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No início dos anos 90, um evento internacional do Partido Verde da Alemanha, reuniu
representantes de vários países. Um dos participantes brasileiros viu um documento,
já naquele tempo, em que apontava a área dos Yanomani (a hoje famosa Raposa
Terra do Sol), muitos antes de ser entregue a meia dúzia de índios e às ONGs
internacionais, como bilionária em recursos minerais. Mais de duas décadas antes da
vergonhosa entrega de metade de Roraima a poucos índios e onde não se fala
português, já se sabia do porquê do grande interesse internacional pela Amazônia e
por essas áreas. E isso é apenas a ponta do icerbeg. Há minérios vitais para novas
tecnologias e que existem só no Brasil. O nióbio é um deles. Por exemplo: amaior
reserva de nióbio do mundo está em São Gabriel da Cachoeira (AM). O minério é vital
para fabricação de turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e
super aços. Cerca de 98% de todo o nióbio do Planeta só se encontra no Brasil e, na
maior parte, na Amazônia.

Vendemos essa rara riqueza, para o resto do mundo, a preços vis. Poderíamos faturar
mais de 14 bilhões de dólares/ano, mas nossas vendas não chegam a um décimo
disso. O preço internacional é determinado na Inglaterra, país que não tem uma pedra
sequer deste produto. As grandes corporações internacionais pagam pelo nióbio,
metal nobre e raro, um preço ridículo. Comparando: seria como se os árabes
vendessem o barril de petróleo a um dólar. Deu prá entender? Então, são por essas
coisas que as ONGs querem dominar a Amazônia. E o governo brasileiro sabe disso.
Sabe hoje e sabia há décadas atrás, quando começamos a ser explorados. Com aval
dos nossos governantes e de muitos quinta colunas, alguns apenas por ingenuidade,
que estão entregando tudo de mão beijada para esses invasores.



Apresentação

Derivado do Sueco TungSten, pedra pesada e o símbolo de Wolfram, Wolframite
minério de Tungstênio. Peter Woufe em 1779 e Scheele em 1781 descobriram o ácido
túngstico no mineral chamado hoje de Scheelita. Em 1783 os irmãos espanhóis J.J. and
F. Elhuyar descobriram o mesmo ácido no mineral Wolframita e o reduziram com
carvão vegetal obtendo o metal. Atualmente é obtido pela redução do trióxido (WO3)
com hidrogênio ou carbono. É um metal com tonalidade que varia do cinza a branco
prateado, resistente ao ataque de ácidos, apesar de ser o metal com maior ponto de fusão
queima ao ar quando aquecido formando WO3 amarelo.

Características principais

O tungstênio puro é um metal duro de aspecto branco a cinza. Quando muito puro pode
ser cortado com uma serra de metais, forjado e trefilado (é frágil e difícil de ser
trabalhado quando impuro). O elemento apresenta o mais elevado ponto de ebulição
(5657° C), a menor pressão de vapor e a mais elevada resistência a tensão em
temperaturas acima de 1650°C, entre todos os metais. Sua resistência à corrosão é
excelente e só é atacado ligeiramente pela maioria dos ácidos minerais diluídos. O
tungstênio, quando exposto ao ar, forma na sua superfície um óxido protetor, porém
pode ser oxidado em alta temperatura. Quando adicionado em pequenas quantidades ao
aço eleva consideravelmente a sua dureza.
Aplicações

O tungstênio é um metal com uma enorme gama de usos, largamente utilizado na forma
de carbonetos (W2C, WC). Os carbonetos, devido à elevada dureza, são usados para
revestir brocas de perfuração de solos utilizados em mineração, indústria petrolífera e
indústrias de construção. O tungstênio é extensivamente usado em filamentos de
lâmpadas incandescentes e válvulas eletrônicas e, como eletrodos, porque apresenta um
ponto de fusão muito elevado e pode ser transformado em fios muito finos.
Outros usos:
* O ponto de fusão elevado do tungstênio é apropriado para aplicações aeroespaciais,
em válvulas de propulsores de mísseis e aeronaves. Por ser resistente a altas
temperaturas, é usado também em calefação, indústrias de fundição e nuclear.
* As propriedades dureza e densidade tornam este metal ideal para a fabricação de ligas
de metais pesados que são usados em armamentos, dissipadores de calor e em
aplicações de alta densidade tais como pesos e contrapesos.
* Ferramentas de aço de alta velocidade (Hastelloy®, Stellite®), que exigem condições
drásticas de trabalho, são frequentemente combinadas com tungstênio.
* Superligas contendo este metal são aplicadas em lâminas de turbinas, ferramentas de
aço e como revestimentos de peças que exigem alta resistência.
* Compostos de tungstênio são usados como substitutos do chumbo em projéteis
balísticos (balas de armas de fogo). Também usados em pontas de lanças e dardos.
* Compostos de tungstênio são usados em catalisadores, pigmentos inorgânicos, e o
dissulfeto de tungstênio como lubrificante para atuar em altas temperaturas, pois é
estável até 500°C.
* Como apresenta expansão térmica semelhante ao vidro de borosilicato (pirex), é usado
para selar a união vidro-metal.
* É usado em munição como penetrador de energia cinética (APFSDS) como uma
alternativa ao urânio esgotado (DU).
* Os óxidos são usados em esmaltes cerâmicos e os tungstatos de cálcio/magnésio são
extensivamente usados em lâmpadas fluorescentes.
* O metal é usado como alvo em tubos de raio-X em radiologia geral e como elemento
aquecedor (resistência) em fornalhas elétricas.
* Sais que contêm tungstênio são usados em indústrias de produtos químicos e de
curtumes
* "Bronzes" de tungstênio (assim chamados os óxidos de tungstênio devido à cor
bronzeada) juntamente com outros compostos são usados em tintas.
* O carbeto de tungstênio tem sido utilizado recentemente para a confecção de jóias
devido à sua natureza hipoalérgica e ao fato de não perder o brilho como os demais
metais.

Segunda Guerra Mundial

Na Segunda Guerra Mundial, o tungstênio desempenhou um papel de enorme
importância nas relações diplomáticas. Portugal, como a principal fonte deste elemento
na Europa, foi colocado sob grande pressão de ambos os lados em disputa, já que este
elemento era essencial para a produção de volfrâmio[1]. A resistência a altas
temperaturas, assim como a extrema resistência mecânica das suas ligas, fizeram deste
metal um material muito importante na indústria de armamento.
RIO - O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é

fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até

mísseis. Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras

raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até

pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica. A ideia é consolidar um programa

de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de

traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores. Assim,

o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção

mundial - num segmento em que o país já foi líder global. Hoje, os chineses respondem por

97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano.


Paralelamente, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão negociando com a Universidade

Federal Fluminense (UFF) a realização de pesquisas no oceano com o objetivo de identificar

novos depósitos de terras raras no país. A INB assumiu a exploração de terras raras no

Brasil nos anos 90, após a extinção da Nuclemon, estatal que estava à frente da atividade

até então. Umas das razões que fizeram a Nuclemon sair de cena foi a entrada com força da

China nesse mercado, que jogou os preços para baixo, tornando a produção pouco lucrativa.

Ironicamente, é a China que poderá levar o Brasil a ampliar sua atuação no segmento. Após

restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras, em setembro de 2010, o

preço da tonelada saiu de US$ 5 mil para US$ 50 mil.


Com esse salto, os técnicos do governo avaliam que está na hora de o Brasil voltar a ter

destaque nesse nicho. Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2

bilhões. Se os preços se mantiverem no patamar atual e a demanda continuar a crescer -

estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012,

ante as 134 mil em 2010 -, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões.

Com produção residual, de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos

dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse boom, apesar de ostentar o título

de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas).

Minas Gerais, por sua vez, é também cobiçada pela grande quantidade de
minerais em seu território, concentrando 73% da produção mundial de nióbio,
mineral utilizado na fabricação de mísseis e foguetes, além de 98% da produção
nacional de diamantes e 91% de outras gemas. Vimos sofrendo com o contrabando
de parte de nosso minério, de nossas pedras e de nossos animais silvestres, para o
exterior.

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No início dos anos 90

  • 1. No início dos anos 90, um evento internacional do Partido Verde da Alemanha, reuniu representantes de vários países. Um dos participantes brasileiros viu um documento, já naquele tempo, em que apontava a área dos Yanomani (a hoje famosa Raposa Terra do Sol), muitos antes de ser entregue a meia dúzia de índios e às ONGs internacionais, como bilionária em recursos minerais. Mais de duas décadas antes da vergonhosa entrega de metade de Roraima a poucos índios e onde não se fala português, já se sabia do porquê do grande interesse internacional pela Amazônia e por essas áreas. E isso é apenas a ponta do icerbeg. Há minérios vitais para novas tecnologias e que existem só no Brasil. O nióbio é um deles. Por exemplo: amaior reserva de nióbio do mundo está em São Gabriel da Cachoeira (AM). O minério é vital para fabricação de turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços. Cerca de 98% de todo o nióbio do Planeta só se encontra no Brasil e, na maior parte, na Amazônia. Vendemos essa rara riqueza, para o resto do mundo, a preços vis. Poderíamos faturar mais de 14 bilhões de dólares/ano, mas nossas vendas não chegam a um décimo disso. O preço internacional é determinado na Inglaterra, país que não tem uma pedra sequer deste produto. As grandes corporações internacionais pagam pelo nióbio, metal nobre e raro, um preço ridículo. Comparando: seria como se os árabes vendessem o barril de petróleo a um dólar. Deu prá entender? Então, são por essas coisas que as ONGs querem dominar a Amazônia. E o governo brasileiro sabe disso. Sabe hoje e sabia há décadas atrás, quando começamos a ser explorados. Com aval dos nossos governantes e de muitos quinta colunas, alguns apenas por ingenuidade, que estão entregando tudo de mão beijada para esses invasores. Apresentação Derivado do Sueco TungSten, pedra pesada e o símbolo de Wolfram, Wolframite minério de Tungstênio. Peter Woufe em 1779 e Scheele em 1781 descobriram o ácido túngstico no mineral chamado hoje de Scheelita. Em 1783 os irmãos espanhóis J.J. and F. Elhuyar descobriram o mesmo ácido no mineral Wolframita e o reduziram com carvão vegetal obtendo o metal. Atualmente é obtido pela redução do trióxido (WO3) com hidrogênio ou carbono. É um metal com tonalidade que varia do cinza a branco prateado, resistente ao ataque de ácidos, apesar de ser o metal com maior ponto de fusão queima ao ar quando aquecido formando WO3 amarelo. Características principais O tungstênio puro é um metal duro de aspecto branco a cinza. Quando muito puro pode ser cortado com uma serra de metais, forjado e trefilado (é frágil e difícil de ser trabalhado quando impuro). O elemento apresenta o mais elevado ponto de ebulição (5657° C), a menor pressão de vapor e a mais elevada resistência a tensão em temperaturas acima de 1650°C, entre todos os metais. Sua resistência à corrosão é excelente e só é atacado ligeiramente pela maioria dos ácidos minerais diluídos. O tungstênio, quando exposto ao ar, forma na sua superfície um óxido protetor, porém pode ser oxidado em alta temperatura. Quando adicionado em pequenas quantidades ao aço eleva consideravelmente a sua dureza.
  • 2. Aplicações O tungstênio é um metal com uma enorme gama de usos, largamente utilizado na forma de carbonetos (W2C, WC). Os carbonetos, devido à elevada dureza, são usados para revestir brocas de perfuração de solos utilizados em mineração, indústria petrolífera e indústrias de construção. O tungstênio é extensivamente usado em filamentos de lâmpadas incandescentes e válvulas eletrônicas e, como eletrodos, porque apresenta um ponto de fusão muito elevado e pode ser transformado em fios muito finos. Outros usos: * O ponto de fusão elevado do tungstênio é apropriado para aplicações aeroespaciais, em válvulas de propulsores de mísseis e aeronaves. Por ser resistente a altas temperaturas, é usado também em calefação, indústrias de fundição e nuclear. * As propriedades dureza e densidade tornam este metal ideal para a fabricação de ligas de metais pesados que são usados em armamentos, dissipadores de calor e em aplicações de alta densidade tais como pesos e contrapesos. * Ferramentas de aço de alta velocidade (Hastelloy®, Stellite®), que exigem condições drásticas de trabalho, são frequentemente combinadas com tungstênio. * Superligas contendo este metal são aplicadas em lâminas de turbinas, ferramentas de aço e como revestimentos de peças que exigem alta resistência. * Compostos de tungstênio são usados como substitutos do chumbo em projéteis balísticos (balas de armas de fogo). Também usados em pontas de lanças e dardos. * Compostos de tungstênio são usados em catalisadores, pigmentos inorgânicos, e o dissulfeto de tungstênio como lubrificante para atuar em altas temperaturas, pois é estável até 500°C. * Como apresenta expansão térmica semelhante ao vidro de borosilicato (pirex), é usado para selar a união vidro-metal. * É usado em munição como penetrador de energia cinética (APFSDS) como uma alternativa ao urânio esgotado (DU). * Os óxidos são usados em esmaltes cerâmicos e os tungstatos de cálcio/magnésio são extensivamente usados em lâmpadas fluorescentes. * O metal é usado como alvo em tubos de raio-X em radiologia geral e como elemento aquecedor (resistência) em fornalhas elétricas. * Sais que contêm tungstênio são usados em indústrias de produtos químicos e de curtumes * "Bronzes" de tungstênio (assim chamados os óxidos de tungstênio devido à cor bronzeada) juntamente com outros compostos são usados em tintas. * O carbeto de tungstênio tem sido utilizado recentemente para a confecção de jóias devido à sua natureza hipoalérgica e ao fato de não perder o brilho como os demais metais. Segunda Guerra Mundial Na Segunda Guerra Mundial, o tungstênio desempenhou um papel de enorme importância nas relações diplomáticas. Portugal, como a principal fonte deste elemento na Europa, foi colocado sob grande pressão de ambos os lados em disputa, já que este elemento era essencial para a produção de volfrâmio[1]. A resistência a altas temperaturas, assim como a extrema resistência mecânica das suas ligas, fizeram deste metal um material muito importante na indústria de armamento.
  • 3. RIO - O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até mísseis. Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica. A ideia é consolidar um programa de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores. Assim, o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção mundial - num segmento em que o país já foi líder global. Hoje, os chineses respondem por 97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano. Paralelamente, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão negociando com a Universidade Federal Fluminense (UFF) a realização de pesquisas no oceano com o objetivo de identificar novos depósitos de terras raras no país. A INB assumiu a exploração de terras raras no Brasil nos anos 90, após a extinção da Nuclemon, estatal que estava à frente da atividade até então. Umas das razões que fizeram a Nuclemon sair de cena foi a entrada com força da China nesse mercado, que jogou os preços para baixo, tornando a produção pouco lucrativa. Ironicamente, é a China que poderá levar o Brasil a ampliar sua atuação no segmento. Após restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras, em setembro de 2010, o preço da tonelada saiu de US$ 5 mil para US$ 50 mil. Com esse salto, os técnicos do governo avaliam que está na hora de o Brasil voltar a ter destaque nesse nicho. Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2 bilhões. Se os preços se mantiverem no patamar atual e a demanda continuar a crescer - estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012, ante as 134 mil em 2010 -, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões. Com produção residual, de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse boom, apesar de ostentar o título de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas). Minas Gerais, por sua vez, é também cobiçada pela grande quantidade de minerais em seu território, concentrando 73% da produção mundial de nióbio, mineral utilizado na fabricação de mísseis e foguetes, além de 98% da produção nacional de diamantes e 91% de outras gemas. Vimos sofrendo com o contrabando de parte de nosso minério, de nossas pedras e de nossos animais silvestres, para o exterior.