O documento discute conceitos fundamentais sobre aterramento em sistemas elétricos, incluindo: 1) as funções do aterramento como proteção contra descargas atmosféricas e acúmulo de cargas estáticas; 2) definições de termos como terra, eletrodo de aterramento e condutor de ligação; 3) normas e requisitos para projeto e instalação de sistemas de aterramento.
2. Aterramento
O que se busca com o aterramento?
Montagem e Manutenção
Garantir a segurança das pessoas;
Proteção das instalações;
Melhoria da qualidade dos serviços;
Estabelecimento de um referencial de tensão para a instalação.
3. Aterramento
Funções do Aterramento
Montagem e Manutenção
‡Proteger o usuário do equipamento de descargas atmosféricas,
através de um caminho alternativo para a terra;
Descarregar cargas estáticas acumuladas nas carcaças das
máquinas ou equipamentos para a terra;
Facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção através da
corrente desviada para o terra.
4. Aterramento
Definições:
Montagem e Manutenção
Terra: Massa condutora de solo que envolve o eletrodo
de aterramento;
Eletrodo de aterramento: elemento condutor metálico
ou conjunto de elementos condutores interligados, em
contato direto com a terra de modo a garantir ligação com
o solo;
Condutor de ligação: condutor empregado para
conectar o objeto a ser aterrado ao eletrodo de
aterramento ou para efetuar a ligação de dois ou mais
eletrodos
5. Aterramento
Definições:
Montagem e Manutenção
Eletrodos de aterramento isolados: eletrodos de
aterramento suficientemente distantes uns dos outros para
que a corrente máxinma susceptível de ser escoada por um
deles não modifique sensivelmente o potencial do outro
Eletrodos de aterramento interligados: eletrodos de
aterramento que possuam ligação (intencional ou não) e que
interagem eletricamente
Sistema de aterramento: sistema formado por um ou mais
eletrodos de aterramento, isolados ou não, visando atender
necessidades funcionais ou de proteção
6. Aterramento
Norma: NBR 5410/1997 Baseada na IEC 60.364: Electrical
Installations Buildings;
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1.3. Prescrições fundamentais:
1.3.1. Proteção contra choques elétricos:
1.3.1.1. Proteção contra contatos diretos:
“As pessoas e os animais devem ser protegidos contra os perigos
que possam resultar de um contato com partes vivas da
instalação.”
Aplica-se aos circuitos:
Alimentados através de uma tensão igual ou inferior a 1000V em
correntes alternadas e com freqüências inferiores a 400Hz, ou a
1500V em corrente contínua. International Electrotechnical Commission
7. Aterramento
Eletrodos devem atender:
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Resistam às solicitações térmicas, termomecânicas e
eletromecânicas;
Sejam adequadamente robustos ou possuam proteção mecânica
apropriada para fazer às condições de influências externas;
Ser bom condutor de eletricidade,
Ter resistência mecânica adequada ao esforço a que está
submetido.
Não reagir (oxidar) quimicamente com o solo.
9. Aterramento
Solo: Resistividade
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Fatores que influenciam a resistividade do solo:
- tipo de solo;
- mistura de diversos tipos de solo;
- solos constituídos por camadas estratificadas com
profundidades e materiais diferentes;
- composição química dos sais dissolvidos na água retida;
- concentração de sais dissolvidos na água retida.
- teor de umidade;
- temperatura;
- compactação e pressão;
10. Aterramento
Resistividade do Solo: Tratamento químico
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A resistência do terra depende da constituição química do solo.
Muitas vezes, o aumento de número de “barras” de aterramento
não consegue diminuir a resistência do terra significativamente.
Somente nessa situação devemos pensar em tratar quimicamente
o solo.
O tratamento químico tem uma grande desvantagem em
relação ao aumento do número de haste, pois a terra, as poucos,
absorve os elementos adicionados. Com o passar do tempo, sua
resistência volta a aumentar, portanto, essa alternativa deve ser o
último recurso.
11. Aterramento
Resistividade do Solo: Umidade
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A resistividade do solo sofre alterações com a umidade. Esta
variação ocorre em virtude da condução de cargas elétricas no
mesmo ser predominantemente iônica. Uma percentagem de
umidade maior faz com que os sais, presentes no solo, se
dissolvam, formando um meio eletrolítico favorável à passagem
da corrente iônica. Assim, um solo específico, com concentração
diferente de umidade, apresenta uma grande variação na sua
resistividade.
12. Aterramento
Pergunta:
Neutro é igual ao Terra?
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NEUTRO TERRA
Neutro: Condutor fornecido pela concessionária, onde retorna a
corrente elétrica;
Terra: Condutor construído através de uma haste metálica e que,
em situações normais, não deve possuir corrente elétrica
circulante.
14. Aterramento
Montagem e Manutenção
PC: rede elétrica que possui duas fases (+110 VCA, -110 VCA), e
um neutro. Essa alimentação é fornecida pela energia elétrica,
que somente liga a caixa de entrada ao poste externo se houver
uma haste de aterramento padrão dentro do ambiente do
usuário. Além disso, a concessionária também exige dois
disjuntores de proteção.
15. Aterramento
Montagem e Manutenção
Teoricamente, o terminal neutro da concessionária deve ter
potencial igual a zero volt. Porém devido ao desbalanceamento
nas fases do transformador de distribuição, é comum esse terminal
tender e assumir potenciais diferentes de zero.
O desbalanceamento de fases ocorre quando temos
consumidores com necessidades de potências muito distintas,
ligadas em um mesmo link.
Exemplo: um transformador alimenta, em um setor seu, um
pequeno supermercado. Essa diferença de demanda, em um
mesmo link, pode fazer com que o neutro varie seu potencial
(flutue). Para evitar que esse potencial “flutue”, ligamos (logo e
entrada) o fio neutro a uma haste de terra. Sendo, qualquer
potencial que tender a aparecer será escoado para a terra.
16. Aterramento
Montagem e Manutenção
Resumindo: A grande diferença entra terra e neutro é que, pelo
neutro há corrente circulando, e pelo terra, não.
Quando houver alguma corrente circulando pelo terra,
normalmente ela deverá ser transitória, isto é, desviar de uma
descarga atmosférica para a terra.
Exemplo: O fio terra, por norma, vem identificado pelas letras PE, e
deve ser de cor verde e amarela.
Note ainda que ele está ligado à carcaça do PC. A carcaça do
PC, ou de qualquer outro equipamento é o que chamamos de
“massa”.
17. Aterramento e Para-Raios
Montagem e Manutenção
Observe:
Temos um exemplo de uma
malha de terra ligada ao
para – raios, e também aos
demais equipamentos
eletroeletrônicos.
Essa é uma prática que
devemos evitar ao máximo,
pois nunca podemos prever a
magnitude da potência que
um raio pode atingir.
18. Aterramento e Para-Raios
Montagem e Manutenção
Dependendo das condições,
o fio terra poderá não ser
suficiente para absorver toda
a energia, e os equipamentos
que estão junto a ele podem
sofrer o impacto (figura 4) .
Portanto,
nunca devemos compartilhar
o fio terra de para – raios com
qualquer equipamento
eletroeletrônico.
19. Instalações Elétricas para Equipamentos de
Informática
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- Sempre que possível, a trajetória dos cabos deverá seguir a estrutura
lógica das edificações assim todas as transposições por paredes devem
estar protegidas por tubulação;
- Todas as manobras dos dutos deverão ser feitas em ângulos de 90B;
- A taxa de ocupação dos tubos ou dutos deve estar na faixa de 30~40%
em área;
- Respeite os raios mínimos de curvatura dos cabos;
- Não utilizar duto de diâmetro menor que ¾" de bitola comercial;
- Instale as tomadas a um mínimo de 30 cm de altura com relação ao
contra piso;
- Se possível, aterre a infraestrutura da rede elétrica no caso desta ser
metálica;
- Para casos onde se tenha que desviar o caminho de um duto devido a
existência de colunas, por exemplo, não fazê-lo por meio de curvas tipo "S“
no duto mas sim utilizando caixas de passagem ou conduletes do mesmo
material da infraestrutura – preferencialmente metálica. Evite ter mais de
duas curvas entre duas caixas de passagem.
20. Multímetro
Montagem e Manutenção
O multímetro é uma é um aparelho que permite medir diferentes grandezas
elétricas, geralmente corrente (contínua), voltagem (contínua e alternada)
e resistência elétrica. A posição do botão de ajuste identifica que tipo de
medida irá ser efetuada. A posição é identificada pela unidade de medida
indicada.
A posição indicada por ampère (A) permite medidas de corrente elétrica,
geralmente, corrente contínua (cc). Neste caso o aparelho funciona como
amperímetro.
A posição indicada por volt (V) permite medidas de tensão elétrica que
pode ser usada tanto para circuitos de corrente contínua (cc) como
alternada (ca). Neste caso o aparelho funciona como voltímetro.
A posição indicada por ohm (Ω) permite medidas diretas de resistência
elétrica, e o aparelho funciona como um ohmímetro.
21. Multímetro
Montagem e Manutenção
As escalas de medida podem ser alteradas melhorando a precisão do
resultado.
O amperímetro deve ser colocado em série com o circuito, de forma que a
corrente a ser medida passe por ele. A resistência elétrica interna do
aparelho neste caso é bem pequena o que pode levar a danos se ligado
errado. O início das medidas deve ser feito sempre com a maior escala
disponível.
O voltímetro deve estar em paralelo com o componente do circuito cuja
tensão se deseja medir. A resistência elétrica interna neste caso é bastante
elevada e colocá-lo em série pode levar ao bloqueio da corrente elétrica
no circuito ou parte dele.
Recomenda-se também que a escala de início de medidas seja a maior
disponível no aparelho e depois ajustada para obtenção de uma precisão
melhor.
22. Multimetro
Montagem e Manutenção
Multimetro MINIPA ET-1002
Instrumento de acordo com
os padrões IEC1010: em grau de
poluição 1, categoria de
sobretensão CAT I 600V, e dupla isolação.
CATEGORIA DE SOBRETENSÃO I
Equipamento desta categoria
é o equipamento para conexão em circuitos
onde os transientes de tensão estão limitados à
níveis apropriadamente baixos.
Exemplos incluem circuitos eletrônicos
protegidos.
23. Multimetro
Montagem e Manutenção
Cuidados com medições:
-Teste as pontas de prova quanto a continuidade;
-Não aplique o equipamento a tensão maior do que a
informada no instrumento,
-A chave rotativa deve ser posicionada corretamente e
nenhuma mudança de posição deve ser feita durante a
medida para evitar danos,
-Não utilize ou armazene o instrumento em ambientes de
alta temperatura umidade, explosivo, inflamável ou com
fortes campos magnéticos.
-Antes de medir corrente, verifique o fusível do
instrumento e desligue a alimentação do circuito antes
de conectar o instrumento ao circuito. Verifique também
a bateria.
25. Multimetro
Montagem e Manutenção
1. Display LCD.
2. Soquete hFE: Soquete para medida de hFE de
transistores NPN e PNP e teste de LED’s.
3. Chave Rotativa.
4. Terminal de Entrada 10A: Entrada positiva
para medidas de corrente na escala de 10A.
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as
medidas de tensão, resistência e corrente, e para os testes
de diodo e continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para
medidas de tensão resistência, corrente DC (em mA) e
para os testes de diodo e continuidade.
7. Indicador de Alta Tensão.
8. Indicador de Polaridade Negativa (positiva é implícita).
9. Indicador de Bateria Fraca.
10. Dígitos do Display de Cristal Líquido.
1
2
3
4 5 6
7
8
9 10
26. Multimetro
Montagem e Manutenção
Medidas de Tensão DC
Não tente medir tensões
maiores que 600V DC / AC.
Posicione a chave rotativa
em uma das faixas:
V= (200mV, 2000mV, 20V,200V ou 600V).
V
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as medidas de
tensão, resistência e corrente, e para os testes de diodo e
continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para medidas de
tensão resistência, corrente DC (em mA) e para os testes de diodo e
continuidade.
27. Multimetro
Montagem e Manutenção
Medidas de Tensão AC
Não tente medir tensões
maiores que 600V DC / AC.
Posicione a chave rotativa em
uma das faixas V~ (200V ou 600V).
V
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as medidas de
tensão, resistência e corrente, e para os testes de diodo e
continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para medidas de
tensão resistência, corrente DC (em mA) e para os testes de diodo e
continuidade.
28. Multimetro
Montagem e Manutenção
Medidas de Resistência
Não tente medir tensões
maiores que 600V DC / AC.
Posicione a chave rotativa em umas faixas
ΩΩΩ (200Ω, 2000Ω, 20kΩ, 200kΩ, 2000kΩ).
As pontas de prova podem adicionar
0.1Ω a 0.2Ω de erro na medida de
resistência.
Ω
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as medidas de
tensão, resistência e corrente, e para os testes de diodo e
continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para medidas de
tensão resistência, corrente DC (em mA) e para os testes de diodo e
continuidade.
29. Multimetro
Montagem e Manutenção
Medidas de Corrente DC
Nunca tente efetuar a medida de corrente em um
circuito onde a tensão de circuito aberto entre o
circuito e o terra seja maior que 250V. Se o fusível
se queimar durante uma medida, o instrumento
pode ser danificado ou o usuário sofrer ferimentos.
Utilize os terminais, função e faixa de medida
apropriados. Quando o instrumento estiver
configurado para medir corrente, não coloque
as ponta de prova em paralelo com nenhum
circuito
A
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as medidas de
tensão, resistência e corrente, e para os testes de diodo e
continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para medidas de
tensão resistência, corrente DC (em mA) e para os testes de diodo e
continuidade.
30. Multimetro
Montagem e Manutenção
Teste de Continuidade
Posicione a chave rotativa em .
O LCD mostra apenas o dígito mais significativo (1)
para indicar que o circuito em teste está aberto.
5. Terminal de Entrada COM: Entrada negativa para as medidas de
tensão, resistência e corrente, e para os testes de diodo e
continuidade.
6. Terminal de Entrada V/mA/ΩΩΩ: Entrada positiva para medidas de
tensão resistência, corrente DC (em mA) e para os testes de diodo e
continuidade.
31. Multimetro
Montagem e Manutenção
Teste de Continuidade
Posicione a chave
rotativa em
Utilize o teste de diodo para testar
não só diodos, mas também
transistores e outros dispositivos
semicondutores.
O teste de diodo envia uma
corrente através da junção do
semicondutor, e então mede a
queda de tensão sobre a junção.
Uma junção de silício boa fornece
uma queda de 0.5V a 0.8V.está
aberto.
32. Multimetro
Montagem e Manutenção
Teste de Continuidade
Posicione a chave rotativa em hFE. Identifique o
tipo de transistor (NPN ou PNP) e conecte os
terminais emissor, base e coletor aos pontos
correspondentes do soquete de teste.
Para teste de LED, insira os terminais do
componente onde a indicação
LED + - é mostrada no soquete.
hFE
33. Trabalho:
Montagem e Manutenção
Proposta de trabalho:
Dividir o grupo, e desenvolver conceitos e experiências sobre:
-Estabilizadores (características / modelos / normais/ tomadas / potência)
-Nobreaks (características / modelos / normais/ tomadas / bateria)
-Disjuntor Diferencial-Residual (DR) e Interruptor Diferencial-Residual (IDR)
(aplicações / custos / dimensionamento / circuitos)
-Instalações Residenciais (conceitos / aplicações / circuitos / estrutura)
-Instalações Comerciais (conceitos / aplicações / circuitos / estrutura)
Cada grupo terá 15 minutos,
Será avaliado em:
-apresentação
-slides
-conhecimento do assunto
-material entregue (máximo 3 páginas)