2. CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:
A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO.
CONTEXTO:
Globalização
Guerrra-Fria
Momento unipolar
11 de setembro. Guerra ao Terror.
Regionalização: tendência geopolítica
mundial
EU: Comitê das Regiões
Mercosul
Estado-Nação x Estados-Regiões (Keniche
Ohmae)
3. CENÁRIO GEOPOLÍTICO ATUAL:
A GEOPOLÍTICA DA REGIONALIZAÇÃO.
CONTEXTO:
Governos locais procuram assumir um papel
estratégico nas RIs (bilateralismo e
multilateralismo) de forma a complementar o
papel do Estado e a fim de garantir
investimentos estrangeiros.
A nova geografia do poder:
“O locus da atividade econômica global não se
restringe mais ao território e as transações
econômicas são feitas no espaço eletrônico. Contudo,
é no território que se encontram as instituições e os
atores que dão corpo à globalização.” (Yahn Filho,
4. REGIONALIZAÇÃO: revisão teórica
Sir Jeremy Greenstock (Globalisation or polarisation:
where are we heading?, 2007)
Os Estados Unidos não compreenderam o modo de operar
com o qual eles deveriam interagir com o mundo a fim de
manter seu poder [de forma legitimada] e a estabilidade do
mundo.
Há uma difusão de poder fora dos Estados Unidos: o poder
disseminado. Há o surgimento de países e potências
emergentes e também as velhas regras sobre o poder
mudaram.
A força militar e o poder econômico não são mais os dois
únicos ingredientes para se constituir o status de
superpotência.
O final da Guerra Fria abriu possibilidades e liberdade de
escolha para os países se unirem e formarem blocos regionais,
além do fato do desenvolvimento econômico ter-se espalhado
pelo mundo afora.
5. REGIONALIZAÇÃO: revisão teórica
“A globalização tendeu a materializar-se como
regionalização” (Vizentini, 2006, p. 15).
Países cooperam e formam blocos regionais:
- para se protegerem das forças “incontroláveis” da
globalização;
- tem expectativas de ganhos comuns;
- equilíbrio na distribuição das vantagens = êxito da
unificação.
Potências e Lideranças regionais
6. POTÊNCIA REGIONAL: revisão teórica
Barry Buzan (2004) – Potências Regionais:
São Estados cujas capacidades representam dados
fundamentais para o equilíbrio de uma região, mas que não
exercem papel sistêmico relevante; a importância regional desse
tipo de potência permite que sejam capazes de atuar como
mediadoras entre o plano internacional e a sua zona imediata de
influência.
Juan Manuel Pippia (2009) – A SP e as GPs delegam às PRs a
função de promover e serem garantes da estabilidade e
segurança em suas respectivas áreas regionais. Este “chamado”
a um maior protagonismo regional vislumbra-se como a nova
tendência da geopolítica mundial e reforço ao regionalismo.
Amitai Etzioni (1965) - Todo processo de integração deve
haver uma forte liderança de um ou dois países ou de um eixo
para viabilizar o processo.
7. POTÊNCIA REGIONAL: revisão teórica
Detlef Nolte (2006) - Os critérios para se reconhecer uma
potência regional são quando este país (o líder) é capaz de:
agregar poder: convencer um número suficiente de países da
região para seu projeto hegemônico;
compartilhar poder com os países menos poderosos da região;
possuir recursos materiais (militares, econômicos,
demográficos), institucionais (políticos) e ideológicos para uma
projeção de poder na região;
exercer efetivamente grande influência em assuntos da região;
e
comprometer-se com uma estratégia de longo prazo em vista
de criar uma institucionalidade regional.
Buzan e Waever (2003), a potência regional deve possuir os
meios para definir a estrutura do complexo de segurança
regional.
8. LIDERANÇA REGIONAL: revisão teórica
Amitai Etzioni (1965): Political unification: a comparative study
of leaders and forces.
A liderança é um elemento crucial no processo de integração de
uma região. A liderança não possível de ser exercida por todos
ao mesmo tempo. Um ou dois países devem ser o motor no
processo de integração regional.
Andrew Hurrell (2007): What world? Many worlds? The place of
regions in the study of international society.
Ordem mundial construída em torno de esferas de
responsabilidades regionais.
9. Bibliografia
BERNAL-MEZA, Raúl; MASERA, Gustavo Alberto. El retorno del regionalismo:
aspectos políticos y económicos en los procesos de integración internacional.
Cadernos PROLAM/USP, São Paulo, ano 8, vol. 1, p. 173-198, 2008. Disponível
em: <http://www.usp.br/prolam/downloads/2008_1_7.pdf>. Acesso:
10/04/2010.
BUZAN, Barry. The United States and the Great Powers: World Politics in the
Twenty-First Century. Cambridge: Polity Press, 2004. p.1-11.
BUZAN, Barry; WAEVER, Ole. Regions and powers: the structure of
international security. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
ETZIONI, Amitai. Political unification: a comparative study of leaders and
forces. New York: Praeger Co., 1965.
FLEMES, Daniel. Conceptualizing Regional Power in International Relations:
lessons from the South African case. In: GIGA Working Papers (German
Institute of Global and Area Studies), no. 53. Hamburg: junho de 2007.
Disponível: <www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso em: 22 dez 2008.
FLEMES, Daniel. Emerging middle powers’ soft balancing strategy: state and
perspective from IBSA dialogue forum. GIGA Working Papers (German Institute
of Global and Area Studies), no. 57. Hamburg: agosto de 2007a. Disponível em:
<www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso: 14/07/2010.
10. Bibliografia
FLEMES, Daniel. Emerging middle powers’ soft balancing strategy: state and
perspective from IBSA dialogue forum. GIGA Working Papers (German Institute
of Global and Area Studies), no. 57. Hamburg: agosto de 2007a. Disponível em:
<www.giga-hamburg.de/workingpapers>. Acesso: 14/07/2010.
FLEMES, Daniel. O Brasil na iniciativa BRIC: soft balacing numa ordem global em
mudança? Rev. Bras. Polít. Int., vol. 53, no. 1, 2010, p. 141-156.
HURRELL, Andrew. One world? Many worlds? The place of regions in the study of
international society In:. International Affairs, vol. 1, no. 83, p. 151–166,
2007.
NOLTE, Detlef. Potencias regionales en la política internacional: conceptos y
enfoques de análisis. GIGA Working Papers (German Institute of Global and
Area Studies), Hamburg, no. 30, out de 2006. Disponível em:<
www.giga-amburg.de/workingpapers>. Acesso em: 22/12/2008.
PIPPIA, Juan Manuel. Path to power: como la política regional de Brasil está
impactando en su status internacional. Rio de Janeiro: Revista Eletrônica do
TEMPO, Ano 4, n. 30, Rio de Janeiro, 2009. Disponível:
<http://www.tempo.tempopresente.org/index.php?
option=com_content&view=article&id=5202%3Apath-to-power-como-la-politica-
regional-de-brasil-esta-impactando&catid=207&Itemid=100076&lang=pt>.
Acesso: 5/10/10.