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CHIRLIANA SOUZA
FÁBIO MAGALHÃES
JULIANA ABADE

COBERTURA JORNALÍSTICA DAS MANIFESTAÇÕES NA COPA DAS
CONFEDERAÇÕES 2013

TAGUATINGA - DF
2013
2

CHIRLIANA SOUZA
FÁBIO MAGALHÃES
JULIANA ABADE

COBERTURA JORNALÍSTICA DAS MANIFESTAÇÕES NA COPA DAS
CONFEDERAÇÕES 2013

Relatório de pesquisa apresentado no
curso de pós-graduação da Faculdade de
Ciências Sociais e Tecnológicas –
ESTÁCIO/FACITEC relativo ao trabalho
da
disciplina
de
Pesquisa
em
Comunicação, sob a orientação do
professor Alexandre Silvino.

TAGUATINGA-DF
2013
3

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………...........4
2. OBJETIVO GERAL ……………………………………………………….......………...4
3. MODELO DE VARIÁVEL …………………….....………………………….......………4
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ……………………………………………….....………..5
5. HIPÓTESES ……………………………………………………………………......…….5
6. MÉTODO ………………………………………………………………………...........….5
6.1 Tipo de pesquisa ………………………………………………………......……5
6.2 Participantes…...……………………………………….………………....……..6
6.3 Procedimentos e Instrumentos ……………………………………………..…6
6.4 Tipos de respostas.......................................................................................7
7. CONCLUSÃO..........................................................................................................8
7.1 Percepções.............................................................................................................9
4

1. INTRODUÇÃO
O ano de 2013 foi marcado pelas manifestações realizadas pelo País. Os
protestos populares tiveram início com o aumento absurdo no valor das tarifas do
transporte público. Esse processo desencadeou uma série de confrontos entre
manifestantes e policiais, configurada por ações de violência e vandalismo.

A partir desse cenário, a cobertura jornalística das manifestações na Copa
das Confederações, realizada de 15 a 30 de janeiro de 2013, passou por mudanças
significativas no enfoque das informações noticiadas pela imprensa em geral – rádio,
TV, mídia eletrônica, redes sociais – conforme a forma que a polícia abordava os
manifestantes durante os atos nas ruas de várias capitais do Brasil.

Para entender o porquê da mudança de opinião praticada pelos veículos de
comunicação, a presente pesquisa descreve de que forma as agressões sofridas por
profissionais de comunicação e o vandalismo praticado por popularesdurantes nas
manifestações ocorridas na Copa das Confederações influenciaram no enfoque da
cobertura da mídia.

2. OBJETIVO GERAL
Descrever como se deu a mudança do enfoque no noticiário levando em
consideração a influência das agressões físicas sofridas pelos profissionais de
comunicação e o vandalismo praticado pelos manifestantes.

3. MODELO DE VARIÁVEL
VI

VD

- Agressão sofrida pelos profissionais

- Enfoque do Noticiário (Avaliação)

- Vandalismo dos manifestantes
- Vandalismo contra a mídia
5

4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Descrever a influência das agressões físicas sofridas pelos profissionais de
comunicação e praticadas por policiais no processo de formação das notícias
veiculadas durante as manifestações da Copa das Confederações.

Descrever a influência dos atos de vandalismo praticados por manifestantes
sobre enfoque das notícias divulgadas sobre as manifestações da Copa das
Confederações.

Descrever como os atos de vandalismo praticados pelos manifestantes contra os
veículos de comunicação influenciaram na mudança de enfoque das notícias
divulgadas durante a Copa das Confederações.

5. HIPÓTESES
H1: Antes dos profissionais de comunicação sofrerem agressões físicas de
policiais, os veículos de comunicação iniciaram a cobertura das manifestações
com notícias em favor da ação policial e desfavorável aos manifestantes.

H2: Os veículos passaram a noticiar com enfoque positivo as manifestações
após as agressões sofridas por seus profissionais.

H3: Os atos de vandalismo praticados pelos manifestantes contra os veículos de
comunicação influenciaram no enfoque negativo das notícias divulgadas durante
a Copa das Confederações.

6. MÉTODO

6.1 Tipo de pesquisa
Com a finalidade de gerar conhecimento, esta é uma pesquisa básica. Os
dados do estudo serão coletados por meio de questionários.
6

De posse desses recortes, será realizada a pesquisa de campo de natureza
qualitativa e quantitativa, com aplicação de questionários, sendo a temporalidade
transversal, com delineamento pré-teste/pós-teste, pois o período a ser analisado
compreenderá o antes, durante e depois das manifestações.

Diante de todas essas características, o formato de pesquisa adotado será o
de levantamento, que permitirá identificar quais variáveis representam a realidade, a
partir da coleta de dados feita por amostragem.

6.2 Participantes
Para a pesquisa foram escolhidos seis jornalistas e seis manifestantes. A
escolha do público possibilitou identificar o olhar crítico dos profissionais da área ao
avaliarem se os veículos mudaram o enfoque das notícias a partir das agressões
sofridas por profissionais de imprensa. Já o ponto de vista dos manifestantes
auxiliou na identificação se o que foi noticiado correspondia com a realidade dos
atos.
6.3 Procedimentos e Instrumentos
O objetivo principal é descrever como as agressões sofridas por
profissionais

da

imprensa

alteraram

o

enfoque

das

notícias

acercadas

manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações, no Brasil, no período
de 15 a 30 de junho de 2013.

Para a análise e obtenção dos resultados sobre o enfoque da cobertura da
mídia durante as manifestações que aconteceram no País durante a Copa das
Confederações, os pesquisadores utilizaram dois tipos de questionário de pesquisa
específicos: o Surveye Stapel.

No caso da pesquisa em questão, serão aplicados questionários aos
participantes para coletar as opiniões das duas partes envolvidas no processo das
manifestações, ou seja, dos profissionais de comunicação (jornalistas) e os
manifestantes. A pesquisa foi realizada via e-mail (online).
7

Após o levantamento das informações dos questionários, os dados serão
analisados e comparados pela amostragem não aleatória, por quotas, visto que,
metade dos participantes seráescolhida pela categoria de trabalho, ou seja,
jornalistas que atuam em redações, e o segundo público que responderá aos
questionários são pessoas que participaram ativamente das manifestações.
6.4 Tipos de repostas
As respostas terão o perfil fechadas e abertas e serão numeradas para
facilitar a tabulação dos resultados. Quanto à estrutura a pesquisa será
semiestruturada, e a aplicação individual. Primeiro passo para consolidar a pesquisa
é o pedido de dados demográficos do entrevistado, para melhor aproveitamento da
pesquisa, são eles: sexo, idade e grau de escolaridade.

Para consolidar a pesquisa, o primeiro instrumento escolhido foi o Survey. O
modelo de questionário é formado por nove assertivas, em uma escala de
concordância de 1 a 5, com as opções: discordo totalmente, discordo, não concordo,
concordo, concordo totalmente. Cada entrevistado pode responder apenas um
tópico das assertivas do Survey, marcando com um X na resposta.

O segundo instrumento de pesquisa escolhido foi o Stapel. O questionário
de pesquisa tem apenas uma assertiva para o entrevistado responder, a partir de
uma escala de 1 a 10. No mesmo instrumento têm duas perguntas abertas, para o
participantes responderem, em até dez linhas, com suas próprias palavras, se ele/a
percebeu a mudança no enfoque das notícias durante as manifestações na Copa
das Confederações e de que forma o abuso dos policiais contra manifestantes
contribuiu com essa mudança.
8

7. CONCLUSÃO

Para descrever como se deu a mudança no enfoque no noticiário durante as
manifestações que aconteceram pelo País durante a Copa das Confederações
2013, levando em consideração a influência das agressões físicas sofridas pelos
profissionais de comunicação e o vandalismo praticado pelos manifestantes, foi
aplicada a presente pesquisa no Distrito Federal, tendo como público alvo jornalistas
e manifestantes.

Para a obtenção dos resultados, foram aplicados questionários, de forma
online, a 12 pessoas, sendo seis jornalistas e seis manifestantes. No documento, os
primeiros dados fornecidos pelos participantes eram demográficos, para descobrir a
idade, grau de escolaridade, sexo e envolvimento com o tema. Desse total, seis são
manifestantes e seis jornalistas. Em relação ao gênero, responderam os
questionários seis participantes do sexo feminino e seis do sexo masculino, com
idades entre 20 a 57 anos.

Após as informações coletadas, os questionários apresentaram assertivas
para que fossem assinaladas uma das cinco opções disponíveis, que variavam de
“discordo totalmente” a “concordo totalmente”. Ao todo, foram quatro questões
referentes aos dados demográficos; nove que se enquadram no formato Survey,
cada entrevistado pode responder apenas um tópico das assertivas do Survey,
marcando com um X a resposta.

No modelo Stapel, foi disponibilizada uma única assertiva, com uma escala
de respostas que variou de 1 a 10. No Stapel, quanto mais próximo do número 1a
resposta, mais a mídia foi parcial; e quanto mais próxima a resposta do número 10,
mais os entrevistados concordaram que a mídia foi imparcial na cobertura das
manifestações Copa das Confederações.

Para encerrar o documento, foram utilizadas duas questões abertas em que
os jornalistas e manifestantes expressaram suas opiniões acerca da cobertura
jornalística das manifestações populares de 2013. Esse formato, portanto, foi
9

utilizado para dar mais precisão e corroborou para a compreensão dos dados
obtidos nas assertivas.

Dessa forma, as questões discursivas foram de fundamental importância
para identificar se as agressões sofridas por profissionais de comunicação e o
vandalismo praticado por populares durantes as manifestações ocorridas na Copa
das Confederações influenciaram no enfoque da cobertura realizada pela mídia.

7.1 Percepções

Ao analisar o instrumento Survey, percebeu-se que os participantes se
mantiveram neutros em relação a maioria das afirmativas. A única assertiva que os
respondentes concordaram foi que, após o vandalismo contra o patrimônio público, a
mídia se posicionou contra os manifestantes. A média das respostas nesta
afirmativa foi 4, a moda 5, a mediana chegou a 4 e o desvio padrão das respostas
alcançou 1,2. Portanto, os participantes concordaram parcialmente com a afirmativa.

Os jornalistas e manifestantes, na pesquisa, ficaram neutros em duas
afirmativas do Survey, ou seja, não concordaram ou discordaram das afirmativas.
Quando afirmou-se que, após a violência dos manifestantes contra mídia, o enfoque
da cobertura passou a ser favorável a ação policial, a média de concordância foi de
3,25, a moda foi 3, a mediana 3 e o desvio padrão 1,06, o que colaborou para a
conclusão de que os participantes não concordaram ou discordaram.

Quando afirmou-se que após a violência dos policiais contra os profissionais
dos veículos de comunicação o enfoque passou a ser favorável aos manifestantes,
os participantes também se mantiveram neutros. A média de concordância foi de 3,
a moda foi 3, a mediana 3 e o desvio padrão foi de 1,24.

Sobre as afirmativas que os participantes mais discordaram, foram
encontrados três resultados. Já nas assertivas de que imprensa se manteve
imparcial na cobertura das manifestações ocorridas na Copa das Confederações,os
10

participantes discordaram parcialmente. A média das respostas foi 3, a moda 2, a
mediana 2 e o desvio padrão chegou a 1,16.

Na pesquisa, quando afirmado que, após a violência dos manifestantes
contra a mídia, o enfoque da cobertura da mídia passou a ser favorável aos
manifestantes, os participantes da pesquisa também discordaram parcialmente. A
média foi 2, a moda 2, a mediana 2 e o desvio padrão 1,19.

Sobre a afirmação de que, após às agressões sofridas pela mídia pelos
manifestantes, a cobertura continuou imparcial, os participantes da pesquisa
discordaram parcialmente. A média foi 2, a moda 2, a mediana 2 e o desvio padrão
0.9.

Analisando o instrumento Stapel, percebeu-se que os participantes da
pesquisa não chegaram a um consenso, uma vez que os resultados de desvio
padrão passaram dos dois pontos em todas as respostas. Perguntados sobre a
imparcialidade da mídia em relação aos manifestantes, a média foi 5, a mais
frequente foi 3, porém, o desvio padrão chegou aos 2,71. Quando questionados
sobre a parcialidade em relação à polícia, a média das respostas foi 6, sendo a mais
frequente 8 e o desvio padrão chegou aos 2,79.

Sobre a imparcialidade da mídia em relação às agressões sofridas por
profissionais, a média ficou em 4, sendo a resposta mais frequente 2. Entretanto,
seu desvio padrão chegou a 3,03. Já as questões sobre a imparcialidade em relação
ao vandalismo contra bens materiais da mídia, a média das respostas ficou em 4,
sendo 2 a resposta mais frequente e o desvio padrão chegou a 2,77.

Por fim, quando questionados sobre a imparcialidade em relação ao
vandalismo contra o patrimônio público praticado pelos manifestantes, a média das
respostas ficou em 4. Novamente,o desvio padrão ultrapassou os 3 pontos.

Analisadas as questões abertas, notou-se que a maioria dos participantes da
pesquisa sentiu a mudança do enfoque da cobertura da mídia nas manifestações.
11

Porém, a variação da cobertura ocorreu com a mudança dos acontecimentos da
própria manifestação.

Após as agressões contra os profissionais dos veículos de comunicação, a
mídia passou a dar atenção aos abusos da ação policial contra os manifestantes. No
entanto, depois que ocorreram os atos de vandalismo contra o patrimônio público, a
mídia voltou a tratar os manifestantes como vândalos e baderneiros.

Em síntese, a maioria dos participantes acredita que houve abuso dos
policiais em suas ações. Porém, é consenso que tais atos não foram de totalidade
entre os policiais e que poderiam ser evitados com uma melhor orientação dos
comandantes e governo.

As hipóteses da pesquisa eram que os veículos de comunicação iniciaram a
cobertura das manifestações da Copa das Confederações favoráveis à ação policial
e ao governo. Contudo, as agressões sofridas por seus repórteres fizeram com que
o enfoque da cobertura mudasse, passando a ser favorável aos manifestantes e
contra a polícia.

A partir da análise dos resultados, pode-se concluir que as hipóteses iniciais
foram confirmadas, mas ainda foi percebido algum tipo de imparcialidade por parte
da mídia. Foi de consenso entre os participantes da pesquisa que ninguém estava
preparado para a proporção das manifestações de 2013: nem os manifestantes,nem
os policiais, nem a própria imprensa.
12

ANEXOS

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  • 1. CHIRLIANA SOUZA FÁBIO MAGALHÃES JULIANA ABADE COBERTURA JORNALÍSTICA DAS MANIFESTAÇÕES NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2013 TAGUATINGA - DF 2013
  • 2. 2 CHIRLIANA SOUZA FÁBIO MAGALHÃES JULIANA ABADE COBERTURA JORNALÍSTICA DAS MANIFESTAÇÕES NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2013 Relatório de pesquisa apresentado no curso de pós-graduação da Faculdade de Ciências Sociais e Tecnológicas – ESTÁCIO/FACITEC relativo ao trabalho da disciplina de Pesquisa em Comunicação, sob a orientação do professor Alexandre Silvino. TAGUATINGA-DF 2013
  • 3. 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………...........4 2. OBJETIVO GERAL ……………………………………………………….......………...4 3. MODELO DE VARIÁVEL …………………….....………………………….......………4 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ……………………………………………….....………..5 5. HIPÓTESES ……………………………………………………………………......…….5 6. MÉTODO ………………………………………………………………………...........….5 6.1 Tipo de pesquisa ………………………………………………………......……5 6.2 Participantes…...……………………………………….………………....……..6 6.3 Procedimentos e Instrumentos ……………………………………………..…6 6.4 Tipos de respostas.......................................................................................7 7. CONCLUSÃO..........................................................................................................8 7.1 Percepções.............................................................................................................9
  • 4. 4 1. INTRODUÇÃO O ano de 2013 foi marcado pelas manifestações realizadas pelo País. Os protestos populares tiveram início com o aumento absurdo no valor das tarifas do transporte público. Esse processo desencadeou uma série de confrontos entre manifestantes e policiais, configurada por ações de violência e vandalismo. A partir desse cenário, a cobertura jornalística das manifestações na Copa das Confederações, realizada de 15 a 30 de janeiro de 2013, passou por mudanças significativas no enfoque das informações noticiadas pela imprensa em geral – rádio, TV, mídia eletrônica, redes sociais – conforme a forma que a polícia abordava os manifestantes durante os atos nas ruas de várias capitais do Brasil. Para entender o porquê da mudança de opinião praticada pelos veículos de comunicação, a presente pesquisa descreve de que forma as agressões sofridas por profissionais de comunicação e o vandalismo praticado por popularesdurantes nas manifestações ocorridas na Copa das Confederações influenciaram no enfoque da cobertura da mídia. 2. OBJETIVO GERAL Descrever como se deu a mudança do enfoque no noticiário levando em consideração a influência das agressões físicas sofridas pelos profissionais de comunicação e o vandalismo praticado pelos manifestantes. 3. MODELO DE VARIÁVEL VI VD - Agressão sofrida pelos profissionais - Enfoque do Noticiário (Avaliação) - Vandalismo dos manifestantes - Vandalismo contra a mídia
  • 5. 5 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Descrever a influência das agressões físicas sofridas pelos profissionais de comunicação e praticadas por policiais no processo de formação das notícias veiculadas durante as manifestações da Copa das Confederações. Descrever a influência dos atos de vandalismo praticados por manifestantes sobre enfoque das notícias divulgadas sobre as manifestações da Copa das Confederações. Descrever como os atos de vandalismo praticados pelos manifestantes contra os veículos de comunicação influenciaram na mudança de enfoque das notícias divulgadas durante a Copa das Confederações. 5. HIPÓTESES H1: Antes dos profissionais de comunicação sofrerem agressões físicas de policiais, os veículos de comunicação iniciaram a cobertura das manifestações com notícias em favor da ação policial e desfavorável aos manifestantes. H2: Os veículos passaram a noticiar com enfoque positivo as manifestações após as agressões sofridas por seus profissionais. H3: Os atos de vandalismo praticados pelos manifestantes contra os veículos de comunicação influenciaram no enfoque negativo das notícias divulgadas durante a Copa das Confederações. 6. MÉTODO 6.1 Tipo de pesquisa Com a finalidade de gerar conhecimento, esta é uma pesquisa básica. Os dados do estudo serão coletados por meio de questionários.
  • 6. 6 De posse desses recortes, será realizada a pesquisa de campo de natureza qualitativa e quantitativa, com aplicação de questionários, sendo a temporalidade transversal, com delineamento pré-teste/pós-teste, pois o período a ser analisado compreenderá o antes, durante e depois das manifestações. Diante de todas essas características, o formato de pesquisa adotado será o de levantamento, que permitirá identificar quais variáveis representam a realidade, a partir da coleta de dados feita por amostragem. 6.2 Participantes Para a pesquisa foram escolhidos seis jornalistas e seis manifestantes. A escolha do público possibilitou identificar o olhar crítico dos profissionais da área ao avaliarem se os veículos mudaram o enfoque das notícias a partir das agressões sofridas por profissionais de imprensa. Já o ponto de vista dos manifestantes auxiliou na identificação se o que foi noticiado correspondia com a realidade dos atos. 6.3 Procedimentos e Instrumentos O objetivo principal é descrever como as agressões sofridas por profissionais da imprensa alteraram o enfoque das notícias acercadas manifestações ocorridas durante a Copa das Confederações, no Brasil, no período de 15 a 30 de junho de 2013. Para a análise e obtenção dos resultados sobre o enfoque da cobertura da mídia durante as manifestações que aconteceram no País durante a Copa das Confederações, os pesquisadores utilizaram dois tipos de questionário de pesquisa específicos: o Surveye Stapel. No caso da pesquisa em questão, serão aplicados questionários aos participantes para coletar as opiniões das duas partes envolvidas no processo das manifestações, ou seja, dos profissionais de comunicação (jornalistas) e os manifestantes. A pesquisa foi realizada via e-mail (online).
  • 7. 7 Após o levantamento das informações dos questionários, os dados serão analisados e comparados pela amostragem não aleatória, por quotas, visto que, metade dos participantes seráescolhida pela categoria de trabalho, ou seja, jornalistas que atuam em redações, e o segundo público que responderá aos questionários são pessoas que participaram ativamente das manifestações. 6.4 Tipos de repostas As respostas terão o perfil fechadas e abertas e serão numeradas para facilitar a tabulação dos resultados. Quanto à estrutura a pesquisa será semiestruturada, e a aplicação individual. Primeiro passo para consolidar a pesquisa é o pedido de dados demográficos do entrevistado, para melhor aproveitamento da pesquisa, são eles: sexo, idade e grau de escolaridade. Para consolidar a pesquisa, o primeiro instrumento escolhido foi o Survey. O modelo de questionário é formado por nove assertivas, em uma escala de concordância de 1 a 5, com as opções: discordo totalmente, discordo, não concordo, concordo, concordo totalmente. Cada entrevistado pode responder apenas um tópico das assertivas do Survey, marcando com um X na resposta. O segundo instrumento de pesquisa escolhido foi o Stapel. O questionário de pesquisa tem apenas uma assertiva para o entrevistado responder, a partir de uma escala de 1 a 10. No mesmo instrumento têm duas perguntas abertas, para o participantes responderem, em até dez linhas, com suas próprias palavras, se ele/a percebeu a mudança no enfoque das notícias durante as manifestações na Copa das Confederações e de que forma o abuso dos policiais contra manifestantes contribuiu com essa mudança.
  • 8. 8 7. CONCLUSÃO Para descrever como se deu a mudança no enfoque no noticiário durante as manifestações que aconteceram pelo País durante a Copa das Confederações 2013, levando em consideração a influência das agressões físicas sofridas pelos profissionais de comunicação e o vandalismo praticado pelos manifestantes, foi aplicada a presente pesquisa no Distrito Federal, tendo como público alvo jornalistas e manifestantes. Para a obtenção dos resultados, foram aplicados questionários, de forma online, a 12 pessoas, sendo seis jornalistas e seis manifestantes. No documento, os primeiros dados fornecidos pelos participantes eram demográficos, para descobrir a idade, grau de escolaridade, sexo e envolvimento com o tema. Desse total, seis são manifestantes e seis jornalistas. Em relação ao gênero, responderam os questionários seis participantes do sexo feminino e seis do sexo masculino, com idades entre 20 a 57 anos. Após as informações coletadas, os questionários apresentaram assertivas para que fossem assinaladas uma das cinco opções disponíveis, que variavam de “discordo totalmente” a “concordo totalmente”. Ao todo, foram quatro questões referentes aos dados demográficos; nove que se enquadram no formato Survey, cada entrevistado pode responder apenas um tópico das assertivas do Survey, marcando com um X a resposta. No modelo Stapel, foi disponibilizada uma única assertiva, com uma escala de respostas que variou de 1 a 10. No Stapel, quanto mais próximo do número 1a resposta, mais a mídia foi parcial; e quanto mais próxima a resposta do número 10, mais os entrevistados concordaram que a mídia foi imparcial na cobertura das manifestações Copa das Confederações. Para encerrar o documento, foram utilizadas duas questões abertas em que os jornalistas e manifestantes expressaram suas opiniões acerca da cobertura jornalística das manifestações populares de 2013. Esse formato, portanto, foi
  • 9. 9 utilizado para dar mais precisão e corroborou para a compreensão dos dados obtidos nas assertivas. Dessa forma, as questões discursivas foram de fundamental importância para identificar se as agressões sofridas por profissionais de comunicação e o vandalismo praticado por populares durantes as manifestações ocorridas na Copa das Confederações influenciaram no enfoque da cobertura realizada pela mídia. 7.1 Percepções Ao analisar o instrumento Survey, percebeu-se que os participantes se mantiveram neutros em relação a maioria das afirmativas. A única assertiva que os respondentes concordaram foi que, após o vandalismo contra o patrimônio público, a mídia se posicionou contra os manifestantes. A média das respostas nesta afirmativa foi 4, a moda 5, a mediana chegou a 4 e o desvio padrão das respostas alcançou 1,2. Portanto, os participantes concordaram parcialmente com a afirmativa. Os jornalistas e manifestantes, na pesquisa, ficaram neutros em duas afirmativas do Survey, ou seja, não concordaram ou discordaram das afirmativas. Quando afirmou-se que, após a violência dos manifestantes contra mídia, o enfoque da cobertura passou a ser favorável a ação policial, a média de concordância foi de 3,25, a moda foi 3, a mediana 3 e o desvio padrão 1,06, o que colaborou para a conclusão de que os participantes não concordaram ou discordaram. Quando afirmou-se que após a violência dos policiais contra os profissionais dos veículos de comunicação o enfoque passou a ser favorável aos manifestantes, os participantes também se mantiveram neutros. A média de concordância foi de 3, a moda foi 3, a mediana 3 e o desvio padrão foi de 1,24. Sobre as afirmativas que os participantes mais discordaram, foram encontrados três resultados. Já nas assertivas de que imprensa se manteve imparcial na cobertura das manifestações ocorridas na Copa das Confederações,os
  • 10. 10 participantes discordaram parcialmente. A média das respostas foi 3, a moda 2, a mediana 2 e o desvio padrão chegou a 1,16. Na pesquisa, quando afirmado que, após a violência dos manifestantes contra a mídia, o enfoque da cobertura da mídia passou a ser favorável aos manifestantes, os participantes da pesquisa também discordaram parcialmente. A média foi 2, a moda 2, a mediana 2 e o desvio padrão 1,19. Sobre a afirmação de que, após às agressões sofridas pela mídia pelos manifestantes, a cobertura continuou imparcial, os participantes da pesquisa discordaram parcialmente. A média foi 2, a moda 2, a mediana 2 e o desvio padrão 0.9. Analisando o instrumento Stapel, percebeu-se que os participantes da pesquisa não chegaram a um consenso, uma vez que os resultados de desvio padrão passaram dos dois pontos em todas as respostas. Perguntados sobre a imparcialidade da mídia em relação aos manifestantes, a média foi 5, a mais frequente foi 3, porém, o desvio padrão chegou aos 2,71. Quando questionados sobre a parcialidade em relação à polícia, a média das respostas foi 6, sendo a mais frequente 8 e o desvio padrão chegou aos 2,79. Sobre a imparcialidade da mídia em relação às agressões sofridas por profissionais, a média ficou em 4, sendo a resposta mais frequente 2. Entretanto, seu desvio padrão chegou a 3,03. Já as questões sobre a imparcialidade em relação ao vandalismo contra bens materiais da mídia, a média das respostas ficou em 4, sendo 2 a resposta mais frequente e o desvio padrão chegou a 2,77. Por fim, quando questionados sobre a imparcialidade em relação ao vandalismo contra o patrimônio público praticado pelos manifestantes, a média das respostas ficou em 4. Novamente,o desvio padrão ultrapassou os 3 pontos. Analisadas as questões abertas, notou-se que a maioria dos participantes da pesquisa sentiu a mudança do enfoque da cobertura da mídia nas manifestações.
  • 11. 11 Porém, a variação da cobertura ocorreu com a mudança dos acontecimentos da própria manifestação. Após as agressões contra os profissionais dos veículos de comunicação, a mídia passou a dar atenção aos abusos da ação policial contra os manifestantes. No entanto, depois que ocorreram os atos de vandalismo contra o patrimônio público, a mídia voltou a tratar os manifestantes como vândalos e baderneiros. Em síntese, a maioria dos participantes acredita que houve abuso dos policiais em suas ações. Porém, é consenso que tais atos não foram de totalidade entre os policiais e que poderiam ser evitados com uma melhor orientação dos comandantes e governo. As hipóteses da pesquisa eram que os veículos de comunicação iniciaram a cobertura das manifestações da Copa das Confederações favoráveis à ação policial e ao governo. Contudo, as agressões sofridas por seus repórteres fizeram com que o enfoque da cobertura mudasse, passando a ser favorável aos manifestantes e contra a polícia. A partir da análise dos resultados, pode-se concluir que as hipóteses iniciais foram confirmadas, mas ainda foi percebido algum tipo de imparcialidade por parte da mídia. Foi de consenso entre os participantes da pesquisa que ninguém estava preparado para a proporção das manifestações de 2013: nem os manifestantes,nem os policiais, nem a própria imprensa.