2. 2
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1- Introdução a Segurança do trabalho
2- Introdução a Segurança com Eletricidade 3
- Introdução a Nova NR-10
4- Técnicas de Análise de Risco
5- Bloqueio e Identificação de Energia
6- Medidas de Controle do Risco Elétrico
Conforme NR10
7- EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva
8 - EPI - Equipamentos de Proteção Individual
9 - Documentação de Instalações Elétricas e
Prontuário
10. Riscos em Instalações e Serviços em Eletricidade
Risco é a condição existente num processo, com o potencial necessário para
causar danos humanos e materiais ou redução da capacidade para executar
uma atividade programada.
Especialistas de diversos países têm estudado detidamente os efeitos da
passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. As conclusões a que
chegaram eminentes cientistas e pesquisadores, através de experiências feitas
com seres humanos e com animais, foram utilizadas pela IEC em sua
Publicação nº. 479-1, “Effects of current passing through the human body”, de
1984. É nesse documento que se baseiam as principais normas internacionais
de instalações elétricas, inclusive a nossa NBR5410, nas partes que tratam da
proteção das pessoas e dos animais domésticos contra os choques elétricos.
Podem ser caracterizados quatro fenômenos patológicos críticos: a
tetanização, a parada respiratória, as queimaduras e a fibrilação ventricular.
10
11. Introdução a segurança com Eletricidade
Uma grande parte das causas de acidentes com eletricidade está
associada ao comportamento humano, através de atos inseguros, ou
ao desconhecimento do risco em si e de suas conseqüências,
principalmente quando se trata de baixas tensões.
Por isso, torna-se extremamente necessária a divulgação das
informações, tanto sobre o risco inerente quanto sobre as causas e
conseqüências dos acidentes envolvendo a eletricidade.
Deve-se partir do princípio real de que as pessoas não acreditam que a
eletricidade representa um grande risco. A ausência de um fator que
venha a sensibilizar os sentidos (pois a eletricidade é invisível, não tem
cheiro, não apresenta movimentos perceptíveis), contribui muito para o
descrédito quanto aos riscos que envolvem esse tipo de energia.
11
12. No entanto, constantemente, as atividades inerentes a um eletricista são
executadas por leigos, profissionais de outras áreas de formação,
curiosos, etc., que apenas sabem ligar dois ou mais fios de forma a
energizar um equipamento, sem aplicar as normas técnicas básicas para
que o serviço seja feito com a necessária segurança.
Além das normas dirigidas à execução das instalações elétricas, são
necessários diversos cuidados em relação às pessoas que vão
utilizar-se dessas instalações, pois as ligações inadequadas podem,
também, causar curtos-circuitos ou trazer outras conseqüências que,
normalmente, levam a grandes prejuízos materiais e humanos.
12
13. Segundo as estatísticas, o número de acidentes com lesões
devidas ao contato com eletricidade é relativamente
pequeno se comparado com o quadro geral de acidentes.
No entanto, a porcentagem de óbitos devidos a
queimaduras e paradas cardiopulmonares (fibrilação
ventricular) é, talvez, a maior do quadro de acidentes de
trabalho, cerca de 18% do total de óbitos.
Isso mostra que, embora os acidentes devidos ao
contato com eletricidade não sejam os de maior
ocorrência, são os que trazem as
consequências mais graves. 13
14. Circuito ou equipamento energizado
Essa circunstância é a principal responsável pela grande maioria dos
acidentes envolvendo a eletricidade. A exposição à energia elétrica,
que tem como conseqüência o choque elétrico e o curto- circuito, que
pode provocar vários tipos de danos como incêndios, perda de
equipamentos, etc., ocorre nas condições de circuitos e/ ou
equipamentos energizados.
Aqui, consideram-se tanto a energização direta, ou seja, circuitos ou
equipamentos ligados diretamente nas fontes de energia, quanto a
indireta, devido à indução eletromagnética.
Para melhor entendimento, consideram-se energizados os circuitos
e/ou equipamentos que se encontram sob potencial diferente
do potencial de terra.
14
15. Campo Eletromagnético
O que acontece quando alguém é exposto a CEM?
Campos elétricos de baixas-freqüências influenciam a distribuição
de cargas elétricas na superfície dos tecidos condutores e causam
um fluxo de corrente elétrica no corpo.
Campos magnéticos de baixas-freqüências induzem correntes
circulantes dentro do corpo humano. A intensidade dessas correntes
induzidas depende da intensidade do campo magnético externo e do
comprimento do percurso através do qual a corrente flui. Quando
suficientemente intensas essas correntes podem causar o estímulo
de nervos e músculos.
15
16. Campo Eletromagnético
16
Efeitos de Curta Duração
Existem efeitos biológicos estabelecidos devido à
exposição aguda a altos níveis, bem acima de 100 µT (o
campo em baixo de LTs é de geralmente 20uT) que são
explicados por mecanismos biofísicos. Campos
magnéticos de extra baixa freqüência externos induzem
campos elétricos e correntes no corpo, os quais, se forem
de intensidade muito alta, causam estimulação de nervos
e músculos e mudanças na excitabilidade de células
nervosas do sistema nervoso central.
18. Campo Eletromagnético
Efeitos potenciais de longo prazo
Já citado em monografia como possível
causador de leucemia, mas esta hipótese
foi descartada devido a metodologia
“incorreta” deste estudo.
Atualmente, a IEEE e demais órgãos
relacionados a pesquisas consideram
que a evidência científica
relacionada com possíveis efeitos
sobre a saúdepara exposição
de longa duração a
baixos níveis de campos
ELF é insuficiente para justificar a redução 18
19. Descargas atmosféricas
As descargas atmosféricas causam sérias perturbações nas
linhas de transmissão e redes de distribuição de energia elétrica,
além de provocarem danos materiais nas construções atingidas por
elas e submeterem pessoas e animais a riscos de morte.
As descargas atmosféricas induzem surtos de tensão que chegam
a centenas de kV nas LTs e RDs das concessionárias de energia
elétrica,
obrigando a utilização de cabos-guarda ao longo das linhas de
tensões mais elevadas e
pára-raios a resistor não-linear, para a proteção de equipamentos e
cabos
subterrâneos instalados nesses sistemas.
19
20. Carga estática
O fenômeno da geração da eletricidade estática é bastante simples na
sua concepção. É um fenômeno de superfície, associado ao contato e
posterior separação de duas superfícies.
Há exemplos bastante significativos nos quais o surgimento de
descargas por eletricidade estática pode gerar sérios acidentes
como explosões, incêndios, choques elétricos, etc.
A eletrização, devido à tendência de certos tipos de material em
receber ou doar elétrons, pode ocorrer, em síntese, quando são
atritados dois objetos.
A umidade relativa do ar também possui um significado importante na
prevenção de acidentes. Em ambientes onde a umidade relativa do ar
é baixa, torna-se maior o risco, pois o valor da tensão eletrostática
pode atingir níveis elevados, já que a rigidez dielétrica do ar seco é
muito 20
grande.
21. Seguem-se alguns exemplos:
1) Deve-se destacar que o corpo humano é condutor de
eletricidade e, em atmosferas de baixa umidade relativa, pode
acumular cargas eletrostáticas, resultando em tensões de
alguns kV.
Essas cargas resultam do atrito dos sapatos com o piso e do ar
com o corpo humano, além do contato, por exemplo, com
vários tipos de operações industriais, embora, na maioria das
vezes, os sapatos e as roupas reúnam condições de dissipar
as cargas eletrostáticas instantaneamente.
Um homem carregado eletrostaticamente pode provocar
explosões, desde que provoque o faiscamento pela
aproximação com partes metálicas com diferença de potencial
suficiente, num ambiente contendo mistura explosiva numa
concentração entre seu limite superior e inferior de
expIosividade
21
.
22. 2)Máquinas de fiação e tecelagem (atrito dos fios ou
dos tecidos em movimento com partes das máquinas),
impressoras de jornais (rotativas), etc. são grandes
geradoras de cargas estáticas;
3)Longas linhas de transmissão desligadas e não-
aterradas podem acumular grande quantidade de carga
eletrostática pela ação dos ventos em seus
condutores.
A intensidade de carga acumulada depende de uma
série de fatores, tais corno o comprimento da LT,
velocidade do vento, direção do vento em relação à LT,
umidade relativa do ar, etc.
22
23. Gradiente de potencial - Tensão de passo/tensão de toque
Na ocorrência de surtos e/ou defeitos no sistema elétrico (curtos-
circuitos fase-terra, desequilíbrio de malha, etc.) ou por indução eletro-
magnética em estruturas metálicas aterradas, pode surgir uma elevação
de potencial nos pontos de aterramento, ou de energização para a terra,
de tal forma que partes diferentes da superfície do solo encontrem-se
sob potenciais diferentes em relação a um terra de referência (por
exemplo, a haste de aterramento).
Quando um ponto de um circuito energizado é aterrado, devido a defeito
nas instalações, queda de condutos ao solo, falha de equipamento, etc.,
surgem, em torno desse ponto, superfícies equipotenciais concêntricas
dispostas em valores decrescentes de potencial, a partir do ponto de
contato com o solo (aterramento).
23
24. Essa situação faz com que surjam as tensões de passo, ou seja, uma
diferença de potencial entre os dois pontos da superfície da terra
situados a uma distância correspondente a um passo de uma pessoa, e
que podem dar origem à circulação de uma corrente através das
pernas de um indivíduo ao caminhar.
Caso idêntico ocorre quando uma pessoa toca numa estrutura aterrada
posicionada numa área com gradiente de potencial.
Nesse caso, o indivíduo está submetido a uma tensão
denominada de toque, que pode proporcionar choque elétrico pela
circulação de corrente entre o ponto de contato (normalmente, mão ou
braço) na estrutura e o ponto de contato no solo (pés), através do seu
organismo.
24
27. A RESISTÊNCIA DO
CORPO HUMANO
Ri3
100
Ri1
200
Rit
500
INTERNA
500
Ri2
200
EXTERNA
pele úmida
0
pele seca
de 1000 a 2000
27
28. TENSÃO RESIDENCIAL DE
110 V
Calculemos a quantidade de corrente
que pode transitar pelo corpo humano:
E
E
I =
R
R = Resistência () E = Tensão
(V)
I = Intensidade de corrente (A)
= ohm. V
= Volt.
A = Ampére.
R I
COM A PELESECA
Rt = RC + RH = 2000 + 500 = 2500 COM A PELEÚMIDA
Rt = RC + RH = 0 + 500 = 500
0,0508A ou50mA
I = E =
127 =
R 2500
I = = = 0,254A ou254mA
E
R
127
500
C = contato
H = humano 28
29. OS RISCOS MAIS CASUAIS
1. Superfície energizadas:
a) Carcaça de motores.
b) Aparelhos eletrodomésticos.
c) Luminárias energizadas.
d) Torneiras e chuveiros.
e) Cercas, grades e muros.
f) Caixas de controle de medição de energia.
2. Fios e cabos com isolamento deficiente:
a) Isolamento com defeito de fábrica.
b) Isolamento velho e partido.
c) Isolamento danificado por objetos pesados.
d) Isolamento rompido por roedores.
e) Isolamento super aquecido.
3. Fios e cabos energizados caídos no chão.
29
30. OS RISCOS MAIS CASUAIS
4. Redes aéreas energizadas:
a) Construção em baixo das linhas.
b) Sacadas próximas das redes.
c) Podas de árvores.
d) Antenas, guindastes, basculantes,
e) Empinar papagaios (linha met. e dias chuvosos).
f) Bambus e outros objetos longos.
5. Redes aéreas desenergizadas:
a) Residual capacitivo.
b) Gerador particular.
c) Alimentação através da BT via transformador.
d) Efeitos da indução de outras linhas que passam bem
próximas.
e) Energizamento através de manobras incorretas.
30
31. Percurso da Corrente no Corpo
Percurso 1
Quando o choque fica limitado a, por
exemplo, dois dedos de uma mesma mão,
não há risco de morte, mas a vítima pode
sofrer queimaduras ou perder os dedos.
Percurso 2
A corrente entra por uma das
mãos e sai pela outra,
percorrendo o tórax. É um dos
percursos mais perigosos.
Dependendo da intensidade de
corrente, pode ocasionar parada
cardíaca.
Percurso 3
A corrente entra por uma
das mãos e sai por um dos
pés. Percorre parte do
tórax, centros nervosos,
diafragma. Dependendo da
intensidade da corrente
produzirá asfixia e
fibrilação ventricular e,
consequentemente,
parada cardíaca.
Percurso 4
A corrente vai de um pé
a outro, através de
coxas, pernas e
abdômen. O perigo é
menor que nos dois
casos anteriores, mas a
vítima pode sofrer
perturbações dos órgãos
abdominais e músculos. 31
32. F
F
F N
Os perigos do choque elétrico
podem ser mais danosos ainda,
desde que a corrente passe
a transitar com maior
intensidade pelo coração.
32
33. OS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO
VARIAM CONFORME AS
CIRCUNSTÂNCIA.
natureza
1
Condições
organicas e
psiquicas da
pessoa
nível de
frequência
cc - ca
Duração
do choque
Taxa de álcool
no sangue
Tipo de
contato
2
3
7
8
Resistência
do corpo
Intensidade
da corrente
Isolamento
do corpo
33
4
5
6
34. 34
A INFLUENCIA DA FREQÜÊNCIA
Sabe-se que a periculosidade da
corrente diminui com o aumento da
freqüência. O fato é explicado pela
tendência da alta freqüência de
caminhar pela parte externa do
corpo humano não afetando órgãos
internos. Este fenômeno é chamado
de efeito Skin.
35. I n t e n s i d a d e d
a c o r r e n t e
a l t e r n a d a
P e r t u r b a ç õ e s
p o s s í v e i s d u r a n t e
o c o n t a t o
E s t a d o p
o s s í v e l d
a v í t i m a
a p ó s o c o
n t a t o
S a l v a -
m e n t o
R e s u l t a d o f
i n a l m a i s p r
o v á v e l
0 , 5 a 1 m A
N e n h u m a . A p e n a s u m a l e v e
s e n s a ç ã o d e
f o r m i g a m e n t o .
N o r m a l N o r m a l
1 , 1 a 9 m A
S e n s a ç ã o c a d a v e z m a i s d e s
a g r a d á v e l a m e d i d a
q u e a i n t e n s i d a d e a u m e n t a .
H á p o s s i b i l i d a d e d e
N o r m a l N o r m a l
1 0 a 2 0 m A
c o n t r a ç õ e s m u s c u l a r e s .
S e n s a ç ã o d o l o r o s a .
P o d e h a v e r m
u s c u l a r e s a s
f i x i a c o m
c o n t r a ç õ e s e
p o s s í v e l
p e r t u r b a ç õ e s
n a c i r c u l a ç ã o s a n g u í n e a .
M o r te
a p a r e n t e
R e s p i r a ç ã o
a r t i f i c i a l
R e s t a b e l e c i -
m e n t o
2 1 a 1 0 0 m A
S e n s a ç ã o i n s u p o r t á v e l
c o m c o n t r a ç õ e s v i o l e n t
a s .
A s f i x i a . P e r t u r b a ç õ e s
c i r c u l a t ó r i a s g r a v e s c o m
p o s s i b i l i d a d e d e f i b r i l a ç ã o v e
n t r i c u l a r .
M o r te
a p a r e n t e
R e s p i r a ç ã o
a r t i f i c i a l
R e s t a b e l e c i -
m e n t o o u
m o r t e
d e p e n d e n d o d
o t e m p o
A c i m a d e
1 0 0 m A
A s f i x i a i m e d i a t a .
F i b r i l a ç ã o v e n t r i c u l a r e a l
t e r a ç õ e s m u s c u l a r e s , m u i
t a s v e z e s
a c o m p a n h a d a s d e q u e i m a
d u r a s .
M o r t e
a p a r e n t e .
M u i t o d i f í c i l M o r te
P r ó x i m o d e
1 0 0 0 m A
A s f i x i a i m e d i a t a . P a r a l i s i a d o
s c e n t r o s n e r v o s o s c o m p o s s í
v e l d e s t r u i ç ã o d e
t e c i d o s e q u e i m a d u r a s g r a v e s
.
M o r te
a p a r e n t e
o u i m e d i a ta
P r a t i c a m e n t e i
m p o s s í v e l M o r te
35
37. 37
INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL
É um dispositivo composto de um interruptor acoplado a um outro
dispositivo: o diferencial residual.
Sendo assim ele conjuga duas funções:
A do interruptor: que liga e
desliga manualmente o
circuito
A de dispositivo diferencial
residual (interno) que protege
as pessoas contra choques
elétricos provocados por
contatos diretos e indiretos.
Pode-se dizer então que
um Interruptor diferencial
residual é um dispositivo
que liga e deliga
manualmente o circuito e
protege as pessoas contra
choques elétricos.
45. 45
PRINCIPIO GERAL DE SEGURANÇA
Autorização
Situação de
Emergência
Instalações
Elétricas
Responsabilidad
es
Procedimentos
de Trabalho
Proteção do
Trabalhador
(EPI. EPC e
Ferramentas)
65. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO
65
Técnicas Forma de Análise e
Resultados
Fase de Utilização
no Sistema
Benefícios Observações e
características
Série de Riscos
(SR)
Qualitativa Todas Análise de acidentes- Análise
“A priori”
Análise de
seqüências de
fatos e sua
prevenção
Análise Preliminar
de Riscos (APR)
Qualitativa Projeto e
desenvolvimento
inicial
Análise de riscos e medidas
preventivas antes da fase
operacional
Útil em qualquer
fase como “Check”
de riscos em geral
Análise de Modos
de Falha e Efeitos
(FMEA)
Qualitativa e
Quantitativa
Todas Análise e prevenção de riscos
associados com
equipamentos –
Confiabilidade
De grande utilidade
para a associação
“manutenção –
prevenção de
acidentes”
Técnicas de
Incidentes Críticos
(TIC)
Qualitativa Todas Detecção de incidentes
críticos (riscos)
Aplicabilidade
simples e
flexibilidade
Análise de Árvores
de falha (AAF)
Qualitativa e
Quantitativa
Todas Análise e prevenção de
qualquer evento indesejável
– determinação de
probabilidades de ocorrências
A maior parte dos
benefícios pode
ser conseguida
apenas com a
análise qualitativa
66. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
66
-Tipo: Análise inicial, qualitativa.
-Aplicação: Fase de projeto ou de qualquer novo processo,
produto ou sistema.
-Objetivos: Determinação de riscos e medidas preventivas
antes da fase operacional.
-Princípios/Metodologia: Revisão geral de aspectos de
segurança através de um formato padrão, levantando-se
causas e efeitos de cada risco, medidas de prevenção ou
correção e categorizando-se os riscos para priorização de
ações.
67. ETAPAS BÁSICAS NA “APR”
67
1 Rever problemas conhecidos (experiência passada).
2 Revisar a missão objetivos, exigências, funções,
procedimentos, ambientes.
3 Determinar os riscos principais.
4 Determinar os riscos iniciais e contribuintes.
5 Revisar os meios de eliminação ou controle dos riscos. 6-
Analisar os métodos de restrição de danos.
7- Indicar quem levará a cabo as ações corretivas (responsáveis
pelas ações corretivas).
69. CATEGORIAS DE RISCO
69
Categoria Nome Caracteristicas
I Desprezível -Não degrada o sistema, nem seu
funcionamento
-Não ameaça os recursos humanos
II Marginal/ Limítrofe -Degradação moderada/ Danos menores
-Não causa lesões
-É compensável ou controlável
III Crítica -Degradação crítica
-Lesões
-Dano substancial
-Coloca o sistema em risco e necessita
ações corretivas imediatas para sua
continuidade e recursos humanos envolvidos
IV Catastrófica -Séria degradação do sistema
-Perda do sistema
-Morte e lesões
70. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
70
Serviço de instalação telefônica em altura e em caixa subterrânea
Risco Causa Efeito Cat.
Risco
Medidas Preventivas
Alta Voltagem -Contato com equip. de outra
concessionária
-Raios
-Choque Elétrico
-Queimadura
Grave
-Morte
IV -Treinamento
-Supervisão
-Uso do EPI
-Aterramento adequado
Queda da Escada -Falta de amarração da
escada
-Não utilização de EPI (cinto)
-Lesão
-Fratura
-Morte
IV -Supervisão
-Uso do EPI
-Treinamento
Agentes Químicos
(entrada em caixas
subterrânea
Vazamento de concessionária
de gás/esgotos
-Animais em decomposição
-Mal estar
-Lesão
-Morte
IV -Uso de detectores de
gases
-Supervisão
-Ventilação
Explosão na caixa
subterrânea
-Presença de misturas
explosivas e fontes de ignição
-Queimaduras
grave
-Fratura
-Morte
IV -Uso de detector de
explosividade
-Ventilação
-Supervisão
71. Serviço de instalação telefônica em altura e em caixa subterrânea
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
71
Risco Causa Efeito Cat.
Risco
Medidas Preventivas
-Atropelamento -Sinalização ineficiente
-Falta de Atenção
-Lesão
-Fratura
-Morte
IV -Treinamento
-Sinalização adequada
-Acidentes com
veículos
-Inabilidade
-Falta de atenção dos
motoristas
-Veículo em má condição de
manutenção
-Lesão
-Fratura
-Morte
IV -Incentivo para reduzir
acidentes com veículos
-Manutenção preventiva
-Treinamento
-Maçarico -Inabilidade -Queimadura nas III -Treinamento
-Falta de atenção
-Má condição de manutenção
mãos ou corpo -Manutenção
72. ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
72
Elaborar APR para:
a- Troca de lâmpada com altura de 1,98m. b- Troca de
lâmpada com altura de 6,0m.
c.Troca de fusível NH com painel energizado.
d.Limpeza no interior da subestação (sela do trafo).
e.Passar e ligar cabo (da carga ao disjuntor) em painel
energizado.
93. TIPO DE ATERRAMENTO
93
Na classificação dos esquemas de aterramento é
utilizada uma simbologia padrão, onde a primeira letra
indica a situação da alimentação em relação à terra:
•T = um ponto diretamente aterrado;
•I = isolação de todas as partes vivas em relação à
terra ou aterramento de um ponto através de impedância.
Já a segunda letra indica a situação das massas da
instalação elétrica em relação à terra:
•T = massas diretamente aterradas,
independentemente do
aterramento eventual de um ponto da alimentação;
•N = massas ligadas ao ponto da alimentação
aterrado (em corrente alternada, o ponto aterrado é
normalmente o ponto
neutro);
94. 94
TIPO DE ATERRAMENTO
E outras letras (eventuais) indicam a disposição do
condutor neutro e do condutor de proteção:
•S = funções de neutro e de proteção asseguradas
por condutores distintos;
C = funções de neutro e de proteção combinadas
em um único condutor (condutor PEN).
97. TIPO DE ATERRAMENTO TT
97
ponto da alimentação
O esquema TT possui um
diretamente aterrado, estando as massas da instalação
ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente
distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentação.
98. TIPO DE ATERRAMENTO IT
98
No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra ou
um ponto da alimentação é aterrado através de impedância
113. -
NR 10
8. - HABILITAÇÃO, QUALIFICAÇÃO, CAPACITAÇÃO
E AUTORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES.
1.É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de
curso específico na área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino.
2.É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente
qualificado e com registro no competente conselho de classe.
3)É considerado trabalhador capacitado o que atenda às seguintes condições,
simultaneamente:
a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional
habilitado e autorizado; e
a)trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
10.8.3.1 A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas
condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável
pela capacitação.
10.8.4 São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou
capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa.
113
114. 114
5.A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer
tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador,
conforme o item 10.8.4.
6.Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter
essa condição consignada no sistema de registro de empregado da
empresa.
7.Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem ser
submetidos a exame de saúde compatível com as atividades a serem
desenvolvidas, realizado em conformidade com a NR 7 e registrado em seu
prontuário médico.
8.Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da
energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações
elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR.
10.8.8.1 A empresa concederá autorização na forma desta NR aos trabalhadores
capacitados ou qualificados e aos profissionais habilitados que tenham participado
com avaliação e aproveitamento satisfatórios dos cursos
constantes do ANEXO II desta NR.
115. 115
2. Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e
sempre que ocorrer alguma das situações a seguir:
A)troca de função ou mudança de empresa;
b) retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por
período superior a três meses; e
c)modificações significativas nas instalações elétricas ou troca
de métodos, processos e organização do trabalho.
3. A carga horária e o conteúdo programático dos treinamentos
de reciclagem destinados ao atendimento das alíneas “a”, “b” e
“c” do item 10.8.8.2
devem atender as necessidades da situação que o motivou.
4. Os trabalhos em áreas classificadas devem ser precedidos de treinamento
especifico de acordo com risco envolvido.
10.8.9 Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações
elétricas desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada,
conforme define esta NR, devem ser instruídos formalmente com
conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus possíveis riscos e adotar
as precauções cabíveis.
132. EPC
DEFINIÇÃO
132
São dispositivos, sistemas fixos
Ou móveis de abrangência coletiva, com
a finalidade de sinalizar, eliminar ou
diminuir o risco, salvaguardando a
integridade física e a saúde dos
trabalhadores, usuários e terceiros.
133. EXEMPLOS:
133
EPC
Equipamentos de exaustão e ventilação localizada;
Chuveiro de emergência e lava-olhos;
Sistemas de extinção de incêndio;
Enclausuramento contra ruído de máquinas (ex: centrífugas,
prensas, injetoras, etc.);
Protetores de partes móveis de máquinas;
Comandos bimanuais de equipamentos diversos;
Cortinas de luz e de ar;
Sensores de presença;
Sinalização de segurança;
Dispositivos de seccionamento (chaves fusíveis e chaves faca);
etc.
134. VANTAGENS DO EPC
134
• Menor custo a médio e longo prazo;
• Atinge todos trabalhadores expostos direta
ou indiretamente ao risco;
• Independe da vontade do pessoal exposto
em utilizar ou não;
• Maior facilidade e controle da manutenção;
• Desde que bem aplicado, não exige
fiscalização de uso;
• Reduz taxas do INSS e seguro;
• Redução de processos trabalhistas;
135. TAPETES DE BORRACHA
Acessório utilizado
principalmente em
subestações e cabines
Primárias com a finalidade
de isolar contra contatos
indiretos, minimizando
assim as conseqüências por
uma falha de isolação dos
equipamentos.
136. VARA DE MANOBRA
São dispositivos utilizados para
execução de trabalhos em
linha viva e operações com
equipamentos e instalações
Elétricas energizadas ou
desenergizadas com
possibilidade de energização
acidental.
147. CARTÕES DE TRAVAMENTO
São utilizadas para advertir as
pessoas sobre a situação
operacional dos equipamentos
de manobra, visando assim a
proteção das pessoas que
estejam trabalhando no circuito
e as pessoas que venham a
manobrar os sistemas elétricos.
148. DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO
148
Cones, fita zebrada, pedestal,
correntes e cordas para pedestal,
coletes refletivos, tinta de
sinalização,placas de sinalização,
fita de demarcação e anti-
derrapante, etc.
Seda, nylon, polyester,
polipropileno, algodão, raion, sisal,
etc.
150. PLACAS DE SINALIZAÇÃO
São utilizadas para sinalizar sobre os
riscos ou situações de perigos
existentes, proibição de acesso e
cuidados que sejam necessários.
159. TESTES DE ISOLAÇÃO
159
Conforme o item 10.7.8 da nr-10 pelo
Menos anualmente deverão ser testados:
Varas e bastões de manobra;
Escadas isolantes; e
Andaimes modular isolado
161. DEFINIÇÃO (CONCEITO LEGAL)
161
EPI
Equipamento de proteção individual é
Todo dispositivo ou produto, de uso
individual, utilizado pelo trabalhador,
destinado a proteção de riscos suscetíveis
de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.
162. EPI
Exemplos
Capacete;
Óculos de proteção;
Luvas;
Calçados de segurança;
Cintos de segurança;
Máscaras de proteção respiratória;
Protetor auricular;
Vestimentas de trabalho (especiais);
Creme protetor solar;
Capa de chuva; etc.
162
163. NR-6 (EPI)
163
3. A empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a)sempre que as medidas de ordem geral não
ofereçam completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e
do trabalho;
b)enquanto as medidas de proteção coletiva
estiverem sendo implantadas; e,
c)para atender a situações de emergência.
164. NR-6 (EPI)
164
6. Cabe ao empregador
6.6.1 cabe ao empregador quanto ao EPI :
a)Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b)Exigir seu uso;
c)Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no
trabalho;
d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda
e conservação;
e)Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f)Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
166. CERTIFICADOS
166
• C.A. – Certificado de Aprovação:
É um certificado expedido pelo MTE, que
comprova a eficiência do equipamento na
proteção oferecida. Portanto todo EPI deve
obrigatoriamente, possuir o C.A.
• CRF – Certificado de Registro de Fabricante:
É um certificado expedido pelo MTE, com o
objetivo de cadastrar fabricantes de EPI.
• CRI – Certificado de Registro de Importação:
É um certificado expedido pelo MTE, que
regula a importação de EPI.
167. C.A.
167
• O SINMETRO – Sistema Nacional de
Metrologia Normalização e Qualidade
Industrial é:
o gestor do processo de garantia de
qualidade e segurança dos EPIs
comercializados no Brasil.
quem homologará o órgão (ex.:
FUNDACENTRO), com os instrumentos a
serem utilizados nos ensaios de EPIs, que
deverão possuir os certificados de aferição
dentro do prazo de validade.
168. C.A.
168
• O MTE é responsável pela:
avaliação do EPI e emissão do seu
respectivo C.A., seja ele de fabricação
nacional ou estrangeira;
disponibilizar as informações pertinentes ao
EPI, vinculada ao n.º do C.A..
Obs.: estas informações constam no site:
www.mte.gov.br
169. C.A.
169
• Conforme a NR-6, no item 6.9, o MTE, têm
como responsabilidade:
Estabelecer os prazos de validade do C.A.,
mediante justificativa (item 6.9.2);
Registro do C.A. e outras características de
forma indelével no EPI (item 6.9.3);
Na impossibilidade do item anterior,
autorizar forma alternativa do registro
do
C.A. no EPI (item 6.9.3.1);
171. RECIBO DE ENTREGA
171
Ao fornecer um EPI, ao empregado deve ser efetuado o registro
formal desta entrega.
De que forma?
Preparar um formulário com no mínimo os seguintes dados:
Nome da empresa / endereço completo
Data de entrega do EPI
Tipo do EPI e respectivo número do CA
Nome completo do empregado e seu n.º de registro
(matrícula) na empresa
Assinatura do empregado
NOTA: este recibo de entrega de EPI deve constar do prontuário
do empregado!!!
172. NR-6 (EPI)
172
7. Cabe ao empregado
1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a)usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que
se destina;
b)responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c)comunicar ao empregador qualquer alteração
que o torne impróprio para uso; e,
d)cumprir as determinações do empregador sobre
o uso adequado.
173. REQUISITOS DO EPI
Cabe ao SESMT ou na sua falta a CIPA:
•Seleção adequada ao risco;
•Eficiência necessária para controle;
•Conforto ao usuário;
•Programa de treinamento;
•Normas de fornecimento e reposição;
•Normas de uso e guarda;
•Normas para higienização e
conservação. 173
174. CAPACETE DE SEGURANÇA
a
• destina-se a proteção do
crânio contra impactos e
perfurações provenientes d
queda de objetos e riscos
associados a choques
elétricos.
• em serviços com
eletricidade usa-se o
capacete classe B tipo II,
devido a alta resistência
dielétrica
175. ÓCULOS DE SEGURANÇA
• Proteção dos
olhos do usuário
contra impactos
de partículas
volantes
multidirecionais.
• Quando colorido,
serve além do
que foi descrito
anteriormente,
como filtro de luz.
182. LUVAS ISOLANTES
• Para BT e AT:
em trabalhos com riscos de
choques elétricos.
Tipo I – não resistente ao O3
Tipo II – resistente ao O3
Classe Cor Tensão de
uso
Tensão de
ensaio
00 Bege 500 V 2.500 V
0 Vermelha 1.000 V 5.000 V
1 Branca 7.500 V 10.000 V
2 Amarela 17.000 V 20.000 V
3 Verde 26.500 V 30.000 V
4 Laranja 36.000 V 40.000 V
183. LUVAS ISOLANTES
183
• Segundo a NBR 10622, deve constar no dorso
do punho:
Cor da classe de tensão;
Nome do fabricante;
Tipo (I ou II);
Classe;
Tamanho;
C.A.
N.º de série
N.º da Norma aplicada
Tensão máxima de uso;
Outras informações do fabricante.
184. LUVAS ISOLANTES
184
• Devem ser testadas
quanto a possibilidade
de existência de furos
e também quanto a
Sua isolação.
185. LUVAS DE COBERTURA
185
• São em vaqueta e servem
para proteção de mãos
Contra agentes abrasivos e
Escoriantes, devendo ser
aplicada sobre as luvas
Isolantes em serviços com
Sistemas elétricos
energizados.
186. MANGAS DE BORRACHA
186
• Protege os braços e
antebraços contra
instalações ou partes
energizadas.
Classe 0 – BT
Classes 1/2/3 e 4 – AT
187. LUVAS DE RASPA
187
• Proteção das mãos
Do usuário contra
agentes abrasivos,
escoriantes e riscos
Mecânicos leves.
192. Uniformes de trabalho
feitos de algodão ou de
tecido mistos de
poliéster e algodão,
independentemente de
peso, podem se inflamar
em determinado nível de
exposição e
continuarão a queimar,
aumentando a extensão
das lesões provenientes
do arco.
192
193. CINTO DE SEGURANÇA
193
• proteção do usuário em caso de queda, nos
trabalhos em altura. O trava quedas é utilizado
para deslocamento vertical.
216. RESUMO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Procedimentos de trabalho em eletricidade(prontuário);
Treinamentos (prontuário);
Documentos de qualificação, capacitação, habilitação e autorização
(prontuário);
Contratos de empresas terceirizadas;
PCMSO e PPRA;
Documentos da CIPA;
Documentos do SESMT; 216
217. Documentos de registro funcional do trabalhador;
Comprovantes de entrega de EPI´s;
Certificação dos EPC´s;
Laudos periciais de insalubridade e periculosidade;
Diagrama unifilar e prontuário da instalação.
217
RESUMO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS