1) O documento discute os conceitos bíblicos de dízimos e ofertas como uma forma de administrar os recursos financeiros de forma abençoada por Deus.
2) No Antigo Testamento, os dízimos sustentavam os pobres, levitas e o templo, e no Novo Testamento sustentam os necessitados e pregadores do evangelho.
3) A bíblia ensina que tudo pertence a Deus e os cristãos são administradores dos bens dele, portanto dar dízimos e ofertas volunt
Dízimos e ofertas: entendendo os princípios bíblicos
1. DÍZIMOS E OFERTAS
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha
casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas
do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha maior abastança." Ma-
laquias 3:10.
12.1 - Definição de Dízimo
A palavra hebraica para "dízimo" (ma'aser) significa literalmente a décima parte.
Neste estudo vamos procurar saber mais sobre os dízimos e ofertas, Deus em rela-
ção aos dízimos e ofertas. As bênçãos no Velho Testamento e em relação ao Novo Testamen-
to. Também vamos compreender a definição de dízimos e ofertas segundo a bíblia sagrada.
Deus não nos vê como pessoas que simplesmente fazem de si mesmos seres robo-
tizados, que só fazem aquilo que nos mandam fazer. Muito pelo contrário, ele (Deus) nos vê
como seus administradores, administradores dos seus bens. Por isso vamos procurar falar nes-
te estudo de três conceitos importantes: dízimos, ofertas e administração cristã.
12.2 - Administração Cristã
12.2.1 - Somos administradores dos recursos de Deus
Todos os crentes são administradores de tudo o que possuem. 'como cada um re-
cebeu.. assim também administra aos outros, como bons administradores da multiforme graça
de Deus." (I Pedro 4:10). "além disso, requer-se nos administradores que cada um se ache fiel'
(I Coríntios 4:2).
Um administrador é alguém que gerencia, administra e toma conta daquilo que
pertence a outra pessoa. Já que Deus é aquele que nos dá todas as bênçãos materiais, reconhe-
cemos que ele é o dono.
"Porque todas as coisas procedem de ti, e da tua própria mão demos de volta a ti"
(I Crônicas 29:14).
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito procedem do alto, descendo do pai.." (Tiago
1:17).
12.3 - A Administração do Nosso Dinheiro
Os exemplos dos dízimos e ofertas no Antigo Testamento contém princípios im-
portantes à respeito de como administrar nosso dinheiro, que são válidas para todo os crentes
do Novo Testamento.
1 - devemos lembrar-nos que tudo quanto possuímos
2 - Devemos decidir, pois, de todo coração, servir à Deus e não ao dinheiro (Mateus 6:19-24).
A bíblia deixa claro que a cobiça, a avareza é uma forma de idolatria (Colossenses 3:5).
3 - Os nossos dízimos e ofertas devem ser para a promoção do reino de Deus, especialmente
para a obra na Igreja local e a disseminação do evangelho pelo mundo (I Coríntios 9:14) e
2. para ajudar os necessitados (Provérbios 19:17 - Gálatas 2:10) e para acumular tesouros no céu
(Mateus 6:20; Lucas 6:36) e para aprender a temer ao Senhor (Deuteronômio 14:L22, 23).
Nossas contribuições ou ofertas devem ser voluntárias e generosas, pois assim é ensinado tan-
to no Antigo Testamento (Êxodo 35:21-29; II Crônicas 24:10), quando o dos cristão macedô-
nio do Novo Testamento (II Coríntios 8:1-5), servem-nos de exemplos e modelos.
12.4 - Deus nos Pede que Paguemos os Dízimos
Daquilo que Ele nos deu, Ele nos pede o dízimo (10% - dez por cento): "E todos
os dízimos do tema, que sejam da semente da terra, ou dos frutos da árvore, são do Senhor:
são santos ao Senhor". (Levítico 27:30). "Certamente darás os dízimos de toda novidade da
tua semente, que cada ano se recolher do campo (Deuteronômio 14:20).
Jesus elogiou a intenção de dar os dízimos "... pois pagais os dízimos... isto deve-
reis fazer..." (Lucas 11:42).
12.5 - O Propósito de Deus para os Dízimos no Antigo Testamento
a) No Antigo Testamento, o propósito de Deus para os dízimos era de
- Sustentar os pobres e os necessitados (Êxodo 23:11; Deuteronômio 15:1b; Levítico
19:10);
- Sustentar os levitas (Deuteronômio 14:28-29; Deuteronômio 26:13);
- Para que houvesse mantimentos em sua casa (local onde se adora ao Senhor), o templo
(Malaquias 3:10a).
Na Lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das
crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e
gratidão pelas bênção divinas (ver Lucas 27:30-32; Números 18:21, 26; Deuteronômio 14:22,
29). O dízimo era usado primeiramente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sa-
cerdotes.
Quando lemos a Sagrada Escritura, comprovamos que Deus é dono de tudo (Êxo-
do 19:5; Salmos 24;1; Salmos 50:10). Os seres humanos foram criados por Ele, e a Ele devem
o fôlego de vida (Gênesis 1:26, 27). Sendo assim, ninguém possui nada que não haja recebido
originalmente do Senhor (Jó 1;21; João 3:27).
Houve ocasiões na história do Antigo Testamento em que o povo de Deus reteve
egoisticamente o dinheiro, não repassando os dízimos e ofertas regulares ao Senhor. Durante a
reconstrução do segundo templo, os judeus pareciam mais interessados na construção de suas
propriedades, por causa dos lucros imediatos que lhes trariam, do que nos reparos na casa de
Deus que se achava em ruínas. Por causa disto, alertou-lhes o profeta Ageu, muitos estavam
sofrendo na parte financeira de sua vidas (Ageu 1:3, 6). Coisa semelhante acontecia nos tem-
pos do profeta Malaquias e, mais uma vez, Deus castigou o seu povo por se recusar a trazer-
lhe dos dízimos à sua casa (Malaquias 3:9, 12).
12.6 - O propósito de Deus para os Dízimos no Novo Testamento
a) No Novo Testamento, o propósito de Deus para os dízimos é:
- sustentar os pobres e necessitados na família de Deus (Atos 4:34-37; Romanos 15:26).
3. - Sustentar os mestres e pregadores que estejam vivendo para o Evangelho (Gálatas 6:6; I
Coríntios 9:14) (ver veja Filipenses 4:15-19 o sustento de Paulo).
O cristão pode contribuir generosamente, ou com avareza. Deus o recompensará
de acordo com o que ele lhe dá (Mateus 7:1, 2). Para o apóstolo Paulo, a contribuição não é
um a perda, mas uma forma de economizar: ela trará benefícios substanciais para quem con-
tribui (II Coríntios 9:11). Paulo não fala, primeiramente, da quantidade ofertada, mas da qua-
lidade dos desejos e dos motivos do nosso coração ao ofertarmos. A viúva pobre deu uma
oferta pequena, mas Deus considerou uma quantia grande por causa da proporção da dádiva e
pela dedicação total que ela revelou ter (Lucas 21:1-4).
12.7 - A Promessa Especial de Deus
Aos que dão, Deus faz uma promessa especial: "Daí, e ser-vos-á dado, boa medi-
da, recalcada, sacudida, e transbordando vos deitarão no vosso regaço; porque com a medida
com que derdes também vos darão de novo." (Lucas 6:38).
Esta passagem nos ensina que controlamos o fluir (a quantidade) da bênção de
Deus e da provisão para as nossas necessidades. Se dermos em colherinhas para o Senhor, Ele
também pegará esta mesma colherinha que usamos e usa-la-á para dar o que pedirmos. Se
tivermos fé para darmos ao Senhor usando uma enorme pá, ele também usará esta enorme pá
para nos dar de volta o que precisamos com uma bênção muito mais abundante.
12.8 - Os Dízimos são um Privilégio
Vários séculos antes que a lei fosse dada no Monte Sinai, Abraão deu o dízimo (a
décima parte) a um representante de Deus (Gênesis 14:18-24; Hebreus 7:1-2). Jacó prometeu
dar um décimo de tudo aquilo com que Deus o abençoasse (Gênesis 28:22).
Jesus disse que não deveríamos negligenciar os dízimos e as ofertas (Mateus
23:23). O Senhor também repreendeu os fariseus ao exercerem a justiça, a fé e a misericórdia
com a mesma sinceridade e obediência que davam os dízimos. (Lucas 11:42).
Assim sendo, as nossas doações e dízimos não deveriam ser entendidas como sen-
do uma lei do Antigo Testamento, nem uma obrigação religiosa. Ao invés, eles são um privi-
légio dos que escolherem exercitar a sua fé com suas doações.
12.9 - Os Dízimos e Ofertas Expressam Fé
Os nossos dízimos e ofertas não compram as bênçãos de Deus, mas certamente
liberam as suas bênçãos sobre nossas vidas.
"... se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal,
que não haverá espaço suficiente para recebê-la." (Malaquias 3:10b).
Os que pagam os dízimos estão expressando a sua fé em Deus na maneira prática.
Todos nós devemos pensar assim: "creio que os 90% que me sobraram após o
dízimos tem a bênção de Deus. Com a bênção de Deus os 90% podem comprar mais do que
os 100% comprariam sem a bênção de Deus." Precisamos de fé para crermos nisso.
4. 12.10 - Seja um ofertante e dizimista
A bíblia nos ensina que devemos dar voluntariamente e alegremente, com um es-
pírito de generosidade.
"fala aos filhos de Israel que me tragam oferta alçada... voluntariamente com seu
coração..." (Êxodo 25:2).
"cada um dá segundo o seu coração... pois Deus dá com alegria." (II Coríntios 2:6-
7).
Deus não mede a nossa doação pela quantia que damos. Deus observa a intenção
com que damos, se isto é proposto em nosso coração ou a sobra (Lucas 21:1-4).
Em suma com tudo isto aprendemos que:
- Significa: décima parte;
- Começou: antes de qualquer ordenança e lei, a mais de 4.000 anos atrás. (Gênesis 14:20;
Hebreus 7:2).
- Outro exemplo: Jacó em Betel. (Gênesis 28:22).
- O que fez Deus: abençoou e tornou0o santo. Levítico 27:32;
- O que mais fez Deus: considerou-o necessário e ordenou sua entrega. (Malaquias 3:10; II
Crônicas 31:4-5; Neemias 13:12).
- Aonde se deve entrega: na casa do tesouro (Malaquias 3:10).
- Por quê? Para haver mantimento dentro de sua casa (condições de cobrir despesas neces-
sárias).
- Para quem? Para pessoas responsáveis e fiéis que o guardarão seguro. (II Crônicas 31:11-
12);
- Dizimar é: honrar a Deus com seus bens. (Provérbios 3:9).
- O Senhor é fiel no que: nas bênçãos. (Malaquias 3:10; Provérbios 3:10).
- Os protege: Malaquias 3:11;
- Quem não o faz: o Senhor o vê como quem rouba. (Malaquias 3:8).
- O que acontece mais: pode ficar sem proteção. (Malaquias 3:9).
- Qual maldição: devorador (Malaquias 3:10; o cortador, migrador, destruidor - Joel 1:4; o
salário que se ganha entro no bolso furado. (mercado, água, lojas etc..).
- O que o cristão deve fazer: dar prova de seu amor a Deus e não ao dinheiro. Mateus 6:1-
24; II Coríntios 8:5.
- Fazer o que Cristo mandou: dar a Deus o que é de Deus (Mateus 22:21; dízimos e ofertas
seguido de justiça, misericórdia e fé. Mateus 23:23;
- Com que sentimento: (ofertas) - voluntário (II Coríntios 8:3) - com gratidão e verdadeiro
temos (Lucas 21:1-4). - com alegria e boa vontade (II Coríntios 9:7).
De tudo o que aprendemos temos exemplos
- Êxodo 35:21-29; II Crônicas 24:10 (Velho Testamento).
- II Coríntios 8:1-5; Hebreus 7:8-9 (Novo Testamento)
5. Bons motivos para ser dizimista e ofertante: Deuteronômio 15:4-6; Mateus 19:21;
I Timóteo 6:18-19; II Coríntios 9:6.