1) No século XIX na Europa havia muitas fábricas que exploravam crianças e jovens.
2) João Bosco nasceu na Itália em 1815 e teve uma visão inspiradora aos 9 anos.
3) Em 1841 Bosco começou a ajudar crianças de rua em Turim, fundando o Oratório de São Francisco de Sales.
2. Estamos em 1800. Na
Europa constroem-se
muitas fábricas.
Procura-se muita gente
para trabalhar, sobretudo
os mais jovens que se
encontram na miséria,
sem casa nem família.
Aos patrões, pouco lhes
interessa a saúde ou as
condições em que os
jovens trabalham.
Mas Deus vai inspirar
uma pessoa especial
para cuidar destes
jovens: O seu nome é
João Bosco!
3. Joãozinho nasce
a 16 de Agosto
de 1815 numa
quinta de
I Becchi.
Todos o acolhem
com alegria e
ternura, mas
também com
temor, pois os
tempos eram
difíceis. O seu
pai era agricultor
e a família era
bastante pobre.
4. O pai do João morre
quando ele tem
apenas 2 anos. A
mãe, Margarida, é
uma mulher valente
e trabalhadora, a
chefe da família
depois da morte de
Francisco. Cada um
dos filhos tinha de
fazer a sua parte
para ajudar. Também
João começou a
fazer pequenos
trabalhos em casa e
a levar as vaquinhas
a pastar.
5. Quando João tinha 9
anos, teve um
sonho: estava num
prado cheio de
rapazes que diziam
muitas asneiras e
andavam à pancada.
João lançou-se no
meio deles para
terminar com aquilo.
De repente apareceu
uma pessoa de
aspecto luminoso
que lhe disse: “João,
não é com pancadas
mas com amor que
vais ganhar os teus
amigos. Eu te darei a
mestra”.
6. Naquele momento
apareceu uma
Senhora muito
bonita. Em lugar dos
rapazes estavam
agora animais
selvagens. A
Senhora levou o
Joãozinho pela mão,
apontou para eles e
estes
transformaram-se
em ovelhinhas. Ela
disse então: “Isto é
o que deves fazer
com os meus filhos!
A seu tempo tudo
compreenderás!”…
Neste momento
João acordou.
7. Graças àquele sonho,
João compreendeu
que podia que podia
fazer muito mais com
o carinho e a alegria
do que com a força e
o castigo. Inventou
mil e uma maneiras
de fazer amigos e
ocupá-los em fazer o
bem e amar a Deus.
Começou a estudar, a
fazer truques de
magia e saltos de
equilibrismo. Mas os
espectáculos que
fazia tinham sempre
pelo meio momentos
de oração ou uma
narrativa do
Evangelho.
Com muitas brincadeiras, João semeava
o bem e o amor de Deus no coração de
todos.
8. João acredita que Deus o chama a
ser padre. Por isso, aproveita o
pouco tempo que tem para aprender
a ler e a escrever. Durante as longas
tardes de inverno, lia histórias aos
amigos e família.
O seu irmão mais velho, o António,
não sabia ler nem escrever e tinha
de trabalhar muito, pelo que não
gostava nada de ver o João
agarrado aos livros.
9. A relação entre o
João e o António
foi piorando.
António dizia que
o João apenas lia
e nada
trabalhava.
Para evitar mais
complicações em
família, a Mãe
Margarida,
decidiu mandar o
seu pequeno
João para casa
de uma família
amiga e aí poder
trabalhar.
10. João foi bem
recebido na quinta
da família Moglia.
Entre os
diferentes
trabalhos
arranjava tempo
para estudar.
Voltou a reunir as
crianças e jovens.
Com eles fazia
jogos, magia,
contava histórias
e rezava. Foi uma
boa preparação
para o que iria
fazer mais tarde
na vida.
11. Quando tinha 15
anos, João voltou
para a sua casa.
António, prestes a
casar-se, estava
mais tranquilo.
Conheceu o padre
José Calosso, um
homem já de certa
idade que o
encorajou a estudar
para vir a ser padre.
Ajudou-o bastante
mas por pouco
tempo, pois morreu
repentinamente. Os
sonhos do João
voltavam ao ponto
de partida.
12. João Bosco queria
muito estudar, mas
a escola de
Castelnuovo ficava
muito longe.
Todos os dias
tinha que caminhar
vinte quilómetros.
Os colegas da
escola gozavam
com ele pela forma
pobre como se
vestia. E não
compreendiam
como é que um
rapaz do campo
tinha tanto
empenho em
estudar.
13. A mãe Margarida não
tinha dinheiro para
lhe pagar os estudos
em Chieri. Com
humildade João
pegou num saco e
foi pedir ajuda pelas
portas dos seus
vizinhos. Eles, que
também eram
pobres, partilhavam
com ele uvas, milho,
trigo…
E foi assim que,
durante o tempo dos
seus estudos, João
conseguiu poupar
para o alojamento e
alimentação.
14. Apesar de ter
que trabalhar
muito durante
o dia para
pagar o
alojamento, à
noite era
sempre fiel ao
estudo e a
rezar.
Bem vemos
que o João só
podia deitar-se
muito tarde.
15. O seu interesse e
empenho pelos amigos
deu logo bons frutos.
Como era bom aluno,
João ajudava os seus
colegas e, por isso,
começou a ter muitos
amigos. Ensinava-lhes a
fazer o bem e a serem
bons amigos de todos.
O grupo que formaram
chamava-se “Sociedade
da Alegria”.
Quando João acabou os
seus estudos entrou para
Seminário: começava a
realizar o seu sonho.
16. Finalmente, no dia 5
de Junho de 1841 foi
ordenado
sacerdote.
Desde aquele dia
todos o tratavam por
Dom Bosco.
O padre Cafasso, um
grande amigo seu,
quis mostrar-lhe a
miséria em que
viviam os jovens de
Turim: sem casa,
sem comida, sem
trabalho, sem
família.
17. D. Bosco ainda
conhecia muito
pouco essa
realidade.
O padre Cafasso
convidou D. Bosco a
visitar as prisões de
Turim. Havia tantos
jovens na prisão!
João Bosco sentia o
coração apertado só
de pensar que estes
rapazes roubavam
para poder comer e
que a consequência
era irem parar à
cadeia. Decidiu que
tinha de fazer alguma
coisa por eles. A
prisão não era sítio
para os jovens!
18. A 8 de Dezembro de
1841, festa da
Imaculada, o padre
João Bosco estava a
preparar-se para
celebrar a Missa.
Chega à sacristia um
garoto, maltrapilho,
fugido do sacristão.
Para defender o
rapaz, D. Bosco disse
ao sacristão: “É meu
amigo”.
Depois da missa
começou a falar com
ele e soube que se
chamava Bartolomeu.
O rapaz prometeu
voltar no domingo
seguinte com alguns
amigos. Terminaram a
conversa rezando
uma Avé Maria
19. Os amigos de
Bartolomeu Garelli
começaram a aparecer
para estar com D.
Bosco. Primeiro, na
Missa e depois a jogar
no pátio. A amizade de
D. Bosco atraiu outros
rapazes e jovens.
Chegaram a ser tantos
que não havia lugar
com espaço suficiente
para estarem juntos.
Felizmente, apareceu
um tal senhor Pinardi
que ofereceu ao padre
João Bosco um pátio
e um lugar coberto
por uma quantia
acessível.
20. Naquele pequenino
espaço coberto
construíram uma
capela e alguns
lugares para
dormirem. Depois,
aos poucos, foram
transformando
outros espaços em
lugares para
aprender uma
profissão e em salas
de estudo. Começou
uma oficina de
sapateiro, de alfaiate
e até a imprensa.
D. Bosco queria
mesmo preparar
aqueles jovens para
serem alguém na
vida.
21. D. Bosco ia pela
cidade de Turim ver
como é que estavam
a ser tratados os
jovens nos trabalhos
mais pesados,
procurando
defender os seus
direitos.
Preocupava-se
muito com aqueles
que saíam da prisão,
pois não tinha
muitas
oportunidades para
encontrar trabalho.
22. Nem todas as
pessoas viam com
bom olhos a missão
de D. Bosco. Alguns
tornaram-se inimigos
dele e tentaram matá-lo.
Mas felizmente,
quando a situação
era grave, aparecia
um cão que o
defendia contra esses
atacantes: D. Bosco
chamava-lhe
grigio.
Esse cão salvou a
sua vida várias vezes
e depois desaparecia
de repente, tal como
tinha aparecido.
23. Com tanto trabalho,
pouco descanso e
muita pressão D. Bosco
adoeceu gravemente,
ficando às portas da
morte. O médico
mostrou-se muito
pessimista… mas
centenas de rapazes
estiveram a rezar
durante vários dias
para que ele
melhorasse. Quando D.
Bosco recuperou a
saúde, exclamou com
gratidão e alegria aos
seus jovens:
“Asseguro-vos que a
partir de agora, a minha
vida pertence-vos por
completo”.
24. D. Bosco tinha
muitos projectos
em mente, mas não
podia realizá-los
sozinho.
A 23 de Janeiro de
1854 convidou
alguns jovens a
seguir o mesmo
estilo de vida dele,
toda de Deus e
dedicada aos
jovens.
Aqueles que
disseram SIM
formaram uma
comunidade de
consagrados:
Os Salesianos.
25. Um dos rapazes que
esteve no oratório com D.
Bosco, para viver e
estudar, foi Domingos
Sávio.
Foi um rapaz
extraordinário, que
dedicou a vida a ajudar
outros rapazes.
Mas Domingos tinha uma
saúde muito frágil e
morreu com 15 anos.
Deixou um rasto de luz
para todos os que o
conheciam.
O papa Pio XII
proclamou-o santo
em 1954!
26. Mas não eram só os
rapazes que
procuravam por
Dom Bosco.
Vinham muitas
pessoas de
diversas regiões e
países para falar
com ele, para
confessar-se, para
procurar respostas
para as suas
grandes questões.
27. E Dom Bosco não se
preocupou apenas
com os rapazes.
Quando conheceu
Maria Domingas
Mazarello e outras
jovens de Mornese,
decidiu-se a reuni-las
e convidá-las a
formarem a missão
salesiana de educar
em favor das
meninas pobres.
Fundaram juntos o
Instituto das Filhas
de Maria Auxiliadora,
Irmãs que também se
chamam
Salesianas.
28. Os anos voam e
Dom Bosco fica
velhinho e cada vez
mais “gasto”. Um
homem que se deu
por completo.
Faleceu no dia 31
de Janeiro de 1888
depois de ter dito
aos Salesianos:
“Dizei aos
meus jovens
que os espero
a todos no
Paraíso”.
29. Durante toda a sua
vida, D. Bosco
esteve sempre
entre os jovens.
Era aí que o seu
sonho se cumpria:
ajudar os jovens a
serem bons
cristãos e honestos
cidadãos.
O seu estilo de
educar chama-se
“Sistema
Preventivo”.
30. Dom Bosco foi
declarado santo em
1934.
A missão educativa
ao jeito de D. Bosco
é conhecida em
todo o mundo.
Há Salesianos,
Salesianas e outros
membros da
Família Salesiana
em mais de 120
países.
O sonho de D.
Bosco continua a
ser colorido na
educação de
milhares de jovens.