades advertem “Embora estejam de férias antecipadas por ato do governo da Guanabara, os estudantes prometem reunião para amanhã, quarta-feira, quando deverão sair em passeata, manifestando-se contra os atos de violência da polícia. O governador Negrão de Lima manteve contato com o ministro da Justiça, tratando da crise nos seus mais diversos pormenores.” A IMAGEM DESTE JORNAL ESTÁ AMPLIADA NA EDIÇÃO DIGITAL DE A GAZETA PresidentedoConselhodeAdministração:CARLOSFERNANDOLINDENBERGFILHO|Diretor-GeraldaRedeGazeta: CARLOS FERNANDO LINDENBERG NETO | Diretor de Negócios: MARCELLO MORAES | Diretor de Mercado Anunciante: MÁRCIO CHAGAS gazetaonline.com.br 62,2bilhões de reais É quanto será cobrado nas contas de luz até 2025, para cobrir o populismo tarifário no governo Dilma. Política. | 17TERÇA, 10 DE JULHO DE 2018| 16TERÇA, 10 DE JULHO DE 2018 WhatsApp: (27) 98135.8261 | Telefone: (27) 3321.8332 ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (27) 3321-8699 Editora: Samanta Nogueira z snogueira@redegazeta.com.br HARTUNG DIZ QUE NÃO VAI DISPUTAR A REELEIÇÃO MARCOS CORREA/PR Paulo Hartung anunciou a aliados e secretários sua decisão de não disputar o governo do Estado Decisão ocorre a poucas semanas das convenções partidárias LETÍCIA GONÇALVES lgoncalves@redegazeta.com.br Após meses de sinais tro- cados,ogovernadorPaulo Hartung (MDB), 61 anos, anunciou, ontem, em reu- niões com aliados e tam- bém por meio de nota ofi- cial,quenãovaidisputara reeleição e sim “passar o bastão”. Entre os motivos elencados por pessoas próximas ao emedebista estão pedidos da família e “sensação de dever cum- prido”.Háquemavalie,no entanto, que a corrida eleitoral, que se avizinha- va acirrada – tendo como principal oponente o ex-governadorRenatoCa- sagrande (PSB) – é o que teria pesado na decisão. “Ele (Hartung) não deusinaisdisso(receioda disputa) ou de abatimen- to. Apenas disse que cum- priu seu papel e que ques- tões familiares é que esta- vam em jogo”, garantiu, no entanto, uma pessoa com trânsito no gabinete do governador. Desde abril, quando de- cidiu permanecer no cargo, fechando as portas para uma possível candidatura à CâmaraFederalouaoSena- do,quehaviamsidoaventa- dasporelemesmoanterior- mente,Hartungacelerouas apostas sobre se disputaria ou não o Palácio Anchieta mais uma vez. Pouca gente acreditava na segunda op- ção. E não era para menos. A presença do governador em agendas oficiais com aresdepré-eleiçãoeracons- tante.Inaugurações,visitas, ordens de serviço, sempre cercado por aliados políti- coslocaise,eventualmente, por palacianos de peso, ocorreram até o limite do prazo imposto pela legisla- ção eleitoral. Desde o últi- mo dia 7, pré-candidatos passaram a não poder par- ticipar de inaugurações. No dia 6, como registrou a co- luna Vitor Vogas, Hartung afirmou que esses eventos caberiam aos integrantes do secretariado a partir de então. No mesmo dia, po- rém,disseque“passarobas- tão” seria “muito legal para o Espírito Santo”. “Acredito que ele tomou essa decisão (de não dispu- tar) a reeleição há um mês, 15 dias. Antes, ele parecia animado para concorrer”, diz um aliado. Em reunião com pessoas próximas – in- cluindo o senador Ricardo Ferraçoeovice-governador CésarColnago,ambostuca- nos–naresidênciaoficialda Praia da Costa, ontem pela manhã, e com o secretaria- do, à tarde, no Palácio, o desfecho ficou claro. À noi- te, o governador se reuniu com empresários. Ainda assim, fica a dúvi- da:porqueadefiniçãoveioa esta altura do campeonato? SeHartungtivessededesin- compatibilizado, Colnago COTADOS A RECEBER O APOIO DE HARTUNG PARA DISPUTAR O PALÁCIO ANCHIETA Ferraçodespontacomofavorito, masoutrosnomesestãonopáreo Senadortucanoéuma dasalternativas,mas Amaro,ColnagoeVidigal tambémsãocotados LETÍCIA GONÇALVES lgoncalves@redegazeta.com.br No último dia 20, o gover- nador Paulo Hartung (MDB) declarou, em even- to em Guarapari, que seria “um sonho” ver o senador Ricardo Ferraço(PSDB) no comando do Palácio An- chieta. Em 2010, esse “so- nho”quaseteveachancede se concretizar, não fosse Hartung ter desistido de endossaronomedotucano (então filiado ao PMDB) e apoiado Renato Casagran- de (PSB) na corrida para o governodoEstado.Ferraço acaboudisputandooSena- do,mandatoqueseencerra agora. Seja pelo que houve nopassado,sejapelograce- jo do governador em Gua- rapari, o nome do senador desponta como um dos fa- voritos – ou “o” favorito – a ser o escolhido para ser apoiado por Hartung. Mas há outros. O deputado estadual Amaro Neto (PRB), o vi- ce-governador César Col- nago(PSDB)eodeputado federal Sérgio Vidigal (PDT) também são cota- dos, nos bastidores. Ferraço e Amaro, no en- tanto, se destacariam por- que já mantêm uma pré-campanha para cargo majoritário. O tucano rea- firmou recentemente a in- tenção de disputar a reelei- ção.EAmaro,apesardasin- vestidas palacianas para concorrer à Câmara, man- teveonomefirmeparaoSe- nado. Ontem, à reporta- gem, ele contou que soube pela imprensa sobre a deci- são de Hartung.“Continuo, aprincípio,comopré-candi- dato ao Senado”, afirmou. No início da noite, o presi- dente da Assembleia, Erick Musso,eosecretáriodaCa- sa Civil, Roberto Carneiro, ambos do PRB do apresen- tador de TV, estiveram no Palácio Anchieta. Musso sustenta que o assunto do dia não foi nem menciona- do.“Fuilátratar(comogo- vernador) de questões que chegaramàAssembleia.Por isso,osecretáriodaCasaCi- vil estava comigo”, diz. MERGULHO Ricardo Ferraço, que es- teve ontem na Assembleia para falar sobre a ferrovia EF-118 – projeto que o go- vernofederalretiroudoEs- tado – “mergulhou” depois dessa aparição. Ele não foi localizadopelareportagem para comentar o anúncio do governador. Outro político com trân- sito no Palácio Anchieta diz queonomedeVidigaltam- bém é cogitado para dispu- tar o governo. “O governa- dor falou com ele (Vidigal) ontem.” O pedetista tam- bém não foi localizado. Ele embarcou para Brasília, no final da tarde de ontem. O PDT nacional, no entanto, flertaécomoPSBdoex-go- vernadorRenatoCasagran- de(PSB),principaladversá- rio dos hartunguistas. Quanto a Colnago, que participou, pela manhã, de umadasreuniõesemqueo governador falou sobre a decisão de não disputar a reeleição, cumpria agenda em Rio Bananal à tarde en- quanto o mercado político pegava fogo. Seja quem for o escolhi- do por Hartung – até agora poucos acreditam que ele não apoiaria ninguém – na corrida pelo governo terá pouco tempo para divulgar a (pré) campanha. As con- vençõespartidárias,emque os nomes dos candidatos são definidos, estão baten- do à porta. Outros pré-can- didatosaogovernodoEsta- do,comoCasagrandeease- nadoraRose de Freitas (Po- demos), já estão com o blo- conaruahátempos.Ecomo Hartung dava indícios de que era pré-candidato até então,nãoabriu espaçopa- raqueumeventualsucessor pudesse fazer brilhar os olhosdoseleitores.Assim,a empreitadaseráaindamais difícil para quem aceitá-la. Adversários políticos evitam fazer análises Adversários diretos do governador Paulo Har- tung (MDB) nas eleições que se desenhavam ao Pa- lácio Anchieta, o ex-go- vernador Renato Casa- grande(PSB)easenadora RosedeFreitas(Podemos) evitaram fazer profundas análises sobre a declara- çãodoconcorrentedeque está fora do pleito. Ambos já foram aliados ou pelo menos subiram no mesmo palanque do eme- debistaempleitospassados e já oficializaram publica- mente que são pré-candi- datos ao governo. No caso de Casagrande, após o rompimento políti- co, em 2014, os dois trava- ram uma dura disputa du- ranteacampanhaaogover- no,que,aoquetudoindica- va,serepetiriaem2018.Na últimapesquisadoInstituto Futura, de 14 de abril, os dois apareciam tecnica- mente empatados. Nas in- tenções de voto estimula- das,Hartungtinha36,9%e Casagrande, 36,1%. O socialista informou, por meio de sua assesso- ria, que não caberia a ele comentar sobre o desis- tência do adversário. O presidente estadual do PSB, Luiz Carlos Cici- liotti, disse que considera cedo para analisar este movimento político de Hartung. “Ser candidato ounãoéumadecisãomui- to pessoal, não temos co- mo avaliar. Nós, do PSB, vamos continuar tocando o nosso projeto, dialogan- do com todo mundo, com os outros partidos e com quem quiser participar do projeto”, afirmou. CHAPA Ciciliottipreferenãofa- zer uma aposta sobre quem será o nome apoia- do por Hartung na even- tual nova chapa governis- ta. “Quem quer ser cam- peão não pode ficar esco- lhendo adversário. Esta- mos preparados para dis- putar junto com os seg- mentos que estão colabo- rando com a gente". A outra possível con- corrente na disputa, sena- dora Rose de Freitas (Po- demos), chegou a sair do MDB, em abril, para bus- car uma legenda com es- paçoparaconcorreraoPa- lácio Anchieta. Embora ela dissesse es- tar disposta a disputar a convenção partidária, até aquele momento, o presi- dente do partido, Lelo Coimbra (MDB), indicava que o nome do governa- dor teria a preferência in- terna. Por isso, Rose disse ter passado por “enorme constrangimento políti- co”,quenãopoderiaigno- rar tamanhas aflições, e que “iria em busca de um espaçolivredeinfluências de grupos de poder”. Sobre o novo anúncio, Rose pontuou, por meio de nota enviada pela assesso- ria,queogovernadorPaulo Hartung tomou uma deci- sãodeforoíntimoeressalta que o emedebista já havia se manifestado nessa dire- ção–denãoconcorreràre- eleição. “Desejo queadeci- são traga felicidade à vida dele (Hartung)”, disse. (Natalia Devens) REPERCUSSÃO “Quem quer ser campeão não pode ficar escolhendo adversário. Estamos preparados para disputar junto com os nossos segmentos” LUIZ CARLOS CICILIOTTI PRESIDENTE DO PSB teriaficadonacadeiradego- vernador, com visibilidade para se lançar em outubro. Senãofosseoviceoescolhi- do, o governador poderia permanecer no cargo mas avisar um pouco mais cedo quemseriao“ungido”,dan- domaistempoàpré-campa- nha deste último. TEMPO “O tempo é agora. An- tes não fazia sentido falar issoehaverátempoparao mercado se movimentar atéasconvenções”,rebate uma aliado de primeira hora do emedebista. ComoHartungéconhe- cido por suas estratégias e mistérios mantidos até os 45dosegundotempo,ape- sar do anúncio oficial de ontem, entre aliados e ad- versáriosrestaumpouqui- nhodedúvidase,atéacon- venção do MDB – o prazo para a realização das con- venções vai de 20 de julho a 5 de agosto –, o jogo não pode virar novamente. Questionado sobre a possibilidade de uma re- viravolta de Hartung, ou- tro aliado, sob anonima- to, diz que não é esse “o clima” atualmente. A nota divulgada à im- prensa, assinada pela se- cretária de Comunicação, Andréia Lopes, foi sucinta: “O governador Paulo Har- tung reuniua equipe de se- cretários na tarde desta se- gunda-feira (9) para anun- ciarquenãodisputaráare- eleição. Hartung disse que é hora de ‘passar o bastão’. Ele não manifestou apoio político anenhumpré-can- didato”, diz parte do texto. Hoje, o governador deve conceder entrevista coleti- va às 8 horas. (Com colaboração de Bruno Dalvi) GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO FRED LOUREIRO/SECOM-ES CONVENÇÕES “O tempo é agora. Antes não fazia sentido falar isso e haverá tempo para o mercado se movimentar até as convenções” INTERLOCUTOR. Sobre Hartung se decidir agora por ficar fora da eleição O QUE HARTUNG JÁ FALOU 2014 t Pós-eleição Um dia depois de ter sido eleito, Paulo Hartung declarou que não seria candidato à reeleição. “Já está decidido desde a candidatura. Eu vim determinado a ficar quatro anos no governo e passar o bastão. Os capixabas elegeram um governador para um mandato.” 2016 t Futuro político No final do ano, em seu balanço da gestão, Hartung deu como certa a desincompatibilização do governo em abril de 2018, pois queria participar do debate nacional. “Terei duas opções: o Senado ou a Câmara”. 2017 t Vice-presidente Em novembro, Hartung participou de reuniões com o apresentador de TV Luciano Huck, e passou a ser cotado como seu candidato a vice dele ou do ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa. 2018 t Desincompatibilização Em 7 de abril, Hartung não deixou o MDB e nem o governo, e desta forma, só poderia ser candidato à reeleição ou a nada. Em entrevistas, disse que só anunciaria a decisão “lá para a segunda quinzena de julho”. O presidente do MDB, Lelo Coimbra, se referia a ele como “candidato natural”. RICARDO FERRAÇO (PSDB) t O favorito Foi vice-governador de Hartung no segundo mandato. Era tido como candidato à sucessão em 2010, mas Hartung apoiou Casagrande. Então, ele se elegeu ao Senado. AMARO NETO (PRB) t O novo Começou na política após ter sido eleito deputado estadual, em 2014. Disputou a Prefeitura de Vitória em 2016 com o apoio de Hartung, e é pré-candidato ao Senado. CÉSAR COLNAGO (PSDB) t O escudeiro Atual vice-governador. Se Hartung tivesse se desincompatibilizado do cargo, poderia ter assumido o governo desde abril, o que fortaleceria uma candidatura. SÉRGIO VIDIGAL (PDT) t O improvável Ex-prefeito da Serra e deputado federal. Já disputou o governo em 2006 contra Hartung. Hoje, é um de seus aliados. Mas o PDT nacional flerta com o PSB. LUIZ ALVES/CÂMARA DOS DEPUTADOS Parecerporaprovaçãodecontas 6HEK= @A +J=I @ -IJ=@ @ -IFíHEJ 5=J 6+--5 AEJEK K F=HA?AH JA FA= =FHL=çã IA HAII= L=I @=I ?J=I @ C LAH=@H 2=K 0=H JKC ,* HABAHAJAI = = @A % LJ @ HA=JH @ FH?AII ?IADAEH 4@HEC +D=K @AJAHEK AJHAJ=J GKA -IJ= @ =FHEHA ?JHA @I HA?KHII @A HO= JEAI F=HJE?EF=çõAI AI FA?E=EI A .K@ -IFA ?E= @ 2AJHóA LIMITE 05de agosto É quando termina o prazo para a realização das con- venções partidárias, que definem os candidatos. 20 | POLÍTICA QUARTA, 28 DE FEVEREIRO DE 2018 vvogas@redegazeta.com.br Tel: 3321-8319 VITOR VOGAS PRAÇA OITO Vasco Alves voltou a viver ontem segundos de glória, prestigiado no Palácio Anchieta pelo governador Paulo Hartung, que o chamou de “amigo e companheiro de muitas caminhadas”. Da corrupção ao populismo Um dos mais destacados componentes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador da República Carlos Fer- nando dos Santos Lima é categórico em dizer que a operação é bem-sucedida, principalmente quando compreendemos que o seu grande mérito é o de ter descortinado a todo cidadão brasileiro, como nunca antes na história do país, os meandros da corrupção. Graças à Lava Jato, todo brasileiro minimamente in- formado sabe hoje como funcionavam (em muitos casos, ainda funcionam) as engrenagens que permitiam que empre- sários e agentes públicos, associados no crime, drenassem recursos públicos para seus bolsos, contas secretas e caixa dois das agremiações políticas. O problema, enfim, está exposto. Agora, o que vamos fazer com o pro- blema já não depende da Lava Jato. É uma resposta que cabe a nós mesmos, como cidadãos e como eleitores. Nesse ponto, o procurador manifesta uma mis- tura de otimismo com preocupação. O lado mais otimista está na expectativa de um princípio de mudanças a partir das eleições gerais deste ano. “Essa elei- ção vai ser diferente. Vai haver uma discussão maior sobre que tipo de país queremos, o tamanho do Estado e o quanto a corrupção influencia a política brasileira. Se nós discutirmos isso, nós já estamos começando a mudança.” Por outro lado, Lima também expressa temor com a reação das elites políticas e econômicas – algo definido pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, como “rea- ção oligárquica”. O procurador da Re- pública cita, por exemplo, as “10 medidas contra a corrupção”, hoje, segundo ele, em “estado vegetativo” no Congresso. Ele teme que essa reação seja vitoriosa e que acabemos por retroceder, em vez de evoluir no combate à corrupção que hoje vemos no Brasil. “Qualquer pessoa de bom senso vai realmente temer um retrocesso. Não há nada garantido nessa investigação. Os fatos estão aí. A re- velação dos fatos é irreversível. Agora, se não houver uma mudança nas leis, uma mudança na política, podemos cair num cinismo e acabar talvez retrocedendo a um nível pior ainda do que era antes.” O exemplo está aí, não tão próximo na Geografia, mas na História: a Ope- ração Mãos Limpas, antepassada da Lava Jato e inspiração declarada de alguns dos protagonistas da operação brasileira, co- mo o juiz Sérgio Moro. Na Itália, de 1992 a 1994, a Mãos Limpas fez uma devassa no apodrecido sistema político nacional, prendendo e condenando milhares de políticos e empresários. Como conse- quência, os dois maiores partidos de en- tão, o Socialista e o Democrata Cristão, foram dizimados nas urnas em 1994. Entretanto, no mesmo ano, quem as- cendeu foi o populismo, na figura de Silvio Berlusconi. Como candidato, o magnata das telecomunicações manifes- tava apoio à Mãos Limpas. Porém, uma vez no poder – para ser mais preciso, assim que as investigações chegaram aos seus próprios calcanhares –, o primei- ro-ministro começou a usar seu poder político e midiático para difamar e per- seguir seus algozes e para desqualificar a operação – que efetivamente perdeu for- ça –, atribuindo-lhe motivações políticas. Na opinião de Lima, o mesmo pode suceder aqui, por meio da apropriação cínica do discurso anticorrupção por agentes que, na realidade, não têm com- promisso algum com isso: “Na realidade, (após 1994) o sistema italiano não voltou ainda mais corrupto. O que houve foi um desvio para o po- pulismo. É um risco que corremos efe- tivamente. Essa guinada ao populismo pode perfeitamente ocorrer aqui. A apro- priação do próprio discurso contra a cor- rupção pode ser uma prática populista se não for seguida efetivamente de um compromisso no combate à corrupção. Não adianta nada pessoas que repetem ideias contra a corrupção e que não pretendem mudar efetivamente nada”. Assumção com Manato Acusado de ter sido um dos líderes da greve da PM em fev/2017, o militar da reserva Capitão Assumção vai se filiar ao Solidariedade no dia 22 de março para ser candidato a deputado estadual. O partido é presidido no Estado pelo de- putado federal Carlos Manato, autor de projeto de lei que anistia os grevistas. Do mesmo lado, #sqn No anúncio do início das obras de ele- vação do Dique do m V m A 2 3 4 5 7 6 8 9 10 11 12 AS MUDANÇAS Ve a as pr nc pa s a terações do desenho do orna 1 F OS São nhas usadas nas pág nas para separar matér as e anúnc os A espessura fo d m nu da para de xar o orna ma s mpo 2 CHAPÉU É a pa avra ou expressão que f ca sobre o t tu o Agora o uso desse e emento f ca a cr tér o do ed tor Quando for necessár o será usado em uma fonte ma or e na cor aran a 3FRASES Frases de entrev stados são destacadas nas matér as e eram acompanhadas de um t tu o que agora fo ret rado A etra da frase f cou ma or para dar ma s v s b dade 4 RESP RO É um box usado para dar destaque a uma nformação Ganhou um novo padrão e passou a ser separado por nhas 5 L NHA DO TEMPO O e emento fo nc u do no pro eto para organ zar v sua mente uma nformação que obedeça a uma crono og a Pode aparecer tanto na hor zonta como na vert ca 6 T POGRAF AS A t pograf a das etras de t tu os das reportagens que aparecem em pág nas dup as foram padron zados Se a pr me ra pág na usar uma fonte f na a segunda também va ser dessa forma Se for em negr to a segunda segue o padrão 7 PLACAR E emento que destaca números Antes aparec a com um t tu o que fo ret rado para aumentar o tamanho da fonte do texto 8 SA BA Os sa bas são boxes usados para destacar nformações em tóp cos O e emento passou a ter um novo padrão com espaços entre os parágrafos e uma fonte ma or 9 D V SÃO Matér as que fa am sobre o mesmo assunto em uma pág na não serão ma s d v d das por uma nha 10 COLUNAS As co unas de op n ão de xaram de ter o fundo azu que passa a ser branco A ém d sso o nome do co un sta agora aparece com uma fonte ma or 11 OP N ÃO O espaço do ed tor a de A GAZETA aumentou e agora obedece a um padrão com a segu nte ordem t tu o subt tu o e texto O mesmo padrão será segu do pe os art gos de op n ão 12 GRÁF COS Um padrão de pa eta de cores fo def n do para os nfográf cos Mode os de gráf cos também foram nc u dos para dar ag dade ao processo de produção