Riqueza natural e social
Trata-se da savana com a flora mais rica do mundo: são mais de 11.000 espécies de plantas catalogadas, 40% delas endêmicas, ou seja, que só existem nesse bioma. Sua fauna também vai muito além do conhecido lobo-guará: são 199 espécies de mamíferos, 837 espécies de aves, 1200 espécies de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios.
Toda essa exuberância tem sido devastada em uma velocidade impressionante. Dados oficiais apontam que 50% da vegetação original do bioma já foi extinta, mas há estimativas que indicam 70% de perda. A maior parte dessa destruição ocorreu nas últimas três décadas, como reflexo da expansão desenfreada das áreas desmatadas para ocupação agropecuária e para a monocultura de grãos destinados, em sua maioria, à produção de ração animal.
Além da importância natural, o Cerrado carrega uma grande relevância cultural e social para o Brasil. São muitas as populações que o habitam e vivem da extração sustentável de seus recursos. Para se ter uma ideia, o bioma abriga 83 etnias indígenas e 44 territórios quilombolas, além de populações ribeirinhas e agricultores familiares. Muitos dos chamados Povos do Cerrado lutam pelo reconhecimento de seus territórios e para manter viva a imensa riqueza de saberes ancestrais sobre o uso gastronômico, cosmético e medicinal da flora local. Eles são os últimos guardiões desse bioma ante a exploração predatória.
2. O Cerrado ocupa uma grande área no
território brasileiro, ocorrendo em doze
estados e no Distrito Federal. Cerrado é o
nome dado a um conjunto de tipos de
vegetação da porção central da América
do Sul. É um tipo de savana, como as que
ocorrem na África e na Austrália. Por, isso
apresenta muitas características comuns
às savanas dos outros continentes.
3. A vegetação do Cerrado
O Cerrado é um mosaico de vegetação. Possui
formas de vegetação campestre, savânicas, florestais,
veredas, mata de galeria, campos cerrado. A
paisagem savânica é a mais freqüente. Caracteriza-se
pelas árvores baixas retorcidas e arbustos espaçados
separados por vegetação rasteira. O Cerrado tem
grande diversidade de clima, solos e composições
biológicas. As formações florestais do Cerrado (mata
de galeria, mata seca e cerradão)estão distribuídas
em diferentes áreas, de acordo com o tipo de solo e o
clima. A mata de galeria ocorre ao longo dos cursos
d’água. A mata seca é uma formação vegetal que não
está associada aos cursos d’água. O cerradão
apresenta espécies comuns à mata de galeria e à
mata seca, tendo árvores que atingem até 15m de
altura.
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5. A fauna
A fauna é rica graças à sua variedade vegetal,
Cerrado são conhecidos até o momento mais de
1.500 espécies animais, formando o segundo maior
conjunto animal do planeta, apesar de que muitas
delas não são exclusivas do Cerrado, ocorrendo em
outros ecossistemas, como Mata Atlântida, floresta
Amazônica e Pantanal. São conhecidas mais de 400
espécies de aves, 67 gêneros de mamíferos não
roedores e 30 espécies de morcegos, somente no
Distrito Federal.
No Cerrado, encontramos os maiores animais da
América do Sul, a anta, a onça pintada, suçuarana,
o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a ema, o
veado campeiro e a capivara.
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14. A água
• O Cerrado, também, representa uma
importante fonte de água para o país. Sua
localização, em posição mais elevada,
favorece os rios que nascem e correrem
para diferentes bacias hidrográficas
brasileiras, como as do São Francisco,
Tocantins, Araguaia e Paraná.
15. • O Cerrado abriga uma importante unidade de conservação
localizada na cidade de Planaltina, a Estação Ecológica
de Águas Emendadas.
• É a mais importante reserva natural do Distrito Federal,
onde ocorre o fenômeno único da união de duas grandes
bacias hidrográficas da América latina, a
Tocantins/Araguaia e Platina, em uma vereda
de 6 km de extensão. As veredas são caracterizadas pela
presença do buriti, palmeira que atinge até 15m de altura,
e vegetação rasteira, gramíneas e outras plantas
herbáceas, circundadas por vegetação de campo, com
solos permanentemente alagados. Essa característica faz
dela um dos acidentes geográficos de maior expressão no
território nacional.
16. Águas Emendadas
Águas Emendadas é um fenômeno peculiar, decorrente do fato de os
córregos Brejinho e Vereda Grande terem a mesma nascente. As águas
afloram na superfície e correm em direções opostas, pois o terreno tem
uma inclinação suave para ambos os lados. As águas do córrego Brejinho
vão para o rio São Bartolomeu, as do Vereda Grande correm para o rio
Maranhão. Águas Emendadas integra a Reserva da Biosfera do Cerrado –
Fase I, reconhecida pela UNESCO em seu programa “O Homem e a
Biosfera” . O Programa “O homem e a Biosfera ” foi criado como resultado
da “Conferência sobre a Biosfera” realizado pela UNESCO, na cidade de
Paris, no ano 1968. É um programa de cooperação científica internacional
sobre as interações entre o homem e seu meio ambiente. Busca o
entendimento dos mecanismos dessa convivência em todas as situações
bio climáticas e geográficas da biosfera, procurando compreender as
repercussões das ações humanas sobre os ecossistemas mais
representativos do planeta (disponível no sítio:
19. Copaíba
Nome Copaíba "Copaifera longsdorffii!
Nomes populares: Copaíba, Pua-de-óleo, Capaúba
• O óleo da Copaíba é transparente, de um branco tirante a amarelo e de um
cheiro ativo, constitui excelente balsâmico anti-séptico do aparelho urinário.
É um poderoso remédio das blenorragias agudas e crônicas, debelando-as
com relativa facilidade depois de pouco tempo de uso. Indica-se também
contra hemorragias, tosses e bronquites, doenças de origem sifilítica,
moléstias de pele, incontinência das urinas, catarro da bexiga, leucorréia,
diarréia, disenteria e urticária.
20. Sucupira-preta
Nome científico: Bowdichia virgilioides Família: Leg. – Papilionoideae
• É uma árvore melífera. Na medicina popular, a casca da raiz é
usada para diabetes e as sementes para sífilis, gota,
reumatismo, febres, dermatoses e artrites.
semente
21. Barbatimão
Stryphnodendro Barbatimão, Martius
Usa-se, externamente, a casca reduzida a pó no tratamento
das úlceras. Internamente, como tônico, emprega-se o
cozimento das cascas, que serve também para combater a
leucorréia, blenorragia, diarréias, disenterias, hemoptises e
outras espécies de hemorragias, inclusive hemorragias
uterinas.
22. Mama-cadela
• Planta muito utilizada pelas populações do Cerrado, como espécie medicinal contra gripes e
bronquites, como depurativo do sangue e em má circulação. A casca é comercializada em
bancas de raizeiros da região.
• O bergapteno, furocumarina encontrada em cascas, raízes e frutos verdes da mama-cadela,
é um princípio ativo já é bem conhecido, sendo utilizado (em combinação com as vitaminas
A, B1 e B6) no tratamento do vitiligo e outras doenças que causam despigmentação na pele.
31. Baru
(Dipterys alata Vox)
• O baruzeiro é uma planta leguminosa arbórea nativa do Cerrado. Seus frutos amadurecem entre Setembro
e Outubro, e contém uma castanha com um sabor delicado e agradável, conhecida como Castanha de
Baru.
A castanha de baru, quando torrada, tem sabor semelhante ao amendoim ou castanha de caju. Tem valor
nutricional alto, e contém cerca de 26% de proteínas. Pode ser consumido inteiro ou para o preparo de
receitas de doces típicos, como o pé-de-moleque e paçoquinha, ambos com rapadura, leite condensado e
castanhas torradas.
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• Paçoquinha de Baru
2 xícaras (chá) de amêndoas de baru torradas e sem pele
112 xícara (chá) de farinha de milho ou mandioca
1 xícara (chá) de açúcar
4 a 5 colheres (sopa) de leite
• Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes secos e socar no pilão até obter uma massa uniforme. Colocar numa forma
untada com manteiga, deixando a massa com espessura de 1,5 cm. Cortar em quadradinhos.
32. O Pequi
(Caryocar brasiliense)
• O Pequi, árvore do Cerrado encontrada nos Estados de Rondônia (ao leste), Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul (no nordeste), Minas Gerais (norte e oeste), Pará (sudoeste),
Tocantins, Maranhão (extremo sul), Piauí (extremo sul), Bahia (oeste) e Distrito de
Federal.
• ARROZ COM PEQUI
INGREDIENTES:
1/4 de xícara de chá de óleo ou banha de porco
1/2 litro de pequi lavado
2 dentes de alho espremidos
1 cebola grande picada
2 xícaras de chá de arroz
4 xícaras de chá de água quente
Sal a gosto
Pimenta-de-cheiro ou Malagueta a gosto
Salsinha, cebolinha picada a gosto
MODO DE PREPARO:
Coloque o pequi no óleo ou gordura fria (se usar o fruto inteiro, não é preciso cortar, mas cuidado
com o caroço). Acrescente o alho e a cebola e deixe refogar em fogo baixo, mexendo sempre com
uma colher de pau para não grudar na panela, e respingue um pouco de água quando for necessário.
Quando o pequi já estiver macio e a água secado, acrescente o arroz e deixe fritar um pouco. Junte a
água e o sal. Quando o arroz estiver quase pronto, coloque a pimenta-de-cheiro ou malagueta a
gosto. Na hora de servir, polvilhe o arroz com salsa e cebolinha e um pouco de pimenta.
33. Jatobá
• Mingau de Jatobá
Ingredientes:
• 1 litro de leite
• 100 gramas de polpa de jatobá
• açúcar a gosto
Modo de fazer:
Quebrar os frutos do jatobá e retirar os caroços envoltos pela polpa amarela. Colocar o leite frio numa panela,
acrescentando os caroços. Mexer bem com uma colher de pau, até que a polpa se desprenda totalmente dos caroços.
Retirar os caroços logo em seguida.
Adicionar açúcar e canela a gosto e levar ao fogo até engrossar.
Servir quente!
• Rosquinhas de Jatobá
Ingredientes:
• 2 copos de 200 ml de farinha de trigo
• 2 copos de 200 ml de farinha de jatobá
• 1 copo (200 ml) de açúcar
• 4 ovos
• 10 colheres das de sopa de coco ralado
• 1 colher das de sopa de fermento em pó
• adicionar leite até o ponto de enrolar
Modo de fazer:
Misturar todos os ingredientes e amassar. Formar tiras e cortá-las no tamanho desejado. Levar as rosquinhas ao
forno, até dourarem.
Quando as rosquinhas estiverem assadas, passar calda de açúcar e depois polvilhá-las uma a uma, com côco ralado.