2. A Vera.
Esposa, amiga e companheira
A Leandro e Larissa
Filhos queridos de nossa realização
A meus pais.
que lia simplicidade transformaram os
momentos de suas vicias em lições de
vivência para nós filhos.
3. .• Sábios são os que no meio do mundo
descobrem o mundo do próprio eu.
.• No caminhar, há momento de vagos
espaços que traduzem a vida, reflitindo
na consciência a sensibilidade do
mundo interior e revelando o próprio eu.
4. Agradecimentos a:
•. Dr. JOSÉ HENRIQUE MORAIS DE OLIVEIRA
Administrador exímio que faz da
Prefeitura a casa do povo .
•. IBICARA/ ..
Terra sal/ta que amo desde a Infância. .. -
•. POVO DE IBICARA[
Minha [ani ília e fO/1te de inspiração.
5.
6. Pensamentos
1. Nos caminhos 'tortuosos da vida
Faz-se reta a estrada para morte.
2. Se procurássemos ouvir o quanto falamos,
entenderíamos melhor e aceitaríamos mais
as verdades que não gostamos de ouvir.
3. Sábios são os que no meio do mundo
descobrem o mundo do próprio eu.
4. Se a humanidade procurasse descobrir
o valor inerente a todo ser humano,
descobriria verdadeiros homens.
5. Na reticência ... Vida
Ponto Final.
Morte
6. No trabalho dos homens, a justiça de Deus.
7. A vingança dos adultos, é a arma que
destrói as crianças.
8. Antes de pensar em faze~ guerra, olhe uma
criança e sinta a verdadeira paz.
9
7.
8. ~-------------*
íNDICE ...
9 * pensamentos
13 * apresentação
15 * dados biográficos
19 _dados históricos
25 * P O E S I AS:
27 * momento de reflexão
29 *eu e meus amigos
30 * julguem-me
31 * ib ic a ra í
32 *retirante
35 *tributo ao rio
(salgado)
11
9. 37 ilO diarista
38 -teguerra
39 .0 velhoe a seca
40 -tevend-edor menino
41 .0 viciado
42 --a morte
43 -temeus caminhos .
.
44 .• sou mais um par..;
45 .eterno lar
46 .enchente
49 .ancião
50 .análise
51 ilretrdto da infância
52 <Iembr ancas
53 ildecepção
55 * O UT R OS:
57 * quantos jovens ...
58 * natal com muriçocas
59 * i nst rucão
,
63 *confissão
12
10. ...•
APRESENTACAO I
Carmine Carnuso
***
Superando toda e qualquer dificuldade, graças ao nosso
Mecena, Dr. José Henrique Morais de Oliveira, Prefeito pela
2a. vez de Ibicaraí, pudemos publicar este pequeno livreto de
poesias de um filho desta terra: Rosevaldo Oliveira Menezes.
Mesmo cientes de uma literatura sem muita expressão
e com pouco valor literário, achamos conveniente tornar
público os sentimentos íntimos do nosso poeta expressos em
versos, exemplarizando tanta juventude e inúmeros poetas
natos que, ou por falta de oportunidades ou obstados por
condições econômicas, deixam a expressão da própria arte,
sua literatura, que poderá esconder uma época, uma língua,
ideais e até mensagens para todos nós, escondida no baú de
trastes velhos ou no esquecitório da memória.
Rosevaldo jamais teve a ufania de se arvorar a escritor ou
mesmo poeta profissional, mas com uma cultura mediana, /I
Grau profissionalizante, tenta expressar em versos os
sentimentos do cidadão ibicaraisense, do homem
13
11. notoriamente voltado aos interesses da comunidade, social e
politicamente. Seus versos não têm a pretensão literária, pois
fogem a todos os esquemas da métrica, denotando porém
situações e sentimentos de uma vivência oprimida dentro de
uma sociedade materialista, egoísta e alheia aos verdadeiros
valores, suscitando uma ira incontida em seu coração anelante
de verdades entre situações adversas que o rodeiam.
Publicando estes versos, não pretendemos visar uma obra
literária ou uma obra notável para concorrer ao Prêmio
Nobel de Literatura, mas fazer com que o nosso poeta
desenvolva o dom da poesia recebido de Deus e para que a
exemplo dele outros sejam encorajados a manifestarem suas
próprias virtudes literárias, engrandecendo culturalmente a
cidade de lbiceret. O desenvolvimento de uma região sempre
depende da capacidade cultural dos habitantes.
Toda obra literária, por mais simples que possa ser,
apresenta, via de regra, em seu conteúdo, uma conceituação
positiva e humanitária, influenciando as pessoas a cederem
em seus orgulhos e serem mais irmãos e tolerantes, com mais
largueza de vista e compreensão. Isto é possível porque o
escritor com sua tentesie sempre transpassaas fronteiras da
família, dos amigos, da cidade, aportando indiferentemente
no passado, no presente e no futuro.
O presente livro, que com toda a sua singeleza demonstra,
sob diversos aspectos, a personalidade de autor, certamente
seria descartado pela Crítica Literária, mas, visem que será
um pedestal de onde o nosso jovem poeta partirá para obras
mais promissoras.
Se hoje devêssemos esperar que um livro seja escrito
somente por especialistas qualificados, jamais
conseguiríamos atingir o âmago dos sentimentos de uma
sociedade, a evolução literária teria pernas de tartarugas e a
educação de um povo condenada ao ostracismo.
Com a colaboração pessoal de uma miríade de pequenos
escritores e pequenos poetas sempre poderemos determinar
as características de um povo mais ou menos civilizado.
14
12. ,
DADOS BIOGRAFICOS
Carmine Carnuso
***
Em 4 de maio de 1953, a fazenda São Joaquim, em Pouso
Alegre, atual Almadina, viveu um dia festivo, pois acabara de
nascer um menino: Rosevaldo Oliveira Menezes, para júbilo
do Sr. Raimundo Moraes Menezes e Dona Marieta Costa
Oliveira. O pequeno garoto, terceiro entre oito irmãos,
transcorreu sua primeira infância na Fazenda Boa Vista, na
região dos Miúdos, neste municipio de lbicerei.
***
Lá pelos idos de 1959, já garoto de 6 anos, acompanhou
o Sr. Raimundo, montado num burrico, entre dois caçuás,
chegando pela primeira vez em Palestina.
Era um dia de feira, sábado.
Amarrando os animais ao pé de uma carambola, num
terreno baldio, cruzamento das ruas Padre João do Prado
com a Barão do Rio Branco, seguiram rua adentro. Tudo era
estranho e novidade para o garoto roçariano, parecendo vagar
num abismo profundo entre aquelas tuas tortas e compridas,
como monstros gigantescos. A sensação de medo fez com que
15
13. segurasse firme a mão ao pai que, seguro e com largas
passadas, seguia em frente. Toda vez que o velho parava,
cumprimentando alguém, o garoto escondia-se por entre as
pernas dele, como cachorrinho medroso diante de um perigo
iminente.
Na feira, localizada onde hoje está constru/da a Fundação
SESP, a imensidão das pessoas, parecendo um formigueiro,
assustavam o menino que só ficou aliviado ao retomar onde
tinham deixado os animais. Ali, esperando os outros afazeres
do pai, contemplava um grupo de garotos a brincar de
esconde-esconde. Teve inveja da naturalidade daqueles
coetâneos e medo de se aproximar e imitá-Ios.
Era diferente, retraído, era menino da roça ...
***
Em 1962, deu-se o retorno à cidade, onde foi trazido para
ser encaminhado nos estudos e preparado para cumprir sua
missão de cidadão honrado e respeitado dentro da sociedade
em que se encaixou desde essa época.
Aprendeu as primeiras letras no Salão Paroquial da antiga
Igreja Católica com a Professora Edith Castro. Daí por diante
tudo transcorria normalmente. Um dia, a Profa. Castro
terminou a aula mais cedo e o menino permanecendo na
escola entrou por acaso na sala ao lado, onde a Profa.
Belizene estava explicando a seus alunos que o nome da
cidade era Ibicaraí e não mais Palestina, nome ainda usado
oelos mais velhos por hábito.
***
Em seu primeiro ano de vida na cidade, o garoto vivia
alegre e contente, parecendo estar no paraíso. A vida pacata
da fazenda aos poucos foi definhando de sua memória,
entrosando-se cada vez mais com os meninos da rua e
aprendendo com eles os hábitos e as brincadeiras. À medida
que o tempo ia passando o rol de amigos inseparáveis
aumentava: Vicente Silva Correia, José Certos Teixeire, José
Raimundo, Zé Durico, todos moradores, na época, á rua da
Aréia.
Este grupo de amigos em suas brincadeiras f~ziam do
Cristo, lá no alto da Bela Vista, o ponto de pertide de suas
mais diversas peripécias.
16
14. Faz pena e até vergonha olharmos o estado de abandono
desumano a que foi condenado o Cristo e arredores; um
verdadeiro Cristo abandonado. Isso denota indiferença
humana e fraca fé, deturpando até a verdadeira imagem do
Cristo que, com seus braços abertos, ainda tenta esconder a
sujeira e imundície ali deixada. A cada parede que rui, a cada
pé de mato que cresce é como se estivéssemos vendo morrer
as melhores lembrancas da infância de tanta juventude, a
juventude de inúme;os cidadãos que viram e vêem uma
história inacabada.
definitivamente
***
Em 1966 a família Moraes Menezes mudou-se
da fazenda Boa Vista para a rua do
oMatadouro, atual 10. de Janeiro, posteriormente para a Praça
Regis Pacheco, onde até hoje a família reside, transformando
a velha casa em santuário de encontros dos que já se
libertaram pelos laços do casamento.
O aprendizado do antigo primário, époce de interessantes
e belas recordações, deu-se no Ana Nery e no Eduardo
Espinola. Em 1969, mediante exame de admissão, ingressou
na Academia de Educação Montenegro, saindo diplomado
Auxiliar de Contabilidade em 1973.
A medida que os anos estudantis foram passando a mente
do jovem foi adquirindo uma visão do mundo sempre mais
ampla, aprimorando o caráter e burilando a personalidade.
Nessa fase a cada dia o cerco de amigos aumentava:
verdadeiros seres humanos que jamais serão esquecidos,
porque todos colaboraram para o crescimento do amor que
aprendeu a ter por esta terra e pelas pessoas: Antonia Abreu
de MeIo, amiga e irmã, Dilton Teixeire, companheiro
inseparável, Elizia, Nide, Domingos Sávio, Carlos Rui,
Aliomar Vieira, Moreirinha, Nerivaldo, José Antendr, Wilson
P.C., Gilberto Esker, Tonho Durinho.
Entre as pessoas que marcaram a pesseqem do nosso
jovem pelo colégio Academia destacaram-se: Prota. Maria
Glória, Prof. Osvaldo Cunha, Prof. Julival e Prote. Waldir
Pinto Montenegro, grande e admirada mestra.
Pela ânsia de caminhar e crescer com esta cidade de
Ibicaraí, Rosevaldo matriculou-se no Centro Educacional e
lá novas experiências, novos amigos: Jorge Ceu, Reimundo
Ribeiro, Profa. Eleonora, Profa. Tercinbe, Prof. Dermicio,
17
15. Profa. Maria Sena, Profa. l.icie, Baby, Eliana, Zuina, Tia
Lila, Urânia, Cristine, Profa. Hilda, Profa. Aldaei e tantos
outros.
***
Ibicerei não é mais aquele monstro: o formigueiro
transformou-se em ninho de amor que acalenta seus sonhos,
suas ilusões, tristezas e alegrias. Aprendeu a amar esta terra
porque foi adotado por ela como filho natural e a divisar em
cada morador um verdadeiro irmão.
O medo, a timidez daquele garoto vindo da roça foram
dando lugar à esperteza e interesse no coração do jovem que
passou a lutar pela comunidade como Diretor de grêmios
estudantis, como suplente a Vereador eleito em 1976, como
coordenador do grupo jovem, como Diretor dos Clubes,
Comerciários, dos 40, e da Liga Ibicaraiense de Futebol.
Como Coordenador da Campanha Nacional "Esportes para
Todos". Escrevia para jornais de tbicsrei e Itabuna e hoje
como bom tilho desta Região dedica cada verso desta obra a
todos indistintamente, inspiradores e colaboradores das
fantasias e vtvêncies ao longo dessesanos decorridos.
lbicerei espera de cada jovem obras como esta e até bem mais
elaboradas para o enriquecimento cultural da nossa terra.
***
18
16. DADOS HISTÓRICOS
Carrnine Camuso
***
Ibicaraí, terra santa abençoada por Deus, e uma prospera
cidade cortada pela B R-415, //héus- Vitória da Conquista.
Cidade do Cacau e Pecuária, onde sua gente vive seus
costumes e sua cultura na mais refinada sutileza. Gente
acolhedora e de fino trato que sempre deixa marcas de
saudade nos corações dos que, vez ou outra, passam ou vêm
a este torrão.
Localiza-se fisiograficamente na Zona Ceceueire, para
Leste, estendendo suas terras ubertosas ao longo de vasta
região da fertil íssima bacia do Rio Colônia.
Seu clima temperado possibilita a principal atividade
econômica: Cacau/Agropecuária, o que justifica a
permanência ainda de uma boa parte da população na zona
rural. A fonte principal da economia municipal continua
sendo a cultura do Cacau seguida de uma pecuerie bem
desenvolvida e da implantação de inúmeras casas comerciais.
O inicio histórico de tbicere/ remonta a 1916, quando
Manoel Marques adquiriu uma roça ele Cetixto Primo e para
lá transferiu-se com os parentes, estobetecendo-sc A l77i1'"yem
esquerda do Rio Salgadc. O eno seguinte, 1917, nu tras
19
17. fam//ias chegaram, formando um pequeno povoado ao qual
deram o nome de Palestra, devido aos bate-papos diários
entre os moradores no barracão Central, tratando de negócios
ou simplesmente matando o tempo. Em 1920 por sugestões
do Dr. Aurélio Caldas, um dos que mais colaboraram para o
desenvolvimento do lugar, foi o topônimo primitivo
substituído pelo de Palestina, que vigorou até 31 de
dezembro de 1941, quando mudava-se definitivamente o
nome para o atual IBICARA( que em língua Tupi significa
"Terra Sagrada".
Por força de Lei Estadual nO 491, de 22 de Outubro de
1952, o território de lbicere/ foi desmembrado de Itabuna e
elevado à categoria de munic/pio, instalando-se a 7 de abril
de 1955. Desta data até os dias de hoje, várias administrações
sucederam-se:
Dr. Henrique Pimentel Sampaio
Almir Menezes
Dr. Diney Faria
Dr. Manoel de Carvalho Batista
Dr. Raimundo Cordeiro de Almeida
Dr. José Henrique Morais de Oliveira
Abdias Pedro dos Santos
Dr. José Henrique Morais de Oliveira (2a. Gestão).
Segundo o saudoso Dr. Justino Marques, "A vida pol/tice
deste municipio tem sido um verdadeiro e constante
maremoto. A conquista do curul municipal tem despertado
paixões, lutas e entrechoques altos e, por vezes, perigosos e
profundamente chocantes. Poucos têm sabido manter a
serenidade e a descrição que o momento politico exigia de
um politico de escola e educação, dando ao povo lições
marcantes de equilíbrio, de respeito e de dignidade pessoal".
(Rev. 8ahia Hoje, p.3J.
Entre todos os administradores destacamos Dr. José
Henrique Morais de Oliveira "Filho estrênuo de tbicerei,
muito cedo desde a vida estudantil, engajado nas lides
políticas, sabendo esgrimir com segurança, habilidade e
destreza a espada de ouro da batalha politica". [lbidem)
Conduziu sua primeira administração com firmeza, arte
e sutileza. Em sua segunda gestão trouxe mais experiência,
mais intuição levando seu governo com inteligência e saber,
com denodo, prudência e humanidade, beneficiando toda a
20
18. gama administrativa: Cacauicultura, indústria e comércio,
ensino público e privado, comunicações, transportes,
urbanização, saúde, etc.
Or. .José Henrique Morais de Oliveira é um verdadeiro
governante que já tem seu nome inscrito no livro das grandes
personalidades e grandes administradores desta comunidade
de Ibicaraí.
Continue Or. Henrique a seguir a sua estrela luminosa,
pois seus munícipes o estimam e lhe reconhecem o nome de
Grande Governante.
***
23
,.--
19.
20. • I
POESIAS
*-----
•
1f ROSEVALDO OLIVEIRA MENEZES
22. MOMENTO DE REFLEXÃO
Saio do estado do Materialismo e
viajo até a cidade do meu Esp írito
a procura de minha irmã Sensibilidade
e meus pais, Sr. e Sra. Sentimentos.
Decolamos na aeronave Fé/Pensamento e
seguimos para a Capital do Coração
para libertar meu irmão Amor
que estava preso e condenado
por tentativa de homic ídio
contra o poderoso Sr. Orgulho,
esposo da Senhora Vaidade,que
juntamente com sua irmã Inveja,
tentaram seduzir nosso Amor.
Com muito trabalho o libertamos e
à casa da irmã Consciência o levamos.
Jantamos ai í à base de esperança, e
seguimos pela estrada do destino,
rumo ao planeta da Realidade.
Não demorou muito tempo:
avistando o aeroporto da Miséria
fomos seguidos pela nave Poluição,
pilotada pelo ousado Progresso.
Preparando-nos para o pouso,
e com trabalho o conseguimos,
quase éramos atropelados
27
23. pela esquadrilha Menor Abandonado,
tendo ao comando osenhor Desemprego,
A nos esperar. o ministro da Economia
apontando uma indigesta Inflação 84.
Escoltados até o palácio ela Desumanidade,
a Sra. Fome, primeira Ministra,
apresentou-nos Sua Excia, o Presidente
do Pa ís da Realidade, Sr. Máquina Humana.
Este, juntamente com seu ministério:
Desorganização, ministro do planejamento,
Analfabetismo, ministro da educação,
nos passaram a triste nova:
o 20 Ministro Geral internado de indiretas,
doença que se alastra no país da Realidade.
Neste momento entra o ministro do Trabalho,
Gel. Salário Mínimo, operado de unificação,
que noticiou a ausência de Sr. Dinheiro.
vice hospitalizado, vítima de assalto
praticado pelo soldado, vulgo Assaltante,
Dona Paciência, companheira de viagem,
temerosa e precavida gesticulava a
todo momento como quisesse dizer:
nada aqui está me agradando.
Nesse vai/vem de pensamentos e temores
dona Decepção faz-se presente, convidando
a comitiva a outra sala para o Presidente
mostrar, em filmes, os projetos do futuro
seu governo. Apagam-se as Iuzes, aparece a
Realidade:
Homens destruindo homens,
máquinas destruindo máquinas,
campos e florestas devastados,
rios e lagos esvaziando-se,
a terra transformando-se em deserto,
o dia tornando-se noite.
Neste exato momento uma forte explosão, ..
Assustei ... era alguém batendo a minha porta
pedindo esmola. Não estava sonhando,
eu também fazia parte do planeta da realidade
porque neguei-lhe a esmola.
28
24. EU E MEUS AMIGOS
Eu sou Católico e o Eu tiro pedaço e o
Henrique Batista. Vicente Corràa.
Eu leio Lucas e o
Eu crio galinha e o
Arlindo Mateus.
João Pinto.
Eu corro do Diabo e o
Eu sou a rosa e o
Manoel da Cruz.
Virgílio Lyrio.
Eu vivo anos e o
Eu sou Cruzeiro e o
José Dias.
Abel Lira.
Eu sou filho e o
Eu vivo a dirigir e o
João Neto.
Aloizio Aguiar.
Eu apaixono-me e o
Eu sou frango e o
Ordival Gama.
Rui Galo.
Eu sou da roça e o
Júlio da Mata.
Moral da História:
Eu sou cabeludo e o
João Careca.
A todos sujo e o
Eu vendo flores e o
Nivaldo Meio
Rafael Ramos.
depois jogo fora e o
Eu lavo pratos e o
Alpias Guarda.
Lauro Pires.
Se eu não o fizesse o
Eu como carne e o
Dinev Faria.
Antonio Pimenta.
29
25. JULGUEM-ME
Nasci no leito de uma quimera,
Na estrutura um projeto de nobreza,
Pelos olhos venerados, ciência mera,
Jardim, esperança, irnaqern decerteza.
De alicerces profundos, és-me agora:
No obl ívio ca Ido, de imund ície flagelado,
Pelos arquitetos da nobreza jogado fora,
Pelos donos da certeza abandonado.
Vivo apenas como engalhada ruina,
Um retrato que o passado revelou,
Mostro aos homens de hoje uma sina:
A realidade em sonhos se acabou.
De braços abertos vivo a esperar
Pelas verdades deste ingrato sono:
Tantos pobres que clamam por um lar,
A meu redor construções ao abandono.
Minha paz vive dos seus atritos,
Minha luz são as suas escuridões,
Julguem-me mesmo em seus conflitos
E dêem-me um pouco de suas atenções.
Cristo abandonado de [bicara í.
30
26. IBICARAf
Cantando a tua história
uma lembrança inesquecida
Revivida e bem notória
na memória sempre vivida.
No além do ano passado
Um vasto roçado surgiu
às margens do R ia Salgado
Uma vida fértil ressurgiu.
Primeiro nome, era a vez
De Palestra, após Palestina.
Seu encanto belo') e fez
Insigne corpo de menina.
A linhagem no tempo formada,
Saudosa e jovial, vi ram crescer.
Deram o nome de Terra Sagrada
Onde nós aprendemos a viver.
Tu és Iuz que se propaga
entre todas as gerações,
És o símbolo que se afaga
No reino de nossos corações.
o teu seio é leito querido,
O cacau é teu fruto a nos dar
Alegria de termos nascido
Na terra que hei de amar.
Hoje bela como lindo dia
Portentosa, célebre e viril
Encanto desta meiga Bahia
Pedaço deste querido Brasil.
31
27. RETIRANTE
Passos incertos na estrada da vida
Segue o caminho num rumo sem porvir,
Recorda os tempos da saudade vivida
Na mente pasma a vontade de seguir.
Obnubilante cansaço segue caminhando,
Companheira, a idade mostra o passado
No rosto uma esperança de vida brilhando
Revela o dia nos passos desordenados.
Na viagem ao alento a natureza reanima
Dos momentos esquece, envolvido na pureza,
O calor do dia o corpo aquece e anima
Gota de suor desliza e mostra a nobreza.
Mas a verdade é a vontade de vencer,
De um dia encontrar a certeza sim.
Os tempos passam em cada dia sonhado
e cada vez mais chega o seu fim.
32
30. TRIBUTO AO RIO (SALGADO)
Numa tarde ...
deparei por acaso em tuas margens ...
pareceu-me por ti reconhecido e
quisesse me dizer alguma coisa.
Não entend i. ..
Parei alguns instantes ...
fiquei a te olhar ...
Agachando-me, catava umas pedras e
as atirava em teu corpo despido.
Tais pedrinhas deslizavam,
ferindo tuas águas e
mansamente se alojando em teu leito.
Refletindo, aflorou-me um pensamento:
inúmeras pedras são atiradas
em teu leito,
como sendo alimento diário, e
tudo ingeres sem nada dizer.
Entre as recordações assomaram
as do tempo de criança ...
de minha convivência contigo,
quando tuas águas eram meu deleite
nas manhãs de domingo.
Amigo inseparável dos meus verdes anos
... E hoje, aí tu estás maltrapilho P. suio.
35
31. Sinto vergonha de mim mesmo ...
Não posso entender como o
tempo me fez mudar e
porque em todos estes anos
nada fiz para te ajudar ...
Saí cabisbaixo ...
fugi mais uma vez da realidade,
como sempre fazemos, e
pela estrada foi entendendo o
teu orgulho ...
A tua beleza dantes
transformada em ódio.
Enfurecido, às vezes, destrói
tudo que encontras em teu caminho.
I: neste momento que te sentes aliviado,
porque vomitas toda sujeira
que .diariam~nte j.ogamos em ti:
E tnste, rnurto triste,
ouvir as pessoas definir
o sabor de tuas águas
pelo nome que levas e
sentir nojo em tocá-Ias.
Rio Salgado,
se um dia trilhar teu caminho e
for devorado por tua fúria,
entenderei, pois fui cúmplice a te enfurecer
36
32. o DIARISTA
o amanhã desponta
acorda a alma
levanta o corpo
remexe a pança.
Corre ao canto,
apanha o facão
e no tempo se vai
ganhar o dia
do seu patrão,
que de ordem na língua
vive a mandar
e o igual a escravizar.
Para o diarista
só resta a espera
e nela apega-se
com unhas e dentes.
Volta de novo
pega no batente
Lá vão-sé os dias
Lá vão-se os anos
de esperanças
e desenganos.
37
33. GUERRA
Vai-te em chamas como lava cadente
De um funesto e sempre atravido vulcão.
Destruindo flores que vegetam na vertente
E causando aos homens profunda aflição.
~s a desgraça que entristece o mundo,
~s o túmulo de uma verdadeira paz,
Deixas dores e suspiros profundos,
Não deixas crenças em amores, jamais.
Nos campos onde pastas a fome te segue,
Como peste no mundo, no ódio descansas.
Há homens na terra que não te renegam,
Buscam em ti seus poderes como vingança.
~s cega e guiada por olhos doentes,
Que não vêem sua própria estupidez.
Nasces de homens fracos e dementes
Que não sentem sua própria insensatez.
Nas gerações como infame te revelas,
A mentira e à desgraça tu conduz,
~s a febre que os povos aniquilas
Onde só a ignorância te traduz.
38
34. o VELHO E A SECA
A manhã desponta prenunciando mais um dia,
Nuvens lindas no clarão do sol nascente
Salpicando as paisagens do horizonte em agonia
Onde se cruza~ as rajadas dos ventos incoerentes.
Sobrepujam folhas secas pelo espaço enfermo
Exaltando o clarão dos raios do sol ardente
Que no sobrevir da noite revive o medo
Da agonia do sono dos dias descrentes.
Trepida o corpo, acolhendo o sono
Reanima a alma, recupera forças perdidas
Aquece o rosto pálido quase sem dono
Nos olhos revê as paisagens aborrecidas.
Inclina-se a Deus, a fé o reanima
A esperança volta e de joelho se curva,
Ao criador entrega os dias de ru ína
e dorme na lembrança de um dia de chuvas.
39
35. VENDEDOR MEflINf'
Pés despidos, rua inquieta
Certeza, coragem, precisão:
Vendedor Menino.
Mundo na cabeça. olhar tímido,
Na certeza batendo às portas
Não cruel, resposta certa.
Tristeza, mau pensamento
Incerteza, mau momento.
Lá se vai oprimido
Pelos olhares desprezado
Menino envergonhado,
Envolvido na timidez
Coagido pela estupidez.
Oh! Vendedor sem freguês
A vida é um destino.
Nesta estrada eu passei
Hoje vejo na sua jornada
Uma esperança acalentada
De quem pensa em crescer.
40
36. o VICIADO
Num andar remexente
Com gestos diferentes
Dizendo que é prá frente
Lá se vai todo contente
De olhos reluzentes
Dos momentos enlouquecentes.
o mundo em sua mente
Vai todo contente
Caricatura de gente
Carrega inconsciente
No corpo todo dormente
Drogas e aguardentes.
41
37. A MORTE
Vou a seu encontro
Nesta vida desordenada
Em meus caminhos tortuosos
Se faz reta a sua estrada.
A minha é ufania, a sua coerência
Sigo como tosco a sua nobreza
O meu tédio obstina a sua verdade
Mas minha vida é sua certeza.
VIVENDO A VIDA
Sem nada no tempo, sem medo
Do nada me faço indiferente
No tempo faço meu segredo
E na vida me faço inocente.
Na paz, na fé ou na dor
Vivo e cresço de repente.
A sorte que a vida me doou
Deixo como própria semente.
Seguindo pela estrada da vida
Sem nada no tempo vivo a correr
Canto ao mundo as horas vividas
Morro no tempo e volto a viver.
42
38. MEUS CAMINHOS
Caminhos que sigo, de uma estrada
Caminhos que caminho, ae vida marcada
Caminhos que ando sem rumo e sem nada
Caminhos das e
idas das chegadas.
Caminhos que desmereço por não ir
Caminhos que me perco por os seguir
Caminhos que vou só para conseguir
Caminhos que vivo querendo fugir.
Caminho certo onde caminho errado
Caminho com o mundo lado a lado
Caminho nos caminhos do pecado
Caminhos dos tempos fracassados
Caminho no caminho da esperança
Caminho onde deixo minha vingança
Caminho das minhas andanças
Caminho da vida que não me cansa.
43
39. SOU MAIS UM PAI. ..
Oh filho! por Que aqui tu viestes,
Neste desabrido mundo sem "fim?
Oh filho! por que aqui tu viésres,
Neste mundo escravizado por mim?
Oh filho! veja o nosso espelho:
guerras, fome, peste a refletir!
Oh fílhol por que aqui tu.viestes
Neste mundo de homens sem sornrr
Oh filho! este mundo é um deserto
onde os irmãos vivem a mendigar
Batendo à porta com respeito
Pedindo um pão para fome mitigar.
Aqui as mentiras são verdades
E as injustiças vivemos a ensinar.
Há filhos que só conhecem maldades
Cultivando as sementes do matar.
Oh filho! como ensinar-te a viver
Se eu mesmo construo o mundo assim?
Oh filho! Sem nome tu viestes
onde trabalha-se muito e o ganho é pouco.
Oh filho! sou apenas mais um par!
E tu? uma vida a crescer nesta escuridão.
Oh filho! tu cheqastes!
Apenas posso dar
A força destas trêmulas mãos ...
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40. ETERNO LAR
Aqui estou, casa multicores
Em mim reina toda natureza
Vivem tipos afanados em dores,
Outros em esplendores de beleza.
Tudo e todos que em mim habitam
Dou-Ihes o meio de subir na vida
Há uns que riem e outros se irritam,
A cada um dou força na subida.
Sempre acolhendo os que vivem,
Os que morrem tem o seu lugar,
Vidas que vão, vidas que vem,
Serei de cada um o seu altar.
Todos em mim nascem e crescem,
De mim tornam-se eternos donos,
Onde suas vidas sempre constroem
Vivendo seus sonhos em meu sono.
Por mim há muitas estradas asequir
E cada qual seguindo seus caminhos,
Os sustentarei por onde quiserem ir
Em multidões, ou mesmo sozinhos.
A servi-tos sempre estarei
Minha bondade não se encerra,
Aqui sempre viverei
sendo o seu planeta terra.
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41. ENCHENTE
No espaço inflamado, revolto
Núvens carregadas revestem o ar
Emudecido o sol sem brilho
O vento depravado a soprar.
As chuvas no espaço desgarradas
Decorrem dos montes aos leitos
Transbordando os níveis de costumes
Num destroço da agonia eleito.
Crescem os níveis, inundando,
A cada segundo desbandando
Avanças nas encostas salpicadas
E das núvens o veu desl izando.
Estranhos movi mentos, assustados
Moradores das margens em aflição
Seus pobres barracos desmoronando
No desenrolar, homens em confusão.
E cada momento suspeito
O desespero vemos aumentar
Invasão das águas fu riosas
Heranças tendem a se acabar.
Aviso de ruínas, uma certeza
Choros, gritos pelos ares
E a cada momento aumentando
As águas em nossos lares.
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44. ANCIÃO
Nos olhos o brilho sem luz
Do verde apagado na cor
Os passos lentos produz
A insônia que o tempo deixou.
Cansado carrega sua cruz
Na jornada longínqua da dor
No semblante amargo reluz
A mancha que o passado marcou
Na realidade vive a solidão
Os sonhos faz sempre reviver
O pensamento da sua decepção
Na mente a vontade de viver
Querendo iludir a escuridão
Apegado à existência do ser
Ferido vive seu pobre coração
Fazendo os outros padecer.
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45. ANÃLlSE
E preciso sermos amigos.
Amigos verdadeiros.
Será que somos?
Será que temos?
Somos ou temos apenas companheiros?
Será que para o amigo nós vivemos,
O quanto queremos que ele viva para nós?
O que já fizemos para sermos presença nele,
O quanto queremos que ele seja presença em nós?
E preciso sermos amigos
E não apenas companheiros.
Fazer do am,igo a nossa imagem
E não o nosso mensageiro.
Será que estamos sendo amigos
Ou apenas vivemos a iludir?
Para sermos amigos
Sejamos antes amigos de nós mesmos.
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46. RETRATO DA INFÃNCIA
Dos momentos resta a lembrança
Como moldura a saudade que ficou
Pensamentos, retrato da infância
Que os dias ainda não amarrotou.
Gravado na parede da recordação
'}ue o tempo apressado o faz mudar
-= só revela no meu imenso coração
A foto que jamais posso ampliar.
o meu ser suspira a distância
Pelas lembranças ainda posso rever
O negativo da minha meiga infância
Que a realidade, não me deixa viver.
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47. LEMBRANÇAS
Do fundo de minha alma ressae
A sombra esquecida da madrugada
No silêncio triste a noite vai
Em lembranças da mulher amada.
Meu coração bate sempre apressado
Em dores e saudades, recosto ao leito
Meus pensamentos saem embaralhados
A dor dilacera e fere o meu peito
Sinto em mim uma vontade forte
De novamente poder te abraçar
Ah, querida! Se eu tivesse a sorte
E a liberdade de sempre te amar!
Lembranças dos seus lábios ardentes
Sua face rosada, cheia de calor
Lembranças dos teus beijos quentes
Adormeço neste supl ício de Amor.
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48. DECEPÇÃO
Dor ...
Ironia
força estranha
Lúgubre
Insônia sem pudor
Incerteza irrealidade
Vergonha
Pasmam os sonhos
Horas sem credor
Angústia estranha sem cor
Sofrer
Fere a alma
a ufania desses momentos
Intimida
Coage o presente
Até o ser
Entristece a alegria
dos momentos.
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49.
50. . -~
OUTROS:
*
•
*ernesto gonçal ves moreira
*arlindo m a teus
51.
52. "QUANTOS JOVENS ... "
Ernesto Gonçalves Moreira
Ouantos jovens vi na praça
Mostrando o fraco da raça
Nas espumas de mil taças!
Ouantos risos e chalaças
Provocados das cachaças
Que destróem mais que as traças!
Ouantos jovens já sem graça
Todos chorando a desgraça
Disfarçados na fumaça!
Ouantos jovens já carcaças
Metidos em arruaças
E nas piores trapaças!
E a voz do mal diz sempre: faça !
E o jovem tal qual a caça,
Na rede suja se enlaça.
E a voz de Deus, suave qual vôo da garça
Clama em socorro dizendo: filho, renasça!
Buscai em mim toda glória, é de graça!
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53. NATAL COM MURIÇOCAS
E. Moreira
Era Natal!
As muriçocas infestavam
Uma cidade em festa
E aquela orquestra
Estranho hiato em coro
Tinha como palco o pobre couro
Dos nossos bons irmãos
E ainda que nos déssemos as mãos
Num pacto, declarando guerra,
O gesto solidário cairia por terra
Tal era a ingente epidemia
Mas ao meio àquela correria
Em busca de defesa
Traça lá do Céu a Natureza
Urgente solução:
Abre as eclusas siderais
Varrendo com torrentes marciais
A grande infernação
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54. INSTRUÇAO LEONfSTICA
Meus prezados Companheiros,
Não nego o meu compromisso,
Uma Instrução Leon ística,
E mesmo um grande serviço;
Mas não sendo de improviso
Por que me fazer omisso?
Ainda mais que há muito tempo,
Logo cêdo descobrí,
Que não se julga os Leões
Pelo valor do Q.I.;
Mas pelo valor de seus atos
Nem demais pelo status
Se o objetivo é SERVIR
Por isso, caros confrades,
Nosso assunto é leonismo.
Movimento mundial
De profundo realismo.
Fundado por Melvin Jones ...
Que eternamente ressone
Exemplos de altruismo.
Sabemos que este universo
De grandes transformações,
Vem se alterando estruturas
Impongindo corações
Aviltando a consciência
Minando a condescendência
Causando mil mutações.
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55. Poristo e por muito mais
Neste mundo de conflitos,
Legionários do Bem
Pela paz lutam contritos.
Amenizando o tormento
Dos nossos irmãos aflitos.
São muitos os voluntários
Que pelo amor de Jesus,
Põem de lado o egoismo
Que só ao mal nos conduz
E clamando ao Criador,
São tocados pela Luz.
Se a Educação Moral e Cívica
Não imperar com bravura,
Os problemas sociais
Crescem ganhando estrutura,
E mais difícil se torna
Melhorar nossa cultura .
Ah, minha pobre geração
Qual seria minha alegria
Se eu pudesse ainda ver
Por processo de eugenia
Ou por outra invervenção
Sua formação sad ia!.
Nem o crescer demográfico
Nem hecatombes em massa,
Vão resolver os problemas
Existentes numa raça
Como nem sempre é amigo
Aquele que nos abraça.
Mas viva a Deus nas alturas
E nossas convicções
Para cerrar mais fileiras
Formando congregações
Empenhadas pela paz
No contexto das nações.
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56. Nesta batalha sem lógica
Ganha o bem que não descança
Porque a voz do Senhor,
E raio que parte a lança
E faz ferir toda a terra
Restaurando-lhe a bonança.
Levantemos nosso olhar
Rogando paz ao Senhor
Em concentração de fé
Como extrato de amor
Para que nosso serviço
Possa amenizar a dor.
Parabéns ao LIONS CLUBE
De minha IBICARAI~
Que há doze anos vem
Servindo, sem se servir
Através de seus Leões
Que marcham para o porvir.
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57.
58. CONFISSAO
Arlindo Mateus
Recebes mulher bela, delicada
Esta confissão que vinha guardada
Do pobre trovador no coração
Recebes pois mas não zombes tanto
Da pobreza dos meus pobres cantos
Porque deles foste tu a inspiração.
Da minha insônia és tu a razão
Porisso escutas o que meu coração
Está sentindo e que tê quer dizer
Que te desejo bela, boa e santa
Que tua boca pequenina encanta
A minha vida, o meu próprio ser.
Eu sinto no íntimo desejo infindo
De sentir, de beijar os seios lindos
Até sentir desse beijar o prazer,
Sentir dos róseos e pequenos botões
O estremecer de mil palpitações
Que seduz e me faz de amor morrer
Ter do teu corpo delgado santo,
O cheiro, o tato, o calor, o encanto,
Que despertam e descontrolam os nervos meus
Mirar-te oh mulher bela semi nua!
Sentir minha face roçar à face tua
Sentir o sabor de mel dos lábios teus!
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