2.
Num reino distante e isolado
moravam uma viúva costureira e seu filho
Alberto, com apenas sete anos. Eram muito
pobres tinham muitas necessidades e as
dificuldades aumentavam a cada dia, mas eram
3.
Um dia a mãe costurando,
perdeu a agulha, seu principal instrumento de
trabalho. O filho, vendo a aflição da mãe e
temendo por piores condições, cheio de boas
intenções, pensou em ajudá-la.
4.
Saiu de casa escondido e foi
até o centro da cidade,
entrou em uma loja e
tirou uma agulha. Ele
não
pediu, nem pagou,ele roubou. Trouxe-a para
casa e pôs em cima da máquina de costurar.
Sua mãe não disse nada, estava precisando.
5. Depois de uma semana,
acabou a linha e a mãe não tinha mais como
costurar. O filho pensando em ajudá-la mais
uma vez, correu até aquela mesma loja e
roubou um tubo de linha. Levou para a sua
mãe, que necessitada da linha, não disse nada.
6. Um mês depois o pano veio a
faltar e a mãe ficou sem poder costurar. O filho
pensando que iriam passar fome, não pensou
duas vezes: saiu às pressas até uma outra loja
na cidade e já com mais dificuldade roubou um
rolo de pano. O dono da loja gritou “pega
ladrão!”, mas o menino era rápido e esperto.
Chegou em casa deu o pano à sua mãe que o
recebeu sem nada dizer ou perguntar.
7. O menino foi crescendo
e de ato em ato, isto é, de roubo em roubo,
tornava-se um perfeito ladrão profissional. Já
feria e até matava para roubar. Nunca mais
passaram necessidades. Tornou-se musculoso e
ágil, perito em tantas artimanhas de roubo. A
POLÍCIA o procurava sem cessar.
8. Um dia ele foi pego, preso e
condenado à forca. Cometera crimes demais. Na
hora do enforcamento, ele tinha direito a um
último pedido.
9. Disse que queria ver sua mãe
pela última vez. Sua mãe, já velhinha subiu as
escadas e aproximou do filho condenado,
Alberto. Ele pediu que ela se aproximasse bem
perto e fixando o olhar nos olhos dela, cuspiu
no seu rosto e disse:
- Mãe, se a senhora tivesse me corrigido quando
eu roubei aquela primeira agulha, eu não estaria
aqui hoje!