O documento descreve a evolução do homem primitivo, desde o Homo Habilis há cerca de 2,5 milhões de anos até o Homo Sapiens há cerca de 150 mil anos. Detalha as características e habilidades de cada espécie, como o domínio do fogo pelo Homo Erectus e as primeiras habitações. Também menciona a descoberta do homem de Neandertal na Europa entre 100.000 e 40.000 anos atrás.
2. Evolução do Homem Primitivo
Há cerca de 2,5 e 1,6 milhões de anos atrás surge a
primeira espécie atribuída ao género Homo. O Homo
Habilis tinha dentadura mais delicada e face mais plana do
que o Australopitecos; são os inventores da primeira técnica
de talhar a pedra. Ainda não são considerados homens.
Há de 1,9 milhões de anos, apareceram (e vivem ao
mesmo tempo que o Homon Habilis), o Homo Erectus, ainda
na África Oriental. Estes já são considerados verdadeiros
homens!
O Homo Erectus é o primeiro a dominar o fogo, a andar
sobre os membros posteriores, daí o seu nome e, portanto,
deixam de viver nas árvores. Aprendem a produzir
instrumentos de pedra (bifaces) com os quais podem mais
facilmente esquartejar a caça e controem as primeiras
habitações resistentes ao frio e às tempestades.
Alguns deles deixam a Àfrica e espalham-se pelos
outros continentes.
O Homo Sapiens apareceu há cerca de 150 mil anos atrás, possivelmente na África,como resultado de
adaptações do Homo Erectus ao meio em que eles viviam.
O seu esqueleto é mais leve, o seu tamanho médio é de 1,70m. Tem queixo proeminente e crânio redondo.
As arcadas supraciliares, a face e os dentes foram diminuindo de tamanho.
O primeiro Homo Sapiens da Europa (100.000 e 40.000 anos atrás) é chamado neandertaliano uma vez que
em 1856 se ter descoberto um esqueleto deste, numa gruta do vale do rio Neander.
Pensou-se que esta espécie teria sido destruída por guerras e substituída por outras espécies, mais evoluídas
vindas de outros pontos da Terra.
Hoje há provas de que os neandertalianos terão evoluído para seres humanos mais complexos uma vez que
alguns crânios mostram características próprias de neandertaliano e do homem de Cro-Magnon. Também em
certos depósitos de utensílios encontrados na natureza se vê a transição para as lâminas de sílex e para as pontas
de espada já usadas pelo homem de Cro-Magnon.
Ainda não se sabe bem onde teriam aparecido os primeiros Homo Sapiens. Para alguns teria sido em África,
para outros no Oriente.
Os fósseis mais antigos do homem moderno datam de 40.000 anos e foram encontrados primeiramente na
localidade de Cro-Magnon, na região francesa da Dordogne, em 1868.
Sara Ramos Castelo - 5ºA
2
3. STONEHENGE
Este monumento localiza-se no
condado de Wiltshire (Inglaterra) nas
planícies de Salisbury.
Stonehenge é um círculo de
pedras da Idade do Bronze. A
estrutura principal é formada por
dois anéis monólitos de pedra,
construídos a partir de 3100a.C.
A arquitectura tem relação com
o movimento do Sol e da Lua e alguns
monólitos possuem 9 metros de
altura.
Alguns arqueólogos atribuem
aos druidas utilizarem esta construção
com propósitos religiosos. Acredita-
se também que os povos antigos da Europa tenham usado o Stonehenge com fins de observação astronómica,
incorporando vários conceitos avançados de matemática.
Esta construção é também atribuída a seres alienígenas.
É um dos pontos turísticos mais visitados da Europa, recebe mais de 700 mil visitantes por ano. É património
da humanidade.
Catarina Ganilho e Mateus Buzato - 5ºB
JERICÓ NO PERÍODO NEOLÍTICO
Jericó é uma cidade localizada perto do rio Jordão, nos
territórios da Palestina em Israel. Situada 250 metros abaixo do
nível do mar, Jericó é a localidade do mundo mais baixa em que
vivem pessoas permanentemente.
Vários jardins em volta e no centro da cidade fizeram com
que se tornasse agradável a vida humana há vários milhares de
anos.
Os arqueólogos descobriram em Jericó várias ruínas de
povoações, sendo que a mais antiga é de cerca de 9.000 a.C.,
o que faz com que esta cidade seja considerada a mais antiga
do mundo.
6.800 a.C.
As escavações revelaram que a cidade antiga foi habitada
durante quatro intervalos seguidos nesta época.
O primeiro foi no primeiro Neolítico. Nesta chamado
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4. "An-Natifiyyun", que dependia da apanha de sementes para se alimentarem. Alguns destes grupos viviam em
cavernas, enquanto outros grupos ocupavam aldeias primitivas. Assim começaram a construir cabanas redondas
a partir de tijolos secos ao sol, planas no fundo e curvas no topo. Enterravam os seus mortos com as suas jóias
pessoais em túmulos escavados na rocha.
Estes povos cavavam canais para utilizar a água do rio para irrigação das suas terras. Construíram grandes
muros com cerca de 2 metros de largura à volta das suas aldeias. Construíram dentro destas aldeias grandes torres
circulares com 9 metros de diâmetro e 10 metros de altura. No seu meio havia escadas do chão até ao topo.
Estas pessoas praticavam a agricultura, domesticação de animais como as ovelhas e tecelagem para o fabrico
de cadeiras e tapetes assim como a caça de animais.
Utilizavam lanças e setas. Também utilizavam pequenos machados para cortar ramos das árvores.
5.500 a.C.
A construção de casas nesta altura mostra grandes progressos. Os quartos tinham cerca de 6,5 metros por
5 metros ou 3 por 7 metros, normalmente rectangulares e com um pátio com 7 metros de comprimento e 7 de largura,
utilizado para cozinharem. A grossura das paredes era de meio metro. Usavam pedras para construir as fundações
e o resto da casa era feito de tijolos secos ao sol. A sua forma era como um rectângulo com arestas afiadas. O
chão era feito de lama coberta com uma massa colorida vermelha ou azul clara.
As casa tinham um ou dois andares e o telhado era feito de colmo ou lama. Usavam utensílios afiados e
pequenas estátuas feitas de lama. No passado estas estátuas tinham significado religioso. As estátuas femininas
indicavam a deusa da fertilidade.
5.000 a 4.000 a.C.
Esta época antecedeu vários séculos a descoberta da cerâmica. As pessoas que viviam neste período eram
viajantes que vinham de fora. Ficavam nestas terras e devem ter sido beduínos nómadas. Encontraram-se vários
objectos destes povos incluindo adornos e jóias, mas as suas casas desapareceram.
Tiago Ribeiro Santos - 5ºC
RITOS FUNERÁRIOS
Os ritos funerários são as diferentes formas encontradas para o fim da vida na Terra.
Curiosidades
China - introduziam arroz cru na boca do defundo;
Índia - a incineração é a manisfestação ritual
mais usada. O Sati, era um antigo costume Hindu que
obrigava as viúvas a sacrificarem-se em nome do
marido, numa fogueira, à qual chamavam pira. Hoje
em dia esta prática foi proibida;
Roma - segundo a mitologia romana, a vida e a
morte estavam separadas pelo rio da imortalidade, o
rio Estige, e o barqueiro Coronte transportava os
mortos no seu barco, até ao reino do submundo. Os
defuntos levavam uma moeda na boca, como
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5. pagamento da travessia.
Egípcios - acreditavam na vida para além da
morte, mas para tal acontecer era necessário que
o corpo se preservasse e, por isso, começaram a
praticar a mumificação. Primeiro, inseriam um
gancho no nariz para retirar o cérebro, faziam um
corte para extrair as vísceras, mas o coração e os
rins ficavam dentro do corpo. Depois de lavado, o
morto era enfaixado e colocado num sarcófago.
Concluindo, cada povo, consoante a sua
religião, recorre a rituais variados. Com o evoluir
dos tempos, as práticas vão-se alterando: os
católicos já permitem a cremação; em África
continuam a enterrar os mortos com objectos, mas
fazem caixas com formas estranhas, como a de um
avião ou de uma garrafa de cerveja, conforme o gosto do defundo; nos EUA estão na moda os "funerais espaciais",
em que se enviam as cinzas para lá da atmosfera. Assim, mesmo com alterações, os ritos funerários continuam
com grandes diferenças.
Rodrigo d`Alte e Artur Pinto - 5ºA
ARMAS USADAS PELOS LUSITANOS
Armamento ofensivo usado na luta corpo a corpo:
* Punhal de fio recto e antenas atrofiadas ou afalcatado.
* Espada do tipo La Tene ou espada de antenas atrofiadas.
* Falcata - lança de ponta de bronze
* Labrys - machado de dupla lâmina que aparece em moedas romanas da
Lusitânia parece que não era usado pelos Lusitanos mas pelos Cantabros.
Armamento ofensivo de arremesso:
* Dardos farpados de ferro
* Lança de arremesso, toda de ferro
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6. Armamento defensivo:
* Elmo do tipo Montefortino. Usado durante a II Idade do
Ferro na Península Ibérica e resto da Europa
* Caetra: é um pequeno escudo de dois pés de diâmetro que
se manejava com a mão esquerda.
* Cota de malha era feita de pequenas argolas de ferro
entrelaçadas, era pesada, e usada apenas por alguns guerreiros,
provavelmente os líderes.
* Couraça de linho, era o tipo de protecção mais usada, era
mais leve e adaptada ao clima que as cotas de malha, e provavelmente
mais barata.
* Elmos eram de couro, de nervos trançados ou de metal
* Polainas eram feitas de couro para proteger as pernas.
Pedro - 5ºD
OS FENÍCIOS E O VIDRO
A arte de fabricar o vidro é muito antiga,
ignorando-se a forma como surgiu.
O historiador romano Plínio, o Jovem, conta
que uma noite, após desembarcar na Palestina
perto da foz do rio Belus, os Fenícios acenderam
uma fogueira para preparar a sua refeição. Como
não encontrassem pedras apropriadas para pousar
as suas vasilhas, voltaram ao navio para pegar
quantidades de salitre que amontoaram para poder
pousar os seus potes. O calor das chamas fez com
que o salitre e a areia se fundissem e, para
surpresa dos Fenícios, aquilo provocou o
aparecimento de um fluido desconhecido que, mal
esfriou, se transformou numa substância
transparente e dura. Era o vidro.
É evidente que esta história não passa de uma lenda, pois para a produção do vidro são necessárias
temperaturas muito elevadas (> 2000º) e o calor produzido numa fogueira não pode atingir temperaturas desta
ordem de valores.
Mas de facto os Fenícios fabricaram vidro transparente e colorido, com ele produziram objectos muito variados
e que eram muito apreciados pelos povos Mediterrâneos.
Francisco Carvalhinho, José Pedro Belo e Nuno Miguel Barros- 5º C
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7. COMÉRCIO FENÍCIO
A Fenícia foi um dos países mais prósperos da antiguidade. As
suas cidades desenvolveram uma florescente indústria que abastecia
os mais distantes mercados. Objectos de madeira talhada (cedro e
pinho) e tecidos de lã, algodão e linho tingidos com a famosa púrpura
de Tiro, extraída de um molusco, foram as manufacturas fenícias de
maior prestígio e difusão. Também eram muito procurados os objectos
de metal; o cobre, obtido em Chipre, o ouro, a prata e o bronze foram
os mais utilizados, em objectos santuários e em jóias de alto valor. Os
trabalhos em marfim alcançaram grande perfeição técnica na forma
de pentes, estojos e estatuetas. Os Fenícios descobriram ainda a
técnica de fabrico do vidro e aperfeiçoaram-na para confeccionar
belos objectos.
O comércio fez-se principalmente pelo mar, já que o transporte
terrestre de grandes carregamentos era dificílimo. Essa exigência
contribuiu para desenvolver a habilidade dos Fenícios como construtores
navais e transformou-os em hábeis navegadores.
Bruna Catarina Martins e Cíntia Sofia Silva - 5ºE
MARE NOSTRUM
Mare Nostrum ("nosso mar", em latim) era o nome dado pelos antigos romanos ao mar Mediterrâneo.
Após dominar toda a Península Itálica, os romanos partiram para as conquistas de outros territórios. Com
um exército bem preparado e muitos recursos,
venceram os Cartagineses, liderados pelo general
Aníbal, nas Guerras Púnicas (século III a.C). Esta
vitória foi muito importante, pois garantiu a
supremacia romana no Mar Mediterrâneo.
Após dominar Cartago, Roma ampliou as
suas conquistas, dominando a Grécia, o Egipto, a
Macedónia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e
a Palestina.
Com as conquistas, a vida e a estrutura de
Roma passaram por significativas mudanças. O
império romano passou a ser muito mais comercial
do que agrário. Povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império. As
províncias (regiões controladas por Roma) renderam grandes recursos para Roma. A capital do Império Romano
enriqueceu e a vida dos romanos mudou.
O Mar Mediterrâneo era muito importante, porque era o sitio onde todos os barcos Europeus passavam com
mercadorias valiosas (ouro, tecidos, cobre…).
Daniel Filipe Belinha, Eduardo Luís Dias e José Pedro Duarte - 5º F
7
8. BRINCADEIRAS NA CULTURA ROMANA
Bolinhas de Gude (Berlinde)
O jogo era tão popular na Roma dos Césares, onde era
conhecido como "esbothyn", que o imperador César Augusto,
tinha o costume de parar na rua para assistir às partidas.
Acabou sendo difundido pelo Império pelas Legiões
Romanas, ganhando assim o mundo.
Jogo tipicamente infantil, percorreu os séculos chegando
até os dias de hoje.
O nome "gude" deriva de "gode", do provençal, que
significa "pedrinha redonda e lisa".
Difundiu-se pelo mundo e no sec. XVII, famoso ficou
um poema, de escritor anónimo inglês, que descrevia o
estudante como "um asno na sintaxe, mas perito no gude".
Nos séculos XVIII até o início do século XX, o grande
fabricante de bolas de gude foi a Alemanha. Mas a partir daí, difundiu-se o fabrico do brinquedo de um material
bem mais barato e acessível, o vidro, dando origem assim, ao brinquedo que hoje conhecemos.
O jornalista e cronista desportivo Orlando Duarte, no seu livro "História do Desporto" descreve duas formas
de se jogar bolinhas de gude:
BIROCA: são feitos quatro buracos - as "birocas" - na terra. Os jogadores (de 2 a 4) jogam as suas bolinhas
até à primeira "biroca". Quem ficar mais perto dela, iniciará o jogo. A partir daí, deverá percorrer todo o "circuito",
ou seja, colocar a sua bolinha em cada um dos buracos. Depois, poderá "matar" a bolinha dos adversários, ou seja,
atingirá a bolinha do adversário com a sua, eliminando-o do jogo. Se errar a "biroca" ou a bolinha do adversário,
"perde a vez". E assim por diante...
TRIÂNGULO: nesta modalidade, risca-se um triângulo na terra. São colocadas no interior deste, bolinhas
pertencentes aos jogadores. A partir daí, os jogadores revezam -se "matando" as bolinhas no interior do triângulo,
até que não existam mais bolinhas para serem atingidas.
André Dias, Diana Moreira da Silva e Tiago Moreira da Silva - 5ºH
BURGÚNDIOS
O nome dos burgúndios era antes ligado à região da moderna França que ainda
mantém seu nome. Entre os séculos VI e XX, contudo, as fronteiras e as conexões
políticas da região mudaram com freqüência.
Nenhuma dessas mudanças teve algo a ver com os burgúndios originais. O nome
burgúndios refere-se hoje aos habitantes do território da Borgonha. Os descendentes
dos burgúndios hoje são encontrados inicialmente entre os franco-falantes da Suíça
e nas regiões fronteiriças da França.
Burgúndios conhecidos como "os Montanheses", são um antigo povo de origem
escandinava. No Baixo Império Romano, instalaram-se na Gália e na Germânia na
8
9. qualidade de foederati ("federados" em latim). Tendo procurado estender-se até à Bélgica, foram abatidos por
Aécio em 436 e transferidos para Savóia. De lá, espalharam-se pelas bacias do Saone e do Ródano. Foram
submetidos pelos Francos em 532 e o seu território foi reunido à Neustria. Deram o seu nome à Borgonha.
Aproximadamente em 300, a população de Bornholm (ilha dos burgúndios), desapareceu quase totalmente
da ilha.
Havia, ao que parece, naquela época um relacionamento amigável entre os Hunos e os Burgúndios. Era um
costume Huno entre as mulheres ter o crânio alongado, este era apertado quando a criança ainda era um bébé.
Túmulos germânicos foram encontrados com ornamentos Hunos e crânios de mulheres alongados.
Inicialmente, os burgúndios parecem ter tido um relacionamento tempestuoso com os romanos.
Diogo Sousa - 5ºG
MESQUITA DE CÓRDOVA
Construída por Abd al-Rahman I junto ao Guadalquivir onde antes tinha sido um templo cristão, foi iniciada
em 785 com reaproveitamento de materiais, sendo hoje
uma das principais atracções da cidade de Córdova. A
mesquita maior ou mesquita Aljama é o monumento mais
importante da arte hispano-muçulmana, denunciando vários
períodos artísticos através das ampliações a que foi sujeita.
A primeira mesquita apresenta uma planta quadrada
de 79 metros de lado dividindo-se em duas partes iguais:
tem a fun-ção de sala de orações e a setentrional era um
pátio. A forma incomum de orientar a qibla e o mihrab
para sul,
explica-se pelo facto de esta ser influência de mesquitas sírias para
as quais a orientação para Meca ficava a sul. As onze naves da sala
de orações dispõem-se perpendicularmente.
A mesquita sofreu várias ampliações, a maior esteve a cargo
de Al-Hakam II: derrubou a qibla e acrescentou doze tramos à
estrutura. A novidade desta planta é o uso tardio da disposição das
naves em T, cujas extremidades formam quatro cúpulas de arcos
cruzados.
Sendo um dos mais deslumbrantes e soberbos monumentos
islâmicos, a mesquita de Córdova preserva a estrutura original,
incluindo os belíssimos arcos e pilares, o mihrab ( nicho de
orações) e o maqsura ( recinto do califa), mas outras formas
arquitectónicas foram acrescentadas pelos cristãos, como a capilla
de Villaviciosa, a primeira capela cristã, construída em 1371.
Ana Beatriz e Nelma Rocha - 5º H
9
10. BATALHA DE POITIERS
A Batalha de Poitiers, também conhecida como Batalha de Tours, travou-se entre o exército do Reino
Franco, liderados por Carlos Martel e o exército do Califado
de Córdova, liderado por Abd-al-Rahman, governante de
Córdova.
Esta batalha é citada como sendo o marco do final da
expansão muçulmana na Europa medieval. O exército Franco
colocou-se junto à cidade de Tours, para sua defesa. O
ataque muçulmano foi rechaçado, com a morte do seu
comandante, junto a cidade de Poitiers.
Embora Odo tivesse derrotado os invasores
muçulmanos antes, quando eles retornaram, as coisas estavam
muito diferentes. A chegada de um novo emir de Córdoba,
Abdul Rahman Al Ghafiqi, que trouxe com ele uma grande
força de cavaleiros árabes e berberes, dando início à grande
invasão. Abdul Rahman Al Ghafiqi havia estado em Toulouse
e os cronistas árabes deixam claro que ele se opôs fortemente
à decisão do emir de não assegurar as defesas externas
contra uma força de socorro, o que permitiu a Odo e à sua
infantaria atacar sem piedade antes que a cavalaria islâmica
pudesse estar preparada. Abdul Rahman Al Ghafiqi não
tinha a intenção de permitir outro desastre. Desta vez os
cavaleiros islâmicos estavam prontos para a batalha e os
resultados foram terríveis para os aquitanianos. Odo, o herói
de Toulouse, foi duramente derrotado na invasão muçulmana
de 732, na batalha do rio Garone e a cidade de Bordeaux foi saqueada. Odo fugiu ao encontro de Carlos em busca
de ajuda, que por sua vez concordou em ir em seu resgate, desde que ele e a sua casa fossem reconhecidos como
seus soberanos - o que Odo fez oficialmente e de imediato.
A batalha de Tours deu a Carlos o cognome "Martel", pela crueldade com que ele batia os seus inimigos.
Muitos historiadores, incluindo o grande historiador militar Sir Edward Creasy, acreditam que, tivesse ele
fracassado em Tours, o Islão provavelmente teria invadido a Gália e talvez o resto da Europa cristã ocidental.
Edward Gibbon acredita claramente que os muçulmanos teriam conquistado de Roma ao rio Reno e até mesmo
a Inglaterra com facilidade, caso Carlos Martel não vencesse. Creasy diz que "a grande vitória obtida por Carlos
Martel deteve decisivamente o avanço árabe na conquista de Europa Ocidental, salvando a cristandade do Islão,
e preservando as relíquias da Antigüidade e as origens da civilização moderna".
Actualmente, Matthew Bennett e seus co-autores de "Fighting Techniques of the Medieval World"
("Técnicas de Ataque do Mundo Medieval"), publicado em 2005, argumenta que "poucas batalhas são lembradas
depois de 1.000 anos depois de disputadas… mas a Batalha de Poitiers (Tours) é uma excepção. Carlos Martel
fez retroceder uma invasão muçulmana que se não fosse evitada, talvez tivesse conquistado a Gália". Michael
Grant, autor de "History of Rome", dá a Batalha de Tours tal importância que a coloca entre as principais datas
históricas da era romana.
Outro historiador contemporâneo, William Watson, acredita que o fracasso de Martel em Tours teria sido
um desastre, destruindo o que se tornaria a civilização ocidental e, depois, o Renascimento. Muitos historiadores
modernos tais como William Watson e Antonio Santosuosso geralmente apoiam o conceito de Tours como um
evento histórico importante que favoreceu a civilização ocidental e a Cristandade, apesar deste último acreditar
que as vitórias de Martel nas campanhas de 737 terem sido consideravelmente mais vitais.
Bruno Gil - 5º G
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11. CONVENTO DE MAFRA
D. João V mandou construir obras grandiosas que marcaram a sua época e uma delas foi o Convento de
Mafra.
Com este e outras obras como o Aqueduto das Águas Livres, o monarca procura deslumbrar a Europa e
mostrar toda a sua riqueza e poder.
Esta grandiosa construção incluía
o convento, o palácio real, uma igreja e
uma biblioteca.
É o mais importante monumento
barroco em Portugal.
Começou a ser construído em 1717
e terminou a construção em 22 de
Outubro de 1730 e gastaram-se 13 anos
na sua edificação. Nele chegaram a
trabalhar cerca de 2500 operários.
O conjunto ar quitectónico
desenvolve-se simetricamente a partir
de um eixo central, a basílica, ponto
principal de uma longa fachada ladeada
por dois torreões, localizando-se na sua
zona posterior o recinto conventual da
Ordem da são Francisco da Província
da Arrábida.
Alguns dos exemplos do barroco no Convento de Mafra:
* Os seus exteriores dourados;
* O chão de mármore (ex. a biblioteca)
* A basílica do palácio
* Quase todo o seu interior é barroco.
A Basílica faz parte do conjunto monumental do Palácio Nacional de Mafra.
Aqui se encontra a melhor colecção de estátuas italianas existentes em Portugal no século XVIII. Possui um
conjunto sonoro de seis órgãos, únicos no mundo, para os quais existem partituras que só aqui podem ser
executadas.
No total a Basílica possui 11 capelas com 450 esculturas de mármore, 45 tribunas e é servida por 18 portas.
Todas as cerimónicas da Basílica eram acompanhadas de Canto Gregoriano. D. João V, apreciador da
mesma arte, reunia-se com frequência com os frades, chegando a cantar com eles no coro da Basílica.
Lucas Rocha Gomes - 6º F
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12. AQUEDUTO DAS ÁGUAS LIVRES
Por volta de 1730 a população de Lisboa
devería rondar os 250.000 habitantes e apenas
dispunha de 3 chafarizes de água potável e mal
distribuídos pela cidade, estando o negócio da
distribuição entregue a particulares, que a entregavam
bastas vezes em más condições de salubridade.
Para resolver a situação, havia que trazer a
água para a cidade de nascentes que existiam, a não
muita distância da cidade. As referências ao projecto
de construção dum aqueduto começam a ouvir-se e
em Julho de 1729 foi decretado um imposto sobre
determinados bens de consumo para financiamneto
da obra.
Pelos vistos, D. João V não achou necessário
financiar a obra com o ouro e os diamantes que
chegavam do Brasil, pelo que se pode dizer que a
população pagou do seu bolso a água que passou a
beber. Coisas do Absolutismo!
Foi então decidido onerar o azeite, a carne, o
sal, a palha e o vinho, para fazer o total de 300.000
cruzados por ano, durante 4 anos.
O imposto indirecto é cego e a comunidade patriarcal, habituada a não pagar nada, achou-se prejudicada
queixando-se ao rei que não quis saber, acabando ele próprio por contribuir com 10.000 cruzados.
Este aqueduto, incluindo ramais e condutas, tinha 60Km de extensão e era suportado por 127 arcos.
A sua dimensão monumental traduz-se nos números seguintes: o aqueduto principal, com 18,5 km de
comprimento, atravessa os 940 m do vale da Ribeira de Alcântara, com 35 arcos dos quais um é o maior arco de
pedra do mundo. Tem uma rede de captação de 30 km de galerias visitáveis e alimenta uma rede de distribuição
de 12 km. Com as nascentes, mães de água, reservatórios e chafarizes, constitui um conjunto de alto valor
patrimonial pela qualidade da construção e pela beleza da arquitectura. Esta construção, que poderia não ter
passado de uma obra técnica, tornou-se um verdadeiro Templo da Água, pelo cuidado e a sensibilidade com que
nela é tratada a água como elemento essencial e central – a água, que constitui um elemento maior da arquitectura
do século XVIII.
Bárbara Bleco - 6º J
TORRE DOS CLÉRIGOS
Iniciada em 1754, estava construída nove anos depois, em 1763. É a torre mais alta de Portugal, com seis
andares e 76 metros de altura. É tida como o ex-libris da Cidade do Porto.
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13. Por barroquismo, ou arte barroca, entende-se o tipo de arte que surgiu, entre nós, nos séculosXVII e XVIII
e que se caracteriza pela abundância da decoração, pelo deslumbramento da decoração, de que a Torre é um caso
exemplar.
Uma escadaria de 225 degraus dá acesso aos varandins do último andar donde se pode gozar um panorama
deslumbrante.
CORPO PRINCIPAL
1º andar - Por cima da porta exterior da Torre vê-se uma
imagem de S. Paulo e abaixo, dentro dum medalhão, um texto de S.
Paulo, na Carta aos Romanos. Neste 1º andar a espessura das
paredes, de granito, mede dois metros e vinte centímetros.
2º andar - No segundo andar vemos uma janela oval.
3º andar - Há quatro sineiras e aí está instalado o carrilhão de
concerto, utilizando 49 sinos. Um computador controla o carrilhão,
marcando as horas e debitando a música. Está programado para tocar
ao meio dia e às 18 horas, está ligado a um relógio atómico, na
Inglaterra ou na Alemanha; o computador capta as ondas emitidas e
organiza as horas a partir desses relógios.
4º andar - apresenta uma janela abalaustrada, na face sul, e
quatro mostradores de relógio.
Logo ao deixar as escadas, vemos as torres da Igreja da Lapa:
um pouco para a direita, a torre branca da Igreja da Senhora da
Conceição, ao Marquês; um pouco mais altaneiras, as torres do
Bonfim; mesmo à sua frente, logo em baixo, o edifício da Câmara do
Porto.
Olhando para a direita temos o Porto antigo, aninhado junto à
Sé; ao lado, o imponente Paço Episcopal e Igreja dos Grilos; logo
adiante o Rio Douro e as Caves do Vinho do Porto.
A cortar o horizonte, o Monte da Virgem, com as antenas da TV e dos Correios. Olhando para a direita,
vertente sul; em baixo, o Jardim da Cordoaria, a antiga Cadeia da Relação, o Mosteiro de S. Bento. Mais longe
a Ponte da Arrábida. Agora, a parte final; por trás de si, uma cancela fechada dá acesso ao cume da torre. Lá
em baixo a Faculdade de Ciências e as torres geminadas das igrejas do Carmo e das Carmelitas.É todo um Porto
visto de cima, um Porto que nem se imagina, projectado para os lados de Gaia, de Gondomar, Maia, Boavista, até
ao mar...
A Torre é sem dúvida, a mais admirável obra de arte arquitectónica de Nasoni e constitui a última fase desta
imponente construção, tendo servido em tempos, como telégrafo comercial ( referente à navegação ) e relógio
da cidade. No interior tem uma escada de caracol de 218 degraus que permite o acesso aos varandins abalaustrados
do quinto andar.
Márcia Oliveira - 6º H
IGREJA DA ORDEM DO TERÇO
Esta igreja está situada na Rua Cimo de Vila e as suas origens prendem-se com a devoção e fé cristã em
volta do terço.
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14. Conta-se que naquela rua e nas ruas contíguas existia um grupo de moradores que em devoção à Nossa
Senhora do Terço se juntavam à noite e em conjunto rezavam o terço, num oratório que existiu próximo do local
onde hoje se encontra a igreja.
Vendo isto o padre Geraldo Pereira em conjunto com o padre João Moreira juntaram o seu próprio dinheiro
ao das esmolas angariadas e compraram, em 1754, umas casa velhas que após demolidas dariam lugar ao
nascimento de uma igreja em honra da Nossa Senhora.
Assim as obras começaram a 8 de Setembro de 1756 ficando concluídas em três anos.
Esta igreja é um edificio de proporções modestas com uma decoração exuberante.
O interior da igreja é composto por uma só nave, coberta por uma abóbada de tijolo e é forrada por azulejos
de relevo amarelos e brancos, quatro altares separados por pilastras ladeiam a igreja sendo que à direita temos
o de S. Francisco de Paula e o de Nossa Senhora das Dores e à esquerda o do Senhor Jesus e o da Nossa Senhora
da Conceição. .
No século XIX foi acrescentado um painel bem expressivo da devoção mariana: Nossa Senhora do Terço,
sentada com o Menino e rodeada de anjos, pendendo das mãos de todos terços.
Na igreja predomina a exuberância das formas, com revestimento a ouro e também o uso do azulejo.
Do edifício em si salientamos a fachada, que está decorada com elementos de estilo rococó, o remate da
frontaria, como os alçados e as molduras do interior têm tradição italiana. A Nasoni pertence o janelão central
rodeado por um terço, cujo crucifixo está da parte de cima.
Marta Couto Silva - 6º M
QUINTA DA PRELADA
A Casa da Prelada foi construída em meados do séc.
XVIII e é uma das obras mais emblemáticas do arquitecto
italiano Nicolau Nasoni. Está inserida numa quinta onde se
destacam os obeliscos, os jardins - no "maior labirinto da
Penísula Ibérica" -, um castelo e um lago. O projecto na
altura da construção ficou incompleto - a casa deveria ser
constituída por quatro torres, mas acabou por ficar com
uma. Francisco Noronha de Menezes, doou a propriedade
à Santa Casa da Misericórdia do Porto, com a condição de
que fosse criado um serviço que prestasse cuidados de
saúde.
Beatriz Januária Silva - 6º M
O PALÁCIO DE CRISTAL
O Palácio de Cristal data do século XIX e localiza-se na freguesia de Massarelos, na cidade do Porto.
O Palácio era da autoria do arquitecto inglês Thomas Dillen Jones e do engenheiro W. Shields, que se
inspiraram no Crystal Palace londrino para o projectar.
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15. O Palácio de Cristal foi construído em granito, ferro
e vidro e media 150 metros de comprimento por 72 metros
de largura.
Começou a ser construído em 1861 e, a 18 de
Setembro de 1865 foi inaugurado pelo rei D. Luís.
Este edifício foi concebido para acolher a grande
Exposição Internacional do Porto, que foi organizada pela
Associação Industrial Portuense da época. Nesta
exposição estiveram presentes o rei D. Luís, D. Maria, o
príncipe herdeiro e uma grande quantidade de expositores
vindos de várias partes do mundo.
O compositor Viana da Mota e a violoncelista
Guilhermina Suggia foram alguns dos nomes importantes
ligados à música, a realizarem importantes concertos
naquele espaço.
A Câmara Municipal do Porto adquiriu este edifício e os seus jardins em 1933. Chegando o ano de 1951,
o Palácio foi mandado demolir pela autarquia. O edifício foi demolido em menos de um ano e o seu magnífico órgão
de tubos foi destruído à martelada.
Na altura houve uma enorme contestação popular à demolição e, talvez por isso, a designação"Palácio de
Cristal" tenha sobrevivido até aos nossos dias. No seu lugar foi construída uma nave de betão armado, que em nada
se assemelha ao antigo palácio.
Joana Milheiro Gonçalves - 6º A
O ROMANTISMO
O Romantismo surge em meados do século XVIII e prolonga-se até ao século XIX, manifestando-se nas
mais variadas áreas, como a pintura, literatura, arquitectura e música.
O Romantismo na Arquitectura
O Romantismo, ligado à recuperação de formas
artísticas medievais, acompanhada pelo gosto pelo exótico
contido nas culturas orientais, favoreceu a mistura de vários
estilos, como o românico, o gótico, o bizantino, o chinês ou
o árabe.
Foi na Inglaterra que se verificaram as primeiras
manifestações da arquitectura romântica. Paralelamente
ao revivalismo estilístico, a arquitectura do século XIX
apresentou um outro vasto campo de desenvolvimento,
proporcionado pelos novos materiais de construção surgidos
com a industrialização, como o ferro e o vidro.Embora a
Inglaterra tenha sido pioneira na utilização do ferro para
construção de estruturas arquitectónicas, foi em França que esta tecnologia encontrou uma mais significativa
expressão estética.
O Palácio da Pena é o expoente máximo do Romantismo em Portugal.
Ivo Bernardo, José Caetano e José Cruz - 6º G
15
16. FERNÃO PERES DE TRAVA
Fernão era filho de Pedro Froilaz de Trava, da Casa de Trava, a
mais poderosa do reino da Galiza na época. Participou na revolta galaico-
-portuguesa contra Urraca de Leão e Castela, liderada pelo seu pai em
1116, em aliança com Teresa de Leão. Esta insurreição pretendia
defender os direitos de Afonso Raimundes, coroado rei da Galiza e
garantir a autonomia do Condado Portucalense frente à rainha castelhano-
leonesa.
Os triunfos nas batalhas de Vilasobroso e Lanhoso selaram a
aliança entre os Trava e Teresa de Portugal. a regência do Condado
Portucalense. Fernão Peres de Trava passou então a governar o Porto
e Coimbra e a firmar com Teresa importantes disposições e documentos
no Condado de Portugal .
Com a morte de Urraca, Fernão tornou-se um grande aliado do rei
Afonso VII de Leão e Castela no Reino da Galiza. Tanto que lhe foi
confiada a importante tarefa de ser preceptor do seu filho, o futuro rei
Fernando II de Leão. A “Crónica Latina de Castilla” considera que a sua influência foi determinante para que,
no testamento de Afonso VII, os reinos de Galiza e Leão se separassem de Toledo e Castela.
Teresa exerceu a regência do Condado Portucalense durante a menoridade de D. Afonso Henriques. Mas
em 1122, sob a orientação do arcebispo Paio Mendes de Braga , Afonso pretendeu assegurar o seu domínio do
Condado e armou-se cavaleiro em Tui. Juntando os cavaleiros portugueses à sua causa contra Fernão Peres e
Teresa de Leão, derrotou ambos na Batalha de S. Mamede em 1128, quando pretendiam tomar a soberania do
espaço galaico-português e assumiu o governo do Condado.
Ana Rita Valente e Mariana Isabel Ferreira - 5ºF
VIDA E OBRA DE NICOLAU NASONI
Nicolau Nasoni nasceu a 2 de Junho de 1661 às 2 horas da manhã em Sam Eiotani di Sopra na Toscana
na zona de Florença.Era filho de Giuseppe Francesco Nasoni e de Margaretta, filha de Nicodó Rossi, sendo o
16
17. primeiro de nove filhos. Seu pai trabalhava na Casa Davanzatb, talvez como
administrador de bens. Como consequência, Nasoni ia manter futuras relações com
fidalgos do Porto, vários dos quais eram padrinhos dos seus numerosos irmãos.
Viveu em Siena, depois mudou-se para Roma e, mais tarde para Malta. Em
1724 assinou e datou um dos tectos que pintou, no palácio de La Valeta, obra esta
dirigida ao frei D. António Manuel de Vilhena, Grão Mestre da Ordem de Malta e deu,
assim, os primeiros passos na arquitectura.
Não se sabe ao certo quando veio para o Porto, mas em Novembro de 1725
iniciou as pinturas da Sé do Porto e pensa-se que terá vindo no Verão desse ano.
Casado por duas vezes, teve um filho de Isabel de Rixaral (falecida no parto)
e cinco de Antónia de Mascarenhas de Malafaia.
Foram várias as suas obras de arquitectura, pintura e talha em igrejas, sés,
solares e palácios, sendo a última a Torre dos Clérigos (um dos ex-libris da cidade do
Porto), onde foi sepultado quando faleceu em 30 de Agosto de 1773, com 82 anos , aparentemente na miséria.
Sara Maria Gonçalves - 6ºC
Rafael Bordalo Pinheiro
Nascido Rafael Augusto Prostes Bordalo Pinheiro, viveu entre 1845 e
1905, filho de Manuel Maria Bordalo Pinheiro e de D. Maria Augusta do Ó
Carvalho Prostes. Nasceu em família de artistas, cedo ganhou o gosto pelas
artes. Em 1860 inscreveu-se no Conservatório de Belas Artes (desenho de
arquitectura civil, desenho antigo e modelo vivo) e, posteriormente, matriculou-
-se sucessivamente, no Curso Superior de Letras e na Escola de Arte Dramática,
para, logo de seguida desistir. Estreou-se no Teatro Garrett, embora nunca tenha
vindo a fazer carreira como actor.
Em 1863, o pai arranjou-lhe um lugar na Câmara dos Pares, onde acabou
por descobrir a sua verdadeira vocação, derivada das intrigas políticas dos
bastidores.
Casou com Elvira Ferreira de Almeida, em 1866 e, no ano seguinte, nasceu
o seu filho Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro.
Começou por tentar ganhar a vida como artista plástico com composições
realistas, apresentando, pela primeira vez trabalhos seus em 1868, na exposição
promovida pela Sociedade Promotora das Belas – Artes, onde apresentou oito aguarelas inspiradas nos costumes
e tipos populares, com preferência pelos campinos de trajes vistosos. Em 1871, recebeu um prémio da Exposição
Internacional de Madrid, paralelamente foi desenvolvendo a sua faceta de ilustrador e decorador.
Em 1875, criou a figura do Zé Povinho, publicada na “Lanterna Mágica”. Nesse mesmo ano, partiu para o
Brasil onde colaborou em alguns jornais e enviava a sua colaboração para Lisboa, voltando a Portugal em 1879,
tendo lançado o "António Maria".
Experimentou trabalhar o barro em 1885 e começou o fabrico de louça artística da Fábrica das Faianças
das Caldas da Rainha.
Faleceu em 23 de Janeiro de 1905, em Lisboa, no nº 28 da rua da Abegoaria (actual Largo Rafael Bordalo
Pinheiro), freguesia do Sacramento. Em Lisboa.
Pedro Gomes Martins – 6º H
17
18. JÚLIO VERNE
Júlio Verne foi o filho mais velho dos cinco filhos de Pierre Verne,
advogado e de Sophie de La Fuye, esta de uma família burguesa de Nantes.
É considerado por críticos literários o precursor do género de ficção
científica, tendo feito nos seus livros previsões sobre o aparecimento de
novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e
viagem à Lua.
Júlio Verne passou a infância com os pais e irmãos na cidade francesa
de Nantes, na casa de Verão da família. A proximidade do porto e das docas
constituíram provavelmente grande estímulo para o desenvolvimento da
imaginação do autor sobre a vida marítima e viagens a terras distantes. Foi
mandado pelo seu pai para Paris, para estudar Direito, com a esperança de
que o seu filho seguisse a carreira de advogado. Ali começou a interessar-
-se mais pelo teatro do que pelas leis, tendo escrito livretes de operetas e
pequenas histórias de viagens. O seu pai, ao saber disso, cortou-lhe o apoio
financeiro, o que o levou a trabalhar como corretor de acções. Foi quando
conheceu uma viúva com duas filhas, chamada Honorine de Viane Morel, com quem se casou em 1857 e teve,
em 1861 um filho chamado Michel Jean Pierre Verne.
A carreira literária de Júlio Verne começou a destacar-se quando se associou a Piere Jules Hetzel, editor
experiente que trabalhava com grandes nomes da época, como Victor Hugo, George Sand…
Hetzel publicou o primeiro romance de sucesso de J. Verne em 1862, o relato de uma viagem à África em
balão intitulado "Cinco Semanas em Balão". Esta história continha detalhes tão minuciosos de coordenadas
geográficas, culturas, animais, etc que os leitores se perguntavam se era ficção ou um relato verídico. Na verdade
Júlio Verne nunca tinha estado num balão ou viajado à África. Toda a informação sobre a história veio da sua
imaginação e da capacidade de pesquisa.
Júlio Verne ganhou fama e dinheiro com esta obra e a sua produção literária seguia em ritmo acelerado,
publicando quase todos os anos um livro: "Vinte Mil Léguas Submarinas"; "Viagem ao Centro da Terra", "A Volta
ao Mundo em Oitenta Dias", "Da Terra à Lua". O seu último livro chamou-se "Paris no Século XX", escrito em
1863.
Yara Pinto – 6º G
ALEXANDRE HERCULANO
Alexandre Herculano de Carvalho e Araújo nasceu em Lisboa no
ano de 1810. Foi um escritor da era do Romantismo, um historiador, um
jornalista e um poeta português.
A família habitava uma pequena casa no Pátio do Gil, perto de S.
Bento e vivia com dificuldades. Muito inteligente e estudioso, Alexandre
gostaria de ir para a Universidade de Coimbra, mas como o pai não lhe podia
pagar estudos tão demorados, optou por um curso prático e rápido que lhe
permitiria arranjar emprego como funcionário público.
Acontece que as aulas de um desses cursos funcionavam na Torre
do Tombo, local onde se guardavam (e guardam) documentos históricos
preciosos. Ali terá descoberto a sua paixão pela História e desenvolvido o
18
19. seu talento para a escrita. Ainda muito novo já frequentava reuniões e encontros de escritores, jornalistas,
intelectuais.
Tornou-se amigo da Marquesa de Alorna, que o incentivou a aprender alemão, para poder ler as obras de
autores românticos alemães que tinham alcançado grande sucesso. Ele seguiu esse conselho, que lhe veio a ser
útil, porque lhe permitiu salvar a pele num momento de grande perigo. Alexandre Herculano viveu o período de
lutas entre liberais e absolutistas. Era liberal, participou numa conspiração falhada, cujos responsáveis foram quase
todos mortos. Mas ele salvou-se, porque se escondeu na casa do padre capelão da colónia alemã que vivia em
Lisboa. Daí fugiu para Inglaterra, depois para França. Só voltou a Portugal como soldado das tropas liberais que
se instalaram no Porto, onde ficaram cercadas durante um ano.
Alexandre Herculano sabia aproveitar o tempo à sua maneira: além de tomar parte nos combates, quando
os havia, organizou a Biblioteca Pública do Porto por ordem do rei D. Pedro. Depois da vitória do Liberalismo,
instalou-se em Lisboa e entregou-se de alma e coração à escrita, à investigação histórica, às vezes ao debate
público.
Tornou-se um homem admirado e respeitado por toda a gente, incluindo a família real. O marido de D. Maria
II, D. Fernando, nomeou-o Director da Biblioteca do Palácio da Ajuda, cargo que lhe permitiu dar largas ao seu
desejo de investigação e ao seu talento de escritor.
Manteve-se, no entanto, sempre um homem austero, pouco dado a honrarias.
Da sua obra constam, por exemplo “Lendas e Narrativas”, “Eurico , o Presbítero”, “O Bobo” de “O Monge
de Cister”.
Morreu em Vale de Lobo em 1887.
Luísa Margarida Montenegro Paulo - 6ºA
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL
Foi na cidade da Baía que surgiu uma das primeiras
medidas tomadas pore D. João VI no Brasil – foi a abertura
dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808,
possibilitando assim que a Inglaterra pudesse fazer
abertamente o comércio com o Brasil.
Ainda em 1801, em Março, D. João VI transferiu-se
para o Rio de Janeiro, transformando a cidade em sede da
Monarquia. Aí formou o seu ministério, aboliu a proibição
19
20. da criação de indústrias, fundou escolas, bibliotecas, etc.
O documento mais importante do Rio de Janeiro foi a Carta Régia. Em primeiro lugar sintetiza e justifica
as medidas e compromissos estabelecidos pela Corte, procurando tranquilizar politicamente os interesses
económicos e, em segundo lugar, procura minimizar os efeitos do Tratado Luso-Britânico.
Em 1815, elevou o Brasil a Reino Unido. Os domínios portugueses da época ficaram ,a partir de então,
oficialmente chamados de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e D. João passou a ostentar o título de
Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Com a partida do rei D. João VI para Portugal em Abril de 1821, começam as lutas políticas entre as cortes
e o regente D. Pedro, entre os que pretendiam reduzir o Brasil novamente a colónia e os que defendiam o progresso
obtido com a estadia de D. João VI no Brasil e já tinham em mente a emancipação política.
D. Pedro declara o Brasil independente em 7 de Setembro de 1822, tornando-se o primeiro imperador no
Brasil.
Neuza Viviana Pereira e Maria Inês Madureira Costa - 6º D
OS BANDEIRANTES
Os bandeirantes eram um grupo
de homens que, a partir do século
XVI, iam para o interior do Brasil à
procura de riquezas miner ais,
principalmente da prata. Os
bandeirantes também apanhavam
negros e índios selvagens para vender
aos colonizadores.
Os bandeirantes eram na sua
maioria compostos por índios
escravos e aliados por mestiços de
índios com brancos e de brancos que
eram capitães.
Esses homens vestiam-se com
uma camisa de algodão, chapéu de
abas largas, usavam botas de cano alto (alguns andavam descalços por influência dos índios).
Eles levavam para comer mandiocas, milho, feijão e carne seca. Para dormir levavam redes.
Muitos dos bandeirantes não voltavam a ver as famílias, pois morriam. Essas mortes ou eram causadas por
febres ou por picadas de cobras.
Nuno Rio -6ºE
O FIM DA ESCRAVATURA NO SÉCULO XX
A segunda metade do século XVIII e o princípio do seguinte foram a época de maior desenvolvimento do
tráfico esclavagista. Em 1786, 38.000 africanos rumaram às colónias da América e, mais tarde, ao Brasil para
trabalharem, sobretudo nas minas de diamantes.
20
21. A partir dos finais do século XVIII começaram a
elevar-se vozes humanitárias e a surgirem as primeiras
ideias de abolição. Em França, Montesquieu, um
"iluminado" ataca o comércio feito à volta dos negros e,
à medida que o século foi avançando, maiores eram os
movimentos anti-esclavagistas e mais pessoas se
mostravam a favor da libertação dos escravos.
Portugal declarou efectiva a libertação dos
escravos em todos os domínios portugueses nos finais
da década de 1880.
No decorrer do século XVIII a escravatura foi
sendo abolida na maior parte dos estados europeus,
fazendo valer a igualdade perante Deus. Esta luta
converteu-se numa atitude defendida por intelectuais e
aristocratas "iluminados". Os navios ingleses passaram
a ser uma espécie de corpo policial nos mares por onde
passaram, tentando pôr, assim, fim ao tráfico de escravos
na África, na Ásia e América.
Na sequência do Tratado de Viena, em 1815,
assinado por Inglaterra e Portugal, estes dois países
comprometiam-se a atenuar o tráfico de escravos nas
possessões portuguesa e suprimi-lo totalmente a norte
do Equador.
Carlota Lameiras Ferreira - 6º I
ATAQUES DOS HOLANDESES AO BRASIL
Os holandeses, depois de terem criado, em 1621 a Companhia das Índias Ocidentais, decidiram atacar o
Brasil açucareiro. Saquearam a Baía em 1624, mas a cidade de Salvador foi recupera em 1625. Repelidos da sede
do Governo Geral, os ataques dirigiram-se em seguida a Pernambuco, a capitania mais florescente com numerosos
engenhos de açúcar. Olinda caiu nas mãos dos holandeses em 1630, mas a resistência portuguesa no interior durou
até 1632. Entretanto, os invasores além de se fortificarem e de se reforçarem, organizaram administrativamente
a conquista. Depois de destruírem Olinda, iniciaram, com a ajuda de reforços vindos da Holanda, a ocupação de
Igaraçu e Itamaracá, Paraíba do norte ea ilha Fernão de Noronha.
Em 1635 tinham consolidado as suas posições e, em 1637, chegou , como governado,r Maurício de Nassau,
que levou a região ao apogeu cultural e científico. Depois da sua partida, o Brasil holandês, entrou em declínio até
à capitulação do Recife, em 1654.
Do ponto de vista administrativo, o período da monarquia dual foi assinalado por transformações na
organização judiciária. A Relação do Estado do Brasil foi criada em 1609 e extinta em 1626, por ocasião dos ataques
holandeses.
Com a Restauração da Independência de Portugal (1640), os luso-brasileiros decidiram-se a tentar a
expulsão dos invasores. Em 1645 iniciou-se a insurreição fomentada na Metrópole e na Baía levada a efeito pelos
senhores de engenho de Pernambuco e capitanias vizinhas.
D. João IV, ora procurava aplacar o poder holandês, prometendo a entrega das capitanias rebeladas, ora,
às escondidas, lhes enviava socorro e, com grandes dificuldades, os insurrectos conseguiram manter-se em campo,
reunindo para a luta,tropas brasileiras com soldados negros e ameríndios.
21
22. Em 1648 e 1649, os holandeses foram derrotados em duas batalhas nos outeiros dos Guararapes, mas o
poderio naval holandês e a inferioridade portuguesa no mar não permitiu a sua expulsão.
O início da guerra entra a Holanda e a Inglaterra, em 1652, veio dar a oportunidade desejada: uma esquadra
da Companhia do Comércio do Brasil , fundada em 1649, completou por mar o cerco dos invasores e, em 7 de
Janeiro de 1654, o domínio português foi restaurado no nordeste brasileiro.
Alexandre dos Santos Amorim – 6ºL
SINÉDRIO
Um grupo de homens em 24 de Agosto de 1820 veio a instaurar o regime liberal em Portugal. Os abusos
dos invasores ingleses mantiveram-se desde essa altura, tal como a miséria pública e a necessidade de reformas
urgentes. É assim fundado o Sinédrio, em 22 de Janeiro de 1818, por quatro sujeitos do Porto: Fernandes Tomás,
Ferreira Borges, Silva Carvalho, todos juristas e Ferreira Viana, comerciante.
Rapidamente acolhe outros elementos, homens de outras profissões liberais, vindos das mais diversas
regiões do país. Nem todos eram maçons, embora todos se tenham assim tornado
na altura do levantamento de 1820. Contudo a importância da Maçonaria na acção
e na composição do Sinédrio é relevante, pois ele colabora mesmo com lojas
maçónicas existentes ou com elementos seus em todo o país.
Norteados pelo projecto liberal, vários eram os objectivos a que se votaram
os membros do Sinédrio. Acima de tudo era importante controlar a opinião pública,
observando os sentidos de expressão e vigiando as novas que vinham de Espanha,
observando para saber, tentando antecipar e controlar todos os acontecimentos.
Tudo isto era previsto estatutariamente. Com todo o organismo controlado ou
apoiado pela Maçonaria, viam-se os membros deste grupo do Porto impelidos a
jurar e manter segredo face à sociedade sobre tudo o que faziam ou planeavam,
ao mesmo tempo que deviam preservar um sentido de lealdade comum, renovado
periodicamente em jantares na Foz do Douro todos os dias 22 de cada mês. O
futuro era aí discutido, planificando as acções e estratégias, embora houvesse
outras reuniões de noite preferencialmente. De acordo ainda com os estatutos e
no caso de haver qualquer movimento ou revolta, o Sinédrio conduzi-lo-ia sempre
salvaguardando a fidelidade dos seus membros e ideais à Casa de Bragança
22
23. A entrada gradual de militares no movimento dinamizá-lo-á, tornando-o mais agressivo e operacional em
vez de apenas vigilante. Este grande número de militares que aderia de várias unidades do país, principalmente
do norte, não era conhecedor dos objectivos e das ordens principais.
Depois do golpe de 1820, ver-se-á neste ocultar de objectivos primordiais uma das causas para as
desavenças que levaram à formação de partidos políticos e à cisão no seio da família liberal portuguesa.
Os meios militares eram fundamentais para o seguimento do movimento revolucionário do Sinédrio.
Tentava-se, assim, controlar as informações no seu interesse, visto que as cadeias de comando interno, poderiam
ser afectas ou fiéis em grande parte ao regime e, dado que muitos dos seus chefes eram ingleses, deitar por terra
qualquer conspiração, pondo em perigo o Sinédrio.
O Sinédrio afirmava-se simultaneamente nacionalista, chegando mesmo a recusar, na pessoa de Fernandes
Tomás, qualquer tendência para a União Ibérica, pretendida por alguns membros do grupo, influenciados pelo
intercâmbio crescente com liberais espanhóis.
Ana Luísa Sousa e Ana Raquel Sousa – 6º B
A MÁQUINA A VAPOR
Revolução Industrial
A substituição das ferramentas pelas
máquinas, da energia humana pela energia motriz e
do modo de produção doméstico pelo modo de
produção fabril, constituiu a Revolução Industrial;
revolução com um enorme impacto sobre a estrutura
da sociedade, num processo de transformação
acompanhado por notável evolução tecnológica.
Aconteceu na Inglaterra, na segunda metade do
século XVIII e encerrou a transição entre o
feudalismo e o capitalismo, a fase de acumulação
primitiva de capitais e de preponderância do capital
mercantil sobre a produção. Completou ainda o
movimento da revolução burguesa iniciada na
Inglaterra no século XVII.
Surgiram fábricas com assalariados, sem
controlo sobre o produto do seu trabalho. A
produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
O desenvolvimento da máquina a vapor no século XVIII contribuiu para a expansão da indústria moderna.
Até então, os trabalhos eram executados na dependência exclusiva da potência dos músculos dos operários e da
energia animal, do vento ou da água. A única máquina a vapor realizava o trabalho de centenas de cavalos. Fornecia
a energia necessária para accionar todas as máquinas de uma fábrica. Podia ainda deslocar cargas pesadas a
grandes distâncias num único dia. Os navios a vapor ofereciam transporte rápido, económico e seguro.
André Gonçalves, João Renato, Orlando Pinto e Pedro Silva - 6ºJ
23
24. O VINHO DO PORTO
O vinho do Porto, é um vinho único e extraordinário
produzido em Portugal e que gera grande riqueza ao nosso País.
A sua produção provém das vinhas cultivadas nas encostas
do rio Douro, desde a fronteira Espanhola até ao Porto.
A toda essa zona é chamada região do Douro, e é também
denominada como região demarcada do vinho do Porto. No
entanto as gentes simples da região Duriense gostam de chamar-
-lhe, não vinho do Porto, mas antes Douro Fino.
A partir dessa época, todos os anos, os agricultores deixavam
de lado algumas uvas melhores, para amadurecerem mais e fazer
o vinho do Porto
Esta, dizem os habitantes da Região do Douro, é a verdadeira
história.
No entanto, é do conhecimento geral no mundo inteiro, em especial de quem aprecia este vinho que este
produto único e de qualidade assumidamente superior como bebida de classe, nasceu nas encostas do rio Douro
por volta do século III, ou IV da era cristã.
Vestígios arqueológicos de lagares e recipientes para vinho têm sido achados por toda a região duriense
evidenciando os registos documentais que se conheciam há muito tempo; no entanto , o nome pelo qual ficou
conhecida a mais famosa bebida portuguesa só adquiriu essa designação há cerca de 300 anos, quando se começou
a dar mais atenção à viticultura e à exportação do vinho, levando-o ao expoente máximo de classificação ao ser
criada a região demarcada mais antiga do mundo, em 1756, por Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês
de Pombal.
Depois vieram as doenças nos vinhedos produzidas pelo oídio (um fungo) e pela filoxera (um parasita
importado nas vides americanas) a partir de meados do século XIX, com a destruição de grande parte das vinhas
e ampliação da linha de demarcação para o Douro Superior onde o problema se fazia sentir em menor escala.
Surgiram novas técnicas de plantio, selecção de castas e enxertos, uso de adubos e evolução no processo
de vinificação; todavia os problemas só estavam a começar, pois o inimigo maior surgia na forma de uma crise
comercial aliada às primeiras fraudes e imitações do vinho do Porto.
No início do século XX, surge a denominação “Porto” para os vinhos com graduação alcoólica mínima de
16,5º, deixando a protecção e fiscalização da marca a cargo da Comissão de Viticultura da Região do Douro.
Guilherme Paulino – 6º A
MUSEU DOS COCHES
O Museu Nacional dos Coches fica junto ao rio Tejo, na Praça Afonso de Albuquerque, no bairro de Belém,
em Lisboa, Portugal.
Era antigamente uma escola de equitação, o Picadeiro Real do Palácio de Belém, construída pelo arquitecto
italiano Giacomo Azzolini, em 1726. Em 1905, foi transformada num museu pela rainha D. Amélia, esposa do rei
D. Carlos, sob o nome de Museu dos Coches Reais que, após o golpe republicano, teve o seu nome alterado.
É o museu mais visitado de Portugal.
Feitos em Portugal, Itália, França, Áustria e Espanha, os coches abrangem três séculos e vão dos mais
simples aos mais sofisticados. A galeria principal no estilo Luís XVI, é ocupada por duas filas de coches construídos
24
25. para a realeza portuguesa. A colecção começa pelo
coche de viagem de Filipe I de Portugal, de madeira e
couro vermelho, do século XVII. Os coches são
forrados a veludo vermelho e ouro, com exteriores
esculpidos e decorados com alegorias e as armas
reais, trabalho denominado talha dourada. As filas
terminam com três enormes coches barrocos feitos
em Roma para o embaixador português no Vaticano,
D. Rodrigo de Almeida e Menezes, marquês de
Abrantes, em embaixada enviada ao papa Clemente
XI a mando do rei D. João V. Estes coches de 5
toneladas têm interiores luxuosos e esculturas douradas
em tamanho natural; durante muitos anos nenhum
monarca europeu enviou embaixadas ao Vaticano por
não conseguir igualar tamanha magnitude.
Destacam-se ainda, entre outros, os Coches da Coroa, de D. João V e a Carruagem da Coroa, mandada
executar por D. João VI, quando regressou do Brasil e que foi utilizado pelos dois últimos reis nas suas aclamações.
A galeria seguinte tem outros exemplos de carruagens reais, incluindo cabriolés de duas rodas da Família
Real. A caleche do século XVIII, com janelas que parecem olhos, foi fabricada durante a época de Pombal. A
galeria superior exibe arneses, trajos da corte e retratos a óleo da família real.
O último coche deste museu que foi utilizado foi a Carruagem da Coroa, aquando da visita de Isabel II de
Inglaterra a Portugal, em 1957.
Diogo Yaguas e Diogo Maia – 6ºG
HISTÓRIA DE ÍLHAVO
Apesar de muito se escrever sobre as suas origens, não se sabe ao certo a sua origem histórica, nem quando
foi designado como Concelho. Sabemos, no entanto, que é um Concelho antigo, mencionado em documentos
datados de 1095. Um documento histórico relevante que o reconhece é a Carta de Foral de D. Dinis, de 13 de
Outubro de 1296. Outro documento que reafirma essa atribuição é também o Foral concedido por D. Manuel I,
em 8 de Março de 1514 e que rege a vida concelhia nacional até à Lei de Mouzinho da Silveira, de 16 de Maio
de 1832, que vai abolir os Forais. O Município de Ílhavo é um dos 19 Concelhos do Distrito de Aveiro, da Região
Centro de Portugal. Com uma área de 76 Km2, este concelho tem as suas primeiras referências históricas há cerca
25
26. de nove séculos e meio. Foi do mar, que nasceu como
colónia grega ou fenícia. Sendo um concelho de gente
de terra e mar, Ílhavo tem o mar como realidade viva
na geografia, na história e na cultura. No conjunto de
beleza natural de, sol, mar e ria, encontra duas toalhas
de água, presença da Bela Ria de Aveiro no Concelho
de Ílhavo. Estes canais (o de Mira e de Ílhavo)
utilizados para a prática de actividades náuticas e de
pesca, reflectem uma beleza única e permitem di-
ferentes utilizações do espaço natural .
Durante o século XII inicia-se, em mares
longínquos, a pesca do bacalhau, passando a converter-
-se em um dos mais importantes pilares da riqueza dos
ilhavenses. O desenvolvimento experimentado pela
população leva a D.Manuel a conceder-lhe o Foral que
acima já foi referido.
O aproveitamento da terra através de uma agricultura intensiva e a fundação no ano de 1824 da fábrica de
porcelanas Vista Alegre, produtora de uma das porcelanas mais prestigiosas do mundo fazem do século XIX uma
época de grande prosperidade. No ano de 1836 eleva-se à categoria de concelho.
Durante o século XX surge com força a construção naval e a indústria do frio. No final do século a pesca
sofre uma crise e o desemprego dirige-se à indústria e às actividades relacionadas com o comércio marítimo.
Hoje em dia o turismo é uma das suas principais fontes de riqueza, graças às suas magníficas praias e os
seus famosos museus.
Diogo Sousa, Gonçalo Valente e Rita Ferreira - 5º G
O BARCO MOLICEIRO
O barco moliceiro destinou-se, na sua origem à apanha
e transporte do moliço, nos braços da ria de Aveiro.
Os barcos moliceiros são baixos para facilitar o
carregamento do moliço(vegetação existente na ria).
O seu comprimento total é de cerca de 50 metros, de
costados muito baixos, medindo a frente 2,5 metros. Com
uma proa e uma ré muito elegantes, têm normalmente
pinturas que ridicularizam o dia a dia.
Navega facilmente em pouca altura de água. É
construído de madeira de pinheiro e resiste, em média doze
anos ao serviço. O castelo da proa é coberto e fechado com porta e chave.
A apanha dos moliços foi primitivamente realizada pelos agricultores que, mais tarde inventaram a profissão
de moliceiro.
O moliço é utilizado como fertilizante na transformação dos terrenos arenosos e improdutivos em excelentes
terrenos agrícolas.
O barco moliceiro está em vias de desaparecer .Hoje é praticamente usado na ria de Aveiro para fins
turísticos.
Alunos do Clube do Património
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27. PADRE ANTÓNIO VIEIRA
402 ANOS SOBRE O SEU NASCIMENTO
Nasceu a 6 de Fevereiro de 1608, em Lisboa, e faleceu na Baía
a 18 de Julho de 1697. Foi um dos maiores escritores da língua
portuguesa e, também, um dos mais inspirados e completos oradores
da história da Europa.
Aos seis anos vai para o Brasil com os pais e fixa-se na Baía onde
fez os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas em Salvador, onde,
principiando com dificuldades, veio a tornar-se um aluno brilhante. Por
volta dos catorze anos, começa a ser notado: escreve bem o português
e domina com facilidade o latim. Em 1623 inicia o noviciado na
Companhia de Jesus. Ordena-se sacerdote em 1635 e exerce funções
de pregador nas aldeias baianas. Em 1641, restaurada a independência,
regressa a Portugal e cativa o favor de D. João IV, sendo por ele
nomeado pregador régio.Inicia uma carreira diplomática sobressaindo
pela vivacidade de espírito e como orador.
Em Portugal havia quem não gostasse de suas pregações em
favor dos judeus. Após tempos conturbados acabou voltando ao Brasil,
de 1652 a 1661, foi missionário no Maranhão e no Grão-Pará, sempre
defendendo a liberdade dos índios.
Em 1654, pouco depois de proferir o célebre "Sermão de Santo António aos Peixes" em São Luís, no Estado
do Maranhão, o padre António Vieira partiu para Lisboa, junto com dois companheiros, a bordo de um navio da
Companhia de Comércio, carregado de açúcar. Tinha como missão defender junto do monarca os direitos dos
indígenas escravizados, contra a cobiça dos colonos portugueses.
É expulso do Maranhão pelos colonos, em 1661, e regressa a Lisboa. Em 1665 é preso em Coimbra pelo
Tribunal do Santo Ofício sob a acusação de acreditar nas profecias do poeta Bandarra. Três anos depois é
amnistiado e retoma as pregações em Lisboa. Em 1669 parte para Roma e obtém grande sucesso como pregador,
combatendo o Tribunal do Santo Ofício. Regressa a Portugal em 1675; mas, agora sem apoios políticos e desiludido
pela perseguição aos cristãos-novos (que tanto defendera), retira-se de vez para a Baía em 1681 onde se entrega
ao trabalho de compor e editar os seus Sermões.
Deixou uma obra complexa que exprime as suas opiniões políticas. Além dos Sermões redigiu o "Clavis
Prophetarum", livro de profecias que nunca concluiu. Entre os inúmeros sermões, referiremos alguns dos mais
célebres: o "Sermão da Quinta Dominga da Quaresma", o "Sermão da Sexagésima", o "Sermão pelo Bom Sucesso
das Armas de Portugal Contra as de Holanda", o "Sermão do Bom Ladrão", e o "Sermão de Santo António aos
Peixes" entre outros.
Os seus sermões eram inflamados, belos, magistrais.
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28. Propriedade: EB 2/3 Sá Couto 4500 Espinho
Professores coordenadores/dinamizadores: Augusta Barbosa e Carminda Batista
Colaboração directa: Departamento de Ciências Sociais e Humanas
Composição e Processamento de Texto: Professoras Augusta Barbosa e Carminda
Batista
Offset: Sr. Hugo Castro
Tiragem deste número:700 ex.
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