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Condomínio Anêmona- Ubatuba SP
 Construído em 1993
 Após período difícil a empresa que iniciou o serviço decreta falência e
passa a construção para outra empresa
 48 apartamentos distribuídos em dois blocos de quatro andares cada (A e
B)
 Área construída= 3837m²
 Estacas pré-moldadas de concreto armado, cravadas por marteletes
mecânicos (d=30cm, profundidade= 25m)
 Vigas baldrame
 Lajes nervuradas pré-fabricadas (h=15cm)
 Alvenaria armada com blocos estruturais de concreto (14x 19x 39cm)
 Térreo feito com pilares-parede e graute nos vazios dos blocos
 Emboço e reboco no revestimento externo
 Emboço e massa fina de gesso internamente
 Áreas molhadas com azulejos até o teto
 Semanas antes do acidente condôminos relataram um grande
deslocamento de aproximadamente 30cm no piso do estacionamento sob
o Bloco “B”
 O recalque do solo foi considerado, na época, “normal” e corrigido com o
acréscimo de solo até atingir a cota de projeto
 O mesmo problema foi verificado no estacionamento do Bloco “A” porém
em menores proporções
 Além destas ocorrências não foram observadas outras anomalias
estruturais tais como trincas
 Colapso repentino em 17 de maio de 2001 (Bloco B)
Bloco “A”
- Colapso parcial Bloco “B”
Deslocamento horizontal do edifício
- Anamnese (ana= trazer de novo; mnesis= memória)- Levantamento
histórico do edifício
- Modelos numéricos (simular a estrutura antes do colapso e
determinar as reações de apoio nas estacas)
- Ensaios (avaliar as características do solo de fundação)
 Geotécnicos
 Estruturais
- Carregamento linear
 Estruturais
- Carregamento nas estacas
 Método
- Tschebotarioff
- Beer & Wallays
 Foi constatado, pelos métodos citados, que eram necessários 43cm² de área da
armadura longitudinal nas estacas
 Devido a falta de armadura, pressões realizadas pelas camadas de solo
combinadas aos carregamentos da estrutura, romperam as estacas por flexo-
compressão
 A principal causa do acidente foi um escorregamento do solo localizado sob o
aterro
 Esse escorregamento teve como origem a diferença de pressão exercida no solo
perto do aterro, devido à diferença de nível entre os lados de dentro e de fora do
terreno
 Ficou evidente que o aterro localizado sobre o pavimento térreo e o sistema de
fundação do edifício não estavam adequados para o tipo de solo

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Condomínio Anêmona colapsa devido a falhas na fundação

  • 2.  Construído em 1993  Após período difícil a empresa que iniciou o serviço decreta falência e passa a construção para outra empresa  48 apartamentos distribuídos em dois blocos de quatro andares cada (A e B)  Área construída= 3837m²
  • 3.  Estacas pré-moldadas de concreto armado, cravadas por marteletes mecânicos (d=30cm, profundidade= 25m)  Vigas baldrame  Lajes nervuradas pré-fabricadas (h=15cm)  Alvenaria armada com blocos estruturais de concreto (14x 19x 39cm)  Térreo feito com pilares-parede e graute nos vazios dos blocos  Emboço e reboco no revestimento externo  Emboço e massa fina de gesso internamente  Áreas molhadas com azulejos até o teto
  • 4.  Semanas antes do acidente condôminos relataram um grande deslocamento de aproximadamente 30cm no piso do estacionamento sob o Bloco “B”  O recalque do solo foi considerado, na época, “normal” e corrigido com o acréscimo de solo até atingir a cota de projeto  O mesmo problema foi verificado no estacionamento do Bloco “A” porém em menores proporções  Além destas ocorrências não foram observadas outras anomalias estruturais tais como trincas  Colapso repentino em 17 de maio de 2001 (Bloco B)
  • 6. - Colapso parcial Bloco “B”
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 13. - Anamnese (ana= trazer de novo; mnesis= memória)- Levantamento histórico do edifício - Modelos numéricos (simular a estrutura antes do colapso e determinar as reações de apoio nas estacas) - Ensaios (avaliar as características do solo de fundação)
  • 15.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.  Foi constatado, pelos métodos citados, que eram necessários 43cm² de área da armadura longitudinal nas estacas  Devido a falta de armadura, pressões realizadas pelas camadas de solo combinadas aos carregamentos da estrutura, romperam as estacas por flexo- compressão  A principal causa do acidente foi um escorregamento do solo localizado sob o aterro  Esse escorregamento teve como origem a diferença de pressão exercida no solo perto do aterro, devido à diferença de nível entre os lados de dentro e de fora do terreno  Ficou evidente que o aterro localizado sobre o pavimento térreo e o sistema de fundação do edifício não estavam adequados para o tipo de solo