O documento discute o potencial do Brasil para explorar e se tornar líder na produção de terras raras, elementos químicos estratégicos encontrados em minérios e essenciais para alta tecnologia. Atualmente a China domina 97% do mercado mundial de US$2 bilhões, mas restrições chinesas elevaram preços e tornam a produção brasileira mais viável. O governo planeja investir em pesquisa para mapear recursos e identificar produtores, visando participar do crescente mercado de US$9 bil
1. No início dos anos 90, um evento internacional do Partido Verde da Alemanha, reuniu
representantes de vários países. Um dos participantes brasileiros viu um documento,
já naquele tempo, em que apontava a área dos Yanomani (a hoje famosa Raposa
Terra do Sol), muitos antes de ser entregue a meia dúzia de índios e às ONGs
internacionais, como bilionária em recursos minerais. Mais de duas décadas antes da
vergonhosa entrega de metade de Roraima a poucos índios e onde não se fala
português, já se sabia do porquê do grande interesse internacional pela Amazônia e
por essas áreas. E isso é apenas a ponta do icerbeg. Há minérios vitais para novas
tecnologias e que existem só no Brasil. O nióbio é um deles. Por exemplo: amaior
reserva de nióbio do mundo está em São Gabriel da Cachoeira (AM). O minério é vital
para fabricação de turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e
super aços. Cerca de 98% de todo o nióbio do Planeta só se encontra no Brasil e, na
maior parte, na Amazônia.
Vendemos essa rara riqueza, para o resto do mundo, a preços vis. Poderíamos faturar
mais de 14 bilhões de dólares/ano, mas nossas vendas não chegam a um décimo
disso. O preço internacional é determinado na Inglaterra, país que não tem uma pedra
sequer deste produto. As grandes corporações internacionais pagam pelo nióbio,
metal nobre e raro, um preço ridículo. Comparando: seria como se os árabes
vendessem o barril de petróleo a um dólar. Deu prá entender? Então, são por essas
coisas que as ONGs querem dominar a Amazônia. E o governo brasileiro sabe disso.
Sabe hoje e sabia há décadas atrás, quando começamos a ser explorados. Com aval
dos nossos governantes e de muitos quinta colunas, alguns apenas por ingenuidade,
que estão entregando tudo de mão beijada para esses invasores.
Apresentação
Derivado do Sueco TungSten, pedra pesada e o símbolo de Wolfram, Wolframite
minério de Tungstênio. Peter Woufe em 1779 e Scheele em 1781 descobriram o ácido
túngstico no mineral chamado hoje de Scheelita. Em 1783 os irmãos espanhóis J.J. and
F. Elhuyar descobriram o mesmo ácido no mineral Wolframita e o reduziram com
carvão vegetal obtendo o metal. Atualmente é obtido pela redução do trióxido (WO3)
com hidrogênio ou carbono. É um metal com tonalidade que varia do cinza a branco
prateado, resistente ao ataque de ácidos, apesar de ser o metal com maior ponto de fusão
queima ao ar quando aquecido formando WO3 amarelo.
Características principais
O tungstênio puro é um metal duro de aspecto branco a cinza. Quando muito puro pode
ser cortado com uma serra de metais, forjado e trefilado (é frágil e difícil de ser
trabalhado quando impuro). O elemento apresenta o mais elevado ponto de ebulição
(5657° C), a menor pressão de vapor e a mais elevada resistência a tensão em
temperaturas acima de 1650°C, entre todos os metais. Sua resistência à corrosão é
excelente e só é atacado ligeiramente pela maioria dos ácidos minerais diluídos. O
tungstênio, quando exposto ao ar, forma na sua superfície um óxido protetor, porém
pode ser oxidado em alta temperatura. Quando adicionado em pequenas quantidades ao
aço eleva consideravelmente a sua dureza.
2. Aplicações
O tungstênio é um metal com uma enorme gama de usos, largamente utilizado na forma
de carbonetos (W2C, WC). Os carbonetos, devido à elevada dureza, são usados para
revestir brocas de perfuração de solos utilizados em mineração, indústria petrolífera e
indústrias de construção. O tungstênio é extensivamente usado em filamentos de
lâmpadas incandescentes e válvulas eletrônicas e, como eletrodos, porque apresenta um
ponto de fusão muito elevado e pode ser transformado em fios muito finos.
Outros usos:
* O ponto de fusão elevado do tungstênio é apropriado para aplicações aeroespaciais,
em válvulas de propulsores de mísseis e aeronaves. Por ser resistente a altas
temperaturas, é usado também em calefação, indústrias de fundição e nuclear.
* As propriedades dureza e densidade tornam este metal ideal para a fabricação de ligas
de metais pesados que são usados em armamentos, dissipadores de calor e em
aplicações de alta densidade tais como pesos e contrapesos.
* Ferramentas de aço de alta velocidade (Hastelloy®, Stellite®), que exigem condições
drásticas de trabalho, são frequentemente combinadas com tungstênio.
* Superligas contendo este metal são aplicadas em lâminas de turbinas, ferramentas de
aço e como revestimentos de peças que exigem alta resistência.
* Compostos de tungstênio são usados como substitutos do chumbo em projéteis
balísticos (balas de armas de fogo). Também usados em pontas de lanças e dardos.
* Compostos de tungstênio são usados em catalisadores, pigmentos inorgânicos, e o
dissulfeto de tungstênio como lubrificante para atuar em altas temperaturas, pois é
estável até 500°C.
* Como apresenta expansão térmica semelhante ao vidro de borosilicato (pirex), é usado
para selar a união vidro-metal.
* É usado em munição como penetrador de energia cinética (APFSDS) como uma
alternativa ao urânio esgotado (DU).
* Os óxidos são usados em esmaltes cerâmicos e os tungstatos de cálcio/magnésio são
extensivamente usados em lâmpadas fluorescentes.
* O metal é usado como alvo em tubos de raio-X em radiologia geral e como elemento
aquecedor (resistência) em fornalhas elétricas.
* Sais que contêm tungstênio são usados em indústrias de produtos químicos e de
curtumes
* "Bronzes" de tungstênio (assim chamados os óxidos de tungstênio devido à cor
bronzeada) juntamente com outros compostos são usados em tintas.
* O carbeto de tungstênio tem sido utilizado recentemente para a confecção de jóias
devido à sua natureza hipoalérgica e ao fato de não perder o brilho como os demais
metais.
Segunda Guerra Mundial
Na Segunda Guerra Mundial, o tungstênio desempenhou um papel de enorme
importância nas relações diplomáticas. Portugal, como a principal fonte deste elemento
na Europa, foi colocado sob grande pressão de ambos os lados em disputa, já que este
elemento era essencial para a produção de volfrâmio[1]. A resistência a altas
temperaturas, assim como a extrema resistência mecânica das suas ligas, fizeram deste
metal um material muito importante na indústria de armamento.
3. RIO - O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é
fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até
mísseis. Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras
raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até
pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica. A ideia é consolidar um programa
de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de
traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores. Assim,
o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção
mundial - num segmento em que o país já foi líder global. Hoje, os chineses respondem por
97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano.
Paralelamente, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão negociando com a Universidade
Federal Fluminense (UFF) a realização de pesquisas no oceano com o objetivo de identificar
novos depósitos de terras raras no país. A INB assumiu a exploração de terras raras no
Brasil nos anos 90, após a extinção da Nuclemon, estatal que estava à frente da atividade
até então. Umas das razões que fizeram a Nuclemon sair de cena foi a entrada com força da
China nesse mercado, que jogou os preços para baixo, tornando a produção pouco lucrativa.
Ironicamente, é a China que poderá levar o Brasil a ampliar sua atuação no segmento. Após
restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras, em setembro de 2010, o
preço da tonelada saiu de US$ 5 mil para US$ 50 mil.
Com esse salto, os técnicos do governo avaliam que está na hora de o Brasil voltar a ter
destaque nesse nicho. Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2
bilhões. Se os preços se mantiverem no patamar atual e a demanda continuar a crescer -
estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012,
ante as 134 mil em 2010 -, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões.
Com produção residual, de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos
dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse boom, apesar de ostentar o título
de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas).
Minas Gerais, por sua vez, é também cobiçada pela grande quantidade de
minerais em seu território, concentrando 73% da produção mundial de nióbio,
mineral utilizado na fabricação de mísseis e foguetes, além de 98% da produção
nacional de diamantes e 91% de outras gemas. Vimos sofrendo com o contrabando
de parte de nosso minério, de nossas pedras e de nossos animais silvestres, para o
exterior.