Este documento apresenta os principais pontos a favor e contra da realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Entre os pontos a favor, destaca-se a geração de empregos e aumento no turismo. Por outro lado, aponta-se o risco de superfaturamento nas obras e a possibilidade de os recursos serem melhor alocados em áreas como saúde e educação. Por fim, discute-se a legado dos estádios versus os altos custos do evento.
Debates sobre os custos e benefícios da Copa do Mundo de 2014 para o Brasil
1. CETEP: CENTRO TERRITÓRIAL DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL DA BACIA DO JACUÍPE
IPIRÁ-BA
2014
ELIETE O. COSTA
GIOVANA MOURA ROSA
MAÍRA SANTANA
MARCIA SANTOS GOMES
ROSINEIDE M. MACÊDO
VANESSA BATISTA DE SOUZA SAMPAIO
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3. Contra A Favor
A previsão do custo das obras era
R$25,5 bilhões. Agora o ministério
dos Esportes estima que o custo seja
de R$28 bilhões, aumento de 10%.
Tomando por base só essa despesa,
sediar o torneio parece uma fria -
afinal, daria para turbinar áreas como
saúde, habitação e educação (e ainda
movimentar a economia) se não fosse
preciso gastar uma grana
modernizando estádios, por exemplo
Mas é preciso considerar
outros itens para medir o
retorno de uma Copa, como o
gasto dos turistas. Pelas contas
do governo, a Copa deve atrair
600 mil estrangeiros, que
gastariam até R$ 3 bilhões.
Além disso, o fluxo de turismo
nacional deve mover mais de 3
milhões de brasileiros. Quanto
mais turistas, mais dinheiro
entra para os cofres públicos na
forma de impostos
4. Contra A favor
Crescimento econômico é algo
difícil de prever com tanta
antecedência. A esperança são
os benefícios de longo prazo,
mais difíceis de medir. Quem
sabe em algumas décadas a
gente poderá dizer que sediar
uma Copa é um bom negócio.
Os países sede tem sempre uma
expansão da economia. A competição
pode gerar tantos postos de trabalho.
Mas isso não é consenso. A previsão é
que mais de 700 mil postos de trabalho
sejam gerados, cerca de 330 mil
empregos permanentes. Já há programas
de capacitação de profissionais para
atuar em várias áreas, da construção civil
à hotelaria. O aquecimento da economia
deverá impactar nosso Produto Interno
Bruto (PIB) até 2014. No ano da Copa, o
evento deve gerar cerca de 2% das
receitas nacionais
5. Contra A favor
Ocupando a 73ª posição
mundial no Índice de
Desenvolvimento Humano
(IDH) e com quase 10% da
população analfabeta, o Brasil
poderia usar os 28 bilhões de
reais a ser investidos na Copa
para solucionar demandas mais
urgentes, em áreas como
educação e saúde pública. Com
esse montante, seria possível,
por exemplo, construir mais de
450 hospitais-escolas
O Brasil passará a ter 12
estádios modernos,
equiparáveis aos melhores do
mundo, com mais comodidade
e segurança para os torcedores.
Na Alemanha, após a Copa de
2006, a frequência média nos
estádios subiu para 90% da
lotação. E as arenas poderão
atrair eventos como shows
internacionais a estados como
Mato Grosso, geralmente fora
desse circuito
6. Contra A favor
Temos um histórico de obras
superfaturadas. A Vila do Pan-
Americano do Rio, por
exemplo, foi superfaturada em
1,8 milhão de reais, segundo
relatório de 2009. Ricardo
Teixeira, presidente da
Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), já foi acusado
pelo Ministério Público de
lavagem de dinheiro e evasão
de divisas. E ele também
preside o Comitê Organizador
da Copa de 2014
Um estádio novo, por
exemplo, pode gerar um
círculo virtuoso no bairro,
bombando o comércio e
elevando a arrecadação
para fazer mais obras. Sem
contar que o torneio pode
aumentar o fluxo turístico
e melhorar a imagem do
país.
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14. Aeroporto
Empreendimento
Valor
Atualizado do
contrato (em
R$ milhões)
Valor
Escopo copa
(Em Milhões)
% físico
executado
do escopo
Copa
CONFINS: Terminal de passageiros (TPS) e
sistema viário
CONFINS: Pista de pouso e pátio
241,8
199,0
185,8
123,1
56,31
53,44
CUIABÁ: TPS, sistema viário e
estacionamento 80,5 80,5 40,47
CURITIBA: TPS e sistema viário 246,8 81,9 49,40
FORTALEZA: TPS e sistema viário 336,8 202,8 25,93
MANAUS: TPS e sistema viário 389,7 388,7 84,17
PORTO ALEGRE: Terminal de Passageiros
PORTO ALEGRE: Pátios
181,2
79,2
156,7
33,3
2,14
29,68
GALEÃO: Terminal (TPS 1) 153,0 68,3 89,67
SALVADOR: Terminal de Passageiros 87,2 78,3 48,84
15. Ação/Área Investimento
Global
Financiamento
Federal
Investimento
Federal
Governo
Local
Iniciativa
privada
Mobilidade urbana 7,027.54 4,315.80 - 2,711.67 -
Obras de entorno 996.52 62.10 17.63 916.79 -
Estádios 8,005.20 3,919.80 - 3,952.15 133.25
Aeroportos 6,280.56 - 2,662.76 - 3,617.80
Portos 587.30 - 581.00 6.30 -
Telecomunicações 404.00 - 404.00 - -
Segurança 1,879.10 - 1,879.10 - -
Turismo 180.28 - 162.75 17.53 -
Instalações
complementares
208.80 - - 208.80 -
Total 25,569.30 8,297.70 5,707.24 7,813.24 3,751.05