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O Prontuário
                                                                                                Programa	de	Educação	Tutorial
                                                                                                Faculdade de Medicina
                                                                                                Universidade	Federal	de	Mato	Grosso

                                                                                                Cuiabá,	03/2011	-	Ano	2	-	Edição	5




                                                                                       2
                                                                   Bem-vindos,	calouros!
                                                                   Chega de simulados, Vestibular, ENEM... Agora farão parte
                                                                   de suas vidas a Anatomia, a Fisiologia e as tão esperadas
                                                                   tutorias! Lembrem-se: o trote violento é crime e totalmente
                                                                   desestimulado pela FM e pela UFMT. Aproveite a vida uni-
                                                                   versitária estudando com afinco e participando das variadas
                                                                   atividades extracurriculares oferecidas. Dentre elas citamos:
                                                                   •	     Projeto	Começando	Cedo
                                                                   •	     Ligas	Acadêmicas:	LAES,	LAF,	LAGeM...
                                                                   •	     Atlética	A.A.A.P.H.K.
                                                                   •	     Bateria	Metralha


  3
  Resistência	ao	câncer
  Estudos apontam um gene que permite às células cancerí-
  genas livrarem-se de drogas como o Taxol.
  Dois estudos realizados independentemente apontaram um
                                                                                 Atividades
  gene	 responsável	 por	 parte	 dessa	 resistência.	 Essa	 des-
  coberta	pode	ajudar	os	oncologistas	a	predizerem	quais	de	                integradoras	do	PET
  seus pacientes responderão a tratamentos com o Taxol e
                                                                           O	Programa	de	Educação	Tutorial	(PET)	foi	criado	para	
  fármacos	de	ação	similar.	Aponta	também	novas	tendências	
                                                                           apoiar	 atividades	 acadêmicas	 que	 integram	 ensino,	
  terapêuticas	para	o	câncer.
                                                                           pesquisa e extensão.


                                                                                                                            4
                     Fale com O PRONTUÁRIO:
                     oprontuariofm@gmail.com
                     www.jornaloprontuario.blogspot.com
O PRONTUÁRIO

Editorial
        Em virtude dos excelentes resulta-         Neste semestre, terá início a quadragésima        seguintes temas: Educação e Saúde, Tecnologia
dos obtidos com o projeto de Reativação do         oitava turma do curso e a quinta turma a cursar   e Saúde, Informação e Saúde e Ambiência
Jornal do Centro Acadêmico XIII de Abril           o novo Projeto Político-Pedagógico do Curso       Universitária.
da Faculdade de Ciências Médicas/UFMT              de Medicina da UFMT, que adota metodologias               Por fim, temos um desafio para os novos
(CAMED) nos anos de 2009 e 2010, a equipe          ativas de aprendizagem.                           acadêmicos de Medicina num divertido jogo de
do Programa de Educação Tutorial (PET) da                  Apresentamos uma matéria que trata        palavras cruzadas sobre Neuroanatomia, con-
Medicina decidiu dar continuidade ao trabalho      da descoberta de um gene capaz de permitir        teúdo trabalhado no primeiro semestre do curso.
desenvolvido com competência pelos alunos do       o desenvolvimento de resistência contra qui-
CAMED. Esta é, portanto, a quinta edição do        mioterápicos. Estes estudos podem, no futuro,
jornal “O Prontuário”. Gostaríamos de dedicar      auxiliar na escolha do tratamento farmacológico
esta edição do jornal a três alunos de Medicina    mais adequado para o câncer.
que se destacaram na produção das edições ante-            Informamos também o que é o Programa                        Dr. Gisele Lopes Bertolini
riores: Mariana Canevari, Juares Cividini Júnior   de Educação Tutorial (PET) e quais são suas                       Tutora do PET da Medicina
e Guilherme Tanajura.                              principais propostas de trabalho. Quatro eixos         Professora adjunta do Departamento de
        Nessa edição, iniciamos dando as boas      mestres serão implementados pelos participantes                     Ciências Básicas em Saúde
vindas aos novos acadêmicos de Medicina.           do grupo, sendo organizados e estimulados os                   Faculdade de Medicina - UFMT




Bem-vindos!
        Novos acadêmicos, sejam bem-vindos à Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Mato Grosso! Em 2011, o Curso de Medicina da
UFMT completa 31 anos. A missão do curso é “formar o médico generalista,
através de metodologias ativas de ensino e em ambientes apropriados, propor-
cionando-lhe formação compatível com os vários níveis de atenção à saúde e
conhecimento técnico, científico e humanístico que o capacite a identificar,
conhecer, vivenciar os problemas de saúde do indivíduo e da comunidade e
a participar da solução dos mesmos, agindo com criatividade, espírito crítico-
científico e de acordo com princípios éticos”.
        Visando atender as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação Em Medicina Ministério da Educação e adequar o currículo aos
novos métodos de ensino médico, houve em 2009 a aprovação do novo Projeto
Pedagógico do Curso de Medicina (PPC) pelo Conselho de Ensino e Pesquisa
(CONSEPE) da UFMT. Atualmente, o curso de Medicina Bacharelado está
estruturado em regime seriado semestral, priorizando o conhecimento integrado
e organizado de acordo com os ciclos de vida do ser humano, valorizando o
relacionamento ético e estimulando a inserção precoce do aluno na rede do
sistema único de saúde. A carga horária total é de 9620 horas, sendo 4500
horas em regime de internato médico realizado durante o quinto e sexto ano do
curso. Em 2004 e 2008, o curso de medicina da Universidade Federal de Mato
Grosso foi avaliado com o conceito A (o mais elevado, considerado o conceito
de excelência) através do Exame Nacional dos Estudantes (ENADE).
        A FM conta com um Centro Acadêmico (CAMED), grupo que dá voz
aos alunos e nos representa através do discente Victor Hugo da Veiga Jardim,
coordenador geral do CAMED. Existem também Ligas Acadêmicas na facul-
dade, focadas no estudo das mais diversas áreas: Genética Médica (LAGeM),
Anatomia (LANA), Educação e Saúde (LAES); Os processos seletivos cos-
tumam ocorrer anualmente, procure os ligantes para mais informações. Projetos
como o Começando Cedo ajudam na inserção precoce do aluno no ambiente
hospitalar, e a Atlética Metralha promove a prática esportiva e musical dos dis-
centes.
                                     Fernanda Bacagini Guedes - 3º semestre
                                      Gabriel Lopes de Amorim - 3º semestre




   Expediente
      Publicação experimental dos estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso.

      Equipe Editorial e Redatores:                         Revisores:
      Fernanda Bacagini Guedes                              Alexandre Paulo Machado
      Gabriel Lopes de Amorim                               Gisele Lopes Bertolini

      Diagramação e Colaboração:
      Vicente Mamede de Arruda Filho



  2
O PRONTUÁRIO

Como os tumores resistem à quimioterapia
                                                     Estudos apontam um              Ainda assim, existem numerosas maneiras de resistir ao Taxol e
                                           gene que permite às células       seus similares. As células cancerígenas podem conter tubulina mutada, o
                                           cancerígenas livrarem-se de       que significa que as drogas anti-tubulina sequer ligam-se aos seus substra-
                                           drogas como o Taxol.              tos. Ou elas podem conter bombas protéicas extras, o que facilita a elimi-
                                                     Drogas quimioter-       nação rápida das drogas quimioterápicas. Anthony Letai, um oncologista
                                           ápicas potentes como o            do Instituto de Câncer Dana-Farber, afirma que a importância do MCL1
                                           Taxol (paclitaxel) induzem        em conferir resistência às drogas provavelmente varia conforme o tipo de
                                           as células cancerígenas a se      câncer.
                                           autodestruírem, mas alguns                “Como em qualquer estudo, você não sabe se os resultados podem
                                           tumores       insistentemente     ser aplicáveis a outras linhagens celulares, além das pesquisadas”, diz
                                           resistem ao tratamento.           Letai. “Provavelmente existem muitas outras linhagens de células nas
                                                     Dois estudos realiza-   quais esses efeitos não são observáveis”. O truque, ele completa, será
                                           dos independentemente apon-       descobrir quais tipos de cânceres seguem esse modelo.
                                           taram um gene responsável                 Bruce Clurman, um oncologista e biólogo molecular do “Fred
                                           por parte dessa resistência.      Hutchinson Cancer Research Centre”, em Seattle, Washington, diz que
                                           Essa descoberta pode ajudar       as descobertas são excitantes e provocantes, mas ainda preliminares. Ele
os oncologistas a predizerem quais de seus pacientes responderão a trata-    menciona ainda que a FBW7 direciona uma série de proteínas para a
mentos com o Taxol e fármacos de ação similar. Aponta também novas           destruição, não apenas a MCL1. “Quando você rompe a FBW7, é difícil
tendências terapêuticas para o câncer.                                       saber quais serão os efeitos seguintes no desenvolvimento do câncer.”
        O Taxol pertence a uma classe de drogas quimioterápicas que tra-     Esses estudos focaram o papel do FBW7 na regulação do MCL1, mas
balham se acoplando à tubulina, uma proteína chave na rede de filamentos     “certamente está muito distante de toda a história”, ele diz.
que mantém a estrutura celular. Células atacadas por drogas anti-tubulina
“tentam se dividir, mas não conseguem”, nas palavras de Ingrid Wertz,         Reflita
uma bióloga molecular da Companhia de Biotecnologia Genentech, de              • Se as células “tentam se dividir, mas não conseguem”, qual fase do
São Francisco, Califórnia.                                                   ciclo celular é interrompida? (A resposta está no primeiro link sugerido).
        As células cancerígenas que respondem ao Taxol eventualmente           • A variedade de genes envolvidos nos muitos tipos e subtipos de câncer
morrem, mas outras células resistem ao tratamento. Em 2007, Wertz            é imensa. Para você vale a pena despender tempo, recursos humanos
e seus colaboradores começaram a se perguntar por quê. Os cientistas         e materiais na cura de neoplasias enquanto as três principais causas de
descobriram que, nas células que respondiam ao tratamento, os níveis         morte no mundo segundo a OMS são as doenças cardiovasculares, as
de uma determinada proteína celular, a MCL1 – que faz parte de uma           infecções respiratórias e a diarréia? (Fonte: http://migre.me/40ZSK)
família conhecida por afetar o ciclo de vida celular – foram notadamente
mais baixos depois do uso de Taxol (e de outra droga anti-tubulina, a vin-    Links recomendados
cristina). Experimentos posteriores mostraram que a proteína FBW7, que        • Para detalhes bioquímicos sobre a ação do paclitaxel sobre os
combate o câncer, estava destruindo a MCL1.                                  microtúbulos: http://migre.me/40ZR5
        Defeitos no gene da proteína FBW7 já foram relacionados com           • Notícia do Portal de Oncologia Português sobre a descoberta de um
vários tipos de câncer, entre eles câncer nas mamas e no cólon. Wertz        gene responsável pela resistência a um subtipo de câncer de mama:
inferiu que a ausência desse gene pode estar particularmente relacionada      http://migre.me/40ZNQ
a altos níveis de MCL1 e explicar porque certas células cancerígenas não      • Artigo original da pesquisadora Ingrid Wertz: http://migre.me/40ZPR
morrem quando são tratadas com drogas anti-tubulina.
        Seguramente, os pesquisadores observaram que as células de
tumores nos ovários e no cólon com mutações no gene da FBW7 pos-
suíam elevados níveis da proteína MCL1 e eram mais resistentes a drogas
                                                                              Glossário
anti-tubulina do que células com cópias funcionantes do gene.
                                                                                        • Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100
                                                                                doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno)
 Caminho diferente, mesmo resultado                                             de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se
                                                                                (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidam-
        Concomitantemente ao estudo de Ingrid Wertz, Wenyi Wei,                 ente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis,
um biólogo molecular do “Beth Israel Deaconess Medical Center”, em              determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancer-
Boston, Massachusetts, junto com seus colaboradores, também estava              osas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno
pesquisando os efeitos do FBW7. O grupo de Wei estava focado em                 significa simplesmente uma massa localizada de células que se
uma doença em particular: a Leucemia-Linfoma Aguda das células T                multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido origi-
(T-ALL), na qual estima-se que em 30% dos casos existam células com             nal, raramente constituindo um risco de vida.
defeitos na FBW7. Essas células possuíam altos níveis de outras proteínas               • FBW7 (F-box and WD repeat domain containing 7):
que normalmente induzem a morte celular, e mesmo assim sobreviveram.            combate o cancer. Sua localização é 4q313.
A busca de uma resposta por Wei e seus colaboradores levou-os a mesma                   • MCL1 (myeloid cell leukemia sequence 1): afeta o ciclo
explicação: sem a proteína FBW7, as células não quebram a MCL1, o               cellular. Sua isoforma 1 inibe a apoptose, enquanto a isoforma 2
que é um passo importante para suas mortes. “Nós fomos em direções              promove. Localização: 1q21.
opostas, mas chegamos a mesma conclusão”, diz Wertz, “o que foi muito                   • Tubulinas são proteínas globulares do tipo alfa ou
legal”.                                                                         beta que, unindo-se através de ligações não-covalentes, formam
        Wei e seus colaboradores também acharam uma ligação com a               microtúbulos, estruturas cilíndricas ocas.
resistência às drogas. Eles expuseram as células T-ALL à ABT-737, uma
droga experimental, que não ataca a tubulina, mas mata pelo bloqueio de          Fontes:
outras proteínas essenciais à sobrevivência celular. Novamente, as células       Bionet UFMT (Microtúbulos) - http://migre.me/416lm
com um defeito na FBW7, e altos níveis de MCL1, são menos sensíveis às           INCA (O que é o câncer?) - http://migre.me/416hZ
drogas. Mas os pesquisadores encontraram um jeito de resolver esse prob-         Pubmed (FBW7) - http://migre.me/416nz
lema: tratando as células com sorafenib, que abaixa os níveis de MCL1 e          Pubmed (MCL1) - http://migre.me/416ow
restaura a sensibilidade das células aos fármacos experimentais.
        Os estudos sugerem que os oncologistas podem ser aptos a moldar
seus tratamentos, baseados na presença ou ausência do gene produtor de                                     Fernanda Bacagini Guedes - 3º semestre
FBW7 defeituoso.                                                                                            Gabriel Lopes de Amorim - 3º semestre



                                                                                                                                                      3
O PRONTUÁRIO

O que é o PET?
        O Programa de Educação Tutorial (PET)      ambiência universitária e, principalmente, à       neira para a melhoria e promoção da saúde e
foi criado para apoiar atividades acadêmicas que   saúde, incluindo educação, tecnologia e socia-     qualidade de vida. A partir da implantação deste
integram ensino, pesquisa e extensão. Formado      lização do conhecimento gerados na univer-         PET, algumas atividades realizadas com relativo
por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET        sidade, tendo em vista, a priori, a instrumen-     sucesso poderão ser reimplementadas, aprimo-
propicia aos alunos participantes, sob a orien-    talização dos graduandos em Medicina e da          radas ou ter continuidade, e ainda haverá possi-
tação de um tutor, a realização de atividades      sociedade com finalidade de potencializar ações    bilidade de apoiar, auxiliar, estruturar, estimular
extracurriculares que complementem a forma-        promotoras de melhorias na saúde e qualidade       e organizar novas propostas que venham suprir
ção acadêmica do estudante e atendam às neces-     de vida humana. Quatro eixos mestres serão         às demandas institucionais e estudantis.
sidades do próprio curso de graduação.             implementados pelos participantes do grupo,
        A Faculdade de Medicina (FM) da            sendo organizados e estimulados os seguintes
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),        temas: Educação e Saúde, Tecnologia e Saúde,
                                                                                                      Equipe PET - Medicina:
desde sua fundação, tem contribuído significa-     Informação e Saúde e Ambiência Universitária.
tivamente com a formação acadêmica de estu-                O desenvolvimento dos quatro eixos pro-
                                                                                                      Alexandre Paulo Machado - Professor Tutor
dantes da área de saúde. O Curso de Medicina       postos ampliará expressivamente a participação
                                                                                                      Ariely Teotonio Borges - Bolsista PET
vem se destacando no ensino, sobretudo pela        dos jovens estudantes de medicina nas questões
                                                                                                      Bruna Luiza Fernandes - Bolsista PET
sua nova proposta político-pedagógica, oferta      ligadas ao bem-estar acadêmico e à saúde,          Denise Ferreira França - Voluntária PET
de cursos de capacitação, extensão e proje-        capacitando-os como agentes multiplicadores        Diogo Roberto L. Iglésias - Voluntário PET
tos que intensificam a promoção da saúde no        e difusores do conhecimento técnico-científico     Domingos Jácomo Neto - Bolsista PET
Estado de Mato Grosso. Atualmente, a FM está       e acadêmico gerados na universidade, os quais      Eliziana Ferreira D Artibale - Bolsista PET
entre os órgãos colegiados da UFMT que mais        poderão impulsionar estratégias, sobretudo em      Fernanda Bacagini Guedes - Bolsista PET
produz ações voltadas à extensão e pesquisa.       questões de saúde emergentes e que carecem         Gabriel Lopes de Amorim - Bolsista PET
Diante desse contexto e relevância do Curso de     de maior atenção, inclusive aquelas decorren-      Gabriella Bastos de Castro - Bolsista PET
Graduação em Medicina para a UFMT e socie-         tes das desigualdades que assolam a sociedade      Giovanna Pereira Tardin - Bolsista PET
dade mato-grossense, justifica-se a implantação    brasileira.                                        Marielly Christina dos Santos - Voluntária PET
do PET em Medicina com objetivo de intensifi-              A inclusão do PET, visando desenvolver     Marta Carolina Marques Sousa - Voluntária PET
car os seus trabalhos para fortalecer o ensino e   temas relevantes ligados à Saúde, se justifica     Monique Guilarducci Laureano - Bolsista PET
socialização da saúde e ciências biomédicas.       pela enorme importância de temáticas que vêm       Natalia Ferreira D Artibale - Voluntária PET
        O PET, inserido no contexto do Projeto     a contribuir com melhoria do ensino e capaci-      Paulo Silva Reis - Bolsista PET
Pedagógico Institucional (PDI), visa articu-       tação dos estudantes, profissionais, voluntários   Pedro Henrique Bauth Silva - Bolsista PET
lar suas atividades em temas relacionados à        e comunidades que buscam atuar sobrema-            Renata Andrade Mello - Bolsista PET



Divirta-se!




                                                                   HORIZONTAIS
                                                                   1 – É um nervo misto. Inervação parassimpática para o m. liso da traqueia,
                                                                   brônquios, trato digestório e m. cardíaco (entre muitas outras).
                                                                   2 – IX par. É um nervo misto.
                                                                   5 – Nervo motor somático.
                                                                   7 – Sai do crânio através dos forames da lâmina cribiforme.
                                                                   10 – XI par. Nervo motor somático.
                                                                   11 – É o motor somático. Inerva os mm. da língua, exceto o m. palatoglosso.


                                                                   VERTICAIS
                                                                   3 – Sai do crânio através da fissura orbital superior.
                                                                   4 – IV par de nervos cranianos.
                                                                   6 – Sai do crânio através do canal óptico.
                                                                   8 – Divide-se em três nervos: oftálmico, maxilar e mandibular.
                                                                   9 – VII par. É um nervo misto.
 Fonte: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com                  12 – Saída craniana: meato acústico interno. É um nervo sensitivo especial.

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  • 1. O Prontuário Programa de Educação Tutorial Faculdade de Medicina Universidade Federal de Mato Grosso Cuiabá, 03/2011 - Ano 2 - Edição 5 2 Bem-vindos, calouros! Chega de simulados, Vestibular, ENEM... Agora farão parte de suas vidas a Anatomia, a Fisiologia e as tão esperadas tutorias! Lembrem-se: o trote violento é crime e totalmente desestimulado pela FM e pela UFMT. Aproveite a vida uni- versitária estudando com afinco e participando das variadas atividades extracurriculares oferecidas. Dentre elas citamos: • Projeto Começando Cedo • Ligas Acadêmicas: LAES, LAF, LAGeM... • Atlética A.A.A.P.H.K. • Bateria Metralha 3 Resistência ao câncer Estudos apontam um gene que permite às células cancerí- genas livrarem-se de drogas como o Taxol. Dois estudos realizados independentemente apontaram um Atividades gene responsável por parte dessa resistência. Essa des- coberta pode ajudar os oncologistas a predizerem quais de integradoras do PET seus pacientes responderão a tratamentos com o Taxol e O Programa de Educação Tutorial (PET) foi criado para fármacos de ação similar. Aponta também novas tendências apoiar atividades acadêmicas que integram ensino, terapêuticas para o câncer. pesquisa e extensão. 4 Fale com O PRONTUÁRIO: oprontuariofm@gmail.com www.jornaloprontuario.blogspot.com
  • 2. O PRONTUÁRIO Editorial Em virtude dos excelentes resulta- Neste semestre, terá início a quadragésima seguintes temas: Educação e Saúde, Tecnologia dos obtidos com o projeto de Reativação do oitava turma do curso e a quinta turma a cursar e Saúde, Informação e Saúde e Ambiência Jornal do Centro Acadêmico XIII de Abril o novo Projeto Político-Pedagógico do Curso Universitária. da Faculdade de Ciências Médicas/UFMT de Medicina da UFMT, que adota metodologias Por fim, temos um desafio para os novos (CAMED) nos anos de 2009 e 2010, a equipe ativas de aprendizagem. acadêmicos de Medicina num divertido jogo de do Programa de Educação Tutorial (PET) da Apresentamos uma matéria que trata palavras cruzadas sobre Neuroanatomia, con- Medicina decidiu dar continuidade ao trabalho da descoberta de um gene capaz de permitir teúdo trabalhado no primeiro semestre do curso. desenvolvido com competência pelos alunos do o desenvolvimento de resistência contra qui- CAMED. Esta é, portanto, a quinta edição do mioterápicos. Estes estudos podem, no futuro, jornal “O Prontuário”. Gostaríamos de dedicar auxiliar na escolha do tratamento farmacológico esta edição do jornal a três alunos de Medicina mais adequado para o câncer. que se destacaram na produção das edições ante- Informamos também o que é o Programa Dr. Gisele Lopes Bertolini riores: Mariana Canevari, Juares Cividini Júnior de Educação Tutorial (PET) e quais são suas Tutora do PET da Medicina e Guilherme Tanajura. principais propostas de trabalho. Quatro eixos Professora adjunta do Departamento de Nessa edição, iniciamos dando as boas mestres serão implementados pelos participantes Ciências Básicas em Saúde vindas aos novos acadêmicos de Medicina. do grupo, sendo organizados e estimulados os Faculdade de Medicina - UFMT Bem-vindos! Novos acadêmicos, sejam bem-vindos à Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso! Em 2011, o Curso de Medicina da UFMT completa 31 anos. A missão do curso é “formar o médico generalista, através de metodologias ativas de ensino e em ambientes apropriados, propor- cionando-lhe formação compatível com os vários níveis de atenção à saúde e conhecimento técnico, científico e humanístico que o capacite a identificar, conhecer, vivenciar os problemas de saúde do indivíduo e da comunidade e a participar da solução dos mesmos, agindo com criatividade, espírito crítico- científico e de acordo com princípios éticos”. Visando atender as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação Em Medicina Ministério da Educação e adequar o currículo aos novos métodos de ensino médico, houve em 2009 a aprovação do novo Projeto Pedagógico do Curso de Medicina (PPC) pelo Conselho de Ensino e Pesquisa (CONSEPE) da UFMT. Atualmente, o curso de Medicina Bacharelado está estruturado em regime seriado semestral, priorizando o conhecimento integrado e organizado de acordo com os ciclos de vida do ser humano, valorizando o relacionamento ético e estimulando a inserção precoce do aluno na rede do sistema único de saúde. A carga horária total é de 9620 horas, sendo 4500 horas em regime de internato médico realizado durante o quinto e sexto ano do curso. Em 2004 e 2008, o curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso foi avaliado com o conceito A (o mais elevado, considerado o conceito de excelência) através do Exame Nacional dos Estudantes (ENADE). A FM conta com um Centro Acadêmico (CAMED), grupo que dá voz aos alunos e nos representa através do discente Victor Hugo da Veiga Jardim, coordenador geral do CAMED. Existem também Ligas Acadêmicas na facul- dade, focadas no estudo das mais diversas áreas: Genética Médica (LAGeM), Anatomia (LANA), Educação e Saúde (LAES); Os processos seletivos cos- tumam ocorrer anualmente, procure os ligantes para mais informações. Projetos como o Começando Cedo ajudam na inserção precoce do aluno no ambiente hospitalar, e a Atlética Metralha promove a prática esportiva e musical dos dis- centes. Fernanda Bacagini Guedes - 3º semestre Gabriel Lopes de Amorim - 3º semestre Expediente Publicação experimental dos estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso. Equipe Editorial e Redatores: Revisores: Fernanda Bacagini Guedes Alexandre Paulo Machado Gabriel Lopes de Amorim Gisele Lopes Bertolini Diagramação e Colaboração: Vicente Mamede de Arruda Filho 2
  • 3. O PRONTUÁRIO Como os tumores resistem à quimioterapia Estudos apontam um Ainda assim, existem numerosas maneiras de resistir ao Taxol e gene que permite às células seus similares. As células cancerígenas podem conter tubulina mutada, o cancerígenas livrarem-se de que significa que as drogas anti-tubulina sequer ligam-se aos seus substra- drogas como o Taxol. tos. Ou elas podem conter bombas protéicas extras, o que facilita a elimi- Drogas quimioter- nação rápida das drogas quimioterápicas. Anthony Letai, um oncologista ápicas potentes como o do Instituto de Câncer Dana-Farber, afirma que a importância do MCL1 Taxol (paclitaxel) induzem em conferir resistência às drogas provavelmente varia conforme o tipo de as células cancerígenas a se câncer. autodestruírem, mas alguns “Como em qualquer estudo, você não sabe se os resultados podem tumores insistentemente ser aplicáveis a outras linhagens celulares, além das pesquisadas”, diz resistem ao tratamento. Letai. “Provavelmente existem muitas outras linhagens de células nas Dois estudos realiza- quais esses efeitos não são observáveis”. O truque, ele completa, será dos independentemente apon- descobrir quais tipos de cânceres seguem esse modelo. taram um gene responsável Bruce Clurman, um oncologista e biólogo molecular do “Fred por parte dessa resistência. Hutchinson Cancer Research Centre”, em Seattle, Washington, diz que Essa descoberta pode ajudar as descobertas são excitantes e provocantes, mas ainda preliminares. Ele os oncologistas a predizerem quais de seus pacientes responderão a trata- menciona ainda que a FBW7 direciona uma série de proteínas para a mentos com o Taxol e fármacos de ação similar. Aponta também novas destruição, não apenas a MCL1. “Quando você rompe a FBW7, é difícil tendências terapêuticas para o câncer. saber quais serão os efeitos seguintes no desenvolvimento do câncer.” O Taxol pertence a uma classe de drogas quimioterápicas que tra- Esses estudos focaram o papel do FBW7 na regulação do MCL1, mas balham se acoplando à tubulina, uma proteína chave na rede de filamentos “certamente está muito distante de toda a história”, ele diz. que mantém a estrutura celular. Células atacadas por drogas anti-tubulina “tentam se dividir, mas não conseguem”, nas palavras de Ingrid Wertz, Reflita uma bióloga molecular da Companhia de Biotecnologia Genentech, de • Se as células “tentam se dividir, mas não conseguem”, qual fase do São Francisco, Califórnia. ciclo celular é interrompida? (A resposta está no primeiro link sugerido). As células cancerígenas que respondem ao Taxol eventualmente • A variedade de genes envolvidos nos muitos tipos e subtipos de câncer morrem, mas outras células resistem ao tratamento. Em 2007, Wertz é imensa. Para você vale a pena despender tempo, recursos humanos e seus colaboradores começaram a se perguntar por quê. Os cientistas e materiais na cura de neoplasias enquanto as três principais causas de descobriram que, nas células que respondiam ao tratamento, os níveis morte no mundo segundo a OMS são as doenças cardiovasculares, as de uma determinada proteína celular, a MCL1 – que faz parte de uma infecções respiratórias e a diarréia? (Fonte: http://migre.me/40ZSK) família conhecida por afetar o ciclo de vida celular – foram notadamente mais baixos depois do uso de Taxol (e de outra droga anti-tubulina, a vin- Links recomendados cristina). Experimentos posteriores mostraram que a proteína FBW7, que • Para detalhes bioquímicos sobre a ação do paclitaxel sobre os combate o câncer, estava destruindo a MCL1. microtúbulos: http://migre.me/40ZR5 Defeitos no gene da proteína FBW7 já foram relacionados com • Notícia do Portal de Oncologia Português sobre a descoberta de um vários tipos de câncer, entre eles câncer nas mamas e no cólon. Wertz gene responsável pela resistência a um subtipo de câncer de mama: inferiu que a ausência desse gene pode estar particularmente relacionada http://migre.me/40ZNQ a altos níveis de MCL1 e explicar porque certas células cancerígenas não • Artigo original da pesquisadora Ingrid Wertz: http://migre.me/40ZPR morrem quando são tratadas com drogas anti-tubulina. Seguramente, os pesquisadores observaram que as células de tumores nos ovários e no cólon com mutações no gene da FBW7 pos- suíam elevados níveis da proteína MCL1 e eram mais resistentes a drogas Glossário anti-tubulina do que células com cópias funcionantes do gene. • Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) Caminho diferente, mesmo resultado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidam- Concomitantemente ao estudo de Ingrid Wertz, Wenyi Wei, ente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, um biólogo molecular do “Beth Israel Deaconess Medical Center”, em determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancer- Boston, Massachusetts, junto com seus colaboradores, também estava osas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno pesquisando os efeitos do FBW7. O grupo de Wei estava focado em significa simplesmente uma massa localizada de células que se uma doença em particular: a Leucemia-Linfoma Aguda das células T multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido origi- (T-ALL), na qual estima-se que em 30% dos casos existam células com nal, raramente constituindo um risco de vida. defeitos na FBW7. Essas células possuíam altos níveis de outras proteínas • FBW7 (F-box and WD repeat domain containing 7): que normalmente induzem a morte celular, e mesmo assim sobreviveram. combate o cancer. Sua localização é 4q313. A busca de uma resposta por Wei e seus colaboradores levou-os a mesma • MCL1 (myeloid cell leukemia sequence 1): afeta o ciclo explicação: sem a proteína FBW7, as células não quebram a MCL1, o cellular. Sua isoforma 1 inibe a apoptose, enquanto a isoforma 2 que é um passo importante para suas mortes. “Nós fomos em direções promove. Localização: 1q21. opostas, mas chegamos a mesma conclusão”, diz Wertz, “o que foi muito • Tubulinas são proteínas globulares do tipo alfa ou legal”. beta que, unindo-se através de ligações não-covalentes, formam Wei e seus colaboradores também acharam uma ligação com a microtúbulos, estruturas cilíndricas ocas. resistência às drogas. Eles expuseram as células T-ALL à ABT-737, uma droga experimental, que não ataca a tubulina, mas mata pelo bloqueio de Fontes: outras proteínas essenciais à sobrevivência celular. Novamente, as células Bionet UFMT (Microtúbulos) - http://migre.me/416lm com um defeito na FBW7, e altos níveis de MCL1, são menos sensíveis às INCA (O que é o câncer?) - http://migre.me/416hZ drogas. Mas os pesquisadores encontraram um jeito de resolver esse prob- Pubmed (FBW7) - http://migre.me/416nz lema: tratando as células com sorafenib, que abaixa os níveis de MCL1 e Pubmed (MCL1) - http://migre.me/416ow restaura a sensibilidade das células aos fármacos experimentais. Os estudos sugerem que os oncologistas podem ser aptos a moldar seus tratamentos, baseados na presença ou ausência do gene produtor de Fernanda Bacagini Guedes - 3º semestre FBW7 defeituoso. Gabriel Lopes de Amorim - 3º semestre 3
  • 4. O PRONTUÁRIO O que é o PET? O Programa de Educação Tutorial (PET) ambiência universitária e, principalmente, à neira para a melhoria e promoção da saúde e foi criado para apoiar atividades acadêmicas que saúde, incluindo educação, tecnologia e socia- qualidade de vida. A partir da implantação deste integram ensino, pesquisa e extensão. Formado lização do conhecimento gerados na univer- PET, algumas atividades realizadas com relativo por grupos tutoriais de aprendizagem, o PET sidade, tendo em vista, a priori, a instrumen- sucesso poderão ser reimplementadas, aprimo- propicia aos alunos participantes, sob a orien- talização dos graduandos em Medicina e da radas ou ter continuidade, e ainda haverá possi- tação de um tutor, a realização de atividades sociedade com finalidade de potencializar ações bilidade de apoiar, auxiliar, estruturar, estimular extracurriculares que complementem a forma- promotoras de melhorias na saúde e qualidade e organizar novas propostas que venham suprir ção acadêmica do estudante e atendam às neces- de vida humana. Quatro eixos mestres serão às demandas institucionais e estudantis. sidades do próprio curso de graduação. implementados pelos participantes do grupo, A Faculdade de Medicina (FM) da sendo organizados e estimulados os seguintes Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), temas: Educação e Saúde, Tecnologia e Saúde, Equipe PET - Medicina: desde sua fundação, tem contribuído significa- Informação e Saúde e Ambiência Universitária. tivamente com a formação acadêmica de estu- O desenvolvimento dos quatro eixos pro- Alexandre Paulo Machado - Professor Tutor dantes da área de saúde. O Curso de Medicina postos ampliará expressivamente a participação Ariely Teotonio Borges - Bolsista PET vem se destacando no ensino, sobretudo pela dos jovens estudantes de medicina nas questões Bruna Luiza Fernandes - Bolsista PET sua nova proposta político-pedagógica, oferta ligadas ao bem-estar acadêmico e à saúde, Denise Ferreira França - Voluntária PET de cursos de capacitação, extensão e proje- capacitando-os como agentes multiplicadores Diogo Roberto L. Iglésias - Voluntário PET tos que intensificam a promoção da saúde no e difusores do conhecimento técnico-científico Domingos Jácomo Neto - Bolsista PET Estado de Mato Grosso. Atualmente, a FM está e acadêmico gerados na universidade, os quais Eliziana Ferreira D Artibale - Bolsista PET entre os órgãos colegiados da UFMT que mais poderão impulsionar estratégias, sobretudo em Fernanda Bacagini Guedes - Bolsista PET produz ações voltadas à extensão e pesquisa. questões de saúde emergentes e que carecem Gabriel Lopes de Amorim - Bolsista PET Diante desse contexto e relevância do Curso de de maior atenção, inclusive aquelas decorren- Gabriella Bastos de Castro - Bolsista PET Graduação em Medicina para a UFMT e socie- tes das desigualdades que assolam a sociedade Giovanna Pereira Tardin - Bolsista PET dade mato-grossense, justifica-se a implantação brasileira. Marielly Christina dos Santos - Voluntária PET do PET em Medicina com objetivo de intensifi- A inclusão do PET, visando desenvolver Marta Carolina Marques Sousa - Voluntária PET car os seus trabalhos para fortalecer o ensino e temas relevantes ligados à Saúde, se justifica Monique Guilarducci Laureano - Bolsista PET socialização da saúde e ciências biomédicas. pela enorme importância de temáticas que vêm Natalia Ferreira D Artibale - Voluntária PET O PET, inserido no contexto do Projeto a contribuir com melhoria do ensino e capaci- Paulo Silva Reis - Bolsista PET Pedagógico Institucional (PDI), visa articu- tação dos estudantes, profissionais, voluntários Pedro Henrique Bauth Silva - Bolsista PET lar suas atividades em temas relacionados à e comunidades que buscam atuar sobrema- Renata Andrade Mello - Bolsista PET Divirta-se! HORIZONTAIS 1 – É um nervo misto. Inervação parassimpática para o m. liso da traqueia, brônquios, trato digestório e m. cardíaco (entre muitas outras). 2 – IX par. É um nervo misto. 5 – Nervo motor somático. 7 – Sai do crânio através dos forames da lâmina cribiforme. 10 – XI par. Nervo motor somático. 11 – É o motor somático. Inerva os mm. da língua, exceto o m. palatoglosso. VERTICAIS 3 – Sai do crânio através da fissura orbital superior. 4 – IV par de nervos cranianos. 6 – Sai do crânio através do canal óptico. 8 – Divide-se em três nervos: oftálmico, maxilar e mandibular. 9 – VII par. É um nervo misto. Fonte: http://laboratoriodeanatomia.blogspot.com 12 – Saída craniana: meato acústico interno. É um nervo sensitivo especial. 4